Uma pergunta muito recorrente é sobre o pH do cabelo, sobre qual seria o pH, e aqui a gente precisa explicar algumas coisinhas.
Pra começar é preciso entender que o pH só acontece em meio hídrico (água). Óleo, por exemplo, não tem pH. Se não tiver água não tem como medir o pH.
Cabelo não tem pH
Aqui é essencial entender que pH do cabelo é diferente de pH ideal do cabelo, porque cabelo não tem pH.
Cabelo tem carga, essa carga não depende do pH, e ele tende a ter uma carga negativa maior.
Mas, o pH 5.8 é o menos reativo para alterar a carga elétrica do fio.
Isso significa o que? Significa que cabelo não tem carga, mas se comporta melhor no pH 5.8 para não alterar a carga isoelétrica do fio.
Ué, mas não tem água dentro do fio? Tem sim, mas a quantidade de água presente no interior do fio do cabelo não conta pra “ver o pH do fio”.
A água que existe difusa dentro do cabelo não tem a característica de alterar o pH. Essa água, chamada de água conjugada, está sim presente no cabelo, mas não faz parte estruturalmente do fio.
Essa água, por ser veículo dentro do cabelo, pode melhorar ou piorar algumas situações porque ela é capaz de dissociar algumas substâncias.
Não se recomenda, por exemplo, hidratar o cabelo logo após a descoloração (primeira lavagem) porque isso pode piorar muito o estado do cabelo. Mas, explico isso em detalhes mais pra frente.
pH do couro cabeludo
Bom, como falei acima cabelo não tem pH, mas couro cabeludo tem.
O pH ideal do couro cabeludo é 5.5.
Uma das coisas mais importantes em relação ao pH é que proteínas, aquelas que usamos para reconstruir e fortalecer os cabelos, se desnaturam em fator do pH.
Então, é preciso ter bastante cuidado com o pH dos produtos que a gente utiliza nos fios, já que os altos demais são extremamente danosos e os baixos demais também.
Produtos de pH mais baixo são ótimos, desde que não sejam muito baixos, coisa que falo aqui há anos.
Eles podem parecer ótimos a princípio, mas silenciosamente vão detonando, então tenham cuidado!
Tem mais alguma dúvida sobre isso? Deixa aqui nos comentários!
Não é segredo pra ninguém que, como boa leonina, eu amo cabelo. Amo mesmo, e cuidar dos fios sempre foi um prazer pra mim, uma fonte de alegria, de relaxamento até. E é justamente sobre isso que quero conversar com vocês hoje, porque os cuidados com os fios precisam ser prazerosos, caso contrário alguma coisa me parece “errada”, sabe?
Não sei exatamente como ou quando, mas esse prazer de cuidar do próprio cabelo, e de se divertir com isso, começou a virar uma cartilha militar, cheia de regras, dedos apontados, culpas e coisas que “tem que fazer”, tirando a graça e a leveza da coisa toda.
Se cuidar é maravilhoso, gente. É olhar pra nós mesmas com carinho, com gentileza, com amor. É investir na pessoa mais importante da sua vida: você. Mas isso, acredito eu, deve ser feito com generosidade, sem extremismos e sem desespero.
Digo isso por vários motivos. Já soube, lá no grupo, de menina que ficou preocupadíssima porque o cabelo encostou na pele e o hidratante que ela estava usando na pele tinha óleo mineral. Tenho amigas que não viajam pra praia pra não estragar o cabelo. Que não entram em uma piscina sem usar touca. Que viajam com 10, 15 produtos diferentes pra não “furar” o cronograma capilar.
Tem gente brigando na internet porque o outro usa e, veja só, ousa gostar de shampoo com sulfato. Que ama uma máscara que tem parabenos. Que “insiste” em usar shampoo, como se isso fosse um crime.
Não estou aqui para apontar o dedo nem pra julgar as escolhas de ninguém, ao contrário. Cada cabeça é um mundo, cada cabelo é uma sentença e cada um faça o que achar melhor e, principalmente, respeite o que o outro acha melhor pra si.
