27.08.2013

Recalque e Grosseria: Os Dois Lados da Mesma Moeda

Anda muito cansativo acompanhar blogs por vários motivos, e o que não falta é gente que não tem nada a oferecer, gente que faz de tudo pra aparecer e só. Pior que isso só, de um lado,  a imensidão de pessoas extremamente grossas, que transformam a internet, como já disse a Júlia Petit, no SAC do inferno, e de outro lado uma imensidão de pessoas que não sabe lidar com críticas e catalogam todas elas como recalque.

Existe recalque sim, claro, e o que não falta é gente infeliz que vive de criticar a vida alheia, mas, como já disse aqui tempos atrás, quem não aceita opiniões diferentes não está apto a viver em sociedade, simples assim.

lição de vida

Posso estar errada, mas o que eu acho é que um blog é feito para e com as pessoas, e você não pode trabalhar com as pessoas se você não está disposta a ouvi-las. Isso é básico, e qualquer pessoa com o mínimo de capacidade de raciocínio chega facilmente a essa conclusão.

Só que, ao invés de descer do pedestal e se dispor a ouvir as pessoas que, de forma construtiva, discordam e pensam diferente, muita gente, e isso acontece demais na “vida real”,  encara a crítica como ofensa, tapa os olhos, tapa os ouvidos e sai bradando que é recalque, que é inveja, que é isso ou aquilo.

Oi? Desde quando pensar diferente é ser recalcada? Desde quando não concordar é ser invejosa? Desde quando ficou implícito que, a menos que você concorde e diga amém pra tudo, é a própria personificação do que não presta? Menos prepotência e mais humildade por favor!

mente pequena

As pessoas têm o direito de discordar, de não gostar e, desde que seja de forma educada (o que é raro!), de  criticar construtivamente, e mesmo que não concordemos com elas, não podemos negar-lhes esse direito, porque esse, afinal, é um princípio básico da democracia e da convivência humana.

Então, antes de achar que tudo é recalque, é bom ter um pouquinho de bom senso e boas doses de humildade pra observar se  aquela crítica tem fundamento, se você errou, se você se enganou ou algo do tipo, porque sim, todos nós cometemos erros todos os dias, e muitas vezes sem sequer percebermos. Ou seja, você não é Deus, não é o centro do mundo e muito menos a dona da verdade, então “baixa a bola”!

Por outro lado, as pessoas perderam completamente a noção de educação, e isso independe  de cultura e de classe social. A educação que eu falo é a educação de alma, aquela que te faz ter generosidade para com o outro, com seus erros e falhas, aquela que te faz ser gentil ao criticar, aquela que não tenta ridicularizar, aquela que quer ajudar o outro a crescer e, pra isso, estende a mão.

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Essa educação anda cada vez mais rara, e talvez por conta disso as pessoas tenham perdido o senso de humanidade, porque agredir gratuitamente e criticar com ferocidade, sem o intuito de gerar reflexão ou crescimento,  quem você sequer conhece é um ato de grosseria profunda. E grosseria é algo muito, muito feio.

Cada um tem o direito de achar e acreditar no que quiser, mas que isso seja feito de forma educada, civilizada e gentil, porque todos os outros possuem os mesmos direitos que você.

É claro que não é sempre que a gente consegue manter o controle,  e isso é normal, é claro que manter a calma diante de uma criatura que nos engana ou que nos agride gratuitamente não é fácil, é claro que críticas são sempre um tapa no ego, no orgulho e na vaidade, e o primeiro impulso é chegar de voadora, mas eu ainda acredito que ao invés de reagir a gente precisa agir construtivamente, e isso se faz tendo o que o outro não teve: educação.

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Educação, generosidade, gentileza e humildade são verdadeiros remédios, os únicos, aliás, pra lidar com gente grossa, e com gente recalcada também. Portanto, uma dose e um brinde, por favor!

Beijos

Ju

04.08.2013

Coisas Que Aprendi Aos 30

Eu detesto tarde de domingo porque a gente nunca tem o que fazer, fica cheia de preguiça e, consequentemente, pensando besteira. E foi isso que fiz hoje, parei um pouquinho pra pensar  que daqui a 10 dias faço 31 anos.

É engraçado isso de idade porque quando, anos atrás, me imaginava com essa idade tinha uma ideia completamente diferente do que realmente está sendo. Tá sendo muito melhor, aliás.

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Eu jurava que 30 anos era tipo “a porta do envelhecimento”  e morria de medo de passar por esse marco porque achava que não poderia fazer as coisas que sempre gostei  por não ser  “adequado” pra idade, mas hoje vejo o quanto isso é besteira, porque continuo sendo tão “menina”  como sempre fui e continuo fazendo as coisas que gosto, do jeito que gosto sem sequer lembrar que o tempo passou. Quem lembra disso, sempre,  são os outros.

Sim, a pele muda, o corpo muda, o metabolismo muda, e isso pode não ser lá muito bom, mas tem uma coisa que muda, e muda pra melhor: a cabeça!

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Eu não tenho as inseguranças que tinha aos 20. Eu não tenho as dúvidas que tinha aos 20. Eu não paraliso de medo como já paralisei muitas vezes, e passei a ter a força e a coragem que nunca imaginei que teria. Eu me conheço muito mais e me permito muito mais também. Eu sei exatamente o que quero e, principalmente, o que não quero. Eu aprendi a dizer “não” e aprendi que era muito mais importante ser quem eu realmente era do que ceder aos desejos e vontades alheias pra ser “aprovada ou aceita”, porque isso me isolava de mim mesma, e esse era o maior erro que eu poderia cometer.

