29.08.2018

Você se Permite Merecer?

Dentre tantas outras coisas, escrever, pra mim, é também uma catarse. É como coloco pra fora, me analiso, procuro entender a mim e ao mundo. E hoje, depois de me olhar no espelho e soltar um “ei, Julliana, você se permite merecer?”, sentei pra escrever esse post pra tentar encontrar a resposta.

Cheguei nesse questionamento assustada, porque enxerguei ali medo e culpa. Medo por estar a um passo de realizar um sonho, e culpa por conseguir realizar esse sonho.

Deveria ser maravilhoso, é pra ser maravilhoso. Porque bodega, então, eu tô tão apavorada?

Onde foi parar a Julliana que trabalha arduamente para fazer as coisas acontecerem, enquanto repete como mantra uma dessas frases de Instagram que diz “quero dormir todas as noites na certeza de que nada em mim foi covarde“, hein?

se permite merecer

Tava ali paralisada. Tá aqui agora com as mãos no teclado, olhando pra tela com o coração acelerado.

Tem o medo da mudança? Claro que sim. Só que esse não é um medo que me paralisa mais. Mesmo me tremendo toda, eu encaro de frente e faço o que precisa ser feito.

Não é ele que me engole.

A questão é outra… E me lembra muito o desconforto que senti durante a maior parte da vida quando era elogiada.

É como se eu não merecesse. Como se fosse errado merecer.

E aí me dou conta de como é difícil aceitar as minhas realizações e, pior, acreditar que mereço cada uma delas, porque nada foi sorte ou acaso. Foi muito trabalho, e trabalho duro. Foi empenho, esforço,  comprometimento, persistência, paciência, confiança e uma fé absurda que me fez levantar dezenas de vezes, continuar e correr atrás depois de cada queda.

E mesmo tendo consciência de tudo isso, de que mereço sim, e mereço muito, me sinto culpada. E isso é muito cultural.

Não sei de onde vem ou quando começou essa coisa toda, mas o fato é que, inconscientemente, tentamos não chamar atenção, não fazer barulho e não ocupar muito espaço para que o outro não se sinta desconfortável. E, assim, a culpa por causar esse desconforto não venha.

Tentamos nos mostrar “menores” para que os outros se sintam melhores. Para, assim, evitarmos ser chamadas de  arrogantes, esnobes, petulantes.

Percebe a loucura que é isso? Percebe o tamanho do problema? Porque se não conseguimos sequer aceitar elogios sem abaixar a cabeça, como iremos acreditar que merecemos tudo aquilo pelo qual lutamos?

Muitas de nós sequer entende que está tudo bem querer mais, que não é errado não se conformar com pouco, com menos do que a gente quer ou sonha.

Que sermos honestas com nós mesmas, pensarmos mais em nós, fazermos mais por nós  e acreditarmos que merecemos sim, e merecemos o melhor, é o óbvio, o natural. Não tem crime nenhum, tá?

Você não tem culpa de merecer tantas coisas incríveis. Você tem é mérito. E você não só deve se permitir merecer, mas se dar o que merece. Você “fez por onde”, é seu por direito!

Vou ali seguir meus conselhos… Já conto tudo pra vocês!

Beijos, Ju♥

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02.02.2018

Mulher de 30: Sobre o Medo da Mudança

Perguntei ontem, lá no nosso grupo fechado do Facebook, o Mulher de 30 (tem o Instagram também, segue lá: @mulherde30)  o que vocês estavam vivendo nesse momento, quais eram seus medos, dúvidas, angústias, sobre o que gostariam que eu falasse, e o medo da mudança foi uma das respostas mais frequentes.

E como, ao contrário do que a maioria de vocês imagina, eu também tenho esse medo, escolhi falar disso hoje.

E já começo dizendo que não tenho só medo da mudança, mas de muitas outras coisas. A diferença é que esses medos já não me engolem ou paralisam como antes, porque mesmo tremendo na base aprendi e enfrentá-los, a fazer o que precisa ser feito.

Claro que isso não é fácil, sobretudo em relação as mudanças.

Toda mudança causa medo, assusta, assombra, apavora. E não poderia ser diferente, já que ela representa o desconhecido, o inesperado, o incerto, a corda bamba da vida.

E ainda quando a situação é ruim, quando a gente sabe que aquilo precisa mudar, resistimos. E fazemos isso porque mesmo sendo ruim, o cenário é conhecido, sabemos como lidar, como controlar. Porque nos sentimos, de certa forma, “seguras” naquela zona de conforto.

medo da mudança o que fazer juro valendo

E todos querem se sentir seguros, querem ter certezas, o que é uma ilusão, porque a vida é um fluxo, ela precisa e vai, você queira ou não, fluir, mudar, se transformar. E não, não adianta tentar segurar.

Aqui só existem duas opções: ou você permanece estático, conformado, deixando a vida acontecer e sendo levado pela correnteza, o que é muito confortável ou, ao contrário, começa, pouco a pouco, a encarar os próprios medos, que sempre estarão presentes, e se abrir para o novo.

Vai doer? Vai. Você vai sentir medo? Muito. Medo de dar errado, de ser julgado, de fracassar, de precisar voltar atrás, de encarar as pessoas e a si mesma, e de muitas outras coisas.

Só que cada mudança, por menor que seja, vai te dando mais coragem, mais vivacidade, mais alegria, mais energia. Você se sente mais vivo, mais forte, pronto pra começar e recomeçar quantas vezes forem necessárias.

E isso, minha amiga, não tem preço!

