Dia desses, conversando com minhas amigas sobre sonhos e planos, uma delas disse que o que queria mesmo era ser dona de casa, mas tinha até medo de falar sobre isso porque se sentia acuada com o julgamento alheio, e mesmo sendo uma realidade bem diferente da minha, fiquei com vontade de falar sobre isso aqui.
Quis falar porque acho incrível como, mesmo depois de termos conquistado tantas coisas e rompido tantas barreiras, ainda somos mestras em apontar o dedo para quem deseja algo diferente de nós. E apontamos sim, todos os dias. E julgamos também, o tempo todo.
Julgamos porque temos a audácia de acreditar que temos o direito de pautar as escolhas alheias nas nossas referências, como se só elas fossem válidas, e não, não são. Não são porque cada um tem que conduzir a própria vida de acordo com as próprias escolhas, vontades e sonhos, e ninguém tem nada a ver com isso.
Ela escolheu ser dona de casa. E daí?
Filhos e casamento não estão nos meus planos nesse momento, e eu, Ju, não seria feliz sem uma carreira, mas a Rê sim, e se o que ela quer é ser dona de casa, se esse é o projeto de vida dela, que direito tenho eu (ou qualquer outra pessoa) de invalidar isso, de julgar o sonho alheio, como se existisse uma receita de bolo que todo mundo tivesse que seguir pra ser feliz?
Ela seguiu o scrip direitinho, fez tudo o que “deveria” fazer, tem uma carreira estável e é uma excelente profissional, mas percebeu que não é exatamente isso o que quer, porque, pra ela, cuidar da casa, do marido e dos filhos é mais importante, nesse momento, do que qualquer outra coisa.
Porque ela quer acompanhar de perto o crescimento dos filhos, ela quer que nesses primeiros anos a presença dela na vida deles seja a mais marcante possível, e pra isso ela precisa de um tempo que, infelizmente, não tem enquanto é uma profissional de sucesso.
Porque ela gosta de cuidar da casa, de fazer sua própria comida, de escolher com cuidado cada objeto que coloca em cada canto, de cuidar de cada detalhe. Porque ela, enfim, quer ter todo tempo do mundo pra cuidar da família dela e construir o lar que sempre sonhou.
E se ela quer e pode fazer isso, se é uma escolha que ela pode bancar, qual é o problema, afinal? É uma escolha, e, como todas as escolhas, vai sim gerar consequências, e lá na frente ela pode se arrepender, como todas nós, aliás, porque nossas vontades e sonhos mudam o tempo todo, mas se é o que ela quer, ninguém tem o direito de julgar e ponto final.
A gente precisa entender que não existem sonhos maiores ou menores, melhores ou piores, existem sonhos, cada um é feliz realizando os seus e isso é tudo o que importa.
P.s: já falei por aqui sobre carreira, casamento e filhos, e vou deixar o link dos posts pra vocês, tá?
- Dá pra ser feliz sem ter uma carreira?
- E o casório, heim?
- Não ter filhos também é uma opção!
- Essa é a vida que você quer ter?
Beijos, Ju♥
Siga nossas Redes Sociais ⇒ Instagram ♥ Snapchat ♥ Twitter ♥ Pinterest ♥Facebook⇒ @jurovalendo