22.05.2015

Mulher de 30: E o Casório, Heim?

Sempre achei divertido ver a cara de espanto das pessoas diante da minha resposta ao “E o casório, heim?”. É, acho que “não tenho interesse” não é exatamente o que se espera ouvir de uma mocinha de 32 anos.

Pois é, a verdade é que não tenho o menor interesse nessa história de casamento, e se tivesse sido bastante honesta comigo, como sou agora, saberia que esse interesse nunca existiu.

E não é medo, trauma nem nada do tipo, é só que o casamento nos moldes tradicionais, como uma instituição a ser preservada,  não se encaixa na minha vida, simples assim, o que não significa, claro, que eu seja contra o casamento. Sou super a favor, desde que não seja comigo rs.

casório

E sim, eu acredito nas relações e definharia sem amor, mas prefiro que não existam “amarras legais” e promessas futuras, porque não posso garantir que o meu sentimento será o mesmo daqui a 5 ou 10 anos, porque sim, as pessoas mudam e os sentimentos também, e não tem nada demais nisso.

Essa história de jurar o meu amor até que a morte “nos separe” me pega pelo pé, sabe? Morte de quê? A morte física ou a morte do amor, do respeito, do desejo de continuar juntos? Pode parecer besteira, mas prefiro prometer apenas o que possa cumprir…

E já que o casamento religioso não é uma opção, que tal o civil?

Não, de jeito nenhum rs! Quero que os meus vínculos sejam sempre emocionais, e não “legais”, porque  se um dia o amor acabar, quero no mesmo dia bater a porta sem ter nada que me prenda, e quero que a outra pessoa tenha a mesma liberdade.

Ah, e eu não sou virginiana e precavida, mas penso em tudo, inclusive no tanto que se perde num divórcio, e não tô falando (apenas) de dinheiro não, tô falando de perdas emocionais, de duas pessoas que já se amaram profundamente e passam a se destruir mutuamente… Isso dilacera a alma e, sim,  pode acontecer com qualquer um.

Também não me agrada a ideia de dividir o mesmo teto, todos os dias, com alguém que amo, porque nada, absolutamente nada, é tão nefasto pra uma relação como a rotina.

É raro que o amor acabe por algo “grande”. O que mata o amor são coisas pequenas que vão se acumulando,  é reclamar todos os dias da mesma coisa, é brigar por coisas pequenas, é “se acostumar” com o outro a ponto de não enxergá-lo mais.

e-o-casório

O amor morre em meio as milhões de concessões que a gente faz pra, inconscientemente, punir o outro depois. O amor morre quando as pessoas esquecem que são indivíduos, se anulam e colocam o casamento acima de todas as coisas… Porque não, o casamento não é o mais importante, o que é realmente importante é o amor, que é, pra mim, a única coisa que deveria “justificar” um casamento.

No mais, eu gosto de espaço, de ter tempo pra mim, de ficar em silêncio, e não quero abrir mão de nada disso, porque sei que pouco tempo depois começaria a sentir falta, a ficar ressentida e, de alguma forma, descontaria no outro.

Claro que isso é o que vale pra mim, pra minha forma de ver as coisas, e cada um tem o direito de pensar diferente e não ser criticado por isso, porque tudo depende do que você é, do que você quer, e o que importa é ser honesto consigo mesmo, apenas isso.

Não sei se a minha opinião será a mesma pra sempre, porque tudo muda o tempo todo, e isso é maravilhoso, porque significa que eu tô aberta pra experimentar, pra sair das minhas “certezas” e ver o mundo de muitas outras formas, como eu acho que tem que ser.

E como já sei que vocês vão perguntar o que namô acha de tudo isso, vou contar logo: ele é esperto e encontrou a solução perfeita! Nós compramos duas casas, uma ao lado da outra, e construímos uma ponte entre elas, bem no estilo Frida Kahlo, porque aí estamos perto, mas não perto demais ao ponto de sufocarmos um ao outro… Gostei da ideia!

