04.06.2019

A Pressão De Ser Tudo Maravilhosamente Bem o Tempo Todo

Ontem, lá no Instagram (@jurovalendo, segue lá!), pedi nos stories pra que vocês deixassem sugestões de temas não relacionados com beleza que vocês gostariam de ver por aqui, e o que mais teve (até o momento) foram pedidos para falar da ansiedade e da pressão de, como mulher, ter que ser tanta coisa, de produzir e entregar tudo ao mesmo tempo.

E maravilhosamente bem. Claro.

Sempre me questionam isso, como se eu, veja só, fosse um exemplo de alguém que dá conta de tudo, mas ontem a quantidade de sugestões pra falar sobre isso me chamou atenção.

E aí fui conversar com algumas dessas leitoras no privado e, bom, não tinha como não escrever sobre isso.

Não sei de onde saiu essa miragem de que qualquer ser humano nesse mundo consiga fazer e ser oitocentas milhões de coisas impecavelmente ao mesmo tempo, mas, vai por mim, isso não existe.

Cancela os posts “comercial de margarina” que tentam te vender e vem aqui pertinho que tenho várias coisas pra te contar.

pressão
Essa imagem é 1% de todos os meus dias. Na maioria das vezes, nem o cabelo dá pra pentear, e tudo bem!

Essa pressão é imoral!

Eu tenho 36 anos, pago minhas contas e moro “sozinha” com mais de 10 gatos, 2 cachorros, 2 jabutis, 1 peixe e uma coruja que me visita todos os dias.

Tenho o blog, que, além do meu trabalho, é uma empresa. Como extensão do blog, tem o Instagram, o Facebook, os grupos fechados, o Mulher de 30 e o Pinterest pra cuidar.

Tem conteúdo pra produzir todos os dias. Tem minhas leitoras pra dialogar todos os dias. Tem as partes burocráticas de uma empresa pra lidar, tem as partes técnicas pra resolver.

Tem que cuidar da casa, das plantas, dos meus bichinhos.

Tem que dar atenção pra mãe, pros amigos, pra mim. Tem que cuidar de mim, por dentro e por fora.

Tem que fazer atividade física, ler, meditar, cuidar da saúde e mais trocentas coisas o tempo todo.

Sabe quando eu consegui fazer tudo isso sozinha? Nunca.

Não tem um dia sequer em que nenhuma coisinha fique de lado. Não tem um dia em que erros e passos em falso não aconteçam. Em que eu ache que não vou dar conta.

Porque a verdade é que é impossível dar conta, não dá.

E no dia em que eu, que achava que tinha todo o controle do mundo nas mãos, me dei conta disso, entendi que precisava de ajuda. Em casa, no trabalho, na vida.

E sim, eu tenho ajuda nas várias esferas, e mesmo assim sempre acabo o dia descabelada, com uma lista de coisas que não deu tempo.

Querendo produzir mais, trabalhar mais, ficar mais com meus bichinhos, cuidar de mim, do meu corpo, do meu emocional, da minha saúde mental.

Sair mais, viajar, ir na casa de minha mãe, ver meus amigos, fazer tantas, mas tantas coisas… Além de, claro, ser tão impecável como todo mundo parece nas redes sociais ao lado (contém ironia…).

Só que não dá, porque são coisas demais, e tá tudo bem.

Não vou entrar nesse surto de ser perfeita, de fazer tudo perfeito, de ser a melhor em tudo porque não sou. Ninguém é.

E não deixo de ser uma mulher da po*** por isso.

Tenho muito orgulho, na verdade, de tudo que sou e faço, e de toda ajuda que recebo, que infelizmente ainda não é suficiente para que eu consiga fazer muito mais coisas.

Mas é o que tenho nesse momento, e não vou me colocar pra baixo por isso. Não vou criar mais e mais ansiedade e me sentir péssima.

Assim como não vou permitir que ninguém sugira que não estou “fazendo o bastante”, porque é isso que o mundo todo tenta fazer 24 hs por dia.

E você não deveria permitir também.

