02.05.2019

Sobre os medos que não deveríamos ter…

Uns dois anos atrás eu, que vinha me orgulhando do tanto que me tornei corajosa, mergulhei tão fundo em mim que encontrei medos que não imaginava ter. Pior: travei, fiquei sem saber o que fazer, muito menos como resolver.

Porque eles não eram apenas imensos e assustadores. Eram profundos e, de muitas formas, sem que eu me desse conta, controlavam muitas partes minhas…

E eu nem via.

Já sentiu medo de perder o que você, no fundo, não tem? Eu já.

Já manteve em sua vida pessoas que já não tinham que estar ali, simplesmente porque era mais confortável não ter que assumir isso? Pois é, eu também.

Já fechou os olhos pro óbvio e sustentou situações insustentáveis, empurrando com a barriga sem sequer questionar o porquê disso?

sobre medos

Eu me vi fazendo tudo isso e muito mais, e desviando o olhar pra não ter que encarar um medo que, até então, não sabia que tinha. O medo de ficar sozinha.

Oi? Mas logo eu, que sempre convivi tão bem comigo, que não só gostava e precisava, mas buscava ficar sozinha?

Sim, sozinha, mas tendo distração nas prateleiras para quando precisasse desviar a atenção do que doía.

O problema não era o “sozinha sem o outro”. Era o sozinha com minhas culpas, minhas dores, meus fantasmas.

Com o tanto que já fui cruel comigo, condenando sentimentos e sensações tão humanas, mas que escondemos tanto. Com as incontáveis vezes em que o meu sim deveria ser um não. Com as máscaras que, primeiro, aceitei, depois eu mesma coloquei pra evitar atrito, pra ser elogiada, amada, enfim.

Com a violência de ter guardado, durante anos, a maior parte do que era verdadeiro, real, honesto e humano em troca da recompensa da pseudo aceitação do outro. De tantos outros. De todos os outros. Exceto a minha.

E esse medo trouxe consigo uma coisa que nunca, em nenhum momento da vida, soube lidar: a dor.

E, Deus, como doía…

Só que dessa vez, ao invés de passar por cima pra não ter que sentir a dor, já que me anestesiar era muito mais fácil, me permiti sentir até a última gota.

Porque, não tem pra onde correr: somente o que toca a sua ferida é o que pode te curar. E eu queria, mesmo apavorada de medo, tirar tudo aquilo de dentro de mim. Queria me livrar dos medos que não precisava nem deveria ter.

Queria, não só na superfície, mas lá no fundo, não ser dependente de aceitação externa. Queria não só entender quem eu fui no passado e quem eu tinha me tornado naquele momento, mas me dar o direito de ser quem eu realmente era, com todos os meus defeitos e qualidades, sem medo do julgamento, do não acolhimento.

E mesmo com medo, com muito medo, me prometi olhar e curar cada uma das tantas culpas e dores, não me condenar por tudo, ser honesta com o que sinto e sou e nunca mais me violentar por nada nem por ninguém.

Nesse processo, “perdi” muitas coisas que, na verdade, não tinha, cortei situações e relacionamentos, me afastei de muita gente e, claro, muita gente também se afastou.

Tudo isso doeu e assustou. Mas passou.

E, um passo depois do outro, deixei pra trás não só toneladas tóxicas de lixo emocional, mas quem eu achava que deveria ser pra me tornar quem eu realmente sou.

E esse é um processo que parece não ter fim. Mas que bom que “acordei” a tempo e me permiti fazer isso por mim…

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Beijos, Ju♥

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02.02.2018

Mulher de 30: Sobre o Medo da Mudança

Perguntei ontem, lá no nosso grupo fechado do Facebook, o Mulher de 30 (tem o Instagram também, segue lá: @mulherde30)  o que vocês estavam vivendo nesse momento, quais eram seus medos, dúvidas, angústias, sobre o que gostariam que eu falasse, e o medo da mudança foi uma das respostas mais frequentes.

E como, ao contrário do que a maioria de vocês imagina, eu também tenho esse medo, escolhi falar disso hoje.

