A Li deu várias dicas para os nossos cabelinhos ontem (veja aqui: 10 Dicas para ter cabelos incríveis), e uma que despertou muito interesse foi a das ampolas, que a gente usa de montão e que vivo indicando por aqui. Mas, será que pode substituir a máscara pela ampola? Será que ela realmente trata o cabelo? É sobre isso que a gente vai falar agora!
Pra começar é preciso explicar que existem máscaras e máscaras, assim como existem ampolas e ampolas, o que significa que elas não são iguais e não tem como generalizar, então é preciso deixar claro que quando a Li, que é tricologista, fala em máscaras, ela está falando sobretudo nas máscaras de uso profissional e não das de mercado/farmácia. Já quando ela fala das ampolas, ela está citando justamente as de farmácia e mercado. Mas, claro, existem exceções!
Via de regra, as máscaras contém uma concentração maior de ativos e conseguem agir no córtex capilar, que é o responsável pela resistência e elasticidade dos fios, dentre outras coisas, sendo, também, o local onde as reações químicas, como colorações, luzes e alisamentos acontecem. E sim, existem muitas máscaras que agem apenas nas cutículas também, o que deixa tudo ainda mais confuso!
Já as ampolas, e aqui estamos falando das de uso comercial, agem, na grande maioria dos casos, na cutícula, que é a parte externa do fio do cabelo, tendo, assim, uma ação mais superficial.
Os diferentes tipos de ampolas
Mas, como disse anteriormente, nem todas as ampolas são iguais e várias marcas, principalmente as que comercializam produtos de uso profissional, possuem ampolas (ou unidoses, como algumas são chamadas) extremamente concentradas que vão além das cutículas, penetram no córtex e agem profundamente, realmente tratando os fios.
Em muitos casos elas são usadas em conjunto com alguma máscara ou booster, como algumas da Kérastase e da Schwarzkopf, por exemplo.
Essas ampolas de uso profissional funcionam sim como tratamentos e podem substituir as máscaras, inclusive as de reconstrução. Já as ampolas de uso comercial, essas baratinhas, não conseguem, como regra, tratar profundamente os fios, reconstruindo um cabelo muito danificado, por exemplo.
Isso significa que elas não prestam? De jeito nenhum. Significa que, como são mais baratas, possuem uma ação compatível com seu preço. Elas agem sim, só que mais superficialmente, então são boas pra uma hidratada rápida, pra ajudar no ressecamento, pra selar as cutículas e coisas do tipo, e eu, inclusive, uso muitas, e algumas vezes substituo sim pela máscara, mas já sabendo o que esperar, entende?
Então, se o seu cabelo está muito detonado, com quebra e elástico, é preciso investir em máscaras e ampolas mais potentes, sobretudo para reconstruir e redensificar a fibra capilar. Mas, pra manutenção, para cabelos sem tantos danos, as ampolinhas baratex ajudam sim, só é preciso tomar o cuidado de intercalar o seu uso com produtos mais potentes.
Pra quem quiser referências, já falei por aqui de algumas das minhas ampolas baratinhas preferidas, ó:
Alegria na vida de uma viciada em cabelos é quando a amiga, que é tricologista, vem passar 1 mês todinho perto da gente, viu? A Li tá aqui e eu, que sou folgada mesmo, já pedi que ela desse várias dicas pra que eu repasse pra vocês, e no post de hoje a gente vai falar sobre 10 coisas que você precisa saber pra ter cabelos incríveis, bora lá!
A Li bate muito na tecla daquela rotina básica, muitas vezes negligenciada, e nos cuidados com o couro cabeludo, que, pra ela, é o mais importante, mas sobre isso a gente fala no próximo post. Nesse vamos conversar sobre dicas gerais, combinado?
10 coisas que você precisa saber pra ter cabelos incríveis
Como o pH dos shampoos é, via de regra, mais alcalino, e isso deixa os fios muito mais vulneráveis, é preciso delicadeza na hora de lavar o cabelo, que está esticado ao máximo. Então, os movimentos precisam ser suaves, sempre feitos no sentido das cutículas (de cima para baixo, como expliquei nesse post aqui) e sem esfregar no comprimento, já que isso faz com que elas (as cutículas) se abram e sejam, em muitos casos, danificadas pela força das mãos (cabelo é frágil, gente!).
Ou seja, não é pra lavar como se estivesse lavando roupa, basta deslizar os dedos com leveza e pronto, não esquecendo de, com a ponta dos dedos, massagear bastante o couro cabeludo para completa e correta remoção dos resíduos ali impregnados.