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Beijos,  Ju♥

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02.05.2019

Sobre os medos que não deveríamos ter…

Uns dois anos atrás eu, que vinha me orgulhando do tanto que me tornei corajosa, mergulhei tão fundo em mim que encontrei medos que não imaginava ter. Pior: travei, fiquei sem saber o que fazer, muito menos como resolver.

Porque eles não eram apenas imensos e assustadores. Eram profundos e, de muitas formas, sem que eu me desse conta, controlavam muitas partes minhas…

E eu nem via.

Já sentiu medo de perder o que você, no fundo, não tem? Eu já.

Já manteve em sua vida pessoas que já não tinham que estar ali, simplesmente porque era mais confortável não ter que assumir isso? Pois é, eu também.

Já fechou os olhos pro óbvio e sustentou situações insustentáveis, empurrando com a barriga sem sequer questionar o porquê disso?

sobre medos

Eu me vi fazendo tudo isso e muito mais, e desviando o olhar pra não ter que encarar um medo que, até então, não sabia que tinha. O medo de ficar sozinha.

Oi? Mas logo eu, que sempre convivi tão bem comigo, que não só gostava e precisava, mas buscava ficar sozinha?

Sim, sozinha, mas tendo distração nas prateleiras para quando precisasse desviar a atenção do que doía.

O problema não era o “sozinha sem o outro”. Era o sozinha com minhas culpas, minhas dores, meus fantasmas.

Com o tanto que já fui cruel comigo, condenando sentimentos e sensações tão humanas, mas que escondemos tanto. Com as incontáveis vezes em que o meu sim deveria ser um não. Com as máscaras que, primeiro, aceitei, depois eu mesma coloquei pra evitar atrito, pra ser elogiada, amada, enfim.

Com a violência de ter guardado, durante anos, a maior parte do que era verdadeiro, real, honesto e humano em troca da recompensa da pseudo aceitação do outro. De tantos outros. De todos os outros. Exceto a minha.

E esse medo trouxe consigo uma coisa que nunca, em nenhum momento da vida, soube lidar: a dor.

E, Deus, como doía…

Só que dessa vez, ao invés de passar por cima pra não ter que sentir a dor, já que me anestesiar era muito mais fácil, me permiti sentir até a última gota.

Porque, não tem pra onde correr: somente o que toca a sua ferida é o que pode te curar. E eu queria, mesmo apavorada de medo, tirar tudo aquilo de dentro de mim. Queria me livrar dos medos que não precisava nem deveria ter.

Queria, não só na superfície, mas lá no fundo, não ser dependente de aceitação externa. Queria não só entender quem eu fui no passado e quem eu tinha me tornado naquele momento, mas me dar o direito de ser quem eu realmente era, com todos os meus defeitos e qualidades, sem medo do julgamento, do não acolhimento.

E mesmo com medo, com muito medo, me prometi olhar e curar cada uma das tantas culpas e dores, não me condenar por tudo, ser honesta com o que sinto e sou e nunca mais me violentar por nada nem por ninguém.

Nesse processo, “perdi” muitas coisas que, na verdade, não tinha, cortei situações e relacionamentos, me afastei de muita gente e, claro, muita gente também se afastou.

Tudo isso doeu e assustou. Mas passou.

E, um passo depois do outro, deixei pra trás não só toneladas tóxicas de lixo emocional, mas quem eu achava que deveria ser pra me tornar quem eu realmente sou.

E esse é um processo que parece não ter fim. Mas que bom que “acordei” a tempo e me permiti fazer isso por mim…

Psiu! Pra ler mais posts como esse é só clicar aqui! 

Beijos, Ju♥

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22.03.2019

Com Qual Intensidade Você Escolheu Viver?

Perguntinha indigesta pra uma sexta-feira, hein? Mas sempre é hora de avaliar como e com qual intensidade estamos vivendo...

Andei pensando sobre isso depois de ler várias mensagens de vocês lá no Instagram. A maioria é de leitoras antigas, que me conhecem bem, e absolutamente todas falam de como eu mudei ao longo dos anos e da forma como escolhi viver nos últimos meses.

