16.02.2014

Não, Não é Engraçado…

Essa semana aconteceu um fato que, sinceramente, me chocou e acho que vocês acompanharam pela Tv. Em um jogo no Peru, o jogador Tinga, do Cruzeiro, foi desrespeitado, humilhado e tantas outras coisas que nem consigo dizer.

Como isso aconteceu? Simples: a cada vez que ele tinha a posse da bola os torcedores peruanos imitavam macacos.

racismo

Li algumas matérias sobre o assunto, e fiquei chocada com os comentários (dos leitores) da grande maioria delas, porque era mais que grosseria e falta de educação, era falta de civilidade mesmo, falta de humanidade. Era coisa de bárbaros, não de “gente”.

Não posso imaginar o que esse cara sentiu, o que os pais dele sentiram, o que o filho e os amigos sentiram ao verem uma pessoa querida sendo humilhada e exposta em uma partida de futebol, mas tenho certeza que, seja lá qual for o sentimento, é dilacerante.

É dilacerante porque a ninguém é dado o direito de humilhar o outro, de expor o outro, de apontar para o outro e discriminá-lo por suas características físicas.

racismo

E que ninguém me venha com a historinha de que “ah, ele é pessoa pública, é assim mesmo”, porque isso é a coisa mais idiota que eu já ouvi. Porque o fato de ser pessoa pública não tem o condão de excluir o que esse fato configura: crime. Isso é racismo, isso é discriminação, e isso, claro, é crime.

E, sinceramente, acho uma pena que em pleno 2014, o mundo já tendo passado por tantas guerras e tantos desastres, ainda seja necessário que uma norma penal tipifique algo que qualquer ser que se diz humano jamais deveria cometer.

Por onde a educação das pessoas? E em que lugar da história nós deixamos, como sociedade, de sermos o que supostamente somos, é dizer, humanos?

racismo

Falei isso aqui em casa dia desses e minha disse que “a massa não tem nem o que comer, como vai ter educação?”, e eu não concordo não, porque a educação que eu falo, e expliquei nesse post aqui (Recalque e Grosseria, os Dois Lados da Mesma Moeda), é a educação de alma, que independe de cultura ou classe social. É aquela educação que nos impede de fazer com o outro o que não gostaríamos que fosse feito conosco. É aquela educação que faz com que sejamos humanos.

Claro que eu já fui idiota muitas vezes na vida, e claro que já cometi erros, mas ainda bem que eu aprendi com cada um deles e me tornei uma pessoa melhor, e isso inclui me colocar no lugar do outro antes de fazer ou falar qualquer coisa… E isso, eu garanto, é mais “limitante” que qualquer norma penal.

É limitante porque antes de xingar alguém eu imagino como eu me sentiria sendo xingada. Pior, imagino como eu me sentiria vendo minha mãe ser xingada, humilhada, exposta… Já pensou no que você sentiria se fizessem isso com seu filho?  Pois é nisso que a gente tem que pensar antes de dizer ou fazer qualquer coisa.

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Porque a verdade é que nós temos a tendência de, no fundo,  achar graça de tudo isso, mas expor, avacalhar, humilhar e discriminar o outro pode ser um monte de coisas, todas elas ruins, mas não é, definitivamente, engraçado.

Beijos e bom domingo!

Ju

13.02.2014

Amizade Virtual: Isso Existe Mesmo?

As redes sociais mudaram as nossas vidas, e uma coisa que surgiu disso foram as tais das “amizades virtuais”, coisa que não acreditava muito, porque, pra mim, amizade sempre foi coisa de “pele”, de ter contato, de compartilhar, de “sentir” a pessoa.

Mas a vida adora chegar de voadora nas nossas certezas, né? E numa dessas voadoras acabei conhecendo uma das minhas melhores amigas… Ainda bem!

Vou contar a história porque é bem engraçada…

amizade virtual

Eu sou muito possessiva com meus amigos. Não é ciúme, é possessividade mesmo, porque não tenho ciúme das pessoas que eles convivem, desde que eu continue recebendo toda a atenção do mundo. É coisa de leonino, sabe? Leonino acha que tudo é dele, só dele e só pra ele. Ridículo, eu sei, mas é real!

Pois um dos meus melhores amigos da época do colégio era amigo da Mila, que mora em Goiânia, e via a movimentação dos dois nas redes sociais, e aquilo começou a me irritar, porque a atenção estava dividida (juro que era só amizade, sempre foi). A coisa foi ficando esquisita de tal forma que a gente começou a se detestar, mas detestar mesmo, de viver em “pé de guerra”, porque ela é tão possessiva quanto eu.

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O amigo, coitado, ficava no meio desse circo sem saber o que fazer, até que um dia uma de nós, e eu não lembro se fui eu ou ela, foi falar com outra, e desde então a Mila ganhou meu coração!