Em muitos momentos da vida relutei em sair da minha zona de conforto. Eu tinha tanto, tanto medo… Mas, por um golpe de sorte, que só fui entender dessa forma muito tempo depois, todas as situações que eu empurrava com a barriga e todas as mudanças que me paralisavam me foram impostas, e eu simplesmente não tive o que fazer exceto encarar.

Isso aconteceu diversas vezes, de formas diferentes, já que tudo se repete até que a gente aprenda a lição.

E um dia, calejada do meu medo de decidir e cansada de resistir, reli um trecho de um dos meus livros preferidos na vida (Mulheres que Correm com os Lobos, já falei dele aqui), escrevi esse mesmo trecho em várias folhas de papel e colei na porta no armário, no espelho do quarto, acima da tela do computador, na primeira página da minha agenda e, só por precaução, deixei uma dobradinha na minha carteira.

A minha vontade, na verdade, era sintetizar todas aquelas frases em uma cápsula de remédio e tomar todos os dias. Mas, como isso não era possível, me prometi que faria exatamente o que estava escrito ali todas as vezes em que sentisse medo.

E fiz exatamente isso por meses seguidos, até o dia em que a coisa começou a funcionar no automático, em que mesmo com medo, com muito medo, eu batia de frente e resolvia.

O trecho, pra quem tiver interesse, é esse:

“Se você tiver medo, tiver receio de fracassar, digo-lhe que comece já, fracasse se for preciso, recupere-se, recomece. Se fracassar de novo, fracassou. E daí? Comece novamente. Não é o fracasso que nos detém, mas é a relutância em recomeçar que nos faz estagnar.

Se você estiver apavorada, qual é o problema? Se você estiver com medo de que algo vá dar um salto para mordê-la, então, pelo amor de Deus, resolva isso imediatamente. Deixe que seu medo surja e a morda para que você possa superá-lo e seguir adiante. Você irá superá-lo. O medo acaba passando.”

Continuo tendo medos? Sempre. Continuo protelando mudanças? Algumas vezes, e sempre que percebo esse padrão se repetindo lembro que o melhor que posso fazer com o medo da mudança, ou com qualquer outro, é, mesmo com as pernas bambas e o coração apavorado, encará-lo de frente para, assim, superá-lo.

Para por aí? Não. Cada mudança gera novas mudanças, tira tudo do lugar e abre espaço para coisas novas – e desconhecidas. E isso também dá medo, num ciclo que parece nunca ter fim.

Só que esse é um medo diferente. Um medo que vem junto com a certeza de que estou viva, vibrando, fluindo, de que eu, como protagonista da minha vida, fiz minhas próprias escolhas e posso fazer muitas outras se preciso for.

É um medo que nos faz mais fortes, bem diferente daquele outro que nos mantinha na prisão tão segura da zona de conforto.

Então, se posso te dar um conselho, é que não espere que a vida decida por você. Esse é um privilégio seu. E quando o medo bater, e ele vai bater, levante a cabeça e encare de frente, porque o que a vida quer da gente, por mais clichê que pareça, é coragem.

Aquele segundo de coragem insana que muda tudo para sempre…Até a mudança seguinte!

Beijos, Ju♥

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20.10.2015

O Maior medo do mundo…

Eu já tive muitos medos, quase todos criados pela minha cabeça, mas o tempo e a vida me deram uma coragem que, às vezes, até me assusta. Só tem um medo que eu não consigo me livrar, e é, pra mim, o maior medo do mundo: o medo de não viver.

Não, não é medo de morrer. A morte em si nunca me assustou, embora ache que seria um desperdício se ela chegasse tão cedo. O meu medo é de estar viva e não viver. É de estar tão anestesiada pelo dia a dia, pela rotina, por essa loucura que a gente vive, que um dia acorde e veja que a vida passou e eu não soube aproveitar.

Aproveitar os pequenos momentos, e transformá-los em grandes. Aproveitar cada segundo com as pessoas que amo, e demonstrar esse amor em cada gesto, em cada palavra, em cada olhar. Amar mais pessoas. Ser mais amiga dos meus amigos. Ter mais amigos. Viajar muito, sempre como viajante, jamais como turista. Ler muito, absorvendo cada palavra. Ouvir muitos causos, ter muitas experiências pra compartilhar.

o maior medo do mundo

Ser honesta comigo, com o que que quero, sinto e sou. Ir atrás dos meus sonhos e batalhar de verdade por cada um deles. Ser muito mais, pra compartilhar muito mais. E jamais perder a capacidade de me deslumbrar com a beleza da vida.

Mas eu tenho medo. Medo de estar tão ocupada fazendo tudo acontecer que deixe de ver o que realmente está acontecendo, dentro e fora de mim. Medo de não tentar verdadeiramente e, pior ainda, de não enxergar isso. Porque não, cair nunca me deu medo. Muito menos errar ou fracassar. Isso pode acontecer milhões de vezes, e com certeza eu vou aproveitar a oportunidade de recomeçar, mais e mais “atenta”, quantas vezes for preciso.

Mas a gente se engana tantas vezes, e quase sempre sem a menor consciência disso, e pode achar que está tentando quando, na verdade, está “continuando”. Pode achar que está vivendo quando, no máximo, está sobrevivendo.

E é isso que eu mais temo. Porque viver requer entusiasmo constante, aquele que a gente perde tão facilmente. Viver precisa ser uma celebração constante, um festival de luzes, cores, sons e sentidos. Porque viver é sagrado, e quase nunca a gente lembra disso.

Beijos, Ju♥

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