13.04.2015

Bullying: Uma Reflexão…

Dia desses li que o bullying é a forma de violência que mais cresce na mundo, e hoje fiquei meio chocada com uma matéria do Globo sobre um menino que cometeu suicídio em decorrência do bullying, um caso que não é tão comum, mas que, infelizmente, acontece.

Acontece e a gente nunca sabe quando pode acontecer de novo, se não vai acontecer com um irmão, um primo, um filho, um amigo. E se engana quem acha que isso é uma coisa “muito distante”, porque a verdade é que ninguém é tão forte quanto parece, e não tem como saber o efeito que uma única palavra ou “brincadeira de mal gosto” pode ter na vida de uma pessoa.

Bullying

bullying

Às vezes basta tirar um único tijolo pra que tudo desmorone, e aí aquela sua palavrinha, aquele seu comportamento, aquela sua forma de “apontar” o dedo pode ser o “pingo” que faltava pra fazer com que alguém desabe, muitas vezes de forma irreversível.

Se engana quem acha que apenas a agressão física deixa marcas. A agressão moral talvez seja muito mais grave, porque muito mais profunda, porque marca por dentro, na alma, e jamais se apaga. Você pode até esquecer o tapa, mas não esquece a humilhação, as risadas de deboche, os dedos apontados, a ridicularização, a forma como o outro te reduz, te inferioriza e faz com que você se sinta pequenininho…

Isso não só não se esquece, como afeta de forma nefasta a sua autoestima e molda, de muitas formas, a sua vida. Se já não é fácil se aceitar, se amar e se respeitar estando dentro dos chamados “padrões normais”, imagine como é difícil pra quem, por qualquer motivo, não se enquadra nesses padrões.

Mais difícil ainda é passar por ser isso e ser agredido emocionalmente ( e muitas vezes fisicamente) dia após dia. E hoje agride-se por tudo: por ser magro ou gordo, por ser bonito ou feio, por ser rico ou pobre, por ser branco ou negro, pela sua sexualidade, pela sua raça, pela sua origem, pela sua religião,  pela sua classe social, pelas características físicas… O que não faltam são motivos pra “apedrejar” o outro em praça pública. Ou melhor, na timeline da rede social do momento.

bullying

Acha que não é nada demais? Acha que é engraçado? Garanto que não vai achar quando fizerem isso com seu filho, com sua mãe, com alguém que você ame. Tudo muda quando o “sangue que escorre” é o nosso, sabe?

Me dói profundamente ver o tanto de estrago que isso causa, ver o quanto nós, enquanto coletividade, estamos inconscientes das consequências de nossos atos e palavras na vida do outro, ver o quanto estamos nos tornando cruéis e insensíveis, ver a nossa absoluta falta de empatia, ver a perda, dia após dia, daquilo que nos faz humanos.

Não, apontar o dedo, ridicularizar, oprimir e inferiorizar o outro não vai fazer de você alguém melhor, mais bonito ou mais qualquer coisa de bom. Isso não te faz superior em nada. Ao contrário, só mostra o quanto você, que vive reduzindo o outro a nada, é pequeno. Pequeno de alma, pequeno de humanidade, pequeno do que realmente importa.

E assim como a grande maioria de vocês, eu também já apontei o dedo, já fui cruel, já cometi erros, porque  sou humana, porque a gente erra mesmo, mas eu tendo todos os dias não errar tanto, tento melhorar e tento usar as minhas palavras pra criar um mundo melhor, pra levar somente coisas boas, pra ser, enfim, “a voz” que faz diferença na vida alguém, porque sei o quanto “esse tipo de voz” já fez diferença em minha vida.

E se você quer ser melhor, mas melhor de verdade, se você quer realmente fazer diferença, use a sua voz pra espalhar o bem, estenda suas mãos pra ajudar e abra seus olhos pra compreender com amor, e não julgar.

Nós somos todos diferentes, mas essas diferenças não devem ser usadas pra nos categorizar, porque no fim somos todos uma coisa só: humanos, apenas humanos.

Beijos, Ju ♥

09.04.2015

Um Dia a Gente Cansa…

Um dia a gente cansa. Cansa de tudo um pouco. Cansa até de se cansar. E no meio dessa “canseira” toda,  resolve jogar pro ar. Liberdade maior não há!

A gente cansa das mesmas perguntas chatas. Cansa das cobranças, inclusive aquelas “berradas” em silêncio, que a gente sente só pelo olhar. A gente cansa de seguir script, de tentar agradar, de tentar se adequar.

Cansa dos amigos que não são tão amigos assim. Cansa de gente que só sabe sugar. Cansa de quem “não importa”, cansa de quem já importou e cansa até de quem “deveria” importar. A gente cansa, cansa sim. Cansa dessa mania de “boa vizinhança”, dessa diplomacia forçada, de toda essa hipocrisia fantasiada de boa educação.

A gente cansa sim, cansa muito!

um dia a gente cansa

E a gente cansa, cansa de muito mais. Cansa de se explicar, de se importar, de procurar, de aceitar, de tolerar… Cansa do “mais ou menos”, do que é morno, do que não faz o coração vibrar.

E quando a gente cansa, aí é hora de jogar tudo pro ar! As conveniências vão pelo ralo e só fica mesmo o que for bom, o que faz bem. A gente muda de vida, muda o mundo se preciso for, mas joga mesmo pro ar.

Troca de emprego, troca de “amigos”, muda de casa, de cidade ou de país,  aprende a dizer não, a dizer “basta”, a sustentar um “comigo não”! A gente muda e foca no que é realmente  importante. Olha pra dentro, bem fundo pros próprios quereres, e aprende a se respeitar.

