Essa semana li alguns textos do Osho (Mesmo não concordando com várias coisas que ele falava, admito que foi um dos mestres iluminados mais inteligentes e mais livres do mundo, e isso é louvável!) que gostei bastante sobre ter suas próprias regras, porque viver uma viva ditada pelos outros, todos os outros, é a coisa mais vazia do mundo.
Então, aproveitando o “gancho”, eu quero falar de regras, eu quero falar de julgamento e de todo esse mundo de “bagagem” que nos é empurrado, mas não vou falar muito das regras impostas pelos outros ou do julgamento alheio. Prefiro olhar a coisa por outro ângulo e falar do quanto nós nos julgamos, do quanto nós nos limitamos, do quanto nós nos censuramos. Sim, porque ao contrário do que dizia Sartre, o inferno não são os outros, somos nós mesmo!
Nós somos domesticados desde muito cedo, e aprendemos, por tortas vias, a nos comportar, pensar, sentir, querer e agir de acordo com o que esperam de nós. Mas o pior não é sermos submetidos a isso, o pior, pra mim, é crescer e não conseguir perceber o absurdo disso tudo e continuar agindo como é esperado, agindo de acordo com o que é socialmente aceito.
Cerceamos as nossas vontades, os nossos sonhos, nossos desejos mais profundos, nossa natureza, pra cabermos “na caixinha”, pra fazermos bonito para os outros, e com isso vamos “enfeiando” por dentro. Tem coisa mais triste e vazia do que isso?
Eu aprendi, em um livro que toda mulher deveria ler (tem post sobre ele aqui), que “ser nós mesmas faz com que nos isolemos de muitos outros e, entretanto, ceder aos desejos dos outros faz com que nos isolemos de nós mesmos”. E eu, sinceramente, prefiro me isolar do mundo todo desde que continue próxima de mim mesma do que o contrário, porque o isolamento de si mesmo mata qualquer pessoa por dentro… A vida seca, a alma fica oca…
O grande problema é que a partir do momento em que nos assumimos, em que passamos a viver do nosso próprio jeito e sob as nossas próprias “regras”, pagamos um preço, e um preço alto, porque passamos a ser ainda mais julgadas, só que isso é muito pequeno diante do que conquistamos: a liberdade de ser nós mesmas.
Pra mim, não importa se vou ganhar ou perder com minhas escolhas, desde que eu tenha a liberdade de fazer cada uma delas de forma consciente. Não importa o preço, eu pago. Não importa o sofrimento que isso gere, eu aceito. Não importa quem vai me julgar, me apontar ou condenar. Podem condenar (e todo mundo condena tudo mesmo, inclusive eu e você), porque esse é um dos preços que se paga . Se a consequência é essa, eu aceito sem pestanejar, porque é impossível viver a própria vida seguindo a cabeça de quem quer que seja, seguindo as regras e imposições de outro que não você.
É a sua vida, sabe? Trata-se da SUA vida e ela deve ser pautada nos seus parâmetros, nos seus sonhos, nas suas vontades, na sua experiência, na sua verdade e não nos desejos, julgamentos ou vontades alheias.
Então, não se preocupe com o que os outros vão pensar. Todo mundo sempre pensa alguma coisa… Não se importe com o que vão falar. Todo mundo sempre fala de tudo… Apenas faça o que te faz feliz, o que te proporciona alegria, o que você quer fazer. Não importa se é ridículo (olha o julgamento aí…), não importa se “não tem cabimento”, não importa se é “sem pé nem cabeça”…
E, por favor, pare de se julgar, pare de se condenar, pare de achar que tudo é errado, que nada é adequado ou coisas do tipo. Não seja uma cópia, não seja um fantoche… Esqueça as regras, esqueça os outros e seja apenas você. Seja autêntico, seja você, seja lá quem você for!
Beijos
Ju