Essa semana uma leitora, a Gabi, fez um comentário em um tópico sobre autoestima lá no nosso grupo do Facebook, que, dentre tantos outros, colocou o dedinho na ferida e me fez lembrar do fantasma da cobrança social e do peso do que devemos ser, mas não somos.
Essa ideia toda de que devemos ser alguma coisa me incomoda profundamente, porque ninguém veio a esse mundo pra seguir script, cada um tem seu próprio caminho, tempo e forma de caminhar.
Mas, querendo ou não, fomos todos moldados nesse caldeirão que diz o que cada um deve ser, e quando. E, minha amiga, quando a nossa vida não sai exatamente como o esperado é difícil, muito difícil, não sucumbir aos gritos silenciosos das cobranças alheias.
Eu senti e sinto isso na pele de diversas formas, então entendo exatamente o que a Gabi está sentindo, porque já passei pelo mesmo.
A regra é que você, aos 30, esteja plena e realizada, mas da maneira tradicional: emprego “bom” e estável, casa própria, casamento e filhos, talvez. E quando você não tem uma dessas coisas aí, sobretudo um emprego rentável e “seguro”, parece que você fica de fora do mundo, sabe?
Seja porque você não conseguiu uma recolocação profissional, porque você, como eu, decidiu mudar de planos e precisou recomeçar, ou por qualquer outro motivo, o fato é que não é fácil lidar com a cobrança que vem de todos os lados, não é fácil não se deixar atingir psicologicamente e, como bem disse a Gabi, não se sentir incapaz.
Incapaz, frustrada, assustada, acuada, com medo, engolida por um turbilhão de dúvidas. Não é fácil, nesse contexto, continuar sendo positiva, acreditar em si mesma, ser forte, manter o foco e fazer o que precisa ser feito. Não é.
Tudo isso nos afeta de uma forma que só quem sentiu na pele (e na alma) pode mensurar. Chega um momento em que a gente não se reconhece mais, que entra em “modo de sobrevivência”, que, de alguma forma, se “desumaniza” mesmo. Que é engolida por uma avalanche de baixa estima e não consegue reagir, porque o peso, tanto das cobranças internas como das externas, é demais pra segurar.
E nesse momento, quando, psicologicamente, tudo desaba, quando os muros caem e todas as estruturas que nos sustentam desmoronam, surge, não sei como ou de onde, uma força que é a única coisa que vai te sustentar: a fé em si mesma.
Não me pergunte como, mas “na beira do abismo”, ela (quase sempre) vem, e vem com uma força violenta.
E aí a gente tenta de novo, e de novo, e mais uma vez, e quantas vezes forem necessárias, e parece que nada mais é capaz de nos derrubar. Eu não faço ideia do que seja essa “força”, mas ela me fez tampar os olhos e ouvidos para o burburinho alheio e acreditar apenas em mim.
E me fez continuar, dia após dia, apesar de todas as coisas.
E sabe o que é mais engraçado? É que chega um dia, garanto, que a gente ri disso tudo. Chega um dia em que essas mesmas pessoas que te apontavam o dedo, que te faziam sentir tão mal, começam não só a te aplaudir, mas a se inspirar em você.
O meu dia, por incrível que pareça, foi hoje, Gabi. Hoje, com uma paz de alma enorme, eu vi quem, primeiro, me ridicularizou, quem, não conseguindo, tentou me puxar de volta, quem tentou me fazer parar de todas as formas possíveis, pedir, pagando, pra me ouvir. Porque o que antes era ridículo, hoje é motivo de orgulho, de inspiração, veja só…
E esse dia vai chegar pra você também, Gabi, e você vai voltar a ser mesma menina que “vai atrás daquilo que sonha e acredita”, só que muito mais forte. E vai realizar muito, vai ter altos e baixos, vai perder, vai ganhar, vai viver.
Viver sendo quem e o que você quiser ser, sendo maior e melhor do que era antes, porque a voz de dentro será tão, mas tão alta que o barulho de fora não terá mais importância.
O seu dia vai chegar, vai por mim. Enquanto isso, tenha força… Você consegue!