E quem se respeita, mas se respeita de verdade, não se importa com todo o julgamento de quem (ou o que) foi “jogado pro ar”. E não, isso não é arrogância nem surto, é o “encontro” mais bonito que há: o encontro entre a “pessoinha de fora” com o gigante que mora dentro e que precisava se “libertar”.

E é desse encontro que nasce, depois de toda essa canseira, a melhor coisa que há: a integridade de ser o que se é, fazer o que quiser e construir, sem máscaras nem personagens, a vida que a gente quer.

P.S: que você se canse, com toda força do mundo, de tudo aquilo que não seja bom, que não seja bem, que não seja o que você é, o que você quer.

E se quiser ler mais textos como esse, é só clicar aqui.

Beijos, Ju ♥

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09.04.2015

Maternagem: menos julgamento e mais acolhimento!

Algumas coisas no universo materno são realmente assustadoras! Algumas grávidas e outras mães podem ser tão agressivas e cruéis!

Na era das redes sociais, assim que descobrimos a gravidez é quase automático procurarmos um grupo virtual de pessoas que estejam no mesmo período de gravidez que o nosso para trocarmos experiências. Quando o bebê nasce, procuramos grupos de amamentação, depois grupos de introdução alimentar, criação e uma infinidade de outros assuntos para dividir essa experiência única na vida.

Todavia, juntamente com estes grupos, encontramos pessoas que mais tendem a julgar do que ajudar. E por estarmos tão fragilizadas, acabamos nos machucando muito.

maternagem

Os grupos virtuais de maternagem são ótimos e ajudam muito quem precisa de dicas, independente de ser mãe de primeira viagem. Tive muita ajuda neste tipo de mídia social, mas vi muita agressividade nesse meio.

Não bastasse os hormônios da gravidez que bagunçam sim todo nosso equilíbrio emocional, ainda temos que lidar com diversos julgamentos alheios e crueldade.

Sempre achei que a guerra parto normal x parto humanizado x cesárea seria o grande embate da maternagem, mas estava completamente enganada!

Passando a época dos partos, começa a guerra da amamentação, depois amamentação exclusiva até o 6º mês, dar ou não chupeta, introdução alimentar, o que pode dar, modo de educar, creche, babá, parar de trabalhar. Ufa! Enfim, o julgamento nunca acaba! As verdades são absolutas e é muito mais fácil apontar o dedo do que tentar respirar e entender as escolhas de uma mãe, ainda que não seja a nossa própria escolha.

O que quero dizer com tudo isso é que, quando uma mãe faz uma escolha consciente e bem estudada, cabe às demais mães respeitar esta escolha e não julgar e apontar o que deveria ser feito.

Ninguém vive pelo outro. Cada um tem sua própria vida, sua carga de experiências e seu direito de escolha e isso deve ser respeitado!

O que cabe a nós é dividir respeitosamente nossa experiência e incentivar a busca de informações para que a outra pessoa possa fazer uma escolha tranquila e consciente.

maternagem

A minha experiência de maternagem sempre foi carregada de julgamentos. Independente do que eu faça, sempre há uma opinião contrária e muitas vezes agressiva a respeito, mesmo quando não pedi (e quase nunca peço).

Cesárea eletiva: eu escolhi, meu médico apontou as vantagens do parto normal, minha capacidade fisiológica de parir e mesmo assim eu escolhi cesárea, realizada em uma segunda-feira logo após um feriado prolongado. Não fui forçada e meu médico tinha certeza de que eu apareceria na maternidade no feriado para um parto normal, o que não aconteceu. Como já contei, Daniel nasceu de 39 semanas e 5 dias de gestação. Poderia ter esperado até 42 semanas? Sim. Mas não quis. Estudei e mesmo reconhecendo os benefícios do parto normal, optei pela cesárea e não me arrependo. Fui julgada? Muito!

Chupeta: não dei, até tentei, confesso, mas ele não quis. Fui julgada? Muito!

Amamentação exclusiva até 6 meses sem uso de complemento: Os questionamentos acerca da qualidade do meu leite eram enormes, mas maior que toda opinião era meu bebê que sempre ganhou mais de 1kg por mês e cresceu mais de 20 centímetros. E até hoje com 11 meses e um bebê de 78 centímetros me perguntam porque ele ainda mama!

Introdução alimentar respeitosa e saudável: É difícil, mas muito gratificante! Aqui não tem chocolate, danoninho, nem industrializados para bebê. Fui questionada? Sim. Questionei mães que fizeram ao contrário? Infelizmente.

Eu julguei mães que fizeram escolhas diferentes das minhas até me lembrar daquelas que me julgaram e como me senti com estes julgamentos. Senti vergonha da minha atitude e hoje, embora não concorde com muitas coisas, procuro acolher e entender minhas amigas mamães.

maternagem

Quando nasce um bebê, independente de ser a primeira ou a quinta gestação, nasce uma nova mãe, uma nova mulher e essa mulher, acima de tudo, precisa de um abraço, uma troca de olhares e um ombro amigo para chorar porque ser mãe não é fácil não. É lindo, emocionante e muito gratificante, mas muitas vezes, como diz uma amiga, é solitário.

Mamães, não vamos julgar, vamos acolher. Ensinar e dividir conhecimento é muito diferente de apontar medos, encontrar falhas e usar de ironia para defender uma verdade absoluta. Entre o certo e o errado existe uma linha muito tênue chamada respeito.

Um beijo, Dani.

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