24.01.2017

1 Ano Sem Pílula e os Métodos Contraceptivos Não Hormonais

Pra quem começou achando que não seguraria a onda por muito tempo, completar 1 ano sem pílula é uma dessas coisas que me deixam orgulhosa, assim como conhecer mais sobre métodos contraceptivos não hormonais.

Como já contei por aqui, tomei pílula por 18 anos, e durante todo esse período não menstruei porque, veja bem, esse troço não cabia na minha vida. Sentia cólicas absurdas e tinha uma TPM monstruosa, e ficar sem esses dois fantasmas que me assombravam todos os meses foi uma maravilha.

Mais maravilhoso ainda era ter o privilégio de poder tudo todos os dias, coisa que, pra mim, que sou super controladora, era o ápice da liberdade.

Mas liberdade tem um preço, e a conta, quando chegou, veio alta demais. Eu não só não conseguia reconhecer mais os sinais do meu corpo, como tive um problema hormonal sério. Quase todos estavam extremamente baixos, eu estava apática, vivendo no piloto automático e com diversos sintomas físicos relacionados a baixa hormonal.

Métodos Contraceptivos Não Hormonais

1 ano sem pílula: minha carta de alforria!

Foi aí que, em novembro de 2015, depois de semanas de febre baixinha com hora marcada, fiz dezenas de exames e a única coisa que estava errada eram os hormônios. Fui “orientada” a suspender o uso da pílula pra ver como meu organismo reagiria e, associado a isso, repor alguns hormônios.

O início não foi fácil, e nos posts abaixo dividi tudo com vocês, lembram?

A pele ficou muito mais oleosa, o cabelo virou uma poça de óleo, eu, que era tão estável e “linear”, voltei a “ter fases”, o que me causou muita estranheza no início, mas um alívio enorme depois, porque percebi que não oscilar não era normal.

Não tive mais cólicas absurdas, sofri com a TPM, que veio bem diferente de antes, me deixando melancólica ao invés de “raivosa”, o que foi uma novidade, porque nunca fui de sentir essa tristeza, essa melancolia, sabe? Sempre fui prática, praticamente um trator, nunca tive paciência pra tristeza, e ter que lidar com isso em mim não foi fácil.

Mas, ganhei o melhor presente de todos: voltei a me sentir viva! Voltei a ter não só vontade, mas uma alegria quase infantil em realizar coisas, minha libido aumentou absurdamente e me sinto muito mais feliz agora.

Voltar a usar pílula, ou qualquer outro método hormonal não é, pra mim, uma opção, tanto por problemas de saúde como por escolha mesmo, sabe? Apesar de reconhecer o papel importante que ela teve e tem na vida de muitas mulheres, porque não, não vou demonizar a pílula, o que condeno é a falta de informação, não é algo que quero pra mim, pro meu organismo, pra minha vida.

Métodos Contraceptivos Não Hormonais

Métodos Contraceptivos Não Hormonais: opções possíveis

Uma pergunta que todo mundo me faz desde que suspendi o uso da pílula é sobre o método contraceptivo que estou usando, e como não posso (nem quero) usar nenhum método hormonal, as minhas opções são camisinha, DIU de cobre, diafragma, tabelinha, o método de ovulação billings, o método sintotérmico e o coito interrompido.

Camisinha eu sempre usei, inclusive quando tomava pílula, porque é o único método que me mantém protegida de doenças sexualmente transmissíveis. E, gente, comigo nunca teve essa de “meu namorado não gosta”, porque não faço roleta russa com minha saúde, ou usa camisinha ou termina, não tem conversa.

E não é uma questão de confiança não. A questão é que a minha saúde está sempre em primeiro lugar, assim como a minha segurança, e eu bem conheço a natureza humana, sei o quanto somos falhos, o quanto erramos e não vou colocar a minha saúde nas mãos de ninguém.

Amo meu namorado, é uma das pessoas mais incríveis que conheci na vida, confio demais nele, mas meu amor maior sou eu mesma e minha saúde está acima disso, sabe?

Inclusive, vou aproveitar pra alertar: estamos vivendo uma epidemia (sim!) de sífilis, e a imensa maioria das mulheres infectadas são as casadas ou que mantém relações estáveis. A única coisa que te previne disso, do HIV e de todas as outras doenças sexualmente transmissíveis é a camisinha, só ela. Só.

Portanto, camisinha é item básico. Só que aprendi, anos atrás, que é preciso associar dois métodos para aumentar a eficácia, porque todo método pode falhar e eu não vejo motivo pra correr riscos desnecessários.

O primeiro método, então, é a camisinha. O segundo seria o DIU de cobre, mas li muitos relatos complicados e fiquei com receio. A princípio, associei com a tabelinha, que, como vocês sabem, é falha. Aí, analisando as opções, escolhi o diafragma, que tem chance de falha de 10%, mas associada com a camisinha me deixa segura.

Métodos Contraceptivos Não Hormonais

Métodos contraceptivos não hormonais: O diafragma

Quando, depois de pesquisar muito, resolvi conversar com minha gineco sobre o diafragma, ela comentou que esse era um método que a grande maioria das mulheres “corria léguas”, e eu entendo.

É que ele é um dispositivo de látex flexível que é colocado lá dentro da vagina pra  fechar o canal do colo do útero, e pra usar é preciso introduzi-lo e empurrá-lo até o fundo da vagina, que é uma coisa simples, mas muitas mulheres não cogitam usar porque envolve conhecer o seu corpo e tocá-lo, o que é um problema numa sociedade em que as mulheres aprendem lá na infância que se tocar é feio, é sujo. Uma bobagem, claro!

Eu tô usando e achando ótimo! É prático, barato (custa, em média, R$100,00 e pode ser reutilizado por até 3 anos), me deixa no controle das coisas e não possui efeitos colaterais.

Isso é o que vem funcionando pra mim, e não tenho do que reclamar, mas é óbvio que não é “receita” pra ninguém, né? É você, e só você, que sabe o que é melhor pra você e, com informação correta, com o auxílio do seu médico deve escolher a opção que mais se adeque a sua vida.

Alguém mais tá vivendo sem pílula? Divide comigo como tem sido, é conversando que a gente se ajuda! E qualquer dúvida é só deixar aqui nos comentários, tá?

Beijos, Ju♥

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