Logo eu, que detesto rótulos, achei que receberia comentários falando que tinha me tornado uma, sei lá, vó das fulô natureba chata. rs

Mas isso não aconteceu, e talvez seja porque tudo o que tenho vivido muito mais intensamente hoje são coisas que sempre abordei por aqui, e que quem me acompanha, sobretudo no Instagram, sempre viu na minha rotina.

com qual intensidade você escolheu viver

Eu gosto de tranquilidade, de natureza, sou louca por bichos e plantas, óleos essenciais, florais, terapias naturais e, sobretudo, simplicidade e leveza.

E o movimento que vejo e sinto é de apoio e, ao mesmo tempo, de olhar, se inspirar e tentar levar algumas dessas coisas pra própria vida.

E, Deus, nunca me senti tão viva. Nunca estive tão próxima de mim como agora, a cada dia sinto mais profundidade de alma e um viver, do meu jeito, tão intenso.

E viver intensamente não tem nada a ver com viver agitadamente. Na verdade pode ser o oposto disso. Ou não.

Eu escolhi me conhecer um pouco mais todos os dias. Escutar meu corpo, minha alma, meu coração. Seguir os meus instintos e desejos, mesmo que eles pareçam absurdos pra maioria.

Escolhi não me deixar dominar por “ninharias de grande importância. Respirar fundo, estar presente em todas as coisas. Nas menores coisas. E vivê-las de verdade, não só apreciando, mas me lambuzando com tudo isso.

Sentindo prazer em cuidar das minhas plantas, dos meus tantos bichinhos (11 gatos, 2 cachorros e 2 jabutis, por enquanto… rs). Em cuidar de mim.

Trabalhar de frente pro verde, em silêncio, com dezenas de passarinhos cantando (inclusive o chantagista terrorista do bem-te-vi!).

com qual intensidade você escolheu viver

Deixar as portas abertas sem medo, sentir o cheiro da terra, do mato, ouvir o barulhinho da água correndo, sentar na grama, ter árvores e flores de todos os tipos, andar de pés descalços, fazer fogueira no quintal (amo!).

Chupar jabuticaba do pé. Seriguela, romã, manga, pitanga, acerola e laranja também. Ver Ozzynho abraçado no pé de jabuticaba, comendo todas que encontra pelo frente (como eu sonhei com isso hahaha); Matilda pulando na água, rolando na grama, correndo pra cima e pra baixo toda suja de lama.

Bob dançando com a água que molha as plantas, meus gatos espalhados, relaxados, por todos os cantos do jardim.

Acolher meus amigos, as pessoas que amo, e realmente enxergar, ouvir e sentir cada uma delas. Sem celular, sem TV, sem distração…

Escolhi não perder horas de vida todos os dias no trânsito ou em filas quilométricas. Não ser dependente de entretenimento, nem viver correndo pra dar conta de tudo o tempo todo, viver pra pagar boletos e não ter tempo.

Tempo pra me conhecer. Tempo pra sentir. Tempo pra viver.

Ao escolher tudo isso, porque já estava no limite do limite, precisei abrir mão de uma infinidade de coisas que também são importantes pra mim.

Contudo, cada escolha nessa vida é, também, uma renúncia. E nesse momento minha qualidade de vida é mais importante que coisas como um aeroporto perto, o que facilitaria demais meu trabalho, opções gastronômicas e de lazer, livrarias incríveis, lojas de todos os tipos (pro meu trabalho é essencial), uma variedade maior de médicos e por aí vai.

com qual intensidade você escolheu viver

Claro que o fato de trabalhar de casa facilitou a minha escolha, mas pra chegar até aqui abri mão, quase 10 anos atrás, sem ter muita noção do que estava fazendo, de absolutamente tudo pra recomeçar do zero.

E foi extremamente difícil em milhares de aspectos. Desesperador em tantos outros. Só que a vida é isso aí, e o que a gente pode fazer é pegar o que tem em mãos e fazer o melhor.

Pode ser que algum dia eu acorde pela manhã e queira tudo diferente, e aí a gente muda o que for preciso e recomeça novamente.

Mas, nesse momento, essa é a vida que faz sentido pra mim, e cada segundo dela tem toda a intensidade que sou capaz.

E não importa qual a vida que você escolheu viver, mas sim como e com qual intensidade você está vivendo… Já pensou nisso?

Beijos, Ju♥

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Fiz a escova da Marie Luise e amei. Só faço ela.
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