24.05.2016

Fadiga Adrenal Crônica: Como lidar?

Tempos atrás fiz um post aqui falando da reposição de cortisol, por causa da fadiga adrenal crônica, e até hoje recebo muitas perguntas e muitos e-mails sobre o assunto, mas evito ficar falando de “doença” por aqui, porque é um troço chato, né?

Mas, uma leitora, a Giana, comentou comigo lá no Instagram (@jurovalendo, segue lá!) que tinha fadiga adrenal, estava fazendo tratamento há um ano, não estava legal e sugeriu que eu fizesse um post sobre o assunto. Bom, como não é nada que me deixe desconfortável e que sei que pode ajudar mais gente, resolvi fazer!

Fadiga Adrenal Crônica: que troço é esse?

fadiga adrenal crônica juro valendo ju lopes

Expliquei nesse post aqui como tudo começou, quais eram os meus sintomas e como o problema foi descoberto, mas, resumidamente, eu sentia muito cansaço, do tipo que atrapalha a vida, porque não conseguia fazer quase nada, tinha uma dificuldade enorme de levantar e render pela manhã, o que era estranhíssimo pra mim, que sempre acordei muito cedo, ficava irritada por qualquer motivo (ou sem motivo), estava apática, sem vontade de fazer nada, não tinha mais condição nenhuma de lidar com nenhuma situação estressante, e eu sempre fui boa em lidar com isso, não conseguia me concentrar direito, meu sistema imunológico estava em frangalhos, porque vivia “doente”, e só tinha energia mesmo durante a noite.

Ou seja, estava um caco. Procurei dois médicos diferentes e os dois, após alguns exames laboratoriais, disseram que eu estava estressada. Aí procurei um nutrólogo, Dr. Tasso, que foi um pouco mais a fundo nos exames, verificando os níveis de vários hormônios, inclusive o cortisol, e foi aí que tive o diagnóstico de Fadiga Adrenal Crônica, porque meu cortisol estava no chão, como quase todos os meus hormônios, aliás.

Como é o tratamento da fadiga adrenal?

O meu tratamento é feito, basicamente, com a reposição do cortisol, ou melhor, da hidrocortisona duas vezes ao dia (de manhã e no almoço), e a minha dose é de 10 mg (é manipulada), mas isso aí quem vai determinar é o seu médico, porque vários são contra o uso da hidrocortisona e existem várias controvérsias, como em quase tudo, né?

fadiga adrenal crônica juro valendo ju lopes

Só posso dizer que pra mim ela foi (e é!) a melhor coisa, mudou completamente minha qualidade de vida e em pouco tempo eu voltei a ter energia pra viver, sabe como é? A única coisa chata é a retenção de líquidos, mas isso é o mínimo, sinceramente.

Claro que, além dela, precisei fazer algumas mudanças, como me alimentar de forma mais saudável, dormir direitinho e praticar atividade física, mas quando estava fazendo tudo isso e resolvi, de forma irresponsável, suspender o uso da hidrocortisona fui parar, semanas depois, no hospital. Ou seja, no meu caso ela é essencial, e mesmo existindo todo um “plano” pra estimular a sua produção, eu ainda não consigo viver bem sem ela.

Hoje tento comer nos horários certos pra controlar a glicemia, evito os alimentos de alto índice glicêmico (causam hipoglicemia de rebote e o cansaço fica ainda maior), evito alimentos ricos em potássio pela manhã, porque eles podem reduzir a absorção do sódio, o que é problemático nesse caso, evito alimentos estimulantes (exceto o café, não consigo!), pois isso pode aumentar a liberação das aminas e fazer com que as adrenais, que já estão fatigadas, trabalhem demais e consumo mais alimentos ricos em vitamina C, pois as adrenais utilizam muito essa vitamina, mais que outros órgãos, inclusive.

Além disso, aumentei o consumo de magnésio, de alimentos que são fonte de vitamina B5 e tomo alguns fitoterápicos, mas sobre eles prefiro não falar porque o uso desse tipo de coisa deve ser feito com supervisão médica, e tem gente que “vai na tora” mesmo, sabe?

Nem tudo é fadiga adrenal

Claro que nem todo cansaço é fadiga adrenal, claro que existe estresse puro e simples, mas acho importante sim falar sobre isso e buscar sempre opiniões de profissionais diferentes, sabe?

