01.12.2013

Preparando a Casa e a Alma Pra 2014

Hoje já é 1º de dezembro e daqui a pouquinho mais um ano chega ao fim. Passou rápido, não é?

Mas, pra você, ele passou mesmo ou você continua presa em fatos, casos, histórias e pessoas que “aconteceram” esse ano, ou anos atrás?

A grande maioria, e eu já fui muito assim, fica presa no que passou, no que aconteceu, ou  pior, no que poderia ter acontecido, e para de viver. E não são poucas as pessoas que não conseguem “soltar” o passado, mesmo que esse seja um passado ruim, simplesmente porque ele já é conhecido, porque é “seguro”, porque a gente se acomoda ou coisas do tipo.

preparar 2014

Eu me policio muito pra evitar esse tipo de coisa, porque tenho tendência a ser apegada, e todo apego é ruim, então no dia primeiro de cada mês eu faço uma faxina, na casa (e na alma), pra tirar o que não me serve mais. Um desses “rituais bobos”, sabe? Contudo, em dezembro a coisa costuma ser “maior”, porque paro mesmo pra fazer um balanço de tudo o que foi vivido, do que ainda vale a pena e do que não serve mais, e isso é “pra tudo”: roupas, objetos, pessoas e situações.

Fazer isso é bem simbólico, e também libertador, porque acumular o que não nos serve mais é uma das coisas mais sufocantes e paralisantes da vida. Então,  que tal aproveitar que hoje é domingo e dedicar um tiquinho de tempo pra olhar pra sua vida e tirar dela tudo aquilo que te sufoca, todo aquilo que te impede de andar, tudo aquilo que trava o riso, tudo aquilo que já não “cabe” mais?

preparar 2014

Eu sempre começo pelas roupas. Ponho o armário abaixo e vou vendo se aquela peça, mesmo sendo incrível, combina com a pessoa que eu sou hoje. Se não combinar, rua!  Não dá mais? Rua! É lindo, mas isso ou aquilo? Rua! Eu gosto é do novo, e por mais clichê que pareça, e é, o novo só surge quando existe espaço, e isso só acontece quando o velho vai embora.

Tire, sem pena mesmo, as roupas, bolsas, sapatos, bijus, objetos, papéis, revistas… Tire tudo, mas tire de verdade… Não vale esconder aquela peça, porque a moda pode “voltar”, ou aquela outra, que é linda, mas não passa da sua coxa… Pare de fingir pra você que essa peça ainda  serve… Aproveite e pare de fingir também que “aquela” pessoa vai mudar, que a situação, por um passe de mágica, vai se transformar…

mudar, recomeçar

Para, para de se enganar… Nada, absolutamente nada, vai mudar se você não der o primeiro passo, porque a única mudança possível é a que acontece com você.

Assim como você fez com as roupas, faça com seus sentimentos e a sua vida. Tira tudo e joga em cima de cama. Veja o que serve, o que “cai bem”, o que faz bem, e guarda. Já o que apertou, o que sufocou, o que paralisou, passa pra frente, deixa ir, deixa pra trás. Se liberta de tudo isso, vai.

Eu sei que não é fácil, mas algumas pessoas, algumas histórias, algumas coisas simplesmente não servem mais.  Pronto. Não importa se foi lindo ou não, se deu certo ou não, acabou e você precisa deixar viver o que deve viver, e morrer o que deve morrer, caso contrário a sua vida paralisa e você fica presa no tempo.

recomeçar

Alguém te fez mal? Perdoa… Tira essa pedra do teu caminho, tira esse veneno do coração. Quem não perdoa fica preso ao outro. E tem coisa pior que ficar preso ao que te fez mal, a quem te fez mal?

Você fez mal  a alguém? Se perdoe. Todo mundo comete erros. Erros grandes, erros pequenos, erros. E se você não se perdoar, vai passar a vida preso no que já passou, no que você não pode mudar. Se perdoe e seja melhor, que é o que de mais bonito você pode fazer.

Sem isso não tem como ter leveza, não tem como ter beleza, não tem como a vida florir. E, afinal, não é isso que a gente quer? Então, limpa tudo, abra espaço, perfuma a casa  e prepara a alma pro que estar por vir. É transformador!

