24.10.2016

Sobre o Uso da Ritalina no Déficit de Atenção

Li um texto ontem sobre a Ritalina que me deixou tão irritada que, mesmo não usando e não gostando do medicamento, tive que sentar pra escrever esse post.

Não é novidade pra ninguém que tenho déficit de atenção, né? Já falei disso por aqui em post e em vídeo, e sempre faço algum comentário sobre o assunto nas redes sociais.

Fui diagnosticada cedo, usei todos os medicamentos disponíveis para o TDAH, experimentei tratamentos diversos, e acho sim que terapia e/ou acompanhamento psicológico, tanto para o paciente como para a família, sobretudo quando se trata de uma criança, é de suma importância, mas o medicamento é, na imensa maioria dos casos, essencial.

ritalina no déficit de atenção TDAH

E se é essencial, porque melhora a vida da pessoa (e isso é o que me interessa), que loucura é essa de demonizar o medicamento? E, pra piorar, fazer isso generalizando e sem oferecer opções?  Porque sim,  existem casos, que não são poucos (e eu sou um exemplo disso), em que tirar o medicamento não é uma opção.

Não é assim que a banda toca não, amiguinha.  O buraco, com certeza, é muito mais embaixo, mas isso só sabe quem já viveu os muitos lados da moeda, quem já sentiu na pele.

Ritalina é boa ou ruim?

O texto, que está em um site de psicologia, diz, basicamente, que a Ritalina transforma a pessoa num zumbi, num robozinho sem emoções que não questiona nada, que não sonha, não “viaja”, não tem fantasias.

É engraçado ler esse tipo de coisa porque, tendo sido diagnosticada na infância e já tendo 34 anos, tomei Ritalina por muitos anos, até porque por aqui só tinha ela mesmo, e só me arrependo de não ter tomado de forma ininterrupta, o que, com certeza, teria tornado a minha vida muito mais fácil.

Nesses anos todos não me recordo, em absoluto, de me comportar como um zumbi, de não questionar, de não imaginar, de não sonhar. Ao contrário. Questiono tudo o tempo inteiro, nunca fui o tipo de pessoa facilmente controlável, mesmo quando criança, e sonho muito, crio muito, faço muito.

E se hoje consigo fazer tudo o que faço, agradeço imensamente a cada um dos medicamentos que tomei, porque eles me deram (e dão) qualidade de vida, que é o mais importante.

É fato que não gosto da Ritalina (a comum, de 10mg), e já falei disso aqui. Mas não gosto porque o efeito dela não dura muito tempo, e isso me desestabiliza. Só que não posso ser rasa e dizer que ele não presta e pronto. Presta sim, é útil e dá qualidade de vida pra muita gente que realmente precisa do medicamento, e isso é de fundamental importância.

Hoje tomo o Venvanse, que é da mesma “família”, e também alguns suplementos e até hormônios que, supostamente, ajudam, como o pregnenolone, e sequer cogito a hipótese de ficar sem ele, porque com ele a minha vida é muito melhor.

nem boa, nem ruim: a Ritalina é necessária pra muita gente

A Ritalina tem efeitos colaterais? Claro, como em qualquer medicamento. Existem riscos? Lógico. Vai funcionar da mesma forma pra todas as pessoas? Evidente que não. Mas, se existe um problema, e existe um medicamento que ajude a conviver com esse problema, a facilitar, a melhorar a qualidade de vida de quem tem esse problema, me parece óbvio que é preciso dar uma chance pra ele.

E é por isso que esse tipo de texto me incomoda tanto. Porque, como ainda existe muito preconceito e muita desinformação, é preciso ser menos superficial e generalista. É preciso informar corretamente, mostrando todas as possibilidades, todos os lados da moeda, sabe?

Porque sim, a Ritalina tem seus defeitos, é mal utilizada (principalmente por quem toma Ritalina para estudar) e pode causar problemas, mas pode, também, ajudar muitas pessoas, como me ajudou no início, e não assumir isso seria uma leviandade.

E não, a Ritalina não é uma ameaça ao futuro, embora eu tenha severas críticas a ela. O que ameaça o futuro e destrói o presente é a desinformação propagada por uns e outros.

Beijos, Ju♥

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11.07.2016

21 Dias Sem Café: Socorro!

Ando pesquisando muito sobre alimentação para pessoas com fadiga adrenal crônica e déficit de atenção, e mesmo tendo adequado “quase tudo”, principalmente em relação a fadiga adrenal, faltava, nesse caso, o mais importante: parar de tomar café, o que nunca passou pela minha cabeça.

Café é a minha bebida preferida, é o meu vício, é aquela coisa que sempre disse que não abriria mão, porque, convenhamos, eu praticamente nasci numa fazenda de café, passei grande parte da minha vida ali dentro e não só tomo café o dia inteiro (várias e várias garrafas, sempre sem açúcar, uma delícia!), como chupo café (madurinho é tudo de bom!), faço bolo de café, biscoito de café e por aí vai.

parar de tomar café juro valendo ju lopes

Café, meu filho, te amo!

Ou seja, existe não só uma “dependência” física, mas uma carga emocional, então é altamente improvável que alguém me encontre em casa sem uma caneca, e das grandes, cheia do meu pretinho, e isso a qualquer hora do dia.

