Desde que o mundo é mundo, e lá se vão milhares de anos, as pessoas falam umas das outras, julgam e condenam como se não houvesse amanhã. Sempre foi assim, provavelmente será assim pra sempre e, sinto informar, não tem como mudar isso.
O que você pode mudar é a forma como reage a tudo isso.
Você não tem a obrigação de ser amado por ninguém (falei sobre isso nesse post aqui), de agradar ninguém e muito menos de ser aceito. A sua obrigação é a de ser o que você é e ponto final. Alguns vão amar, alguns vão detestar, alguns vão ignorar e assim segue a roda da vida.
Só que se a pessoa não gosta de você, esse não é um problema seu, é dela. O que você sente é problema seu, é responsabilidade sua, mas o que sentem, pensam ou acham de você não é problema seu, simples assim.
E isso não é arrogância, egoísmo ou autossuficiência, é bom senso, porque passar a vida se preocupando com o que estão falando ou achando é um desperdício de tempo, de energia e vida, porque ó, sinto muito, sempre vão falar, vão achar.
Portanto, simplesmente não se importe. Não deixe que isso te atinja, que atrapalhe os seus dias, que polua seu coração, que dissipe suas energias e que interfira no conceito que você tem de si mesma.
Não se importe, não discuta, não bata o pé, não tente provar nada pra ninguém. Simplesmente vire a página e siga. As coisas só crescem quando damos atenção à elas, então não dê. As pessoas só nos atingem se dermos poder à elas, e isso se faz dando atenção pro que elas falam.
Ao invés de perder seu tempo se importando, invista em você, procure ser a cada dia melhor, maior, mais cheia de vida, porque mudar a opinião de todo mundo sobre você é impossível, mas mudar a sua opinião sobre você mesma, sendo a cada dia sua versão melhorada, só depende você!
Tempos atrás, conversando com um dos amigos que mais admiro, o Di, fui “alertada” sobre a importância de sempre deixar claro que as minhas dicas não farão “milagres”, que elas são uma parte do processo, mas não são a parte mais importante.
Não é a parte mais importante porque, como eu já falei no “Sobre” aqui do blog, não existe produto de beleza que dê jeito numa autoestima no pé, e por mais clichê que pareça (e é!), beleza é sim de dentro pra fora e tem muito mais a ver com o seu estado de espírito do que com os quilos de maquiagem que você pretende usar.
Você pode estar com a melhor maquiagem, as melhores roupas, com tudo de melhor, mas se não estiver bem consigo mesma essa suposta beleza não se sustenta, não “ilumina”, não exala. Já notaram isso?
Eu não tô dizendo que produtos de beleza, maquiagem e roupas não são importantes. Ao contrário, são sim, e muito, só que nada disso vai adiantar se o seu “estado de espírito” não acompanhar. E é por isso, aliás, que tenho visto tantas mulheres produzidas, montadas e tecnicamente perfeitas, mas sem beleza nenhuma.
O que eu quero dizer com isso é que o “produto” mais importante, aquele que faz com que você seja realmente bonita, daquelas belezas que parecem irradiar, não está a venda, porque é interno, e o nome desse produto é autoamor, e é esse que você precisa ter a qualquer custo, não importa o “quanto custe”.
Se cuidar é essencial e faz toda a diferença, mas cuide primeiro de dentro, porque sem leveza, sem serenidade, sem sorriso no olhar e um coração tranquilo a beleza do potinho não fará muito por você.
E falo isso com “conhecimento de causa”, viu? Tô infinitamente melhor agora do que com 17, 18 anos, porque hoje sou muito mais bonita por dentro do que era anos atrás…
Não sou jornalista nem nada do tipo, mas sempre escrevi muito, e como faço isso o tempo todo posso falar do que funciona pra mim, tanto pra escrever mais (ter mais assunto) quanto pra escrever melhor.
O Que Vem Antes
1. Com Olhos de Leitor
Pra começo de conversa você é um leitor, certo? Então pare e analise o que você gosta de ler, qual o tipo de texto te prende. Como a maioria das pessoas, eu não tenho tempo nem paciência para textos cansativos. Veja bem, não importa o tamanho do texto, mas é essencial que ele seja leve, fácil de ler, que seja interessante.
Falo isso porque muita gente acha que escrever bem é escrever muito, o que é uma bobagem. Escreve bem quem tem capacidade de síntese, quem pega o que tem a dizer e o faz de forma clara, de modo que qualquer pessoa entenda.
