22.04.2014

Até Quando?

Hoje aconteceu uma coisa muito chata comigo, até falei sobre isso no Face, e resolvi compartilhar aqui pra que mais pessoas posam ler, porque isso ficou engasgado na minha garganta…

Quem me acompanha por aqui sabe que eu sou doida por bichos, tenho alguns e “mato e morro” por Ozzynho, meu cachorrinho. Ozzy é um Staff Bull Terrier, e, apesar da boca enorme, é o cachorro mais dócil do mundo, do tipo que leva mordida de Bob, meu jabuti, e não revida.

Ozzynho

Ozzynho tem 4 anos e nunca atacou ou mordeu ninguém, e ele é tão bonzinho que Drª Roberta, a veterinária dele, vive dizendo que ele não tem noção da força que tem.  Ozzy sempre sai comigo de carro, mas ele fica no banco de trás e com o cinto de segurança de cachorro, que prende ele pelo peitoral, porque assim ele fica seguro e não tem o risco dele colocar o rosto pra fora e “assustar” as pessoas (se for algo demorado ou que precise me distanciar muito, não deixo ele no carro de jeito nenhum).

Fui na rua rapidinho hoje pela manhã com Ozzy e na volta paramos pra tomar água de coco. Estacionei do  lado do moço da água de coco, em local permitido, e desci. Ozzy ficou dentro do carro, no banco de trás, com cinto de segurança de cachorro e com os vidros completamente abertos porque assim ele não fica abafado e eu consigo vê-lo sem problemas.

ozzynho

Fiquei esperando na fila e minutos depois escutei um grito e alguém falando “quem foi o louco que deixou esse monstro dentro de um carro”. Virei pra olhar e era uma policial (farda creme), que, não sei o motivo, enfiou a cabeça dentro do meu carro.

Disse que o carro era meu e perguntei qual era o problema. Ela me disse que eu não poderia andar com um cachorro daqueles no carro. Expliquei que o carro era meu, o cachorro era meu e estava preso, e desde que ele não representasse perigo para as outras pessoas não havia nada que me proibisse de andar com ele.

ozzynho

Ela disse que tinha perigo sim porque ela tomou um susto enorme e que por pouco não tinha atirado (oi?). Com toda paciência do mundo expliquei que ele estava no ambiente dele, que dali não sairia, que eu estava ao lado, que o carro estava estacionado em local permitido e que me causava muita estranheza ela ter colocado a cabeça pra dentro do meu carro, já que não tinha motivo pra isso, e que colocar a cabeça pra dentro do carro alheio não era atribuição da polícia, exceto se existisse alguma razão que justificasse o que, pra mim, era uma invasão.

Eu já aprendi a não discutir com policial, porque, sem querer generalizar, porque existem sim excelentes policiais, tudo agora é desacato. Falei o que tinha que falar, mas muito menos do que deveria, entrei no meu carro e vim pra casa me acabando de chorar.

ozzynho

Chorei porque ela disse que Ozzynho era um monstro, e ele não é. Chorei porque fiquei assustada com o despreparo, o descontrole e a absoluta inabilidade em lidar com situações adversas de uma pessoa que, supostamente, é treinada pra isso. Chorei porque me senti desrespeitada e agredida. E chorei, sobretudo, porque fiquei pensando no que poderia ter acontecido se ela, que deveria estar nas ruas zelando pela segurança da população, atirasse em Ozzynho. Ah, e também chorei  porque não dei uma sapatada nela, porque vontade não faltou!

Isso me assustou, sabe?  Como assim que você enfia a cara no carro dos outros e ainda acha que está certo? Como assim que você “se assusta” e atira?  E se Ozzy tivesse se assustado com a presença dela, afinal ele estava no carro “dele” e ela era uma intrusa, e tivesse latido ou ido pra cima, e ela atirasse? Porque, sinceramente, a pessoa pode falar ou fazer o que for pra mim que eu tenho controle e resolvo de forma civilizada,  mas não faça nada com meu cachorro porque  não tenho nem noção do que sou capaz de fazer.

Pra você, moça da farda creme!

O que eu acho, de verdade, é que arma é uma coisa que só deveria estar em mãos de quem tem controle emocional pra portar uma, de gente que tem equilíbrio, de gente preparada, porque do mesmo jeito que  atira em um cachorro,  atira em uma pessoa, e tirar uma vida, seja ela qual for, porque você se assustou é um absurdo, pra dizer o mínimo!

Eu deveria ter tido uma reação mais enérgica, ter tomado providências, porque é fato que ela abusou, mas a palavra “atirar” me “rezou” de tal forma que eu só queria trazer Ozzynho pra casa… Sabe o que é uma pessoa arrasada? Eu fiquei… E prefiro acreditar que ela estava em um dia ruim, sabe? Prefiro acreditar nisso do que acreditar que tem alguém com delírios de poder, achando que pode fazer o que quiser, solta nas ruas,  e, pior, com uma arma nas mãos.

Beijos

Ju

20.04.2014

Um Tiquinho de Tolerância Não Faz Mal a Ninguém

Eu tive um professor de história no 2º Grau que dizia que a grande maioria das guerras do mundo foram causadas pela intolerância. Intolerância religiosa, intolerância cultural, intolerância racial, intolerância de todos os tipos… Mas, a intolerância não causou somente as grandes guerras não, ela causou e causa, todos os dias, grandes e pequenas guerras em nossas vidas.