Só que uma das maiores recomendações em relação a dieta de quem tem fadiga adrenal é evitar o uso de bebidas estimulantes, em especial o café. No caso do déficit de atenção, já li que seu uso de forma moderada é indicado, mas não tomo café de forma moderada, tomo café o dia todo, sem parar, entende?

E como já uso o Venvanse pro déficit de atenção, que, em último caso, é um super estimulante, comecei a observar que estava ficando muito agitada durante uma parte do dia e extremamente cansada logo depois, e como estou tomando todos os meus remédios e hormônios, fazendo os exames a cada 2 meses e tendo todo o acompanhamento médico, comecei a achar que a coisa tinha a ver com a alimentação, mais especificamente com o café, ou a mistura dele com o Venvanse.

Mas preciso te deixar!

Aí conversei com a minha neuro, que ficou assustada com a quantidade de pretinho que tomo por dia, e decidi não só tirar o danado por 21 dias pra ver como o meu organismo reage, mas também fazer o “desmame” do Venvanse, tudo aos poucos, claro, porque quero testar outras possibilidades que não envolvam tarja preta.

parar de tomar café juro valendo ju lopes

Minha neuro concordou em relação ao café, mas não em relação as possibilidades que quero testar, mas está me orientando no “desmame” do Venvanse, porque não dá pra parar de tomar de vez, mas já faço um post (e vídeo) explicando isso detalhadamente, tá?

O fato é que a partir de amanhã não tomo mais café, e vou fazer exatamente o que fiz quando precisei cortar o açúcar (preciso voltar a ser mais radical, tô comendo muito doce!): parar de uma vez, porque essa história de reduzir aos poucos não dá certo pra mim, não tenho disciplina pra isso, prefiro o tudo ou nada mesmo, sabe?

21 dias sem café

Resolvi fazer o teste de 21 dias porque, dizem, é o tempo necessário pra que a gente mude um hábito, e porque em 3 semanas eu consigo avaliar direitinho como é que meu organismo vai reagir, se a agitação seguida do cansaço vai reduzir e coisas do tipo, entende?

Ao invés de café, agora vou tomar chás, mas eles não podem ser estimulantes, então vou  alternar erva cidreira, capim limão, camomila, maracujá, maça e alfazema. Ah, e claro que também não posso consumir nenhuma comida ou bebida estimulante ou que tenha cafeína. Socorro! rs

parar de tomar café juro valendo ju lopes

Começo amanhã e, admito, acho que vou entrar em crise de abstinência, que vou sentir muita falta do meu pretinho e já preparei uma vasilha com café torrado pra cheirar quando o desespero bater, porque, gente, não é fácil! Acho que cortar o açúcar foi brincadeira de criança comparado a isso, sabia?

Mas, se é pro meu próprio bem, vamos em frente! Vou atualizando vocês pelas redes sociais e daqui a 3 semanas volto pra contar como a coisa funcionou, tá? E se alguém já fez essa experiência, conta aí nos comentários como foi, por favor!

Caso alguém queira conferir os posts que já fiz sobre o déficit de atenção e a fadiga adrenal, os links estão aqui:

Beijos, Ju♥

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15.05.2015

TDAH – Sim, eu tenho déficit de atenção

Já falei por aqui sobre o TDAH, e não é segredo pra ninguém que tenho déficit de atenção, né? Sei que muita gente ainda acha que esse tipo de coisa deve ficar “guardada”, mas acho justamente o contrário, que as coisas precisam ser colocadas “em cima da mesa” e tratadas com leveza e naturalidade.

Seriam necessários muitos vídeos pra conseguir falar tudo porque, afinal, são 32 anos de “experiência” e muita história pra contar. Mas, fui falando o que fui lembrando, assim sem “roteiro” nenhum. Então, com certeza “pulei” muita coisa e fui rápida, senão o vídeo ficaria gigante.

tdah-déficit-de-atenção

O que é TDAH? Sintomas, Tratamento, Etc

Acho que não é necessário, mas não custa lembrar: quem pode te orientar sobre o TDAH é o seu médico (neuro, psiquiatra…). Eu só posso falar da minha experiência, do que vivi e vivo, porque cada pessoa tem uma trajetória diferente, com experiências também diferentes, então é impossível generalizar, inclusive em relação aos medicamentos.

Ou seja, veja o vídeo como um depoimento, como um relato, apenas isso. Não assista como um vídeo de informações médicas/teóricas, porque isso ele não é.

E se vocês tiverem qualquer tipo de dúvida ou se quiserem fazer alguma pergunta, podem fazer que faço um vídeo respondendo, tá? Nenhuma pergunta é “boba”, tudo é válido, gente.  Falo isso porque  um dos principais problemas em relação ao TDAH é a falta de informação ou, em muitos casos, a informação errada. É isso, aliás, que transforma uma coisa que pode ser simples em tabu, em bicho de sete cabeças.

Espero que vocês gostem do vídeo (eu vou melhorar nessa história de vídeo, tenham calma! rs) e quem quiser ler o post que escrevi sobre isso é só clicar aqui.

E se você ainda não se inscreveu lá no canal, bora tratar de fazer isso logo (clique aqui), viu? Tudooooo chega antes por lá pra só depois vir pra cá!

Beijos, Ju♥

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