Beijos, Ju♥
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OLÁ!! LINDAS FORAM AS SUAS PALAVRAS… A VOZ QUE VOCÊ ESCUTA QUANDO ESTÁ PRESTES A CAIR NO ABISMO É A VOZ DE DEUS DIZENDO QUE VOCÊ É VENCEDORA E NADA E NEM NINGUÉM PODE TE ABATER A NÃO SER QUE VOCÊ ABRA A PORTA E A JANELA DA SUA MENTE E DE SEU CORAÇÃO, PARA SE ALIMENTAR DAS MAUS PALAVRAS. DEVEMOS NOS LEMBRA DE QUE QUEM TEM O CONTROLE DE ACESSO A NOSSA VIDA SOMOS NÓS MESMO E SE TEMOS 20 OU 30 OU 40 OU 399 ANOS ISSO NÃO INFLUENCIA EM ALGUM SONHO QUE NÃO FOI REALIZADO, POIS PARA TUDO HÁ SEU TEMPO, NÃO É VERDADE?! ATÉ AS ARVORES PRECISAM PASSAR POR UM PROCESSO ATÉ SER PROSPERA E DAR SEUS FRUTOS, PORQUE NÓS NÃO HAVEMOS DE TER. LINDA QUE DEU TE ABENÇOE E QUE SUAS PALAVRAS CONTINUEM AJUDANDO MUITAS PESSOAS, BEIJO E FICA COM DEUS.
Ju,fico me matutando…a gente tem que ter muita personalidade para sobreviver a esse mundo louco,a essa correria atrás de fama,dinheiro e status.
Li um post que vc escreveu sobre sua amiga,que decidiu ser dona de casa e aquilo foi como um tapa de realidade para certas pessoas que tem vergonha de ser quem são,por medo da crítica.Eu por exemplo,tenho 31 anos,não tenho faculdade porque tudo que amo fazer na vida não depende disso e meu sonho é daqui uns anos ter uma casa no meio do mato e comer aquilo que eu plantar…críticas?beijinho no ombro pra quem vai ficar na platéia,nunca dei bola para a torcida!
Obrigada pelos posts inspiradores e por ser porta voz de quem muitas vezes não tem.
Adoro vc e seu blog…bjos lindaa! <3
Ju. Eu li esse seu post maravilhoso, e me imaginando num breve futuro lendo um livro de sua autoria. Grande beijo, amo esse textos.
Manu, linda, esse livro já sai! <3
Beijos
Tbem estou chegando aos 30. E muitas duvidas.
Ju… Existem mais Gabis do que vc imagina perdidas nesses pensamentos agora e, que precisam ler isso. Hoje eu sou uma Gabi tbm. E te agradeço pelas palavras. Pois parece que vc ouviu meu coração.
Texto pra vida… E para todas as Gabis do mundo!!!
Obrigada, Ju!
Bjs
Sol, minha linda, que bom que, de alguma forma, essas palavras chegaram no seu coração… <3
Olá. Tenho 28 anos, e há 3 anos fui diagnosticada com Lúpus que mudou minha vida completamente. Desde então não consegui voltar a trabalhar, e muitas pessoas me faziam me sentir uma inútil… “Não faz porque não quer” … queriam saber mais sobre meu estado e minhas dores do que meu Reumatologista e eu.Tudo porque conheciam alguém que tinha o mesmo e levava vida normal.. (detesto comparação) Depois de mais de 1 ano sofrendo por isso decidi dar um basta e procurei ajuda profissional de uma psicologa… Hoje estou bem melhor, vivendo pra mim, fazendo apenas aquilo que me agrada e sem me preocupar…se não tenho emprego, se tive que largar os estudos por causa da doença, se não casei ainda… cada pessoa tem seu tempo, e cada pessoa escolhe se vai quer te-lo ou não. No final o importante é nosso bem estar físico e psicológico e sermos felizes.
Adorei o texto, mas não acho que esse vazio e as cobranças de limitem às mulheres de 30… Isso é geral…. Homens, mulheres, crianças, idosos… O ser humano está perdendo sua humanidade, sua essência… Pra ser tornar um ser vazio, movido por uma sociedade de consumo e photoshopada!
Olá querida! Este post foi pra mim também, pois não sei mais quem eu sou, tenho uma família tipo comercial de margarina tenho casa própria, levo uma vida confortável porém não trabalho e ai que meus sentimentos embaralham pois vejo amigas tão independentes conquistando tantas coisas e eu tipo parada no tempo, o meu maior medo é de ficar velha e infeliz por ter medos de me impo, mas só Deus mesmo em causas impossíveis KKKKK. Bjo. Ju gostaria de mais posts de Mulher dos 30 tem muitas mulheres que como eu as vezes não há ninguém que as compreendem e tu és tipo um brilho que nos dá esperança.
