Você investe tempo, sentimentos e emoções. Você gosta, se apaixona, ama, se entrega, sonha, planeja e deseja uma vida inteira ao lado daquela pessoa e de repente, não mais que de repente, seu “castelo de areia”, seja por qual motivo for, desmorona e tudo se acaba. O que fazer?
Todo “fim” é meio que uma morte, e se tem uma coisa que aprendi, pra mais nunca esquecer, é que a gente precisar deixar morrer o que precisa morrer. Não adianta tentar prender, segurar. Tem que soltar.
Só que essa é a parte mais difícil, aceitar que acabou, aceitar que aquilo não existe mais, aceitar e entender que foi bom, mas não é mais, que o outro precisa partir, que você precisa seguir em frente.
Eu sei que você não quer acreditar. Eu também já não quis. Mas é verdade, acabou, e vai doer (às vezes muito, às vezes pouco), porque a dor da perda rasga tudo por dentro, você vai sofrer, você vai chorar e não tem nada demais nisso, acontece com todo mundo, várias vezes na vida, aliás. E é preciso viver o luto, passar por todo esse processo e superar. Sim, superar.
Sempre que terminamos uma história, acreditamos que “nunca mais”. Nunca mais encontraremos “o cara certo”, nunca mais seremos amadas, nunca mais isso, nunca mais aquilo. A gente acha que vai morrer e não vai superar aquilo nunca. E chora, chora, chora. E sofre, sofre, sofre. Mas, acredite, passa, e você sai, sempre, muito mais forte.
Sim, você vai sentir muita raiva, vai ficar obcecada por uns tempos, vai revirar a relação atrás de motivos pra “culpar” o outro, porque, afinal, de alguém tem que ser a culpa, claro, desde que esse alguém não seja você, a rotina ou desgaste. A culpa é do outro, sempre.
Essa é a fase mais “perigosa”, porque é quando muita gente “surta”: você vai pra todas as festas, pega geral (sim, mulher também faz isso), passa recibo, ataca o outro, vive de farra em farra, de festa em festa.
Só que essa fase também passa, porque chega um momento em que nada disso consegue anestesiar a dor da perda, a dor do vazio. E aí vem a fase da tristeza… Aqui você entende que, definitivamente, acabou. Aqui você se conscientiza disso, e se conscientiza de que nada vai mudar a situação, de que nada vai trazer sua relação de volta. E dói, nossa, como dói! Mas é preciso viver a dor, porque ninguém se recupera de nada sem passar por esse processo.
Eu sei que você acha que não vai suportar. Mas suporta. Você suporta muito mais do que imagina. Às vezes a dor da perda é tão grande que a gente acha que vai morrer, mas não morre. E a cada dia a dor é menor. Sim, tem dias que o peito aperta mais, tem dias que dói mais, tem dias que dói menos, mas, acredite em mim, essa dor acaba, passa…
Eu também sei que você acha que isso não vai passar e que você não vai se “curar” nunca, mas vai, eu te garanto. E quando passar, que delícia, você estará infinitamente mais forte e mais sábia, além de muito mais preparada pra viver outra relação.
E sabe do que mais? Depois disso você não vai entender porque sofreu tanto com o fim daquela relação, e vai chegar o dia em que você vai dar risada de tudo isso. Sério!
O “tempo de cura” depende de cada um, e é sim uma escolha pessoal, porque é você quem escolhe se, mesmo estraçalhado por dentro, vai seguir em frente e se dar uma chance de ser feliz ou não.
Sim, a responsabilidade é sua. Só depende de você!
Beijos
Ju