Meu poeta vivo preferido é o Chico (Buarque, é claro), e uma de suas músicas mais lindas é, com certeza, “De Todas as Maneiras”. Pra quem não se conhece, aí vai a letra:
A letra dessa música me “leva” sempre para aqueles momentos em que a gente não quer, mas precisa colocar um ponto final em alguma “história”, sabe?
Não, nunca é fácil chegar ao tal do “fim”. Sempre dói, sempre machuca, é sempre uma perda, mesmo que o amor já não seja o mesmo, mesmo que a relação já esteja desgastada, mesmo que a gente tenha certeza que não tem mais jeito. Dói, e dói muito… Mas, em alguns casos, em algumas histórias, por mais que exista amor, é preciso dizer “fim”…
É preciso dizer “fim” porque nenhuma relação se sustenta só de amor, é preciso mais, bem mais… É preciso respeito, é preciso compatibilidade, é preciso paciência, é preciso vontade e tantas outras coisas mais. Quando, mesmo gostando, mesmo amando, a coisa chegou em uma “encruzilhada”, quando chega em um limite que não tem mais como suportar, quando não há o que fazer, quando você entende que a história não vai mudar, não vai render, não vai crescer, é preciso deixar o outro ir e seguir em frente.
Só que pra isso é preciso uma “coragem” que às vezes a gente não tem (quase sempre, né?)… Aí a gente fica presa em uma história que é sempre a mesma, que faz sofrer, que não deixa viver, mas que, como já é “conhecida”, a gente se acostuma, e se acostuma tanto que, não raras vezes, passamos meses, anos, décadas nisso, acreditando (será?) que um dia as coisas vão se resolver, que algo vai mudar…
Mas não muda, porque o clichê é real e “nada muda se você não mudar”… E se não muda, tem que ter fim!
Beijos
Ju