01.11.2016

Representatividade Seletiva Não É Representatividade.

É hipocrisia. É jogada de marketing!

Tem anos que trabalho com internet, e já faz tempo que venho notando que, quanto mais “envelheço”, mais perco a identificação com marcas que usei boa parte da vida.

Quanto as novas, na imensa maioria dos casos, não consigo me identificar, e nos dois casos o que percebo é que elas não fazem questão de conversar com um público que não é mais tão jovem assim.

Isso vinha me incomodando demais, a ponto de deixar de fazer resenhas de produtos de determinadas marcas por aqui, porque não vejo sentido em usar um produto de quem não faz questão de “conversar” comigo, com meu público.

representatividade seletiva

Hoje, conversando com uma pessoa querida, ela explicou que existe uma razão para que as marcas foquem no público mais jovem e ignorem solenemente o público mais velho. É que, supostamente, existe uma teoria de que quem desperta o desejo e ativa o consumo é o público de 18 a 24 anos.

E isso, pra mim, explica muita coisa. E pra várias de vocês também, porque comentei isso hoje nas redes sociais e geral concordou e caiu em cima.

O investimento é pra esse público, e tudo é pensado de acordo com esse mesmo público, desde as embalagens repetitivas e infantis, que a gente já comentou por aqui, até as campanhas na internet.

E nós, que já passamos dos 30, ficamos de fora.

Não sei vocês, mas eu não me sinto representada. Na verdade, fico profundamente incomodada em comprar um produto de uma marca que não faz questão de se comunicar com o meu público.

E é justamente por isso que, de hoje em diante, resenha aqui só de marcas que nos representem, que falem conosco, que tenham interesse em nós, porque, afinal, não existe justificativa em usar o produto de uma marca que te ignora, não é mesmo?

Se a marca não se interessa por você, tá na hora de acordar e excluí-la da sua vida. Se ela não se interessa por você, não deve se interessar, também, pelo seu dinheiro. Puro exercício de bom- senso, sabe?

No mais, nenhum produto é insubstituível, o que não faltam são opções, e nós, que somos muito mais de 3 milhões por mês, podemos muito bem encontrar opções de  produtos de marcas que realmente pensem na gente, que nos representem nos seus produtos, nas suas campanhas e em todo o resto.

Porque a verdade, minha gente, é que tá todo mundo falando de representatividade, mas o dia a dia tem mostrado que isso aí é representatividade seletiva, e representatividade seletiva é hipocrisia,  não passa de jogada de marketing.

Concordam? Aproveitem e deixem sugestões de marcas que vocês acham que “conversam” com vocês, que façam campanhas com quem representa vocês, e o contrário também.

Beijos,Ju

P.s: não consegui postar hoje cedo porque tô com o coração pequenininho… Meu Chico, meu amor, meu gatinho amado foi pro céu ontem de noite, e mesmo estando agradecida por ele ter ido sem dor, tô arrasada.

27.10.2016

A Patrulha do Cabelo: É Seu, Use Como Quiser!

Sempre fui apaixonada por cabelos, coisa de leonina, acho. E desde que comecei a escrever em blog, falo de cabelos, mas nunca imaginei que um dia fosse presenciar uma coisa tão ridícula, abusiva e segregadora como a patrulha do cabelo alheio.

Sim, isso existe. E piora a cada dia.

Participo de diversos grupos de cabelo na internet e cada dia fico mais abismada com o nível das coisas que me obrigo a ler.

São mulheres criticando mulheres por causa da forma do cabelo, da cor do cabelo, do penteado que se usa no cabelo. Não, se o seu cabelo é cacheado, você tem que assumir, querendo ou não, gostando ou não, porque isso prova que você se aceita.

Patrulha do cabelo? Ele é seu, use como quiser!

patrulha do cabelo

Se o seu cabelo é crespo, não ouse alisar, porque cabelo alisado é pra seguir padrão. E não, você diz que gosta assim, que prefere assim, que quer assim, mas na verdade você está sendo manipulada e tenta a todo custo se adequar aos padrões. Coisa de mulher que não é emponderada, engajada, que não tem orgulho da própria história.

Seu cabelo é loiro e liso/alisado? Então você é basicamente uma bonequinha de luxo manipulada e dominada, o retrato fiel da mulher opressora. e se usar uma tiara é pior ainda, é coisa de mulher que quer ser princesa. E ai de quem ousar dizer o contrário.

Notam o grau do absurdo? Notam o tanto que isso é abusivo, invasivo e ditatorial?

Sabe a palavra LIBERDADE? Tenho ela tatuada, enorme, de um lado a outro do corpo. E na alma toda. Então não ousem querer determinar como eu devo ou não usar o meu cabelo. Como qualquer mulher deve ou não usar o próprio cabelo.

Cada uma tem que usar o cabelo como e do jeito que quiser, que se sentir confortável. É o seu cabelo, são as suas vontades, quem decide é você e ponto final. Isso sim é legítimo, e precisa ser respeitado.

Qualquer coisa que seja contrária a isso é uma afronta, um disparate, um despautério.

E se você, censora do cabelo alheio, tão politizada e conhecedora da própria história, acha que pode ditar regras sobre as escolhas alheias, se acha que quem não encaixa nas suas regras não serve, você não passa de uma ditadorazinha de meia pataca. Só.

