Cabelo loiro, em geral, significa gastos a mais. Muitos. E quando se trata do loiro claríssimo ou do platinado, os gastos são ainda maiores, porque a cor só fica bonita e o cabelo só fica bonito se você cuidar.

Antes de clarear é preciso ser realista e analisar até onde o seu cabelo, de uma só vez, pode ou não clarear, já que cada cabelo tem uma pigmentação, e é ela que, em parte,  vai determinar quantas descolorações serão necessárias. Quanto mais escuro for o cabelo, mais difícil será o clareamento, e, por isso, é muito importante escolher um descolorante potente e de boa qualidade, que não estrague tanto os fios.

Caso o seu cabelo tenha tinta, veja a possibilidade de fazer uma “remoção de pigmentos” pra que a cor não fique desigual ou amarelada/alaranjada.

Oxidante de boa qualidade faz diferença no loiro claríssimo!

Escolhendo um descolorante de boa qualidade você já está com meio caminho andado, e aí é hora de escolher a “volumagem” do oxidante.

Muita gente critica o uso de oxidante de 40 volumes, por ele ser mais forte e, consequentemente, mais propenso a causar danos, mas isso é uma besteira, porque cabelo não é receita de bolo e cada um tem uma necessidade específica.

No processo de descoloração, as cutículas precisam se abrir e oxidar a melanina, e isso se faz com o oxidante, sendo que o de 40 volumes é o  mais potente. Todo mundo tem que usar oxidante de 40 volumes pra chegar ao loiro super claro? Não! Depende de cada cabelo! Se a base do cabelo for mais clara e a espessura do cabelo for mais fina, ele “abre” a cor mais facilmente, e o oxidante de 30 volumes pode ser suficiente, assim como em casos de cabelos já descoloridos anteriormente ou com luzes.

Tonalizar ou não?

No meu caso, que tenho cabelo castanho escuro e cacheado, mais grosso e que “puxa” para o alaranjado, só o oxidante de 40 volumes funciona, senão o cabelo fica alaranjado e a cor não abre o tanto que eu gostaria.

Eu uso o descolorante e o oxidante de 40 volumes da Tec Italy, e eles abrem o tom do meu cabelo com muita facilidade, rapidamente e não danifica tanto.

Muita gente “tonaliza” os fios com tinta ou com tonalizante após a descoloração, e vejo que muitas pessoas gostam. No meu caso não funciona, porque todas as vezes em que fiz isso o cabelo ficou amarelado mais rápido, então, ainda no lavatório, ao invés de tonalizar, eu uso uma máscara matizadora, pra remover qualquer resquício amarelado ou alaranjado.

Algumas raras pessoas conseguem chegar ao loiro super claro com tinta, mas isso é muito raro e rende um post, que fica pra amanhã!

 Ainda hoje faço um post explicando quais os cuidados necessários antes de descolorir os fios, certo? E se tiver mais dicas de loiro claríssimo, deixa nos comentários!

Beijos, Ju

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Eu sempre digo que pra o cabelo ficar bonito após as luzes, o trabalho precisa começar a ser feito bem antes. No meu caso, como queria retocar só a raiz, comecei a intensificar os cuidados 15 dias antes, com a aplicação de Extreme-Up, mas vocês podem usar qualquer máscara reconstrutora que tiverem em casa.

É muito importante, sobretudo em cabelos que já passaram por procedimentos químicos, esse “preparo” anterior, por que isso vai fortalecer a fibra capilar e doar aos fios o que ele precisa pra suportar o processo de descoloração, que é agressivo e remove, junto com os pigmentos, boa parte dos nutrientes e substâncias que formam o fio do cabelo. É por isso que se diz, aliás, que quando a gente faz luzes o cabelo perde massa capilar.

Se o cabelo estiver muito detonado ou se tiver passado por um corte químico, a preparação pode ser de meses. Passei por um corte químico  no final de outubro, e consegui, em 50 dias, recuperar os fios e fazer novas luzes, mas o tratamento foi pesadíssimo, e exigiu dinheiro e paciência, porque de três em três dias eu hidratava, nutria uma vez na semana e reconstruía uma vez também, e fiz isso até que meu fios, que ficaram finos e quebradiços, se recuperaram.