No fim, é isso: o que vale é ser feliz, cada um do seu jeito, porque o amor, ahh o amor, sempre será maior que papéis, cerimônias, rótulos ou roteiros de qualquer tipo!

P.S: tem mais posts do “Mulher de 30”, que agora é uma tag semanal aqui no blog, e pra conferir é só clicar aqui.

Beijos, Ju♥

20.05.2015

O Homem Perfeito

Ahhh, os contos de fada, confundindo nossas cabeças e criando ilusões desde mil novecentos e antigamente, e nos fazendo desejar e, o pior, acreditar em príncipe encantado, aquele que chega num cavalo branco e faz o “felizes para sempre” acontecer.

E, acreditando nisso tudo, a gente passa anos procurando pessoas perfeitas e histórias de cinema. Só que elas não existem, porque o mundo não é, ainda bem, um conto de fadas, e porque relacionamentos envolvem duas pessoas imperfeitas que jamais serão para o outro o tal do “felizes para sempre”, porque felicidade é interna, é individual, não depende de ninguém. Pois é, se você está esperando que alguém te traga a tal da felicidade, pode esperar sentada, e pro resto da vida!

Mas, somos insistentes e continuamos procurando o que muitas vezes, na verdade, sequer sabemos exatamente do que se trata. Duvida? Então me responde: o que você você procura em um homem? O que seria um homem perfeito? O que você espera de uma relação?

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Eu já meti o pé pelas mãos muitas vezes, já namorei por “carência”, vivia insatisfeita e não tinha a menor ideia do que estava procurando. Aliás, eu buscava o ideal da Disney, trocando, claro, o cavalo branco por um carro potente e o príncipe loirinho por um moreno, porque, como diz Tati Bernardi, o gênio da raça, “a testosterona é escura”! rs

Até que um dia resolvi fazer a lista do príncipe encantado, listando primeiro tudo o que ele não poderia ser ou ter. Minha lista do “não” foi enorme e incluía coisas como “não pode ser arrogante, ter a mente “fechada”, ser grosso, não gostar de bichos, ser machista, preconceituoso, preguiçoso e por aí vai.

Ficou enorme sim, mas tinha tudo que eu não queria em uma pessoa, e ela serviu como um “farol” pra mim, do que eu não queria na minha vida,  e a lista do que o suposto príncipe tinha que ter/ser ficou bem menor e simples… E libertadora, aliás!

O meu homem perfeito não é o mais bonito, o que tem a barriga de tanquinho (detesto!), o mais rico, o que faz todas as minhas vontades e me enche de presentes. Ele é uma pessoa que, assim como eu, se sabe imperfeito, aceita isso e não cobra perfeição de ninguém. É alguém que erra, e até se acha o dono da razão às vezes, mas pede desculpas depois.

Alguém que goste de trabalhar, que se realize com a profissão escolhida, que sonhe em ir mais longe, acredite nesse sonho e impulsione os meus também. Alguém que dê valor as pessoas e as respeite, sem distinção de nenhum tipo. Que seja sabiamente simples. Que queira viver muitas experiências e esteja aberto para o novo.

Alguém que jogue no mesmo time que eu, que torça por mim, que saiba estar perto e se afastar, sem dramas ou chantagens emocionais, quando eu precisar de espaço, porque todo mundo precisa.

Alguém que respeite o ser humano que eu sou, com todos os defeitos e qualidades, e escolha olhar sempre o lado bom, mas tenha coragem de me dizer que estou errada no momento certo. Alguém que não use minhas fraquezas, erros e defeitos contra mim.

Alguém que seja de verdade, que fale, sem “dedos”, do que não gostou, do que quer e não quer. Eu não quero um personagem pra me agradar, quero uma pessoa de verdade, com vida e gostos próprios. Uma pessoa que, diante de milhões de possibilidades, escolha estar ao meu lado e construir uma história real, com altos e baixos, de coração aberto.