E já começo dizendo que não tenho só medo da mudança, mas de muitas outras coisas. A diferença é que esses medos já não me engolem ou paralisam como antes, porque mesmo tremendo na base aprendi e enfrentá-los, a fazer o que precisa ser feito.

Claro que isso não é fácil, sobretudo em relação as mudanças.

Toda mudança causa medo, assusta, assombra, apavora. E não poderia ser diferente, já que ela representa o desconhecido, o inesperado, o incerto, a corda bamba da vida.

E ainda quando a situação é ruim, quando a gente sabe que aquilo precisa mudar, resistimos. E fazemos isso porque mesmo sendo ruim, o cenário é conhecido, sabemos como lidar, como controlar. Porque nos sentimos, de certa forma, “seguras” naquela zona de conforto.

medo da mudança o que fazer juro valendo

E todos querem se sentir seguros, querem ter certezas, o que é uma ilusão, porque a vida é um fluxo, ela precisa e vai, você queira ou não, fluir, mudar, se transformar. E não, não adianta tentar segurar.

Aqui só existem duas opções: ou você permanece estático, conformado, deixando a vida acontecer e sendo levado pela correnteza, o que é muito confortável ou, ao contrário, começa, pouco a pouco, a encarar os próprios medos, que sempre estarão presentes, e se abrir para o novo.

Vai doer? Vai. Você vai sentir medo? Muito. Medo de dar errado, de ser julgado, de fracassar, de precisar voltar atrás, de encarar as pessoas e a si mesma, e de muitas outras coisas.

Só que cada mudança, por menor que seja, vai te dando mais coragem, mais vivacidade, mais alegria, mais energia. Você se sente mais vivo, mais forte, pronto pra começar e recomeçar quantas vezes forem necessárias.

E isso, minha amiga, não tem preço!

Em muitos momentos da vida relutei em sair da minha zona de conforto. Eu tinha tanto, tanto medo… Mas, por um golpe de sorte, que só fui entender dessa forma muito tempo depois, todas as situações que eu empurrava com a barriga e todas as mudanças que me paralisavam me foram impostas, e eu simplesmente não tive o que fazer exceto encarar.

Isso aconteceu diversas vezes, de formas diferentes, já que tudo se repete até que a gente aprenda a lição.

E um dia, calejada do meu medo de decidir e cansada de resistir, reli um trecho de um dos meus livros preferidos na vida (Mulheres que Correm com os Lobos, já falei dele aqui), escrevi esse mesmo trecho em várias folhas de papel e colei na porta no armário, no espelho do quarto, acima da tela do computador, na primeira página da minha agenda e, só por precaução, deixei uma dobradinha na minha carteira.

A minha vontade, na verdade, era sintetizar todas aquelas frases em uma cápsula de remédio e tomar todos os dias. Mas, como isso não era possível, me prometi que faria exatamente o que estava escrito ali todas as vezes em que sentisse medo.

E fiz exatamente isso por meses seguidos, até o dia em que a coisa começou a funcionar no automático, em que mesmo com medo, com muito medo, eu batia de frente e resolvia.

O trecho, pra quem tiver interesse, é esse:

“Se você tiver medo, tiver receio de fracassar, digo-lhe que comece já, fracasse se for preciso, recupere-se, recomece. Se fracassar de novo, fracassou. E daí? Comece novamente. Não é o fracasso que nos detém, mas é a relutância em recomeçar que nos faz estagnar.

Se você estiver apavorada, qual é o problema? Se você estiver com medo de que algo vá dar um salto para mordê-la, então, pelo amor de Deus, resolva isso imediatamente. Deixe que seu medo surja e a morda para que você possa superá-lo e seguir adiante. Você irá superá-lo. O medo acaba passando.”

Continuo tendo medos? Sempre. Continuo protelando mudanças? Algumas vezes, e sempre que percebo esse padrão se repetindo lembro que o melhor que posso fazer com o medo da mudança, ou com qualquer outro, é, mesmo com as pernas bambas e o coração apavorado, encará-lo de frente para, assim, superá-lo.