A gente só se viu uma vez, lá em Salvador, mas em muitas épocas ela foi a pessoa mais presente na minha vida, mesmo distante, e a gente conversava todos os dias, às vezes por horas. Hoje a gente não se fala tanto quanto antes, porque são duas pessoas mega ocupadas, mas o carinho é o mesmo, e ela é uma das pessoas que mais gosto, que mais quero bem.

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Mesmo sem ter um contato diário, desses que eu achava que sustentavam uma amizade, Mila me conhece mais que a grande maioria. Nunca caiu nas minhas birras, meus bicos e minhas manipulações baratas, sempre me “deu a real”, sempre falou o “ó, isso tá errado, para que tá feio”, nunca passou a mão na minha cabeça e sempre falou as verdades que eu não queria ouvir.

Mais que isso, ela nunca vendeu a imagem de perfeição, ao contrário, sempre foi humana, sempre foi real, e sempre mostrou isso quando a grande maioria faz exatamente o contrário, mostrando o que é bom e camuflando o que é ruim. E talvez por isso eu, que sempre fui “fechada”, tenha me “aberto” tanto e tantas vezes com ela.

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Sabe quando a gente se sente tão à vontade com a outra pessoa que a gente consegue ser exatamente o que a gente é, sem defesas ou coisas do tipo? É desse jeito!

E é por isso que tenho certeza que sim, que amizades virtuais existem, porque mais que estar perto, pra ser amigo é preciso estar “do lado de dentro”. É preciso se doar de verdade, sem medo, é preciso respeitar, gostar, cuidar, querer bem, apoiar e compreender mesmo quando o outro faz algo que não entendemos. É preciso, enfim, “ser” pela outra pessoa.

E ó, mesmo distante, eu super sou pela Mila, que é, com certeza, uma das pessoas mais lindas que já conheci na vida!

Beijos

Ju

31.01.2014

Tá Insatisfeita? Mude!

Tenho visto, todos os dias, um mundo de pessoas insatisfeitas, que vivem reclamando o tempo todo, e fico me perguntando que trava é essa que impede a mudança, porque a única coisa que “cura”  a insatisfação é mudar.

Afinal, se você está insatisfeita, porque insiste tanto em manter as coisas como estão? Qual é a dificuldade?

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O medo! Mas também a insegurança e a falta de confiança em si e na vida. É o medo que trava tudo, porque por mais que a situação seja ruim, nós já a conhecemos, nos acomodamos e  sabemos como lidar com ela.

A mudança, por outro lado, é desconhecida. Ninguém sabe o que pode vir dela, é verdade, mas se não tomarmos as rédeas das nossas vidas, assumirmos quem somos, o que queremos e o que não queremos, passaremos a vida inteira insatisfeitas, sendo vítimas de nós mesmas e prisioneiras dos nossos medos. E que coisa triste isso deve ser!

Mudar é arriscado? É, mas vale muito mais arriscar e buscar o que se quer do que passar a vida inteira pensando no que poderia ter sido e não foi.

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Você pode se arrebentar? Claro, e tá tudo certo, porque tudo é aprendizado. É assim que a gente aprende, que se fortalece e que começa tudo de novo. E tem que começar e recomeçar quantas vezes for preciso, senão a vida fica estagnada e a gente morre por dentro.

Você vai sentir medo? Vai, e vai se apavorar muitas vezes,  e quanto mais medo tiver, mais em frente deve ir, porque medo a gente não vence se escondendo, medo a gente vence enfrentando, e quanto mais a gente enfrenta, mais forte fica e mais o medo desaparece.

E você precisa saber que quando muda perde muitas coisas, e em muitos casos perde também pessoas, porque a partir do momento em que a gente deixa de ser capacho do outro e de satisfazer seus desejos e vontades, esse outro se afasta. E é bom, muito bom que isso aconteça, porque é nesse momento que você vai começar a satisfazer suas próprias vontades, e isso é libertador!

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Quanto às perdas, é o que sempre digo: deixe viver o que precisa viver e morrer o que precisa morrer. Essa é uma das coisas mais difíceis da vida, porque a gente sempre se apega, mesmo que tudo seja ruim, mas é impossível viver uma vida de verdade se a gente não se liberta do que passou.

Quem não faz isso fica parado no tempo, sendo prisioneiro do passado, vivendo de lembranças, de memórias, sem crescer, sem evoluir, sem florescer.

E pare com essa história de colocar a culpa  de sua insatisfação  no outro, porque ninguém faz nada como você sem que você permita, sem que você abra espaço. Mais que isso,  não ache que a solução é a mudança alheia,  porque não existe a possibilidade de mudar o outro, é impossível, você só pode mudar a si mesma.

E, olha que maravilha, quando você muda, mas muda de verdade, o outro muda, a vida muda, o mundo muda e tudo passa a ser muito melhor!

A escolha é somente sua!

Beijos

Ju

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