O meu homem perfeito não é um príncipe encantado, e não é só “um cara”, é um homem que aprendeu a ser homem.

Beijos, Ju♥

08.05.2015

Aprendendo a Viver…

O post de hoje é  a “cópia” de uma parte da carta (sim, eu ainda escrevo cartas, tá?rs) que enviei pra Marcela, minha amiga de trinta e poucos anos que chegou aqui numa segunda calorenta e desabou no meu colo porque não se encaixava na vida incrível que tinha construído pra si e resolveu jogar tudo pro ar.
                                                                                ♥
aprendendo-a-viver

Vá Ma, vá e “pinte” uma nova vida, uma vida que seja muito maior do que você já sonhou. Uma vida onde você seja livre pra ser quem realmente é, sem rótulos nem julgamentos.

Viva tudo o que você sempre quis, tenha coragem. Coragem pra assumir o que quer e o que não quer, coragem pra viver o que você é.

E tenha força, minha amiga, força pra segurar a responsabilidade de ser livre e não ter mais a quem culpar.

Acabou a época de “se adequar”, você não é mais aquela pobre menina rica assustada, então vá, vá e não tenha medo de ser julgada por ter jogado tudo pro ar. Não olhe pra trás e, por favor, esqueça o que os outros vão pensar…

E pare, você também, de julgar. Cada um é o que é, o que quer ou, na maioria dos casos, o que der. E, afinal, quem é você pra julgar? Você não precisa estar certa o tempo todo, você não tem que tentar provar que os outros estão errados. Cada um, do seu jeito, só tenta fazer o melhor, e a verdade, ahhh a verdade, ela jamais será uma só.

Não tente mudar os outros, você não tem esse direito. Ao invés disso, olhe pra cada pessoa com os olhos da compreensão, inclusive pra seus pais, que foram cruéis sim, que tentaram te “moldar” de todas as formas, mas que só estavam reproduzindo o que aprenderam, fazendo o que acreditavam ser o melhor.

Faça isso amiga, perdoe, mas perdoe por você, porque esse é um peso que você não precisa (nem deve!) carregar.

aprendendo-a-viver

Vai amiga, vá e viva seus sonhos, todos eles, até a última gota. E não, você não precisa mais ter medo de falar sobre eles, muito menos de vivê-los. Você só precisa realizá-los, e você pode, e pode agora.

Não precisa ter medo, você tem todo o direito de pedir tudo o que quiser, de dizer “sim” ou “não” quando, onde e quantas vezes desejar.

E aprenda, sobretudo, a se respeitar. Respeite suas vontades, seus desejos, seus quereres. Respeite, inclusive, o que você acha que não merece respeito em você. Não rejeite nenhuma parte sua, se aceite, e não tenha mais medo de ser rejeitada… Porque se você se aceita, não há o que temer!

Você merece todo o amor do mundo, mas precisa, primeiro, aprender a se amar. E precisa dar o seu amor ao mundo, sem medo e sem vergonha.  Ame, e ame só por amar.

Ande sempre de coração aberto, assuma o risco e não se feche por medo de se machucar.  Vá Ma, saia da bolha, faça as pazes com a vida, sorria pro mundo, pinte cores lindas (não foi isso que você sempre quis?) e explore esse mundão que chama por você.

Vá amiga, existe uma vida incrível lá fora esperando por você, e ela te espera de braços (e coração!) abertos!

Beijos e uma uma vida incrível pra todas nós! ♥

P.S: Um dia, se vocês quiserem, posso contar a história da Ma… Uma menina que queria ser pintora, virou “empresária de sucesso” e que, no meio disso, foi abrindo mão de “sonho por sonho” pra viver o que achavam que era o certo. Até o momento em que resolveu jogar tudo pro ar…

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Fiz a escova da Marie Luise e amei. Só faço ela.
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