Só acho que as coisas podem ser mais simples, e leves
Pra muita gente o cronograma não funciona. Pra muitos outros, shampoo sem sulfato não é bom, não limpa de forma eficaz. Muitas pessoas não se deram bem com o low poo e com uma “dieta” livre de proibidos, assim como tem muita gente, inclusive eu, que analisa um produto pelo resultado que ele entrega no cabelo e não apenas pelo fato de ter ou não parabenos, silicones, óleo mineral e coisas do tipo.
E não, não tem NADA de errado nisso. E você não é melhor que nenhuma dessas pessoas só porque segue a sua cartilha. Ela pode ser maravilhosa pra você, mas você não é o mundo e nem é todo mundo, então as suas verdades só valem pra você, é simples.
Simplifiquem suas vidas (e os cuidados com os fios), pessoal!
Faz tempo que perdi o preconceito com produtos de qualquer tipo, e uso tudo que vejo pela frente, simplesmente porque me permito tentar e conhecer coisas novas sem julgar antecipadamente. Misturo máscaras, troco a ordem das coisas, uso o que tiver no banheiro, pulo na piscina da casa das amigas de roupa mesmo, sem nada pra proteger o cabelo, porque naquele momento deu vontade, e se o cabelo ficar verde, paciência, leite existe pra ajudar, a gente resolve depois.
O que não vou é me limitar por causa do cabelo, ué. Eu amo meu cabelo, mas ele, pra mim, simboliza liberdade, não prisão, não limitação.
Não vou entrar em pânico e achar que o cabelo vai acabar por causa de um óleo mineral que usei um dia desses. Não tô nem um pouco preocupada se não tô seguindo a ordem de hidratação, nutrição e reconstrução. Uso o que tiver em mãos, o que puder comprar e pronto.
Tento seguir uma rotina de tratamento? Sim, porque ela faz toda diferença, mas de forma natural, sem neuras, e buscando simplificar cada vez mais, optando por produtos multiuso, que valorizem o meu dinheiro. E funciona, viu? Faço descoloração há mais de 20 anos e meu cabelo, muito mais que antes, é forte, tem volume, cresce super rápido, não tem pontas espigadas e, pra mim, é bem bonito.
Ninguém precisa das centenas de produtos que são lançados todos os dias pra nos convencer de que cada um deles é essencial. Você precisa lavar, cuidar, proteger e finalizar (em muitos casos), mas não precisa de 10 produtos pra cada uma dessas etapas, sabe?
Claro que se você quiser, você pode e deve ter. O que não pode é querer impor isso aos outros, como se só os seus cuidados e os seus produtos fossem bons, fossem válidos, fossem certos, porque não é assim que a banda toca.
É preciso falar isso porque, de muitas formas, me sinto responsável por vocês, e fico bem triste quando vejo um monte de gente frustrada porque acha que não pode cuidar do cabelo simplesmente porque não consegue comprar os milhões de produtos “tem que ter” que surgem a cada dia, ou porque não conseguem fazer o que todo mundo diz que é certo.
Tudo isso é uma grande besteira, gente. A gente faz o que pode, com o que tem, e pronto. No cabelo, na beleza e na vida é preciso simplificar, sempre!
Beijos, Ju♥
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Estamos chegando perto do que eu quero e acredito para tratar os cabelos, e uma prova disso é a força dos Hairceuticals na Ásia e na Austrália.
Assim como o mercado de beleza tem os dermocosméticos, que ficam entre os cosméticos e os medicamentos, os produtos capilares também precisam evoluir, não dá mais pra ficar nos ativos puramente cosméticos, nós queremos muito mais.
Queremos investir em produtos que realmente tratem os cabelos, e é aí que entram os Hairceuticals, que utilizam ativos naturais e ativos ou tecnologias farmacêuticas de ponta para garantir um resultado de alta qualidade para os fios.
Hairceuticals: é tratamento, não maquiagem!
