17.04.2016

A vida não é um conto de fadas… Ainda bem!

É muito melhor que isso!

Não que seja culpa da internet, mas é fato que as redes sociais (principalmente o Instagram e seu mundo perfeito) são, em grande parte, meio que responsáveis pela “glamourização da vida”, pela venda de um conto de fadas que simplesmente não existe, mas que a gente, no fundo, sonha e talvez até acredite.

A gente sonha com um eterno verão, onde tudo é lindo, onde tudo é riso, onde tudo é festa, e esquece que a vida é feita de estações, e que pra ter significado, pra ter profundidade, pra ser vivida de verdade, a gente precisa passar por cada uma delas.

A vida pode (e deve) ser maior que qualquer conto de fadas!

Precisa porque a vida é cíclica, e as estações da alma (e da vida) vão se repetindo sempre, mas de forma diferente, num eterno vai e vem, e se a gente não vive e respeita cada uma delas até a última gota, se a gente tenta “pular” a estação que julgamos não ser tão boa assim pra viver eternamente em outra, a gente não cresce, não amadurece, não “anda”, fica aprisionado no tempo.

Não se vive só de riso, assim como não se vive só de choro. Cada dia tem um tom, e se é pra celebrar, vamos lá. Se é pra chorar, a gente chora. Se é pra plantar, a gente planta e espera a colheita, que, tenha certeza, na hora certa vai chegar. Na hora certa a gente vai amar, vai deixar de amar, vai separar, e vai começar tudo de novo.

Tem época pra manter os pés no chão, épocas onde o peso é tão grande que a gente não consegue nem sonhar. Onde falta força, falta coragem, falta vontade de realizar. Mas, não mais que de repente, chega o momento de sonhar os sonhos mais lindos, de correr atrás, de não ter mais medo, de confiar cada vez mais na vida, de botar pra quebrar.

Tudo é fase, cada uma traz um aprendizado, e a gente precisa aprender a viver tudo isso com beleza, com leveza, porque uma vida não é feita só de verão.

É preciso viver o inverno, da vida e da alma, muitas e muitas vezes. É preciso passar por perdas, por lágrimas, por dores, por limitações e por todas as coisas que a gente não deseja, porque essa é a fase onde a gente mais cresce e aprende, inclusive sobre nós mesmas. E dela a gente sai muito mais forte, e forte não só pra recomeçar, mas pra saber apreciar a primavera que logo chega.

E como chega bonita, hein? E chega bonita porque a gente aprendeu, porque cresceu, porque agora o desabrochar tem muito mais força e beleza. Porque depois de conhecer a tristeza, a alegria é muito mais intensa, e a felicidade também. Essa é a fase da colheita externa, onde tudo parece dar certo, onde a gente realiza muito, sonha e faz acontecer.

E aí vem o verão, a época da celebração, do nosso auge, do nosso conto de fadas pessoal. Aqui parece que nada pode nos atingir, e tudo o que importa é se divertir, é aproveitar e realizar, realizar, realizar.

Mas essa fase também passa, porque tudo, até as melhores coisas, um dia cansam e precisam de evolução, e aí a inquietação vem e começamos a nós questionar e a questionar o mundo ao redor. É o outono da vida, a época do “mudam-se os quereres, mudam-se as vontades, muda-se o ser, muda-se a confiança: todo o mundo é composto de mudança, tomando sempre novas qualidades”, como bem dizia Camões.

Apesar dos conflitos internos e de tantas, tantas dúvidas, o outono é das estações mais lindas, porque nos impulsiona a mudar, e é mudando que a gente cresce. E querendo coisas novas voltamos a sonhar e a plantar, pra depois do inverno, onde nada parece dar muito certo, mas onde, na penumbra, tudo ganha força, podermos ver muitos deles brotar, se realizar.

E só se realizam, plenos e cheios de significado, porque vivenciamos todas as estações, porque mergulhamos fundo, aprendemos e crescemos com cada uma delas.

E só depois disso entendemos que conto de fadas é pequeno, é raso, é pouco demais pra uma vida de verdade, e a gente merece muito, infinitamente mais!

Beijos, Ju♥

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