2. Nunca use muito shampoo. Nem pouco!
A quantidade exata de shampoo varia de cabelo pra cabelo, porque depende do tamanho e do volume, mas a média é de 10 ml por lavagem, e é muito importante não usar uma quantidade muito grande pois isso pode, ao invés de limpar mais, gerar uma saturação de resíduos nos fios.
Já quando a quantidade de shampoo é menor do que a necessária, os fios não ficam limpos, pois ele não consegue fazer a correta “ligação” entre a água e a sujeira e realizar a remoção das impurezas e oleosidade.
3. Água: tem que ser na medida certa!
Pois é, até a água tem que ser na medida certa, só que aqui o problema não é o excesso, é a falta! Pra que vocês entendam melhor, imaginem que a água é o cabo USB que liga o shampoo (telefone) aos resíduos e oleosidade (adaptador). Se não tem o cabo, ou seja, se não tem água suficiente, se o cabelo não está devidamente molhado, a ligação entre o shampoo e os resíduos não vai acontecer da maneira correta e os fios não ficarão limpos.
Então, pode caprichar na água, não precisa ter pena não, é pra molhar bastante mesmo!
4. Espuma não é sinônimo de limpeza
A gente ama uma espuma, né? Eu, por exemplo, não acostumo com shampoo que não espume muito, porque, mesmo sabendo que não funciona desse jeito, sempre acho que quanto mais espuma, mais limpeza. Só que a verdade é que a espuma não tem nada a ver com a limpeza, a questão é mais sensorial mesmo.
Então, shampoos que não produzem espuma limpam da mesma forma que os que produzem. Mas aqui tem uma observação importante: se o seu shampoo é do tipo que espuma muito e, no momento da lavagem, não houver espuma, é porque os fios estão muito sujos, e aí vale repetir o processo pra que a sujeira seja completamente removida.
5. Shampoo sem sal é mito
Essa história é antiga, mas ainda hoje muitas meninas questionam isso por aqui e algumas alegam que não usam shampoo com sal porque eles fazem mal para os fios, o que é mito. Todos os shampoos, via de regra, possuem sal, já que ele tem, no caso dos shampoos, função espessante e espumante, e não vai influenciar na qualidade do produto nem interferir na química ou saúde dos fios.
Os shampoos que se dizem sem sal contém sal, só que um sal diferente do NaCL, que é aquele sal de cozinha. Já são fabricados uns poucos shampoos sem nenhum tipo de sal, mas a vendagem acaba sendo baixíssima porque eles são muito mais difíceis de serem utilizados, pois são líquidos, tipo água mesmo, e também não produzem espuma.
6. Shampoo para cabelos com queda
Shampoo que promete ação contra a queda dos fios funciona muito mais como um “preparativo” para o tratamento, geralmente um tônico, que como tratamento em si, pois o que ele faz, na verdade, é limpar corretamente o couro cabeludo e, a depender dos ativos, ajudar no fortalecimento dos fios ou ativar a circulação local, por exemplo, mas não consegue, sozinho, fazer com que os fios parem de cair e voltem a nascer.
Isso acontece, sobretudo, devido ao pouco tempo em que ele fica em contato com os fios.
7. Cuidados ao desembaraçar
Essa dica me pegou de surpresa, porque sempre usei escova, tipo raquete, pra desembaraçar os fios, e sempre no cabelo molhado, mas a Li explicou que o cabelo molhado deve ser desembaraçado com um pente (os de madeira são ótimas opções), já que eles não possuem arestas e deslizam completamente nos fios, o que é importante no cabelo molhado, pois ele está no máximo da sua elasticidade (ele fica mais liso, “esticado”) e, portanto, mais vulnerável.
Já no cabelo seco o pente não deve ser usado para desembaraçar, apenas a escova, e é importante que o processo, nos dois casos, seja feito com cuidado, separando os fios por partes, para evitar que eles se quebrem. Ah, e essas regrinhas valem pra desembaraçar os fios e não para pentear ou modelar, viu, gente?
8. Finalizadores com álcool
Muitos finalizadores possuem álcool na composição, mas é preciso ter cuidado principalmente com os fixadores, que, via de regra, não possuem ativos que tratem os fios ou que ajudem a reter a umidade, o que significa que, quando usados em excesso, pioram o ressecamento.
