Dia desses li que o bullying é a forma de violência que mais cresce na mundo, e hoje fiquei meio chocada com uma matéria do Globo sobre um menino que cometeu suicídio em decorrência do bullying, um caso que não é tão comum, mas que, infelizmente, acontece.
Acontece e a gente nunca sabe quando pode acontecer de novo, se não vai acontecer com um irmão, um primo, um filho, um amigo. E se engana quem acha que isso é uma coisa “muito distante”, porque a verdade é que ninguém é tão forte quanto parece, e não tem como saber o efeito que uma única palavra ou “brincadeira de mal gosto” pode ter na vida de uma pessoa.
Bullying
Às vezes basta tirar um único tijolo pra que tudo desmorone, e aí aquela sua palavrinha, aquele seu comportamento, aquela sua forma de “apontar” o dedo pode ser o “pingo” que faltava pra fazer com que alguém desabe, muitas vezes de forma irreversível.
Se engana quem acha que apenas a agressão física deixa marcas. A agressão moral talvez seja muito mais grave, porque muito mais profunda, porque marca por dentro, na alma, e jamais se apaga. Você pode até esquecer o tapa, mas não esquece a humilhação, as risadas de deboche, os dedos apontados, a ridicularização, a forma como o outro te reduz, te inferioriza e faz com que você se sinta pequenininho…
Isso não só não se esquece, como afeta de forma nefasta a sua autoestima e molda, de muitas formas, a sua vida. Se já não é fácil se aceitar, se amar e se respeitar estando dentro dos chamados “padrões normais”, imagine como é difícil pra quem, por qualquer motivo, não se enquadra nesses padrões.
Mais difícil ainda é passar por ser isso e ser agredido emocionalmente ( e muitas vezes fisicamente) dia após dia. E hoje agride-se por tudo: por ser magro ou gordo, por ser bonito ou feio, por ser rico ou pobre, por ser branco ou negro, pela sua sexualidade, pela sua raça, pela sua origem, pela sua religião, pela sua classe social, pelas características físicas… O que não faltam são motivos pra “apedrejar” o outro em praça pública. Ou melhor, na timeline da rede social do momento.
Acha que não é nada demais? Acha que é engraçado? Garanto que não vai achar quando fizerem isso com seu filho, com sua mãe, com alguém que você ame. Tudo muda quando o “sangue que escorre” é o nosso, sabe?
Me dói profundamente ver o tanto de estrago que isso causa, ver o quanto nós, enquanto coletividade, estamos inconscientes das consequências de nossos atos e palavras na vida do outro, ver o quanto estamos nos tornando cruéis e insensíveis, ver a nossa absoluta falta de empatia, ver a perda, dia após dia, daquilo que nos faz humanos.
Não, apontar o dedo, ridicularizar, oprimir e inferiorizar o outro não vai fazer de você alguém melhor, mais bonito ou mais qualquer coisa de bom. Isso não te faz superior em nada. Ao contrário, só mostra o quanto você, que vive reduzindo o outro a nada, é pequeno. Pequeno de alma, pequeno de humanidade, pequeno do que realmente importa.
E assim como a grande maioria de vocês, eu também já apontei o dedo, já fui cruel, já cometi erros, porque sou humana, porque a gente erra mesmo, mas eu tendo todos os dias não errar tanto, tento melhorar e tento usar as minhas palavras pra criar um mundo melhor, pra levar somente coisas boas, pra ser, enfim, “a voz” que faz diferença na vida alguém, porque sei o quanto “esse tipo de voz” já fez diferença em minha vida.
E se você quer ser melhor, mas melhor de verdade, se você quer realmente fazer diferença, use a sua voz pra espalhar o bem, estenda suas mãos pra ajudar e abra seus olhos pra compreender com amor, e não julgar.
Nós somos todos diferentes, mas essas diferenças não devem ser usadas pra nos categorizar, porque no fim somos todos uma coisa só: humanos, apenas humanos.
Beijos, Ju ♥
E um ótimo tema para ser discutido.
já sofri bullying.
mas já me peguei praticando.
na qual eu me arrependo .
pois hoje meu filho de 6 anos, já e bem informado sobre o assunto.
E de pequeno q se aprende.
ADOREI
como sempre o blog arrasando
bjussssss
Muito oportuno. No dia a dia as pessoas são muito presas a preconceitos arraigados contra tudo o que é diferente, a intolerância gera o bullying contra o diferente quer seja pela cor da pele, preferencia sexual, defeitos físicos, mentais, etc… E essa fala carregada de preconceitos tem um poder destrutivo enorme. Vamos mudar isso, vamos fazer um mundo melhor, como você postou, a começar, por rever nossos pre-conceitos. Beijo Grande Ju!
Nossa Jú, isso é realmente terrível e infelizmente parece que piora a cada dia. A falta de humanidade em alguns seres humanos é muito triste, é o maior mal, a maior doença do nosso mundo hoje.
Juro que não consigo entender quem se sente superior ao outro, por qualquer motivo que seja, nada justifica a crueldade, o orgulho, a falta de compreensão e amor. É claro que todos nós erramos, não somos perfeitos e também julgamos, mas eu sou da opinião que aquilo que não vamos gostar que façam conosco não deveremos fazer para os outros, penso sempre nisso antes de fazer qualquer coisa que diga respeito ao próximo, porque meu direito termina onde começa o do próximo e vice e versa.
Muito legal seu post sobre isso Jú, você tem o dom de colocar sentimentos em palavras.
Bjinhusss
Jú, parabéns pelo texto!!!infelizmente isso é muito real…agora mesmo há pouco tempo vivi isso com minha filha (o pior é que ela só tem 4 aninhos)…quem praticou (duas funcionárias da escola) e o motivo é mais ridículo ainda (a minha filha tem cabelos lisos e compridos e as pontas são douradas parece californianas) e pressionaram ela para que ela cortasse o cabelo…isso deixou a pequena muito triste…por sorte aconteceu por 4 dias e logo percebi e partir para cima…não se pode ignorar…tem que se cortar o mau pela raiz o quanto antes!!!É muito triste saber que nem crianças pequenas escapam…e pior “profissionais da área” fazerem isso…ou melhor estragando a profissão de muitos que executam com qualidade.
Lu, que coisa absurda gente, e vindo de funcionários de uma escola é pior ainda… É um despreparo, uma falta de senso muito grande! Não se pode ignorar MESMO!
Ju bullying é coisa seria e nem todos tem psicologico p/ aguentar ,eu sempre fui gordinha agora sou “gorda” e na escola sempre me colocaram apelidos mas eu nunca me importei e sempre levei na esportiva e ñ tava nem aí mas a minha filha devido ao seu nome:Mayara teve problemas deste tipo na 2ªserie do ensino fundamental que ela ñ queria mais nem ir p/ escola e eu como mãe tipo onça fui saber na escola e por os pingos no is, falei com a direção e professores e pedi p/ falar com os alunos da classe dela e graças a Deus funcionou. O bom foi que ela ñ me escondeu o que estava acontecendo e pude tomar uma posição =D