Prometi pra vocês que viria aqui regularmente contar como estava sendo a experiência de viver sem a pílula anticoncepcional, e já está na hora de atualizar a coisa, porque as minhas impressões já mudaram bastante desde o último post.
Pra quem está chegando agora e não está entendendo nada, sugiro a leitura dos dois primeiros posts:
Vivendo sem a pílula: o primeiro mês
Suspendi o uso do anticoncepcional dia 27/01, depois de 18 anos de uso contínuo, por razões médicas, e estava cheia de dúvidas: será que teria cólica de novo? A menstruação viria forte? A TPM voltaria violenta? Meu humor mudaria?
Bom, a primeira semana foi um festival de complicações, talvez pela falta de hormônios sintéticos, e eu fiquei bem louca: irritada, sensível demais, apática, cansada, sem conseguir me concentrar em nada e chorando por qualquer motivo. Ou melhor, chorando sem motivo.
Na segunda semana o jogo virou e, de repente, comecei a ter ânimo para as coisas, parecia uma criança, com vontade de fazer tudo. Fiquei super animada porque, ao contrário do que li na net, não tive piora na oleosidade da pele e nem no cabelo, e comecei a sentir o corpo desinchar mais.
Tudo estava indo bem demais. E melhorou ainda mais em algumas coisas, só que piorou em outras.
Vivendo sem a pílula: o que piorou?
Menstruei, foi coisa rápida, e minha cólica não foi monstruosa, nada que um remedinho não desse jeito. A TPM, na verdade, chegou junto com a menstruação e não foi violenta. Que sorte a minha!
Depois disso minha vontade de fazer as coisas aumentou 100%, tô me sentindo muito mais viva, mais alegre, mais vibrante, sabe? E minha libido, bom, tá melhor do que nunca! hahaha
Isso é muito importante e acho essencial falar sobre, porque é um absurdo ver mulheres jovens, no auge da sexualidade, com a libido no chão. Isso não é normal, não tem que ser assim, de verdade.
Meu apetite, principalmente aquela vontade de beliscar todas as besteiras do mundo, que geralmente aparecia de noite, está cada vez menor, o que é muito bom, e minha circulação melhorou muito, e isso, junto com o fato de estar desinchando, tem dado uma diferença boa na celulite.
Mas, nem tudo são flores, e o fato é que de umas semanas pra cá minha pele e meu cabelo, que até então estavam normais, começaram a jorrar óleo. Sério, tá complicado!
Não tô tento espinhas nem nada disso, mas faz anos que não tenho uma pele tão oleosa assim, e lidar com uma raiz que parece produzir toneladas de óleo por segundo não tem sido lá muito legal, mas acredito que isso vá se regularizar aos poucos, até por causa da reposição de hormônios que, no meu caso, é essencial, pois tive supressão do eixo hormonal.
Tô me sentindo melhor sem a pílula!
O fato é que por mais que esteja chateada com a parte ruim e com ter que voltar a menstruar, tô me sentindo muito melhor, e, por algum motivo que não sei explicar, mais dona de mim, então tenho levado tudo numa boa. Ainda bem!
Mas, como já disse antes por aqui e faço questão de repetir, a pílula não é, necessariamente, uma vilã, gente. Vilã é a falta de informação adequada. Vilão é o médico que não investiga nada e receita qualquer anticoncepcional. Vilã é você que, ao invés de procurar um médico de confiança e exigir exames completos, compra o remédio que a amiga, irmã ou vizinha costumam tomar.
Ou seja, não vamos demonizar as coisas, porque a intenção aqui não é essa. É informar, é orientar da melhor forma possível, e é, principalmente, dividir a minha experiência, que não é regra pra ninguém.
Beijos, Ju♥
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