Vocês já repararam como as pessoas andam reclamonas? Elas reclamam de tudo, da hora que acordam até o momento em que vão dormir, e acham que se os outros não ouvirem – trocentas vezes- suas reclamações não são amigos o suficiente. Pior, não entendem porque as pessoas se afastam. Oi?
Quem, afinal, quer ficar perto de um muro de lamentações? Ah gente, sinceramente, paciência tem limite e a minha anda bem curta pra esse tipo de coisa, sabe? Problemas todo mundo tem, frustrações também, mas você não pode transformar isso no centro da sua vida, você não pode passar o dia todo falando nisso, pensando nisso, dividindo isso porque ninguém aguenta.
Não aguenta nem é obrigado a conviver com isso, e não me digam que é egoísmo porque não é. Egoísmo, aliás, é transformar o outro em depósito de reclamações, é levar só coisas ruins, é esgotar as pessoas ao redor com tanta ladainha.
E como são vítimas do mundo as reclamonas, né? O outro é ruim, o outro é culpado, o outro “se aproveita”, o outro, enfim, é o responsável por todo e qualquer problema que aconteça em sua vida. É realmente muito conveniente colocar a “culpa” dos próprios problemas no outro, mas a verdade é que enquanto você não entender que é a responsável pela própria vida e que ninguém faz nada sem que você, de um jeito ou de outro, permita, você vai ter mais e mais motivos pra se lamentar, e isso não resolve nada.
Não resolve e só piora, porque a tendência é que você repita esse padrão e que as pessoas se afastem cada vez mais, o que se transforma num ciclo vicioso, porque quanto mais as pessoas se afastam mais você vai se vitimizar (porque é sozinha, porque não tem amigos de verdade, porque ninguém te estende a mão, etc, etc, etc), até chegar o momento em que ninguém vai querer estar perto de você. E não, isso não é culpa do outro, seja lá quem for, isso é responsabilidade sua.
É claro que todo mundo, vez ou outra, vai entrar na fossa e vai falar sobre isso, vai pedir ajuda, e isso é saudável. O que não é saudável é não conseguir enxergar a quantidade de coisas boas que existem na sua vida e ser grata por elas. É não entender que todo mundo tem problemas e sempre vai ter, mas que existe vida apesar disso. É não entender que ninguém é obrigado a conviver com um balaio de coisas ruins, porque toda relação é troca e se você só dá coisa ruim ninguém vai querer estar perto de você.
Eu já tive um grau enorme de tolerância com essas coisas, mas entendi que passar a vida absorvendo coisas ruins, sendo “vítima” (e conivente) desse parasitismo emocional não é justo comigo, sabe? Hoje “minha lei” é simples: quer ajuda? Minhas mãos estão estendidas pra você. Eu tô aqui pra te ouvir e, na medida do possível, te ajudar. Mas se o que você quer é plateia pro seu monólogo de sofrimento sem fim, onde você é a vítima do mundo, passa os dias reclamando e não faz nada pra mudar, lanço mão da surdez seletiva. Simples assim!
E se você estiver passando por isso aconselho fazer o mesmo, porque a ladainha de lamentações não tem fim, mas a sua energia emocional sim!
Beijos
Ju