E você, que se limita a julgar alguém (que abuso…) por causa do cabelo, esquecendo do que realmente importa, que são as ações de cada um, é tão rasa quanto aqueles que ditam padrões que você diz combater.

Ter o cabelo cacheado, crespo, liso ou de qualquer outro jeito não te faz melhor, mais engajada ou consciente que ninguém, deixe de ser superficial. Aproveite e aprenda um pouquinho sobre respeito, autodeterminação e outras coisinhas que você parece desconhecer.

Sabe o outro, amiguinha? Então, ele não é você. Cada qual no seu cada qual, entende? Não é difícil de entender não, é simples, bem simples.

Então pare, por favor, com essa palhaçada de ditar regras, de se julgar no direito de determinar o que as pessoas devem usar, ser ou fazer, porque as suas escolhas só valem pra você, elas não são parâmetro pra humanidade, tá?

E vocês, meninas, quando lerem esses absurdos na internet, não se deixem influenciar, não se calem,  não deixem que quem quer que seja diga como vocês devem viver. Esse é o tipo de coisa que a gente nunca pode admitir nunca, NUNCA.

Beijos, Ju♥

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24.10.2016

Sobre o Uso da Ritalina no Déficit de Atenção

Li um texto ontem sobre a Ritalina que me deixou tão irritada que, mesmo não usando e não gostando do medicamento, tive que sentar pra escrever esse post.

Não é novidade pra ninguém que tenho déficit de atenção, né? Já falei disso por aqui em post e em vídeo, e sempre faço algum comentário sobre o assunto nas redes sociais.

Fui diagnosticada cedo, usei todos os medicamentos disponíveis para o TDAH, experimentei tratamentos diversos, e acho sim que terapia e/ou acompanhamento psicológico, tanto para o paciente como para a família, sobretudo quando se trata de uma criança, é de suma importância, mas o medicamento é, na imensa maioria dos casos, essencial.

ritalina no déficit de atenção TDAH

E se é essencial, porque melhora a vida da pessoa (e isso é o que me interessa), que loucura é essa de demonizar o medicamento? E, pra piorar, fazer isso generalizando e sem oferecer opções?  Porque sim,  existem casos, que não são poucos (e eu sou um exemplo disso), em que tirar o medicamento não é uma opção.

Não é assim que a banda toca não, amiguinha.  O buraco, com certeza, é muito mais embaixo, mas isso só sabe quem já viveu os muitos lados da moeda, quem já sentiu na pele.

Ritalina é boa ou ruim?

O texto, que está em um site de psicologia, diz, basicamente, que a Ritalina transforma a pessoa num zumbi, num robozinho sem emoções que não questiona nada, que não sonha, não “viaja”, não tem fantasias.

É engraçado ler esse tipo de coisa porque, tendo sido diagnosticada na infância e já tendo 34 anos, tomei Ritalina por muitos anos, até porque por aqui só tinha ela mesmo, e só me arrependo de não ter tomado de forma ininterrupta, o que, com certeza, teria tornado a minha vida muito mais fácil.

Nesses anos todos não me recordo, em absoluto, de me comportar como um zumbi, de não questionar, de não imaginar, de não sonhar. Ao contrário. Questiono tudo o tempo inteiro, nunca fui o tipo de pessoa facilmente controlável, mesmo quando criança, e sonho muito, crio muito, faço muito.

E se hoje consigo fazer tudo o que faço, agradeço imensamente a cada um dos medicamentos que tomei, porque eles me deram (e dão) qualidade de vida, que é o mais importante.

É fato que não gosto da Ritalina (a comum, de 10mg), e já falei disso aqui. Mas não gosto porque o efeito dela não dura muito tempo, e isso me desestabiliza. Só que não posso ser rasa e dizer que ele não presta e pronto. Presta sim, é útil e dá qualidade de vida pra muita gente que realmente precisa do medicamento, e isso é de fundamental importância.

Hoje tomo o Venvanse, que é da mesma “família”, e também alguns suplementos e até hormônios que, supostamente, ajudam, como o pregnenolone, e sequer cogito a hipótese de ficar sem ele, porque com ele a minha vida é muito melhor.

nem boa, nem ruim: a Ritalina é necessária pra muita gente

A Ritalina tem efeitos colaterais? Claro, como em qualquer medicamento. Existem riscos? Lógico. Vai funcionar da mesma forma pra todas as pessoas? Evidente que não. Mas, se existe um problema, e existe um medicamento que ajude a conviver com esse problema, a facilitar, a melhorar a qualidade de vida de quem tem esse problema, me parece óbvio que é preciso dar uma chance pra ele.

E é por isso que esse tipo de texto me incomoda tanto. Porque, como ainda existe muito preconceito e muita desinformação, é preciso ser menos superficial e generalista. É preciso informar corretamente, mostrando todas as possibilidades, todos os lados da moeda, sabe?

Porque sim, a Ritalina tem seus defeitos, é mal utilizada (principalmente por quem toma Ritalina para estudar) e pode causar problemas, mas pode, também, ajudar muitas pessoas, como me ajudou no início, e não assumir isso seria uma leviandade.

E não, a Ritalina não é uma ameaça ao futuro, embora eu tenha severas críticas a ela. O que ameaça o futuro e destrói o presente é a desinformação propagada por uns e outros.

Beijos, Ju♥

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