Tenho sentido cada vez mais necessidade de simplificar, de reduzir as tralhas, de aliviar o peso e ficar só com o que é essencial, e isso em todos os aspectos da vida, inclusive no meu armário, que mesmo com as “limpas” periódicas, vivia lotado.
Quando li o livro da Marie Kondo (tem post e PDF dele aqui) consegui eliminar bastante coisa, mas, apegada que sou, não consegui me desfazer de algumas peças, sabe? Ou porque eram coisas lindas, ou porque tinham marcado alguma fase especial da vida ou porque tinha pagado muito caro e achava um absurdo “jogar dinheiro fora”.
Mas o tempo foi passando e comecei a me sentir sufocada a cada vez que abria meu armário, minhas gavetas com itens de papelaria, maquiagem e bijus, além de, é claro, as prateleiras lotadas de cosméticos. Eu sabia que não precisava de quase nada daquilo, mas, ao mesmo tempo, não tinha coragem de desapegar porque, afinal, eu tinha desejado ter tudo aquilo muitas e muitas vezes.
Só que eu mudei, e muitas das coisas que queria não quero mais, porque o que eu era antes, não sou mais. E foi pensando nisso que nesse final de semana comprei um pacote daqueles sacos pretos enormes, de não sei quantos litros, e saí despejando quase tudo o que eu tinha.
Tirei 18 pares de sapato, alguns que nunca tinha usado, uma quantidade absurda de roupas, várias ainda com a etiqueta, bolsas, dezenas de cosméticos, maquiagens, perfumes, óculos de sol, bijuterias, itens de decoração e papelaria, biquínis, caixas e mais caixas decorativas (sempre amei caixas!), coleções que não faziam mais o menor sentido (tinha, até hoje, pastas lotadas de papel de carta…) e 22 agendas contando, detalhadamente, as coisas mais importantes dos últimos 22 anos…
Tirei não só o que não precisava e não usava, mas, sobretudo, tudo aquilo que, mesmo sendo incrível, “não era mais eu”. Tirei e não foi fácil, admito, mas, ao contrário do que imaginei, não doeu. Aliviou, me deixou mais leve, me faz respirar melhor.
Mais que isso, me deu espaço pra visualizar não só o que eu quero ter, mas o que eu quero ser. Me deu a chance de ter uma “tela em branco” pra começar tudo de novo, porque pro armário, pro quarto, pra casa e pra vida, eu só quero aquilo que “seja eu”, que reflita exatamente quem eu sou e que me traga, sempre, muita alegria.
Porque todo o resto é sobra, e isso eu não quero mais. Que alívio!
Quando “desenhei” os móveis do meu quarto (pois é hahaha), a ideia era fazer caber aqui dentro um closet aberto, mas como ele é bem pequeno, achei que daria a sensação de ser ainda menor, aí desisti da ideia e fiquei com um armário mesmo.
Mas a verdade é que meu quarto não cabe mais nada, porque ele é, também, meu “escritório”, e eu preciso de um espaço maior, e como só pretendo mudar de cidade ano que vem estou vendo se aumento o quarto, e aí perco espaço na área externa e surto com a reforma, ou se sigo o conselho de minha mãe e troco de quarto com ela, porque o dela é 4 (!!!) vezes maior que o meu.
Essa última opção tem me deixado mais animada, e já comecei a ver ideias pra um quarto que tenha um closet aberto, espaço pra leitura/gravação com uma poltrona incrível e meu “escritório”. Venham ver minhas ideias!
Modelos de closet
Conversando com uma amiga, que é arquiteta, ela me orientou a, primeiro, fazer um “inventário” de tudo o que tenho, porque o closet tem que atender às minhas necessidades, pra que nada fique fora do lugar. No meu caso, por exemplo, preciso de muito espaço pra cabides, mas de tamanhos diferentes, já que tenho muitos vestidos e saias e poucas calças e shorts, preciso de uma quantidade razoável de gavetas mais largas e fundas e poucos nichos, porque não quero mais ter caixas e caixas com roupas “de estação”, sabe? Só quero ter o que uso e pronto, com poucas exceções.
Outra coisa que ela me alertou foi de lembrar dos sapatos, bolsas, acessórios, malas e tudo o que eu precisaria guardar nesse espaço, não só roupas.
Com essa “inventário” pronto, fui olhar modelos de closets pra poder “desenhar” a coisa de uma forma que caiba tudo do jeito certo, pra aí sentar com a marcenaria e transformar meus rabiscos em um projeto de verdade.
no quarto: dá sim!
Sim, ter um cômodo só pra montar o closet seria maravilhoso, mas dá tranquilamente pra fazer isso no quarto, é só planejar tudo direitinho e aproveitar bem os espaços.
O ideal, nesses casos, é meio que “isolar” uma parte do quarto só pro closet, e eu vou usar a parede que fica do lado direito do quarto, que é a que fica ao lado do banheiro e não tem janelas, porque isso ajuda a não deixar o ambiente “poluído” nem prejudicar a circulação.
Ah, e como não tem janelas nessa parede, o que é ótimo, porque não atrapalha a ventilação, vou caprichar na iluminação.
Como o quarto é bem amplo, poderia fazer um tipo de “divisória” com marcenaria e espelho do lado de fora, pra refletir o resto do quarto e não ficar parecendo um “elefante branco” perdido por ali, e assim criar uma espécie de “outro ambiente”, mas acho que prefiro fazer aberto mesmo, e pra dividir o closet do resto do quarto, faço um móvel grande, só que mais baixo, que sirva de penteadeira, de armário de cosméticos e bijuterias.