Para por aí? Não. Cada mudança gera novas mudanças, tira tudo do lugar e abre espaço para coisas novas – e desconhecidas. E isso também dá medo, num ciclo que parece nunca ter fim.

Só que esse é um medo diferente. Um medo que vem junto com a certeza de que estou viva, vibrando, fluindo, de que eu, como protagonista da minha vida, fiz minhas próprias escolhas e posso fazer muitas outras se preciso for.

É um medo que nos faz mais fortes, bem diferente daquele outro que nos mantinha na prisão tão segura da zona de conforto.

Então, se posso te dar um conselho, é que não espere que a vida decida por você. Esse é um privilégio seu. E quando o medo bater, e ele vai bater, levante a cabeça e encare de frente, porque o que a vida quer da gente, por mais clichê que pareça, é coragem.

Aquele segundo de coragem insana que muda tudo para sempre…Até a mudança seguinte!

Beijos, Ju♥

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31.01.2014

Tá Insatisfeita? Mude!

Tenho visto, todos os dias, um mundo de pessoas insatisfeitas, que vivem reclamando o tempo todo, e fico me perguntando que trava é essa que impede a mudança, porque a única coisa que “cura”  a insatisfação é mudar.

Afinal, se você está insatisfeita, porque insiste tanto em manter as coisas como estão? Qual é a dificuldade?

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O medo! Mas também a insegurança e a falta de confiança em si e na vida. É o medo que trava tudo, porque por mais que a situação seja ruim, nós já a conhecemos, nos acomodamos e  sabemos como lidar com ela.

A mudança, por outro lado, é desconhecida. Ninguém sabe o que pode vir dela, é verdade, mas se não tomarmos as rédeas das nossas vidas, assumirmos quem somos, o que queremos e o que não queremos, passaremos a vida inteira insatisfeitas, sendo vítimas de nós mesmas e prisioneiras dos nossos medos. E que coisa triste isso deve ser!

Mudar é arriscado? É, mas vale muito mais arriscar e buscar o que se quer do que passar a vida inteira pensando no que poderia ter sido e não foi.

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Você pode se arrebentar? Claro, e tá tudo certo, porque tudo é aprendizado. É assim que a gente aprende, que se fortalece e que começa tudo de novo. E tem que começar e recomeçar quantas vezes for preciso, senão a vida fica estagnada e a gente morre por dentro.

Você vai sentir medo? Vai, e vai se apavorar muitas vezes,  e quanto mais medo tiver, mais em frente deve ir, porque medo a gente não vence se escondendo, medo a gente vence enfrentando, e quanto mais a gente enfrenta, mais forte fica e mais o medo desaparece.

E você precisa saber que quando muda perde muitas coisas, e em muitos casos perde também pessoas, porque a partir do momento em que a gente deixa de ser capacho do outro e de satisfazer seus desejos e vontades, esse outro se afasta. E é bom, muito bom que isso aconteça, porque é nesse momento que você vai começar a satisfazer suas próprias vontades, e isso é libertador!

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Quanto às perdas, é o que sempre digo: deixe viver o que precisa viver e morrer o que precisa morrer. Essa é uma das coisas mais difíceis da vida, porque a gente sempre se apega, mesmo que tudo seja ruim, mas é impossível viver uma vida de verdade se a gente não se liberta do que passou.

Quem não faz isso fica parado no tempo, sendo prisioneiro do passado, vivendo de lembranças, de memórias, sem crescer, sem evoluir, sem florescer.

E pare com essa história de colocar a culpa  de sua insatisfação  no outro, porque ninguém faz nada como você sem que você permita, sem que você abra espaço. Mais que isso,  não ache que a solução é a mudança alheia,  porque não existe a possibilidade de mudar o outro, é impossível, você só pode mudar a si mesma.

E, olha que maravilha, quando você muda, mas muda de verdade, o outro muda, a vida muda, o mundo muda e tudo passa a ser muito melhor!

A escolha é somente sua!

Beijos

Ju

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Fiz a escova da Marie Luise e amei. Só faço ela.
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