Sempre fui apaixonada por cabelos, coisa de leonina, acho. E desde que comecei a escrever em blog, falo de cabelos, mas nunca imaginei que um dia fosse presenciar uma coisa tão ridícula, abusiva e segregadora como a patrulha do cabelo alheio.

Sim, isso existe. E piora a cada dia.

Participo de diversos grupos de cabelo na internet e cada dia fico mais abismada com o nível das coisas que me obrigo a ler.

São mulheres criticando mulheres por causa da forma do cabelo, da cor do cabelo, do penteado que se usa no cabelo. Não, se o seu cabelo é cacheado, você tem que assumir, querendo ou não, gostando ou não, porque isso prova que você se aceita.

Patrulha do cabelo? Ele é seu, use como quiser!

Se o seu cabelo é crespo, não ouse alisar, porque cabelo alisado é pra seguir padrão. E não, você diz que gosta assim, que prefere assim, que quer assim, mas na verdade você está sendo manipulada e tenta a todo custo se adequar aos padrões. Coisa de mulher que não é emponderada, engajada, que não tem orgulho da própria história.

Seu cabelo é loiro e liso/alisado? Então você é basicamente uma bonequinha de luxo manipulada e dominada, o retrato fiel da mulher opressora. e se usar uma tiara é pior ainda, é coisa de mulher que quer ser princesa. E ai de quem ousar dizer o contrário.

Notam o grau do absurdo? Notam o tanto que isso é abusivo, invasivo e ditatorial?

Sabe a palavra LIBERDADE? Tenho ela tatuada, enorme, de um lado a outro do corpo. E na alma toda. Então não ousem querer determinar como eu devo ou não usar o meu cabelo. Como qualquer mulher deve ou não usar o próprio cabelo.

Cada uma tem que usar o cabelo como e do jeito que quiser, que se sentir confortável. É o seu cabelo, são as suas vontades, quem decide é você e ponto final. Isso sim é legítimo, e precisa ser respeitado.

Qualquer coisa que seja contrária a isso é uma afronta, um disparate, um despautério.

E se você, censora do cabelo alheio, tão politizada e conhecedora da própria história, acha que pode ditar regras sobre as escolhas alheias, se acha que quem não encaixa nas suas regras não serve, você não passa de uma ditadorazinha de meia pataca. Só.

E você, que se limita a julgar alguém (que abuso…) por causa do cabelo, esquecendo do que realmente importa, que são as ações de cada um, é tão rasa quanto aqueles que ditam padrões que você diz combater.

Ter o cabelo cacheado, crespo, liso ou de qualquer outro jeito não te faz melhor, mais engajada ou consciente que ninguém, deixe de ser superficial. Aproveite e aprenda um pouquinho sobre respeito, autodeterminação e outras coisinhas que você parece desconhecer.

Sabe o outro, amiguinha? Então, ele não é você. Cada qual no seu cada qual, entende? Não é difícil de entender não, é simples, bem simples.

Então pare, por favor, com essa palhaçada de ditar regras, de se julgar no direito de determinar o que as pessoas devem usar, ser ou fazer, porque as suas escolhas só valem pra você, elas não são parâmetro pra humanidade, tá?

E vocês, meninas, quando lerem esses absurdos na internet, não se deixem influenciar, não se calem,  não deixem que quem quer que seja diga como vocês devem viver. Esse é o tipo de coisa que a gente nunca pode admitir nunca, NUNCA.

Beijos, Ju♥

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Já queria ter feito esse post há mais tempo, mas sabe quando a gente “se passa” numa coisa? Pois foi isso aí! E como falo mais de cabelos por aqui, vou usar esse exemplo, mas o mesmo vale pra produtos de pele, de maquiagem e por aí vai.

Cada cabelo é único, possui características e necessidades próprias, e essas características e necessidades não são permanentes, elas mudam por diversos motivos, e a cada mudança o cabelo reage de forma diferente aos produtos.

Assim, uma máscara de reconstrução maravilhosa pra um cabelo levemente danificado pode não ter efeito nenhum em um cabelo com muitos danos. Isso significa que a máscara é ruim? Não, isso significa que o que ela oferece não é suficiente pro que o seu cabelo precisa nesse momento.

Nenhuma máscara será maravilhosa se o seu cabelo, naquele momento, não precisa dela, e por isso é tão importante avaliar o próprio cabelo, saber do que ele precisa em cada momento e “ouvir” o que ele tem a dizer, porque, como já disse por aqui, cabelo não fala, mas diz muita coisa!

Máscaras não são todas iguais, e uma nutrição incrível pra um cabelo pode ser “o mesmo que água” pra outro ou muito pesada pra fios que não precisem tanto de nutrição, por exemplo.

Cada cabelo vai reagir a cada produto de forma diferente, e o mesmo cabelo pode reagir de forma bem diferente a um mesmo produto em épocas diferentes. Prova disso é aquela sensação de que o produto, que antes era sensacional, não faz mais efeito… Já sentiu isso?

Não é que o produto não faça mais efeito, é que o seu cabelo, por algum motivo, não precisa mais dele, porque ele já cumpriu a sua função,  ou porque ele já não pode dar o que o seu cabelo precisa nesse momento, como expliquei nesse post aqui.

Acho muito importante falar sobre isso porque é essencial que, antes de comprar um produto porque leu uma resenha, você analise se aquele produto é ou não indicado pro seu cabelo, sabe?

