Sempre me questionei se essa história de relacionamento à distância funcionava ou não, e pra mim, juro valendo, foi o que mais funcionou até agora.
Se será assim sempre eu não sei, se seria assim em outro momento da vida também não tenho como saber, assim como não posso ter certeza de que seria assim se fosse com outra pessoa, mas na fase que eu estou, com a pessoa que eu estou, tem sido muito, muito bom.
Estar em uma relação nunca foi uma necessidade pra mim, algo que eu quisesse, porque gosto mesmo de ficar sozinha, de ter todo o tempo do mundo só pra mim, e também porque não tenho muita paciência, sabe? Não sei lidar com insegurança, com ciúme e com “aquele” machismo bobo que é tão comum.
Então, pra estar numa história tenho que estar muito, mas muito envolvida mesmo. Nem sempre foi sim e, como quase todo mundo, já namorei por pura carência, mas quando aprendi a ser honesta comigo e a “ouvir” as minhas necessidades, a coisa mudou, e pra muito melhor.
Mudou porque entendi que não precisa ser do jeito que esperavam que eu fosse. Não sou “a mocinha romântica”, não gosto de grude, não gosto de rotina, preciso de tempo e de espaço pra mim, e não vou abrir mão disso por ninguém, porque isso faz parte do que eu sou e não posso abrir mão de mim mesma.
E foi justamente nessa fase, 3 anos e meio atrás, que comecei meu último namoro, e com uma pessoa que mora há mais de 300 km daqui, que tem a vida tão corrida quanto a minha, que também tem pouco tempo, mas que mesmo de longe se faz presente o tempo todo, e sem invadir o meu espaço.
Nunca nenhum namorado me apoiou tanto, foi tão companheiro e tão incrível quanto ele, e isso independe de distância, porque o mais importante é o comprometimento, é querer realmente estar naquele história, e isso a gente tem de sobra.
E não é só isso, porque pra que as coisas não compliquem é preciso existir muita clareza, comunicação das boas e confiança. Como a gente sempre foi amigo, a comunicação não é falha, não existem meias verdades, cobranças bobas e ciúme desmedido. Eu não faço jogo, é tudo “na lata”, e ele é do mesmo jeito.
Quem me conhece pouco questiona se não tenho “receio” de ser traída, mas não gasto um único segundo do meu dia pensando nisso, porque quem quer trair vai trair de qualquer jeito, estando perto ou longe, então pra que perder tempo pensando nisso? Tenho mais o que fazer, sabe?rs
Mas, claro que tem a parte ruim, como a saudade constante. Só que aí eu pergunto: o que nessa vida não tem dois lados, heim?
Perto ou longe, pra mim, não faz diferença, e a distância física é das mais fáceis de resolver. Difícil mesmo é a distância emocional, é estar junto (fisicamente) todos os dias, mas distante emocionalmente, como vejo acontecer tantas e tantas vezes. Essa sim é a distância que faz mal, a que não deixa que nada dê certo, sabe?
No mais, acho que tudo que faz bem deve continuar, aliás, acho que só o que faz bem deve continuar, e como me faz bem, como a balança “pende” pra esse lado, pra mim funciona sim!
E você, já viveu algo parecido? Como foi?
Beijos
Ju