Closet pequeno barato ou caro
E se engana quem pensa que é preciso muito espaço pra fazer um closet, porque, pelo que a arquiteta explicou, desde que tenha o espaço pra ele, com a profundidade média de 60 cm, mais o espaço pra circulação, que deve ser de 70 a 85 cm em frente ao armário (depende se tem ou não porta, etc), é possível sim montar um closet no quarto ou até em um corredor mais isolado, mas aí teria que ter porta e uma marcenaria bem feita pra “disfarçar”.
Modernos, decorados e mais!
Ultimamente tenho visto vários closets super moderninhos, que, de verdade, mais parecem decoração que “armário”, sabia? Além de araras fofas e ultra charmosas, eles têm caixas, prateleiras diferentes, quadros e molduras incríveis, e muitos outros acessórios descolados e lindos!
de aramado e planejados
Os closets de aramado costumam ser opções bem mais baratas e rápidas, e existem várias lojas que vendem “módulos” prontos e peças avulsas, como a Leroy Merlin e a Aramados. Só não recomendo esse tipo de closet pra quem mora perto do mar, porque tende a estragar mais rápido, e já vi isso acontecer, viu?
Também é possível achar closets praticamente prontos em MDF (em algumas lojas já vende o closet pronto), e aí é só escolher os módulos, as prateleiras, tudo como você quer, comprar e encaixar no seu espaço, rapidinho e sem muito trabalho. Lojas como Leroy Merlin, Tok & Stok e a Lojas KD, dentre outras, oferecem essa opção.
Já o closet planejado, feito em marcenaria, é mais caro e demora mais pra ficar pronto, mas é feito sob medida, de acordo com as suas necessidades e o seu espaço e, via de regra, possuem uma qualidade e durabilidade melhor.
Como fazer um sem gastar muito?
Ah, e é claro que dá pra montar um closet sem gastar muito, né? Vi, muito tempo atrás, uma ideia super bacana da revista Casa e deixei o link guardadinho, porque mesmo que a gente não faça igual, dá pra inspirar!
E o melhor é que precisa de pouca coisa pra fazer: gaveteiros, prancha de compensado (acha em loja de marcenaria e é barata!), tubo de ferro galvanizado, cabo de aço e furadeira. O passo a passo você encontra nesse link aqui, e achei bem fácil!
Ufa, opções é que não faltam, né? E tem pra todos os bolsos, gostos, tamanhos e necessidades, é só escolher! Quando o meu ficar pronto, mostro aqui pra vocês, tá?
Ah, e pra deixar tudo organizadinho, dá uma olhada nesse post aqui com 10 dicas pra organizar o guarda-roupas!
Não sei se isso acontece com vocês, mas o que uso revela muito de mim, de como estou naquele momento, e como tenho mudado muito, o armário precisa mudar também, e fiz uma listinha das 5 mudanças mais importantes.
Desapegar geral!
Sempre faço “faxina” no armário e ele sempre fica lotado de novo, e mesmo tendo tirado muitas peças pouco tempo atrás, sei que ainda preciso “enxugar”. Não é fácil abrir mão de uma peça que a gente ama, e eu tenho tendência a ser mais apegada, mas é uma libertação tirar da vida o que não serve mais.
Isso abre espaço no armário e simplifica a vida, porque a gente passa a ter uma noção maior do que realmente tem, e tendo mais visibilidade, mais coisas são usadas (nesse post aqui tem 10 dicas pra organizar o armário de forma mais funcional).
Só o que amo!
Minha regra agora é bem simples: só quero no armário as peças que eu amo. Não quero peças “mais ou menos”, só quero as que realmente sou apaixonada e que reflita quem eu sou nesse momento. Portanto, meu armário vai ficar muito mais enxuto, mas infinitamente mais fácil de usar, porque como só vai ter o que eu gosto muito, “qualquer coisa” serve.
Isso vai me fazer economizar também, porque assim como (quase) todo mundo eu também compro por impulso, e nisso gasto dinheiro em peças que depois sequer uso.
Roupa também é investimento
Sempre tive uma seleção boa de peças básicas, mas acabava investindo mais em quantidade que em qualidade, e já notei que a longo prazo esse é um investimento errado, porque mais vale uma peça que dure muito e permaneça “conservada” do que várias que duram pouco tempo, né?
Pois agora vou renovar meu estoque de peças básicas (falei delas nesse post aqui), priorizando a qualidade.
Mais cores por favor!
Sempre amei cores, brilhos e texturas, mas acabava optando por coisas (e cores) mais sóbrias por causa da minha profissão, de modo que meu armário é quase todo preto, branco, marrom, bege, marinho e cinza, minhas bolsas e sapatos são mais “profissionais”, assim como meus acessórios.
Acho sim que essa é uma “base boa”, porque tudo combina facilmente entre si, mas quero mais cores pra deixar a coisa toda mais interessante, sabe? Ah, mas jamais esperem me ver “colorida” (acho lindo, mas não funciona pra mim)… Eu gosto do básico, do clássico, do neutro com “toques” de cor.
Muitos acessórios!
Quando eu estudava era meio cigana: adorava brincos maiores, pulseiras e anéis (nunca gostei muito de colares…). Só que quando comecei a estagiar mudei o estilo pra adequar ao ambiente e acabei “incorporando” isso, mas ando muito abusada de tanta sobriedade. Quero brincos maiores, braceletes e acessórios mais interessantes, com mais personalidade!
Quando conseguir adequar tudo isso volto pra mostrar, tá?