Se, por exemplo, o seu cabelo é fino, oleoso e sem química, o que diacho você quer comprando uma super máscara de reconstrução ou nutrição das pesadas só porque leu que ela é incrível? Ser incrível não basta, tem que ser incrível pro seu tipo de cabelo, pras necessidades do seu cabelo.

Não sabe do que o seu cabelo precisa? Vem dar uma olhadinha nesses posts aqui:

• Saiba do que o seu cabelo precisa
• Não é o que você quer, é o que seu cabelo precisa!
• O produto que vai salvar o seu cabelo!
• Aprenda a escolher os melhores produtos para cabelos

Claro que existem produtos que costumam funcionar na grande maioria dos cabelos, mas é essencial que você saiba identificar o seu tipo de cabelo, como ele “responde” a determinado tipo de textura dos produtos (meu cabelo gosta de produtos mais cremosos, mas tem cabelo que precisa de coisas mais leves, leitosas, aquosas ou mais oleosas, mais pesadas, depende…) e do que, exatamente, ele tá precisando naquele momento.

Prestando atenção nisso, as chances de investir no produto certo e evitar compras desnecessárias é muito maior, sabe? Porque não, não existe isso de que um produto consiga ser perfeito pra todos os cabelos, em todos os momentos. Isso é utopia, sério mesmo!

E o mesmo vale pra produtos de pele e de maquiagem, porque, por exemplo, um sabonete pode ser tudo de bom pra pele oleosa de fulana de tal, mas pode não dar conta da sua oleosidade, porque oleosidade não é tudo igual.

Da mesma forma, uma base pode ser super badalada e amada por meio mundo de gente, mas pode ser um fiasco pra você, como aconteceu comigo em relação a Studio Fix Fluid, da MAC (resenha aqui). Ela realmente é boa pra peles oleosas, mas eu tenho marcas de expressão e poros dilatados, e ela evidenciou isso.

No mais, acho que ela “pesa” na minha pele, mas isso não é um problema da base, é um problema das minhas expectativas, porque gosto de bases mais leves, com menos cobertura, e ela não é dessas.

O que eu quero dizer é que a base não é ruim, de jeito nenhum, ela só não funciona na minha pele, porque não supre as minhas necessidades e expectativas. Errada fui eu que comprei sem pesquisar mais, sem analisar resenhas de meninas que tenham linhas e poros dilatados, e que, assim como eu, gostem de bases mais leves.

Ou seja: o que funciona pra uma pessoa (ou pra milhares) pode não funcionar pra mim. O que é incrível pra você pode ser “nada demais” ou bem ruim pra mim, e vice-versa, então vamos aproveitar toda a informação disponível na internet, vamos procurar peles e cabelos similares,  pra aprender a escolher produtos de forma mais “certeira”, por assim dizer!

Beijos, Ju ♥

Lendo o Juro Valendo sempre vocês já devem saber que a parafina, um petrolato presente na maioria dos cosméticos (nos de cabelo está mais presente em condicionadores e finalizadores), não é realmente boa e eficaz.

Isso porquê, por ser um derivado de petróleo, ela dá a sensação de hidratação, nutrição e emoliência, coisa que todos querem para os cabelos.

No entanto, como escrevi acima, é somente uma “sensação”, um efeito passageiro, pouco duradouro e sem resultado eficaz. O que a parafina faz no cabelo é formar uma película protetora no fio e só.

Quando ouvimos “película protetora” logo pensamos no bem que está fazendo aos cabelos, já que os fios estarão, teoricamente, protegidos das agressões externas.

Mas, na verdade, ao formar essa película protetora nos fios, estamos evitando as agressões externas e também os tratamentos. Claro que isso não acontece após uma única aplicação.

Quando o cabelo está ressecado e quebradiço, ao aplicar um condicionador, máscara ou finalizador que contenha parafina, quase que instantaneamente os fios ficam macios e disciplinados, e aí você pensa que resolveu todos os problemas na sua vida capilar!

Com o passar do tempo e uso destes produtos, o cabelo parece que não reage mais ao “tratamento”, já perceberam isso? Começa a ficar opaco, pesado e você não consegue entender o motivo e muda a marca do produto (por outro que contenha parafina também), achando que o cabelo acostumou com o produto e não responde mais ao tratamento. Ah, e o cabelo também começa a ficar quebradiço e o crescimento estaciona!

O que aconteceu, na verdade, é que seu cabelo está envelopado pela parafina. A película protetora formada não deixa mais nada entrar e por mais que você lave e tente outros produtos, nada parece adiantar. E, realmente, não vai adiantar mesmo!

Água é uma maravilha, mas não retira a parafina dos fios! Os derivados de petróleo não são solúveis em água!

Para retirar a parafina dos fios será necessário usar o bom e velho shampoo anti-resíduos e investir em outros produtos realmente eficazes.

Desta forma os fios poderão novamente respirar e o folículo piloso irá absorver os melhores tratamentos.

Sei que ainda são poucas as empresas que oferecem produtos livres de parafina e, na falta de opções acessíveis, acabamos nos entregando aos que a contém, eu faço isso, tenho uma coleção de “malvados favoritos”, infelizmente.

Para as empresas ainda é mais fácil investir em produtos que dão a sensação imediatista de cuidado porque é relativamente barato trabalhar com derivados de petróleo, mas, precisamos mudar este quadro e buscar alternativas que realmente tratem e não apenas maquiem nossos tão amados cabelos.

Vamos procurar juntas?

Um beijo,

Dani