Adoro um detox, principalmente de coisas, de pensamentos, de comportamento, de vida, e até de pessoas. Agora caí no detox digital. E que coisa maravilhosa, gente!
Só me pergunto porque não fiz isso, assim com tanta eficácia, antes.
Muita gente acha que isso tudo é uma bobagem sem tamanho, mas eu acredito em energia, e acho, mesmo, que tudo aquilo em que colocamos a nossa atenção nos influencia de alguma forma, ainda que inconscientemente, sabe?
Anos atrás era sagrado ler, já no café da manhã, um jornal (impresso, por favor) pra saber das primeiras notícias. E jamais terminava um dia sem “me atualizar”.
Eu queria saber o que estava acontecendo na minha cidade, no meu estado, no meu país, no mundo, o que é ótimo, só que 99% era tragédia ou coisas inúteis, e com isso eu perdia tempo e energia.
Era tanta coisa ruim que eu assistia e lia todos os dias que aquilo começou a me fazer mal. E claro que sei que o mundo não é feito de florzinhas e borboletas, mas ver e ler apenas coisas ruins tinha se tornado tóxico pra mim.
Cancelei a assinatura do jornal (eu sou dessa época, tá? hahaha), de várias revistas, parei de assistir TV. Foi um alívio.
E aí veio a internet.
Centenas de perfis incríveis, milhões de novidades, coisas super inspiradoras, tudo ao mesmo tempo, e tudo tão perfeito que era impossível não seguir, não ver.
Com o Instagram, então, fiquei maravilhada. Recebia ali, a qualquer hora do dia, bem mastigadinho, uma “foto inspiração” de tudo que eu “precisasse”, e só tinham campeões em tudo, os melhores, os que conseguem tudo em todas as áreas, com mentes “equilibradas”, corpos “perfeitos”, tudo “perfeito”, tudo.
E, Deus, como eram incríveis aquelas pessoas, aquelas vidas. Ou, como descobri mais tarde, como pareciam ser…
Acontece que de alguma forma tudo aquilo começou a me incomodar, e isso não tem absolutamente nada a ver com aquelas pessoas, mas comigo, sabe? O problema, meus caros, não é o outro. Sou eu.
Eu, que sempre procurei traços de humanidade com os quais me identificar. Que, veja só, queria poder me inspirar em pessoas tão imperfeitas quanto eu. Que tantas vezes recitei silenciosamente o Poema Em Linha Reta, de Fernando Pessoa (Álvaro Campos), e, assim como ele, me questionei: “Onde é que há gente no mundo?”.
E foi pensando nisso que achei que estava na hora de fazer um detox digital. De parar de seguir semi-deuses. De acompanhar apenas quem, por algum motivo, me proporcionasse, sem nem ter noção, aquela sensação boa de felicidade, de alegria, de acolhimento. De humanidade.
Eu queria, e continuo querendo, gente “normal”, o tal do gente como a gente. E, cara, tem tanta “gente como a gente” fazendo coisas incríveis e inspiradoras, sabe?
Aí aboli um monte de sites e blogs que não me acrescentavam nada, saí de vários grupos que, sinceramente, estavam virando palco de intolerância, cobranças e chatice e, até o momento, parei de seguir mais de 400 pessoas no Instagram. Ainda falta, tô fazendo testes diários, mas, gente, que delícia!
É muito bom “dar de cara”, todos dias”, com coisas que me fazem feliz. Com gente que me diverte, com frases que me fazem pensar, com pessoas que, se mostrando reais, me inspiram, com histórias que me acrescentem, que me façam crescer como ser humano, sabe?
No mais, tenho reduzido bastante o tempo que perdia vendo “nada” na internet. E o WhatsApp, papo pra outro post, silenciei, porque não tem como se concentrar em nada nessa vida checando o celular de 5 em 5 minutos, né?
E o resultado disso tudo é que tô mais leve, mais focada em mim, olhando mais para dentro e menos para os lados. E tudo isso tem me feito muito bem. Recomendo!
Já tentou algo parecido? Divide aí com a gente!
Beijos, Ju♥
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