A grande verdade é que somos programados pra “convencer”… Achamos que a nossa religião é a certa e queremos convencer os outros disso, acreditamos que a nossa cultura é que é a melhor e queremos doutrinar as outras, achamos que as nossas opiniões são as mais coerentes e não aceitamos que isso seja questionado,  achamos, enfim, que as nossas verdades são absolutas, e não, não são.

intolerância

Vocês já pararam pra pensar na quantidade de vezes que já discutiram, que já brigaram, que já se distanciaram de pessoas porque, simplificando, elas pensam, sentem ou agem de forma diferente de vocês? Eu já, e fiquei chocada com a conta…

Uma pessoa pensar, agir e sentir as coisas de forma diferente de mim não significa que ela está contra mim e não significa que eu estou certa e ela errada, significa somente que ela teve outras experiências que culminaram naquela visão de vida, e pra ela a sua forma de agir e pensar está certa, da mesma forma que eu acho que a minha está certa.

Quem, afinal, está certa? Eu e ela, claro, porque tudo depende do ponto de vista. Aqui não existem verdades absolutas, existem escolhas próprias e experiências diferentes, e a ninguém é dado o direito de violar as crenças de quem quer que seja pra que elas sejam compatíveis com as suas.

intolerância

Isso é, aliás, de uma brutalidade, de uma violência sem tamanho… O grande problema é que a maioria, e eu já fui assim em muitos momentos, se sente ameaçada com as diferenças e acredita que  discordar, que ser diferente, que pensar de forma diferente é criticar, e não é, de forma alguma.

Uma coisa que acontece muito comigo é o tal do “embate da carne”. Eu não como nenhum tipo de carne, mas isso é uma opção minha, é condizente com o que eu acredito. Pois bem, já ouvi dezenas de vezes que eu não deveria frequentar locais que tivessem carne  e que não deveria “dividir a mesa” com quem consome. Oi? Eu frequento os lugares que eu quiser e divido a mesa com quem eu quiser, porque o que a pessoa ao lado faz é uma escolha dela e não minha, e eu não tenho o direito de tentar convencer quem quer que seja de que o certo é não comer carne. Ora, é certo pra mim, é a minha verdade, e não posso impor isso a quem quer que seja, do mesmo jeito que não quero que tentem me convencer do contrário.

tolerância

Mas infelizmente não é isso o que acontece, e as pessoas passam o tempo inteiro tentando convencer as outras de tudo, ao invés de respeitar as escolhas alheias e viver as suas. É preciso entender que, concordando ou não, temos que respeitar as escolhas e opiniões das outras pessoas (ok, aqui existe a exceção das “patologias”) e ponto final.

E já que hoje é domingo de Páscoa, e que essa data é importante pra tanta gente, que tenhamos a bondade de deixar ressuscitar em  nós não só o amor, mas o respeito e a tolerância para com o próximo!

Boa Páscoa pra vocês!

Ju

 

08.04.2014

Traição é Fingir Amor

traição

Traição é fingir amor… Quem disse isso foi o Paulo Coelho numa entrevista pra revista Cláudia dessa mês, e eu concordei tanto, tanto, tanto com essa afirmação que o post “brotou”.

Sempre tive dificuldade pra definir “traição” porque não acho que “traição física”, pura e simples, seja, necessariamente, traição.

Traição, pra mim, é falta de lealdade, é expor o outro, é, simplificando, estar numa história e jogar no time oposto. Traição é estar com uma pessoa que você não ama, seja por qual motivo for. Traição é fingir pra si mesma que você ama. Traição é expor uma pessoa que você diz que ama, é viver uma história paralela que envolva sentimento e não só desejo.

traicao1

Sempre que falo sobre isso com meus amigos homens é uma polêmica danada, porque eles concordam com o que eu digo, mas só pode ser válido para os meninos e não para as meninas… É, a gente vive numa sociedade tão machista que aceitar que uma mulher possa ter desejos, e, pior, “sucumbir” a eles, é o fim do mundo.

Mas temos sim, e é bom que tenhamos sempre, cada vez mais, porque quem não tem desejos não vive, não pulsa.E é bom que se saiba, aliás, que amor e desejo são coisas completamente diferentes, e que elas podem ou não andar de mãos dadas. Amar uma pessoa não significa que você é uma criminosa por desejar outra, porque nós somos humanos e os nossos sentimentos não são tão simples e “separados” como gostaríamos. A coisa, na maioria das vezes, é muito mais complicada do que previam os contos de fada.

traição

Muitas vezes não ceder a um desejo é trair a si mesmo, e isso é traição do mesmo jeito… Qual seria a pior? Pior, pra mim, é, como bem disse Paulo Coelho, fingir amor. E ninguém está imune a isso, de, por algum motivo, fingir pro outro, ou, o que é muito pior, fingir pra si mesma. Não existe, de verdade, traição maior que essa…

Parece absurdo né? Parece absurdo falar de traição de forma tão crua, eu sei… Mas absurdo, pra mim, é a hipocrisia de querer negar o óbvio, de querer fingir que não sente o que sente, porque seria muito simples se as coisas na vida fossem  “preto no branco”, se as pessoas fossem corretas ou canalhas, mas não é, é tudo misturado ao mesmo tempo, e tudo de uma vez só, porque a vida, ah, a vida é cheia de “talvez” e de “poréns”…

traição

Assunto indigesto pra uma quarta-feira, né? Mas é bom pra que a gente reflita um pouco, e reflita observando os nossos próprios sentimentos, os nossos quereres, as nossas vontades…

Beijos

Ju

 

O que você acha do JV?
Fiz a escova da Marie Luise e amei. Só faço ela.
Ano novo 2023: como se preparar para a virada! Preparando a casa para o ano novo 2023 Superstições de ano novo: um 2023 de muita sorte! Ceia de ano novo pra ter muita sorte! Não dorme bem? Para você que não consegue dormir! Numerologia da casa 6: A casa da harmonia! Numerologia da casa 5: A casa das mudanças!