Eu, que sempre retoquei a raiz mensalmente, demorei longos cinco meses, após voltar ao loiro, para retocar de novo a raiz. Os motivos? Queria que o cabelo estivesse forte, porque pior do que raiz aparecendo é cabelo feio, quebrando, com aparência de “palha”.

Então, fiz duas sessões de Extreme-Up, que eu já tenho em casa, e que, sim, deixa o cabelo durinho, mas recupera maravilhosamente os fios, e só depois fiz o retoque de raiz.

Assim, o que vocês, via de regra, vão precisar antes de retocar as luzes e/ou descolorir os fios, é de reconstrução. Pode parecer absurdo reconstruir antes das luzes, já que o cabelo ficará “desconstruído” depois, mas a intenção é justamente evitar que os danos sejam maiores. Não sei como os cabeleireiros de outros lugares trabalham, mas no meu cabelo é feito assim, e funciona.

Ah, e tem que ser reconstrução, não vale hidratação, que é ótima, mas não resolve nesses casos. Essa semana ainda eu explico os motivos e a diferença entre os dois procedimentos.

Tem que ser o Extreme-Up? Não! tem que ser a reconstrução que você tenha em casa, e tenha uma boa, porque quem faz luzes precisa disso!

Convém lembrar que bom não é sinônimo de mais caro, mas que, no caso das reconstruções, a grande maioria é mais cara, só que existem sim bons produtos acessíveis no mercado, como os kits emergenciais da Keramax, por exemplo. Mais tarde coloco o vídeo explicando como são feitas as minhas luzes, tá?

Beijos

Ju

Vamos falar de cabelos loiros? Adoro!

As meninas que fazem luzes ou mechas bem sabem que, após o procedimento, é essencial tonalizar ou matizar o cabelo. Isso acontece porque, nesses casos, a descoloração remove o pigmento dos fios, e, pra deixá-los da cor que a gente quer, é preciso acrescentar o tom ou a matiz pretendida.

Mas, qual a diferença entre os dois? Simples!

Matizar é passar de uma matiz para outra, ou seja, de diferentes tons dentro de uma mesma cor para outros tons. Com esse procedimento, a gente consegue intensificar um determinado tom, neutralizar um tom indesejado ou modificar um tom da mesma cor.

A matização pode ser feita de diversas formas, com  tintas, com  corretores e com  máscaras matizadoras, como o BioCale, que já falei muito por aqui.

A tonalização é um processo que dá o tom desejado ou intensifica um tom que já existe. Assim, se você faz luzes e quer um tom acinzentado, você pode tonalizar os fios com um tonalizante de fundo acinzentado para conseguir esse efeito, assim como pode usar o mesmo tonalizante para manter esse efeito.

É muito comum tonalizar os fios, também, após as “progressivas de aminoácidos, que amarelam ainda mais os fios, bem como para igualar o tom da raiz e do cumprimento após o retoque das luzes,  ou fazer banhos de brilho, pra intensificar o tom.

Contudo, a tonalização não possui o poder de clarear o cabelo ou fazê-lo passar de uma matiz para outra, ele apenas corrige (suavemente), neutraliza ou intensifica determinado tom.

No caso dos loiros, os tonalizantes de reflexo acinzentados são os mais indicados para neutralizar os tons alaranjados, pois eles contém mais pigmento azul, que é a cor que neutraliza o laranja. Já os reflexos amarelados podem ser corrigidos com tonalizantes de reflexo irisado, que contém mais pigmentos roxos, que são os que neutralizam a cor amarela.

De modo geral, eu prefiro matizar os fios do que tonalizar, porque matizando o resultado é mais duradouro e o cabelo demora mais a amarelar. Além disso, alguns matizadores, como o BioCale, conseguem “limpar” a cor e deixar o cabelo mais claro, mais platinado.

Beijos

Ju