Beijos

Ju

29.11.2013

Ser Bonito Virou Obrigação!

Tava quase dormindo ontem quando o celular começou a vibrar e fui olhar o que era. Como era um aviso  do Face e o sono ainda não tinha tomando conta, fui ler e acabei passando a madrugada agoniada.

A Mi, uma leitora aqui do blog, me marcou no Face de uma outra blogueira que fazia um desabafo sobre uma leitora que enviou um e-mail falando que ela ficava feia sorrindo e que ela deveria usar aparelho.

Comentei lá e fiquei pensando nisso, mas não pela falta de educação de mandar um e-mail pra quem você sequer tem intimidade e pedir pra pessoa parar de sorrir (oi?), e sim pela patrulha infantil, burra e irresponsável da perfeição.

obrigação de ser bonito

Sim, hoje existe praticamente a obrigação de ser lindo e perfeito, e caso você não seja, e ninguém é, será digno de linchamento em praça pública, ou melhor, na Timeline do Facebook.

Que coisa mais feia  e vazia apontar  o outro e bradar  um “você é feio”! Posso aceitar isso de meninas na pré-escola, mas não de mulheres adultas.

Juro que o meu problema não são as críticas pesadas e grosseiras sem fundamento, porque sei que gentileza e educação são coisas que andam em falta (já falei sobre isso nesse post: Recalque e Grosseria: Os Dois Lados da Mesma Moeda). O que me preocupa, de verdade, é essa obrigação de ser lindo e perfeito 24 horas por dia, porque imagino o quanto de frustração as pessoas carregam dentro de si por jamais conseguirem o que desejam: a perfeição.

obrigação de ser bonito

Nós somos bombardeados de todos os lados, todos os dias, com imagens de mulheres supostamente perfeitas (e viva o Photoshop!), com dentes perfeitos, corpos perfeitos, cabelos perfeitos, rostos perfeitos e uma vida perfeita, e acabamos acreditando que aquilo é real. Pior, acabamos, inconscientemente, querendo aquilo pra nós e cobrando isso dos outros.

Uma pena, já que nada disso é real. Nada.

Portanto, para o seu próprio bem, caia na real e pare de buscar, em si e nos outros, o que não existe. Melhor, se aceite como você é, porque isso sim é incrível. Quer mudar algo ou quer melhorar algo? Não vejo o menor problema, desde que isso não seja encarado como pressuposto pra felicidade, porque não é.

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Nunca, em toda minha vida, quis ser perfeita, porque, na real, nunca fui a mais bonita (já fui bemmm esquisita, aliás…), e isso nunca fez a menor diferença na minha vida, porque o que sempre quis foi viver muito e viver bem. Eu sempre quis ter amigos, ter histórias, ser feliz, e isso não tem nada a ver com beleza.

Lido bem com o fato de ser bicuda,  de ter bochechas enormes, acho engraçado meus dois dentinhos de Cascatinha (eles são tortinhos embaixo!), dou risada do meu “pé de pato”, da minha “falta de jeito” e não me importo nem um pingo em ser super desastrada.

Nunca fui magra e isso já me incomodou muito  sim, e me incomoda um pouco, mas não é um problema e  nunca me impediu de viver e de ser  feliz, que é o que, pra mim, importa. Nunca. Eu vivi muito, e continuo vivendo. Eu amei muito, e continuo amando. Eu fui muito amada, e continuo sendo. Eu tive muitos amigos, e continuo tendo.

obrigação de ser bonito

Vivi coisas ruins? Várias, mas isso acontece com todo mundo. Todo mundo é rejeitado uma  vez na vida (ou várias!), todo mundo é traído, todo mundo é enganado, todo mundo tem perdas, todo mundo comete erros, e isso independe de beleza.

E se tudo o que é importante independe de beleza, pra quê essa neurose toda em torno disso? O tempo que se perde buscando o impossível, a perfeição, as pessoas deveriam estar “gastando” pra viver, porque quase nada é tão triste quanto uma vida pobre em experiências, em vivências, em amores, em histórias.

Ninguém precisa ser lindo pra ser incrível, ninguém precisa ser perfeito pra ser feliz, então pare de apontar o dedo, pra si e para os outros, e trate de fazer o óbvio: viver muito bem e ser, sempre que possível, muito feliz!