Existe, desde sempre, uma demanda enorme por produtos com ativos “naturais”, à base óleos e extratos vegetais, isso é fato. Só que, no caso dos hairceuticals, eles são “misturados” com aminoácidos, lipídeos e ativos farmacêuticos que possuem um peso molecular menor e conseguem penetrar mais facilmente nos fios, garantindo, assim, um resultado bem mais eficaz.
Ou seja, eles vão além da maquiagem, do superficial, eles tratam verdadeiramente.
Os produtos dese tipo podem focar mais nos ativos naturais de alta tecnologia ou nos ativos médicos e farmacêuticos, que são os meus preferidos.
As máscaras com ativos veganos da Pureology, são um exemplo do primeiro grupo, do que foca em ativos mais naturais. Aqui é preciso ficar atento a um fato: não basta o produto ter ativos naturais pra ser considerado hairceuticals. É preciso que, aliado a isso, ele tenha uma tecnologia poderosa que garanta maior penetração e absorção desses ativos, como nos produtos da Phyto, por exemplo.
O FISION AquaShield, da Tri-K, se encaixa no segundo grupo, e promete não só fortalecer, mas proteger os fios dos esfeitos do climas adversos, coisa que seria bem útil pra nós, né? Ele contém uma proteína hidrolisada com 5 funções e benefícios cientificamente comprovados para os mais diversos tipos de clima e cabelos.
Produtos e ativos pra ficar de olho
Existem muitos ativos e tecnologias sendo utilizados, como os fatores de crescimento, que já falei aqui anos atrás, e as células troncos, e dois que merecem destaque são o Tilicine e o Beracare. Eles proporcionam benefícios para os fios mesmo após o enxágue, sem que precisem permanecer em contato com o cabelo por muito tempo.
No geral, os ativos que garantem benefícios mais duradouros precisam permanecer em contato com os fios, e isso só era possível nos produtos sem enxágue. Para produtos wash-off, os ativos só podem ser divulgados pelos seus benefícios clínicos se esses forem comprovados em estudos com lavagem (shampoo e condicionador), e é aí que o Tilicine e o Beracare se destacam, vez que garantem resultados nessas condições.
Falando em produtos, a Schwarzkopf tem um shampoo de colágeno que se encaixa nessa categoria e faz muito mais que lavar, ele trata os fios. Outro shampoo disponível no mercado global com essas características, mas que ainda não chegou por aqui, é o da Pharmaceris H-Stimupurin.
A L´Oréal também vem apostando em produtos com ativos de alta tenologia, que garantem, com o uso tópico, resultados que vão muito além do esperado de um cosmético. Um exemplo disso é o ativo Filloxane, usado na linha para cabelos finos, que realmente encorpa os fios e garante mais volume.
A Kérastase também possui produtos com esse formato, e aí vale ficar de olho nos produtos da linha Densifique, que aumentam a densidade e a resistência, e ainda ajudam no crescimento do cabelo.
Existem vários outros produtos, focados em nichos específicos, como controle da caspa, alopécia e crescimento capilar, que vêm sendo trabalhados no mercado asiático com sucesso, e espero que esses produtos cheguem logo por aqui, inclusive os de marcas mais acessíveis.
Mais tendências capilares
Outras tendências fortes no mercado asiático são os produtos capilares personalizados, com foco nas necessidades individuais de cada cabelo, e os que possuem a formulação rica em óleos vegetais e essenciais, o que muito me interessa!
Ramaa Chipalkatti, um analista especialista em cabelos, que é super famoso por lá, diz que essas são as principais oportunidades de inovação no setor capilar, já saturado dos “cosméticos simples”. Quero que chegue logo aqui, gente!
Sério, porque por mais que esses produtos sejam mais caros, eles são um investimento, porque o efeito não desce pelo ralo com o enxágue. Ele se prolonga e vai tratando mais profundamente os fios, garantindo um resultado muito melhor a curto, médio e longo prazo.
Beijos, Ju♥
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