Eu tive um professor de história no 2º Grau que dizia que a grande maioria das guerras do mundo foram causadas pela intolerância. Intolerância religiosa, intolerância cultural, intolerância racial, intolerância de todos os tipos… Mas, a intolerância não causou somente as grandes guerras não, ela causou e causa, todos os dias, grandes e pequenas guerras em nossas vidas.
A grande verdade é que somos programados pra “convencer”… Achamos que a nossa religião é a certa e queremos convencer os outros disso, acreditamos que a nossa cultura é que é a melhor e queremos doutrinar as outras, achamos que as nossas opiniões são as mais coerentes e não aceitamos que isso seja questionado, achamos, enfim, que as nossas verdades são absolutas, e não, não são.
Vocês já pararam pra pensar na quantidade de vezes que já discutiram, que já brigaram, que já se distanciaram de pessoas porque, simplificando, elas pensam, sentem ou agem de forma diferente de vocês? Eu já, e fiquei chocada com a conta…
Uma pessoa pensar, agir e sentir as coisas de forma diferente de mim não significa que ela está contra mim e não significa que eu estou certa e ela errada, significa somente que ela teve outras experiências que culminaram naquela visão de vida, e pra ela a sua forma de agir e pensar está certa, da mesma forma que eu acho que a minha está certa.
Quem, afinal, está certa? Eu e ela, claro, porque tudo depende do ponto de vista. Aqui não existem verdades absolutas, existem escolhas próprias e experiências diferentes, e a ninguém é dado o direito de violar as crenças de quem quer que seja pra que elas sejam compatíveis com as suas.
Isso é, aliás, de uma brutalidade, de uma violência sem tamanho… O grande problema é que a maioria, e eu já fui assim em muitos momentos, se sente ameaçada com as diferenças e acredita que discordar, que ser diferente, que pensar de forma diferente é criticar, e não é, de forma alguma.
Uma coisa que acontece muito comigo é o tal do “embate da carne”. Eu não como nenhum tipo de carne, mas isso é uma opção minha, é condizente com o que eu acredito. Pois bem, já ouvi dezenas de vezes que eu não deveria frequentar locais que tivessem carne e que não deveria “dividir a mesa” com quem consome. Oi? Eu frequento os lugares que eu quiser e divido a mesa com quem eu quiser, porque o que a pessoa ao lado faz é uma escolha dela e não minha, e eu não tenho o direito de tentar convencer quem quer que seja de que o certo é não comer carne. Ora, é certo pra mim, é a minha verdade, e não posso impor isso a quem quer que seja, do mesmo jeito que não quero que tentem me convencer do contrário.
Mas infelizmente não é isso o que acontece, e as pessoas passam o tempo inteiro tentando convencer as outras de tudo, ao invés de respeitar as escolhas alheias e viver as suas. É preciso entender que, concordando ou não, temos que respeitar as escolhas e opiniões das outras pessoas (ok, aqui existe a exceção das “patologias”) e ponto final.
E já que hoje é domingo de Páscoa, e que essa data é importante pra tanta gente, que tenhamos a bondade de deixar ressuscitar em nós não só o amor, mas o respeito e a tolerância para com o próximo!
Boa Páscoa pra vocês!
Ju
Linda mensagem. O exercício da tolerância provavelmente seja um dos mais difíceis para uma vida mais leve para uma convivência harmoniosa com o semelhante sem agredir (ou julgar) aquilo que o outro acredita. Assim que começa Ju, com pessoas como vc que possui uma excelente quantidade de leitoras assíduas para repensarem se em algum momento da vida não poderiam melhorar suas atitudes. Afinal, nós também temos que ser tolerados…. Bjs <3
Isso mesmo Lu! <3
Perfeito seu texto Ju, penso exatamente assim..Acho que com educação,bom senso e a tolerância muitos problemas se resolveriam.Tenho acompanhado o seu blog e estou gostando bastante.bjs!
Oi Pri! Também acho, e é isso que anda faltando!
Que bom saber disso, fico feliz!
Beijos
te amei desde agora e isso que nunca tinha visto teu blog! mas só de ver auguém que pensa assim e que expõem sem medo é lindo, que pessoa maravilhosa que vc é!! good vibes!!!