Aprendi, finalmente, a “deixar ir”, a “deixar viver o que precisa viver e morrer o que precisa morrer”. Eu não sou mais tão ingênua quanto era antes, mas continuo acreditando no bem.  Parei de me cobrar tanto, de me criticar tanto e de me punir tanto. Parei de olhar para os lados e comecei a olhar pra dentro e a cuidar de dentro, que é onde, afinal, tudo acontece.

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Aos 20 eu me achava a dona da verdade e me ofendia quando alguém me criticava ou pensava diferente de mim. Aos 30 eu aprendi, e cada vez aprendo mais, que eu sei muito pouco e que isso é maravilhoso, porque me permite aprender cada vez mais. Passei a aceitar as críticas e valorizá-las como atos pontuais de cuidado, e valorizo e respeito   quem pensa diferente de mim, porque sem discordâncias não existe crescimento e cada um tem o direito de pensar o que quiser. Aprendi, enfim,  a aceitar as pessoas como elas são e a amá-las sem “se” e independente “de”.

Aprendi que não preciso de muito pra ser feliz e que tudo o que eu acreditava que me traria felicidade era pura ilusão. Aprendi que nada pode me fazer feliz se eu não estiver feliz, e isso só depende de mim.

Aprendi que querer esganar uma pessoa não me impede de amá-la. Ao contrário, porque já quis esganar meus amigos mais queridos pelo menos uma dúzia de vezes (e tenho certeza que eles quiseram me esganar 10 vezes mais!) e continuo dizendo que eles são os melhores do mundo.

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Aprendi que não preciso “ir longe” pra viver bons momentos, porque não foram poucas as vezes em que tomar vinho quente de garrafão  com meus amigos na calçada da rua ou num boteco qualquer me fez infinitamente mais feliz, proporcionou  as melhores risadas e me divertiu  milhões de vezes mais do que o melhor vinho no melhor restaurante de Paris (que eu nem achei tão bom assim…).

Ainda preciso aprender muitas coisas, conhecer muitas coisas e viver muitas outras coisas, mas hoje, muito mais do que 10 anos atrás, eu tenho certeza que estou no caminho certo, fazendo as coisas do jeito certo e, melhor, não tenho a afobação que tinha antes, e isso, sinto muito, não tem preço!

E, falando em preço, se envelhecer é o preço que se paga pra  não morrer de ansiedade todos os dias, tenho que dizer que vale demais e que não troco isso por nada no mundo!

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É… A  verdade é que  não trocaria a Ju de hoje pela Julliana de 10 anos atrás “nem a pau”, porque  quanto mais a gente vive, mais experiências tem, e nada no mundo é mais interessante e mais bonito do que uma pessoa que vive muito, experimenta muito e conhece muito.

E que venham os 31…

Beijos

Ju

12.07.2013

Dando O Troco Em Um Zé Mané!

Dia desses, conversando com uma leitora linda que adoro, lá no Face, ela me questionou, mais ou menos, como controlar a vontade de se vingar de um Zé Mané que provocou tantos danos, e achei que isso valeria um post, porque, afinal, quem nunca quis se vingar de um cara?

Final de relacionamento é sempre traumático, e quem foi deixado sempre quer, com toda a razão do mundo, afinal somos humanos, que o outro se arrebente. Nada mais justo, afinal, já que ele  foi um cafajeste, aprontou horrores e partiu seu coração.

se vingar do ex

Eu já passei por isso e aposto que a grande maioria também, e nessas horas segurar a vontade de fazer o outro “pagar por tudo o que fez” é quase incontrolável, e nós ficamos meio que obcecadas com isso, bolando formas mirabolantes pra ver o outro se arrebentar. É feio, é  zero de evolução, mas é humano, então é melhor admitir e lidar com esse sentimento de vingança do que esconder.

se vingar de traição

Acontece que vingança é uma bobagem, porque o que você vai fazer é ficar presa, ainda mais, a alguém que te prejudicou, que te fez de boba, que te usou e que te magoou profundamente, e isso é tudo o que você não deveria querer. Porque, afinal, qual a lógica de ficar presa a alguém que, pra você, não vale nada? Não tem lógica!

Pensar nisso só vai te trazer coisas ruins, só vai te fazer perder tempo, só vai te envenenar e prejudicar ainda mais.

vingança do ex

No mais, acredito muito em uma coisa que escutei ainda criança: “a vida dá o troco, e o troco que a vida dá é muito maior do que o que nós possamos dar”.  E já que o troco da vida é maior, porque o que a gente faz volta pra gente, não tem pra onde correr, pra que perder o nosso precioso tempo com alguém que não nos faz bem? É muito melhor deixar lá e esperar pra ver, porque um dia a “coisa vira”, já que o Karma (ou a lei da colheita), acreditem nele ou não, é fatal!

Karma

A única vingança que compensa, e dessa eu sou super partidária,  é a “vingança construtiva“, é aquela em que você ignora completamente a existência do outro e investe em você, que é quem realmente importa na história, e aí dá uma “guinada”, fica mais bonita, mais divertida, mais inteligente, mais bem sucedida e mais feliz.

olhos nos olhos

E me respondam, tem coisa pior, pra quem nos fez mau, do que nos ver felizes, melhores e mais cheias de vida? Jamais! Isso sim é vingança, e das boas!

Pensem nisso!

Beijos

Ju

O que você acha do JV?
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