9. Ampolas não são iguais as máscaras
A grande maioria das ampolas, sobretudo as de uso comercial, não são tratamentos, já que agem apenas nas cutículas, enquanto as máscaras (e aqui a Li fala das de uso profissional) agem no córtex e possuem uma concentração muito maior de ativos.
Claro que isso é relativo e já sai um post explicando tudo, porque muitas ampolas de uso profissional são extremamente concentradas e agem mais profundamente, sendo um tratamento mesmo, mas, no geral, elas (principalmente as de mercado/farmácia) agem de forma mais superficial.
10. Não “abafe” o cabelo
O cabelo, sobretudo quando está molhado após a lavagem ou úmido de suor, jamais deve ser abafado com chapéu, boné ou qualquer outra coisa, inclusive travesseiro (pra quem dorme de cabelo molhado), pois o couro cabeludo precisa secar completamente, evitando, assim, problemas com fungos, que causam caspa e queda dos fios, por exemplo.
O post ficou imenso, tem mais um montão de coisas pra falar (oba!) e se vocês tiverem alguma dúvida sobre cabelos, deixem nos comentários que a Li vai ficar por aqui até o final de junho, então dá pra gente aproveitar de montão! hahaha
Viram que a Garnier lançou duas novas linhas? É a Liso Absoluto Natural, que tem ação anti-oleosidade, e a Liso Absoluto Pós-Química, que promete mais movimento e menos rigidez. Recebi as duas linhas e corri pra testar a máscara, ou melhor, o Creme de Tratamento Liso Absoluto Pós-Química, porque se tem uma coisa que a gente ama é máscara de cabelo, né? rs
Creme de Tratamento Liso Absoluto Pós-Química: As Promessas
De acordo com a marca, “os produtos da linha Liso Absoluto Pós-Química alinham, intensificam e prolongam o liso, além de tratar os danos causados pela química com o extrato de monoi, que age suavizando a fibra capilar e evitando o frizz e a rigidez, garantindo fios com um efeito liso de aspecto natural da raiz às pontas.”
Além do extrato de monoi (gardênia do Taiti/flor de tiaré), a máscara conta com fito queratina, extrato de cana-de-açúcar, óleo de coco, proteína de milho, soja e trigo, extrato de chá verde, de maça e da casca do limão, dentre outras coisas. Contém, também, óleo mineral e parafina líquida, e bem no início da fórmula.
O Bê-a-Bá da Máscara
A embalagem é plástica, bojudinha, vem com 300 g e conta com tampa de rosquear. A textura é cremosa e bem firme, do tipo que a gente coloca de cabeça pra baixo e ela nem treme rs. O cheiro é gostosinho e a cor é um bege claro que não interfere na pigmentação dos fios.
Uso tranquilamente produtos com óleo mineral e parafina líquida, mesmo sabendo que eles não tratam os fios (falei sobre isso nesse post aqui: Óleo não é tudo igual!), porque, pra mim, tudo depende da composição e do efeito do produto no meu cabelo, mas não gosto quando uma dessas duas substâncias estão no comecinho da fórmula, sabe?
Mas, como já sei que tenho essa cisma, prefiro testar os produtos sem olhar a composição, com raras exceções, porque senão já vou testar procurando defeito, e acho mais coerente fazer a coisa da forma mais imparcial que conseguir, se é que isso é possível! rs
E foi sem olhar o rótulo que testei a primeira vez: apliquei e o cabelo derreteu, apenas. Ficou muito, muito macio, desembaraçou imediatamente, secou um pouco mais alinhado e com menos frizz.
Compensa?
Olhei o rótulo, dei aquela cismada boa, e na segunda vez que usei os fios secaram mais soltinhos e com mais balanço, sabe? Na terceira vez percebi que, mesmo não sendo indicada para o meu tipo de cabelo, porque não faço nenhuma química pra alisar, na verdade tô usando o cabelo natural, cheio de ondas, ela deu certo, alinhou bem a raiz, deu uma reduzida no arrepiado e suavizou as ondas, deixando-as mais largas e soltas.
No mais, o cabelo fica realmente macio, e no meu cabelo ela não pesou, mas não sei como funcionaria em cabelos mais fininhos, sabe? O efeito, em mim, foi mais de nutrição reparadora, e apesar do óleo mineral e da parafina líquida, o resultado foi bom, bem bom!
Ela custa R$10,15 e é vendida em mercados e farmácias. Alguém já usou? O que achou? Conta aí!