Lembro de um dia, quando era criança, ter ouvido alguém falar que eu era “feito vara de bambu, que balança mas não quebra”, e não sei se sou forte mesmo ou se “incorporei” isso, mas sei, e desde cedo, que não importa o que aconteça, eu vou sobreviver.
Não importa qual dor eu sinta, e eu já senti muitas, de todos os tipos. Não importa quantas vezes o chão se abra e quantos mundos caiam, e já caíram tantos. Não importa quantos erros eu cometa, quantas vezes eu “pegue a via errada”, quantas vezes eu precise recomeçar. Não importa quantas perdas eu tenha, por quantas mortes tenha que passar, eu vou sobreviver.
Não importa o que aconteça, eu sobrevivo, eu vou em frente, eu não lamento, não faço drama, não quero saber o “porquê”. Mesmo vivendo os meus lutos, não perco tempo com a dor, não desperdiço vida com as perdas, não deixo que nenhuma doença adoeça a minha alma.
E não se engane com meu sorriso suave: eu já passei por coisas que a grande maioria jamais conseguiria imaginar. Mas não tiro ele do rosto, não deixo que a dor apague o que existe de melhor em mim, não deixo que o que aconteça de ruim seja mais forte que eu, porque eu, ah, eu sou osso duro de roer.
Eu sobrevivo, eu vivo e vou viver, vou sempre acreditar que o sol vai nascer de novo, cada vez maior e mais cheio de luz, e isso basta pra que eu nunca desista, sobretudo de mim mesma.
E deveria bastar também pra você.
Beijos, Ju♥