Estou sentindo isso na pele Jú… Tenho 35 anos, estou solteira, não tenho filhos e estou querendo voltar a estudar e trocar de profissão… Já cansei de ouvir “Mais vc é tão bonita, porque não casou ainda?” como se houvesse algo de errado em mim kkkk. E agora os comentários só pioraram, depois de formada e pós graduada, decidi mudar de área, não estou feliz onde estou e nunca fui acomodada. Engraçado como nossas escolhas afetam as outras pessoas né…
Que bom ter lido esse texto hoje, pois estava me sentindo assim incapaz… no meu caso, tenho emprego bom, saúde, viajo, tenho amigos, mas há uma cobrança imensa em cima de mim por não ter me casado ainda aos 32 anos. Eu mesma me acho super jovem, bem cuidada e feliz, mas os outros me fazem sentir uma velha que ficou para trás. Aí tenho todo um trabalho mental comigo mesma para reconhecer tudo o que conquistei até agora e voltar a me sentir bem comigo mesma. Enfim, não é fácil mesmo, mas também não é impossível.
Que mensagem linda e inspiradora Jú!
Me sinto exatamente no modo de sobrevivência e é muito bom poder ler suas palavras e saber que há esperança.
Muito obrigada!
Beijos
Ju, que texto … amo sua forma de ver as coisas e de nos passar essa mensagem e ajudar a enfrentar esse mundo de status e que quem vai por outro caminho é criticado e etc. Como a leitora Gabi disse em algum comentário abaixo isso se enquadra em todas as idades, lembro quando estava terminando o ensino médio e minhas amigas ( que na verdade não eram verdadeiras) tudo criticando porque elas iam apenas estudar e fazer grandes faculdades após o ensino médio e eu queria focar no trabalho ia fazer cursinho porém trabalhar ao mesmo tempo, não me importei e segui o que eu queria, meu maior valor é a familia e vida espiritual não tem meus sentimentos amarrados aos status da sociedade. Ju faz um livro !!! você é demais
Adorei a mensagem. E sinceramente fico mais aliviada de saber que existem pessoas na mesma situação! Eu tenho 30 anos, sou casada, não tenho filhos e não tenho faculdade. E sinto na pele essa pressão que a sociedade nos impõe tipo “Nossa 30 anos e não tem filhos”, “Nossa porque é casada e não tem filhos, tem algum problema?” “Nossa você não tem faculdade?” “Nossa você tem que ser independente”.Nossa, nossa e mais nossas! Creio que todas queríamos ser “perfeitas” com uma família linda, independentes, com alto status social, viajar, viver sorrindo, ter o marido perfeito, ter o melhor emprego do mundo. Mas infelizmente a realidade é outra, mas a sociedade não admite isso. Para mim o importante é o que EU sei a meu respeito, EU sei das minhas lutas e o meu único foco é ser feliz do meu jeito!!!!
Nanda, é isso aí!
Adorei o texto. Eu também sofro essas “pressões”. Mas não dou bola. O que é bom para um não é para o outro. Nem tudo que uma pessoa gosta é o mesmo que o resto do mundo gosta. O que levo para mim é: ser sempre eu mesma, afinal quem fica cutucando muito a vida dos outros é porque esqueceu da sua que não deve ser nada interessante. Sinto também uma inveja grande dessas pessoas que alfinetam as decisões dos outros. No fundo queriam fazer igual, mas não podem. E quer saber, não temos a obrigação de agradar os outros. Ninguém sabe e nem tem porque saber das origens, realidade e vontade dos outros. Bjusss :)
Tá certíssima!
É incrível como num momento de turbilhão de emoções e pensamentos perfeitamente reproduzidos nesse texto achamos q estamos sozinhos e somos a única pessoa sentindo e pensando tudo isso antes descritos, é uma injeção de ânimo saber que não estou sozinha e que se eu persistir e for forte o suficiente para me superar conseguirei passar pela tormenta. Gratidão por esse texto
Nossa Jú me identifiquei demais…muito bom! Adorei! E é bem isso mesmo. Bjos
Me orgulho de estar beirando os 45 plena: sabedora das minhas qualidades e defeitos, vivendo a vida sem seguir roteiros sociais pré estabelecidos, tendo feito conquistas importantes na vida. Mas admito que existe uma janelinha contraditória que teima em abrir: a auto estima, o auto amor, ou a falta deles… Mas ainda bem que sou jovem demais pra desistir de mim mesma e que a terapia tá aí, pra ajudar no que ainda falta!!!
Gostaria de modo e beleza para mulheres acima de 50 anos grata