Meninas, calma! Não estou ofendendo ninguém, leiam o post todo antes, ok?
O que é e onde surgiu?
A primeira Marcha das Vadias ocorreu na Universidade de Toronto, Canadá, no dia 3 de Abril de 2011, e foi a forma que universitárias de lá encontraram para protestar contra opiniões machistas, preconceituosas e descabidas que diziam que as universitárias do Campus, e todas as mulheres de uma forma geral, eram estupradas e abusadas sexualmente porque incitavam os homens a cometer o crime em razão das roupas que usavam.
Diziam (e ainda dizem e pensam assim) que a roupa da mulher sinalizava que ela estava se insinuando.
Só que, o que mais causou revolta nas universitárias de Toronto foi o fato de lá ser um lugar frio e nevar, logo, ninguém saía seminua e os ataques sexuais contra as mulheres eram frequentes.
Ninguém é culpada por sofrer abuso!!!!
As justificativas para culpar as mulheres pelo abuso que sofreram e sofrem todos os dias causou tanta revolta que mulheres do mundo todo e minorias em geral (homossexuais, transexuais, homens franzinos) aderiram ao movimento e, no Brasil, já é realizado em muitas cidades.
Afinal, não é a roupa que você usa que tem culpa! Ninguém sai de casa querendo ser abusada (cantadas de pedreiro e os chavões “ô lá em casa, ah se eu te pego” são abusos sim!) e muito menos estuprada, por isso o movimento ganhou tanta força e recebeu este nome (tradução genérica, em inglês é Slut Walk).
O culpado é o abusador e a sociedade, que, de certa forma, relaciona caráter com vestimenta.
E o pior é que tem babaca (é, sou revoltada com retrógrados), que ainda acha que a mulher usa uma roupa para seduzir.
No próximo 3 de abril…
Por isso, meninas, no próximo 3 de abril, procure em sua cidade locais onde ocorrerão a Marcha e, caso queira, participe.
Muitas mulheres participam de lingerie, seminuas e há quem faça topless. Isso vai de cada uma. Na minha cidade, uma querida minha, a Vera, está reunindo um grupo para caminharmos juntas com cartazes e com roupas de uso diário, no entanto, ninguém será impedida de usar o que bem entender.
Beijos, Dani.