Prometi que atualizaria vocês sempre que possível sobre a suspensão da pílula, e como tiveram muitas perguntas, preferi esperar a consulta com o meu médico, pra ver o resultado de todos os exames e só depois vir aqui falar com vocês e, enfim, explicar porque parei de tomar pílula anticoncepcional.
Como já disse por aqui antes, tomei pílula por 18 anos de forma ininterrupta para não menstruar (veja aqui: Sobre não menstruar por 18 anos) e me recuso a demonizá-la, porque, gostem ou não, ela ajudou e ajuda milhões de mulheres em todo o mundo, e não dá pra negar isso, sabe? No mais, o fato de, nesse momento, ela ter causado problemas não é justificativa pra negar os inegáveis benefícios que ela proporcionou não só pra mim, mas para as mulheres do mundo todo.
E, antes de “começar” a falar sobre os meus motivos para suspender o uso do anticoncepcional, quero deixar claro que o que aconteceu comigo não vai, necessariamente, acontecer com todo mundo, porque cada organismo responde de uma forma, e eu não tenho a menor intenção de levantar bandeiras contra o uso da pílula. A minha bandeira é, e sempre será, a da escolha pessoal, desde que bem informada e responsável.
Porque Parei de Tomar Pílula Anticoncepcional
Há alguns anos comecei a ter problemas hormonais e precisei fazer a reposição da progesterona e do cortisol, esse último por causa da fadiga adrenal crônica, além de outras coisas, como melatonina, vitamina D, etc.
A reposição do cortisol foi uma benção na minha vida, porque vivia exausta sem motivo (Reposição de cortisol: eu faço), assim como a da melatonina, que regulou meu sono e acabou com a minha insônia (Reposição de melatonina: pra dormir muito melhor) e da progesterona, que estava muito baixa e, junto com o estrogênio alto, causava a minha TPM (Reposição de Progesterona), que era absurda e melhorou bastante com a reposição.
Com o tratamento, passei um tempão super bem, mas nessa de “tô sem tempo” acabei deixando a coisa meio de lado, meio capenga, e no final do ano passado comecei a sentir um monte de coisas, inclusive febre com hora marcada, apatia, falta de concentração e uma dificuldade enorme para emagrecer, dentre outras coisas que comentei lá no Snapchat (jurovalendo, segue lá!).
Como febre baixa com hora marcada é meio que um alarme, procurei meu médico e fiz todo tipo de exame que vocês puderem imaginar, até pra descartar alguma coisa mais séria, mas não deu nada (exceto níveis hormonais extremamente baixos), e a febre desapareceu quando fui pra Porto Seguro e passei vários dias de pernas pro ar (Existe febre chantagista? Tô desconfiada…).
Só que os outros sintomas continuaram, e cada vez mais fortes. Acontece que nessa agonia de começo de ano acabei protelando as coisas e enrolando pra marcar consulta, mas pelo menos segui a recomendação de suspender o anticoncepcional, já que todos os meus médicos achavam que os meus sintomas estavam relacionados ao meu descontrole hormonal, e que isso tinha relação com o uso ininterrupto do anticoncepcional por tanto tempo.
Nos exames do final do ano passado meus níveis de Estradiol, Progesterona (que eu já fazia reposição), LH, FSH, Testosterona e Dehidroepiandrosterona (DHEA) estavam absurdamente baixos, então além de suspender o anticoncepcional pra ver como o meu organismo reagiria, comecei a fazer a reposição dos hormônios, e aí é uma novela porque o DHEA, por exemplo, não pode ser vendido no Brasil (assim como a melatonina…), então sobre algumas coisas eu nem posso falar por aqui.
Mas, o fato é que a suspensão do anticoncepcional e a suplementação dos hormônios têm me ajudado muito, e a diferença mais visível é no meu ânimo, na minha alegria e no meu humor, o que afeta diretamente a minha qualidade de vida, porque eu estava tão apática que cheguei a cogitar que isso era um quadro depressivo.
Mas não era, era carência hormonal mesmo, e existem dezenas de estudos que falam exatamente sobre isso, sobre a “depressão hormonal”, então acho que vale o alerta, sabe?
Claro que nem tudo são flores, principalmente no início, e é lógico que tô odiando ter que menstruar e detestando essa oleosidade louca na pele e no couro cabeludo (falei disso nesse post: Vivendo sem pílula), mas os benefícios que tenho tido superam isso aí de lavada.
A cada dia me sinto melhor, mais viva e mais animada (a libido melhora muitoo, viu, gente? Acho digno avisar! rs), e enquanto estiver me sentindo assim não passo nem perto da pílula e não largo, por nada no mundo, meus hormônios!
Alguma de vocês já passou por isso? Divide aí com a gente! E fiquem tranquilas que quando sentir qualquer coisa diferente volto aqui e conto pra vocês!
Beijos, Ju♥
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