Tem anos que trabalho com internet, e já faz tempo que venho notando que, quanto mais “envelheço”, mais perco a identificação com marcas que usei boa parte da vida.
Quanto as novas, na imensa maioria dos casos, não consigo me identificar, e nos dois casos o que percebo é que elas não fazem questão de conversar com um público que não é mais tão jovem assim.
Isso vinha me incomodando demais, a ponto de deixar de fazer resenhas de produtos de determinadas marcas por aqui, porque não vejo sentido em usar um produto de quem não faz questão de “conversar” comigo, com meu público.
Hoje, conversando com uma pessoa querida, ela explicou que existe uma razão para que as marcas foquem no público mais jovem e ignorem solenemente o público mais velho. É que, supostamente, existe uma teoria de que quem desperta o desejo e ativa o consumo é o público de 18 a 24 anos.
E isso, pra mim, explica muita coisa. E pra várias de vocês também, porque comentei isso hoje nas redes sociais e geral concordou e caiu em cima.
O investimento é pra esse público, e tudo é pensado de acordo com esse mesmo público, desde as embalagens repetitivas e infantis, que a gente já comentou por aqui, até as campanhas na internet.
E nós, que já passamos dos 30, ficamos de fora.
Não sei vocês, mas eu não me sinto representada. Na verdade, fico profundamente incomodada em comprar um produto de uma marca que não faz questão de se comunicar com o meu público.
E é justamente por isso que, de hoje em diante, resenha aqui só de marcas que nos representem, que falem conosco, que tenham interesse em nós, porque, afinal, não existe justificativa em usar o produto de uma marca que te ignora, não é mesmo?
Se a marca não se interessa por você, tá na hora de acordar e excluí-la da sua vida. Se ela não se interessa por você, não deve se interessar, também, pelo seu dinheiro. Puro exercício de bom- senso, sabe?
No mais, nenhum produto é insubstituível, o que não faltam são opções, e nós, que somos muito mais de 3 milhões por mês, podemos muito bem encontrar opções de produtos de marcas que realmente pensem na gente, que nos representem nos seus produtos, nas suas campanhas e em todo o resto.
Porque a verdade, minha gente, é que tá todo mundo falando de representatividade, mas o dia a dia tem mostrado que isso aí é representatividade seletiva, e representatividade seletiva é hipocrisia, não passa de jogada de marketing.
Concordam? Aproveitem e deixem sugestões de marcas que vocês acham que “conversam” com vocês, que façam campanhas com quem representa vocês, e o contrário também.
Beijos,Ju ♥
P.s: não consegui postar hoje cedo porque tô com o coração pequenininho… Meu Chico, meu amor, meu gatinho amado foi pro céu ontem de noite, e mesmo estando agradecida por ele ter ido sem dor, tô arrasada.