Até dois anos atrás eu tinha uma super neura de envelhecer, e já até falei sobre isso nesse post aqui, mas passar pela “cancela” dos 30 me deu uma certa serenidade pra encarar a passagem do tempo como uma aliada e não como inimiga.
Isso, de certa forma, me tranquiliza um pouco, porque maior que o medo de envelhecer sempre foi o medo de não saber envelhecer e, por isso, acabar sendo uma caricatura mal acabada do que fui um dia.
Claro que envelhecer não é exatamente o nosso desejo de beleza, mas já que é impossível evitar que isso ocorra, porque não aprender a parar de brigar com o inevitável e tornar o processo menos doloroso e mais suave?
Pra que abusar e cometer excessos que nos deixe tal e qual uma “boneca de cera” deformada?
Sou super a favor de plástica e de procedimentos estéticos, porque, afinal, ninguém é obrigado a conviver com algo que cause incômodo, mas é essencial que se tenha bom senso para que qualquer tratamento tenha como resultado o “auto melhoramento”, uma coisa que é extremamente saudável. O que não é saudável, ao menos pra mim, é ter 50 e querer aparentar boca de 5, pele de 10 e aparência geral de 15. Não dá, é feio, é forçado, é ridículo…
Uma puxadinha aqui, uma esticadinha ali e um preenchimento acolá são ótimos, mas mudanças radicais, daquelas em que o rosto fica tão esticado que a pessoa perde a expressão, ou que a boca fica tão grande que mais parece de peixe são feios e irreais, porque a juventude eterna não existe, simples assim.
Acho lindo quem sabe envelhecer, sabe? Acho incrível quem envelhece se cuidando, tendo a pele bonita, iluminada, mas sem “olho nas têmporas”, sem nariz que mais parece um fiapo ou boca que toma quase todo o rosto, porque rugas são marcas do que se viveu, e isso não tem como apagar, embora possa e deva ser suavizado caso a pessoa queira (e quase todo mundo quer!).
Uma ruga a mais ou uma ruga a menos não tira a beleza de ninguém, ao contrário, tornam a mulher, de certa forma, ainda mais bonita, porque significa que ela tem mais experiência, que é uma mulher muito mais interessante, e ser uma mulher interessante é muito mais “jogo” que ser uma mulher bonita, porque a beleza é efêmera, passa rápido, e até enjoa, porque rapidinho a gente se acostuma com ela, enquanto que uma mulher interessante fica cada vez mais interessante com o passar do tempo.
No mais, é com o tempo que a gente adquire um ingrediente básico que faz toda diferença: segurança! Sem segurança não há beleza que se sustente, e isso é coisa que a gente só aprende a ter com as experiências da vida.
Portanto, a cada ano não temos que nos sentir menos bonitas, mas sim mais, muito mais poderosas, porque é isso que nós somos, afinal!
Beijos e bom domingo!
Ju