2. Leia muito
Quem quer escrever bem tem que ler muito, porque existe um determinado tipo de cultura que a gente só adquire lendo, não tem jeito. E leia temas variados, leia os clássicos, leia, leia, leia! Tô falando de Dickens, Jorge Amado, Milan Kundera, Saramago, Neruda, mas tô falando também de jornais, de revistas e de tudo o que cair nas suas mãos.
3. Cultura geral
Tem gente que nasce com o dom de escrever, é fato, mas mesmo essas pessoas precisam de vocabulário, precisam de referências, e isso a gente tem “vivendo”. Ouça música, saiba um pouco de história geral, leia jornais (quanto mais neutro e alternativo, melhor!), tenha contato com pessoas diferentes de você, de classes sociais diferentes, de culturas diferentes, de nichos diferentes… Experimente coisas diferentes, sabores diferentes, se abra pro novo…E viaje, viaje muito, pra todo lugar, sempre que puder, porque do mesmo jeito que existe um tipo de sabedoria que a gente só adquire vivendo, um tipo de cultura que só quem lê muito possui, existe também um tipo de cultura que só se obtém em viagens.
Ou seja, quanto mais experiências você tiver, mais assunto terá, mais pontos de vista diferentes conhecerá, e isso enriquece qualquer texto.
4. Saia da caixinha
Aprenda a pensar por uma perspectiva diferente e se abra pra enxergar as coisas com outros olhos. Parece clichê, e é, mas se você não se abre pras diversas verdades que existem a partir de um mesmo fato, não enxerga possibilidades diferentes e acaba sendo “mais do mesmo”. Medíocre, não?
5. Seja Humano
Quem está do outro lado é um ser humano como você, com medos e fraquezas semelhantes. Então, por favor, humanize a coisa. As pessoas (eu, pelo menos) não aguentam mais textos que mais parecem uma cartilha. Tem que ter calor humano, tem que olhar as coisas como se você tivesse vivendo aquilo… É isso que faz com que suas palavras pareçam tocar a alma do outro.
O Texto
6. O Essencial
Antes de começar: existem estruturas diversas de texto, mas eu ainda sou, na maioria das vezes, da “estrutura clássica”: primeiro você faz a abertura do texto, e esse primeiro parágrafo serve de “introdução”. Após a abertura vem a “ponte”, que é uma espécie de desenvolvimento do primeiro parágrafo. Em seguida vem o desenvolvimento do texto, que vai ampliar o que foi dito nos parágrafos iniciais. Por último vem a “conclusão”, o “toque final”, uma frase ou parágrafo dos bons pra fechar o texto com chave de ouro.
Pra mim é essencial ter uma estrutura definida porque isso ajuda a organizar as ideias e o texto, o que deixa tudo mais coerente.
7. Identifique e “fale” com o seu leitor
Quem é o seu leitor? É alguém que tem vasto conhecimento sobre o que você escreve ou alguém que sabe pouco e quer aprender? Isso vai determinar a linguagem do texto, a forma como você conduz esse texto, se será mais ou menos formal e coisas do tipo.
Você precisa identificar quem é o seu leitor, porque qualquer texto é escrito pra ser lido, e pra ser lido você precisa dar não só o que o leitor quer, mas compreendê-lo de tal forma que consiga ir além do que ele demonstre querer pra dar a ele o que sequer sabia que queria saber.
Como se faz isso? Observando!
Conseguiu identificar? Que bom! Então “fale” com ele, porque a razão de ser do seu texto é a pessoa que está lendo… Faça do seu texto um diálogo, não um monólogo, porque quem quer ser lido não pode “falar” sozinho, não pode simplesmente falar para alguém, mas falar com alguém. Entendeu a diferença?
8. Defina o Foco
Qual é o foco do seu texto? Defina isso, porque é em volta dele que o texto vai “girar”, é ele quem vai conduzir as ideias, é através dele que você vai construir a sua “mensagem”.
9. Clareza
A coisa mais importante em um texto é, óbvio, ter realmente o que dizer e fazer isso da maneira mais simples e clara possível. Clareza é transmitir uma ideia de forma cristalina, de modo a não gerar “esforço” pra que a pessoa entenda.
E aqui tem um detalhe importante: escreva pro leitor “médio”, escreva de modo que uma pessoa que não conhece o assunto consiga entender o que você quer dizer.
10. Simplicidade é tudo!
Escrever “difícil” pode até ser “bonito”, mas de que adianta ser bonito se o seu leitor não entender? Quanto mais rico for o seu vocabulário, quanto mais cultura você tiver, mais tem que usar isso pra transmitir ideias de forma simples. É pra isso, também, que serve saber mais, pra simplificar!
Existem muitas outras dicas, mas essas são as que, ao longo do tempo, mais funcionaram pra mim!