20.01.2015

Como Fazer Uma Monografia Incrível?

Esse é um tema que não tem nada a ver com um blog de beleza, mas o JV é o meu mundo, e a monografia já fez parte desse mundo, e quando, tempos atrás, falei um pouco sobre isso recebi vários pedidos pra falar mais sobre o assunto. Pois bem, vamos lá!

Eu amei a minha monografia, mas foi, com certeza, uma das coisas menos serenas que já fiz na vida porque passei meses completamente envolvida e surtada. Sério, eu só falava sobre isso, pentelhava todo mundo, fiz todo drama do mundo e me recusava a entregar a 5 páginas  mensais (ou eram semanais? Não lembro!) porque tinha medo de não estar fazendo o melhor, tremia na base só de pensar em ser criticada pelo professor, em passar vergonha e coisas do tipo. É, eu era dessas! rs

Mas no fim deu tudo certo e,  apesar de fazer a apresentação sentada porque não tinha perna pra aguentar o nervoso do julgamento alheio, tirei 10 e o trabalho foi indicado pra publicação. Fiquei orgulhosa!

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E, no fim, o que me apavorou por meses foi uma benção, de verdade, porque foi ali que vi que o que mais gosto de fazer na vida é escrever e que é isso que, de uma forma ou de outra, sempre vou fazer, sempre!

Como tudo na vida, não existe receita de bolo, mas vou dividir com vocês o que acho, pela minha experiência, que pode ajudar!

1. Escolha um tema que você goste, que te motive de verdade

Muita gente não tá nem aí pra monografia e quer o tema mais fácil (e não tem nada demais nisso, viu gente?), e a grande maioria faz o lógico, que é escolher um tema que “domine”, que tenha familiaridade. Pois eu aconselho ir pelo caminho oposto e escolher não  o que você sabe, mas o que você gosta, o que te desafie, o que te impulsione, que te motive.

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A razão é bem simples: você vai precisar se dedicar muito e vai chegar um momento em que a coisa vai “pesar”, que vai ficar chato, que você estará exausto, e quando isso acontece a gente só segue em frente de verdade se a coisa for motivadora, sabe? Comigo, pelo menos, é assim!

2. Escolha um bom orientador

A escolha do orientador é vital, porque ele serve como um “farol”. Um bom orientador te sugere uma boa lista de livros, artigos e autores que vão servir de base pro seu trabalho, te direciona, debate ideias e te ajuda de verdade.

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No meu caso, escolhi o orientador (Gamil Foppel, meu professor de Penal) antes de pensar no tema. Era alguém que eu admirava, que tinha acesso fácil, que me deixava à vontade, que me direcionou muito bem e que me ajudou imensamente.

3. Planeje o sumário

Quando decidi que queria falar sobre a antecipação terapêutica do parto de fetos anencéfalos, a primeira coisa que fiz foi sentar com meu orientador e planejar o sumário.

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Provavelmente esse não será o sumário final, porque ao longo do estudo a gente descobre coisas novas e tudo muda, mas é muito importante ter um “mapa” pra direcionar a pesquisa, sabe? O mapa é o sumário!

Ah, introdução e conclusão são as últimas coisas a serem escritas!

4. Planeje seu tempo

No meu caso, a monografia foi no último ano de faculdade e a tensão era enorme porque além de estudar as matérias do curso, tinha o estágio, a monografia e a preparação pra OAB.

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Tive um excelente professor de metodologia, mas fui péssima porque não conseguia seguir o cronograma que ele planejou, e hoje sei que se tivesse seguido tudo seria mais fácil, então planejem bem o tempo de vocês, definindo prazos e metas.

5. Pesquise muito

Use sempre a referência da referência, só os melhores, e tente pensar a situação por um ponto de vista diferente, afinal, repetir o que já disseram não tem a menor graça.

Minha monografia foi sobre a anencefalia, mas pra entender todo o contexto saí da parte “jurídica” e fui buscar uma visão “macro”. Quis entender a parte religiosa, a parte história, a parte médica e a parte “real”, de quem passou por aquilo, pra só aí, com uma visão ampla, moldar o meu trabalho do ponto de vista jurídico, o que, em alguns aspectos, foi contra a minha opinião pessoal. Sim, a minha monografia foi um trabalho jurídico e não um texto opinativo.

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Por isso, conselho de ouro: não caia na armadilha de ler apenas os autores que defendam o mesmo que você. Você precisa ler os argumentos contrários e aprender com eles, analisar se existe “fundamento” no que está sendo sustentado e listar os motivos pelos quais você não concorda. Isso enriquece demais o trabalho e faz com que a gente aprenda muito mais.

6. Tenha um fichário

Eu gosto de organizar tudo em tópicos, porque acho que facilita, sabe? Então comprei um fichário grande e dividi em partes, sendo que cada parte (cada uma de uma cor rsrs) era pra um capítulo, e aí fazia mais divisões pra cada tópico daquele capítulo.

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Não escrevi a monografia seguindo uma ordem exata, fui pesquisando e escrevendo por partes, e manter esse fichário com as minhas ideias e conclusões foi bem importante pra “juntar” as ideias, até porque mudei de opinião muitas e muitas vezes (e eu acho isso ótimo!).

7. Esteja com tudo pronto 1 mês antes

Minha mono foi feita “por partes”, e 1 mês antes eu juntei tudo e sentei pra escrevê-la, porque antes disso o que existiam eram “pedaços”, fragmentos, opiniões. Escrevi tudo em 5 dias (quase 90 páginas), li e reli diversas vezes (seguidas!rs), e enviei pra que um amigo médico analisasse a “parte médica”, pra que uma amiga olhasse a parte “constitucional”  e pra que o orientador corrigisse.

Cada observação deles gerava uma nova revisão, uma nova pesquisa e isso se repetiu várias vezes.

Quando ficou tudo pronto, enviei pra formatação (sou péssimaaaa nisso!) e aí foi um problema, porque a pessoa que contratei pra colocar a monografia nas normas da ABNT resolveu fazer uma “correção ortográfica” e surgiram mais vírgulas que tudo!

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O problema foi que ela me entregou no prazo final (era até 10 da noite, não lembro se 26 ou 28 de outubro) e foi um “Deus nos acuda” porque já estava em PDF, eu não sabia como ajeitar e ainda tinha que imprimir todas as vias e encadernar (tava tudo lotado!).

Ou seja, pelo menos 2 dias antes do prazo final esteja com tudo pronto e encadernado, e lembre de avisar a quem for cuidar das normas da ABNT pra não ir além disso! rs

8. Se prepare muito pra apresentação!

Ensaie antes, estude muito a sua monografia e tenha em mente que ninguém sabe mais sobre a sua monografia que você, afinal, você que fez, então não precisa ter medo do que a banca vai perguntar, sabe? Eu tive, e meu orientador me disse exatamente isso, que todas as perguntas estariam dentro da monografia, e que ninguém, além de mim, saberia responder melhor, e é verdade!

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Acontece que eu morria de vergonha de falar em público e morria de medo de não saber responder e passar vergonha, então fiz a apresentação sentada, o que não é ideal, porque a apresentação vale pontos (na Unifacs era assim).

Isso é um resumo do que acho que funciona, de coisas que funcionaram comigo e de coisas que eu deveria ter feito.

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Fiquei em dúvida, no fim, se colocaria ou não o post, mas já recebi tantos pedidos relacionados a isso e ao Direito que acho que pode ser uma boa, vez ou outra, falar um pouco sobre isso, sabe?

E pra quem tá fazendo a mono: vai com calma que tudoooo vai dar certo!

Beijos

Ju

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