Beijos

Ju

19.11.2013

O Que Você Quer Ser Quando “Crescer”?

Quando você era criança, o que você “queria ser quando fosse adulta”? A pergunta parece fora do contexto, eu sei, mas é que eu quero saber se você anda fazendo o que te faz feliz, aquilo que você sempre quis fazer, aquilo que você mais desejou.

Parece besteira, parece coisa de criança, mas não é. É pressuposto básico pra felicidade. Mas quando a gente “cresce”, esquece disso…

realizar sonhos

Eu já quis ser tanta coisa que não faço nem ideia do que, na verdade, queria ser. Já quis ser antropóloga, socióloga, historiadora (eu amo história!), cientista, astronauta… Já quis muito cuidar de planta, de idoso, de índio… Mas acabei fazendo Direito, porque o campo de atuação é muito amplo e eu poderia fazer várias coisas.

Eu adorei a faculdade. Amei a grande parte das matérias, achei algumas desnecessárias, e entendi que a prática não é pra mim. Não bate, não combina, não “dá liga”. Amo a teoria, mas como na prática a teoria é outra, virei a página, mas não totalmente.

Só que a faculdade me trouxe uma coisa bem boa, porque foi durante a faculdade, mais precisamente no último ano, que tive um “estalo” do que eu realmente gostava de fazer…

realizar sonhos

 É que enquanto todo mundo surtava com a monografia, eu amava tudo aquilo. Lia durante horas seguidas, escrevia por muitas outras horas, mas morria de vergonha de mostrar pro professor de metodologia, acredita? Só fui mostrar na apresentação final, e, por causa disso,  passei 3 unidades tomando bomba, simplesmente porque tinha vergonha, porque acreditava que não era boa o bastante.

E só entendi que escrevia bem quando, mesmo tendo tremido durante toda a apresentação da monografia (apresentei sentada porque não tinha a menor condição de ficar de pé!rs), tirei 10, por unanimidade e com indicação pra publicação (guardo o papel até hoje! huahuahua).

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O fato é que me senti bem perdida quando saí da faculdade e muitas vezes me peguei pensando no que eu “queria ser quando crescesse”… Pensei, pensei, pensei e notei que seja o que for que eu faça, eu  preciso escrever. Não sei me comunicar de outra forma, nunca soube. Eu sou infinitamente melhor escrevendo que fazendo qualquer outra coisa, qualquer outra. Sou capaz de escrever por horas e horas, sobre qualquer assunto (já perdi a conta de quantas monografias fiz pras amigas! rsrs Tá errado, eu sei, mas sempre aprendo alguma coisa…), e não faço ideia de como a coisa brota, de como a coisa acontece.

Não sei ao certo o que fazer com isso,  mas tenho certeza de que é isso que vou fazer a vida toda, de uma forma ou de outra.

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Sabe gente, não é fácil  “sair da caixinha”, do que é programado, do que esperam da gente, mas se tem uma coisa que aprendi é que não dá pra viver de acordo com as expectativas alheias. Não dá, é tiro no pé.

A gente só é bom mesmo fazendo o que gosta. A gente só faz diferente quando faz com paixão, não tem outro jeito. Claro que, muitas vezes, pra chegar ao pondo de chutar o balde e fazer só o que a gente gosta, a gente tem que, antes, fazer o que é necessário, e não tem nada demais nisso. A gente faz o que é preciso fazer justamente pra, mais tarde, fazer o que quiser fazer. É simples, mas não é fácil, claro.

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E uma coisa é certa:  fazer o que a gente não gosta exige um esforço muito grande! Pra mim, então, é mais difícil ainda… É que, tendo TDAH, não consigo  focar em uma coisa que não desperte meu interesse. Incapacidade mesmo, e das grandes.

Então, já que demanda muito esforço fazer o que não gosta, porque não investir no que você gosta, no que realmente te faz feliz? Comece de leve, comece aos poucos, como uma brincadeira até, mas não deixe isso morrer, não sufoque seus sonhos, não esqueça das suas vontades. Não importa “quantos anos” você tem, porque sempre é hora de fazer o que nos faz bem… Toda hora é hora de realizar sonhos, e sempre é tempo de ser feliz!

Beijos

Ju

 

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