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Já me disseram aqui uma vez que era engraçado como todo mundo que passava por um nutrólogo saia com diagnóstico de fadiga adrenal e resistência à insulina, como se fosse uma receita pronta, e eu agradeço imensamente por ter passado por um que pediu exames que outros médicos não cogitaram pedir e, graças a isso, descobriu qual era o meu problema, que quando começou a ser tratado fez (e continua fazendo) uma diferença absurda na minha vida.

É por causa dele que estou bem hoje. Foi por ter procurado outras opiniões, ao invés de ter aceitado de cara que eu estava estressada e trabalhando demais, que pude ser diagnosticada corretamente, que estou sendo tratada, porque do mesmo jeito que nem tudo é fadiga adrenal, nem tudo é estresse.

E não, não existe receita pronta, mas é meio evidente, ao menos pra mim, que essa rotina louca e extremamente estressante que a gente tem, aliada a uma alimentação péssima e cheia de porcarias vai cobrar a conta uma hora ou outra, né?

Enfim, espero que tenha ajudado, e deixo claro que só posso falar pela minha experiência, pelo que eu vivencio, porque cada caso é um caso e só o seu médico pode dizer o que é melhor para você. Mas, o meu conselho é: procure sempre outras opiniões, e se o tratamento não estiver fazendo efeito, questione, procure outros médicos, pesquise e corra atrás, porque o que não parece certo, ao menos pra mim, é não “melhorar”, é passar mal o tempo todo.

Beijos, Ju♥

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26.08.2014

10 Dicas Pra Quem Precisa de Pique Extra

No domingo tava organizando a lista de posts da semana e compartilhei no Insta (@jurovalendo, segue lá!) e no Face (curte lá menina!) e várias leitoras deram sugestões. Anotei tudo e já faço todos os posts, e vou começar pelo pedido da Mel, que disse que anda sem energia e pediu um post com dicas pra, simplificando, ter mais pique no dia a dia.

Quem acompanha o blog há mais tempo sabe que eu tenho Fadiga Adrenal Crônica, um problema ainda pouco diagnosticado, e por isso suplemento alguns hormônios e tomo alguns cuidados. Na Fadiga Adrenal você se sente exausto e sobrecarregado sem motivo aparente, então preciso de boas doses de “energia” todos os dias, de forma que acabei aprendendo um tiquinho sobre isso, né?

pique extra

Antes de começar, um aviso óbvio: eu só posso falar da minha experiência, do que funciona pra mim, e o certo é procurar um (bom) médico pra te orientar corretamente, já que as causas do cansaço podem ser muitas e todo tratamento deve ser individualizado.

1. Investigue

A minha primeira dica é investigar esse “cansaço”, porque a primeira tendência é achar que é normal, já que a gente vive no limite e sem tempo pra nada. Eu passei por 2 médicos e ambos, após os resultados dos exames de praxe,  disseram que eu estava estressada. Até que fui em um nutrólogo, que me pediu trocentos exames (além dos “básicos”)  e acabou descobrindo várias anormalidades, como contei nesse post aqui.

Os sintomas mais comuns da Fadiga Adrenal são esses: cansaço constante sem motivo, dificuldade em levantar pela manhã (mesmo que tenha dormido muitas horas), melhor sono é de 7 às 9 hs da manhã, redução dos níveis de energia entre 14 e 17 hs, “desperta” e fica cheio de energia após às 18 hs, redução da libido, desejo por alimentos muito salgados ou muito doces, sistema imunológico enfraquecido, não tem ânimo pra “aproveitar a vida” e dar conta das tarefas diárias passa a ser um desafio.

Pra quem quiser entender um pouco mais sugiro dois artigos: esseesse.

pique extra

2. Durma Bem

Se você não dorme bem nada funciona direito, não tem jeito. E não, não é normal não ter um sono reparador! Nessa confusão da Fadiga Adrenal eu não dormia nada, e em um dos exames foi detectada a baixa da melatonina, que é, simplificando, o hormônio do sono, e foi só regular isso pra voltar a dormir corretamente e não sentir mais tanto cansaço.

Falei mais sobre isso nesse post aqui.

3. Evite Carboidratos de Alto Índice Glicêmico

É muito, muito importante evitar esse tipo de alimento, que gera uma alta de energia momentânea mas causa a hipoglicemia de rebote, resultando  numa queda maior dos níveis de energia pouco tempo depois.

Parece besteira, mas a alimentação é determinante pra ter níveis adequados (e estáveis) de energia ao longo do dia. Portanto, reduza os industrializados, aposte em cereais, em carboidratos de baixo índice glicêmico, nos integrais, nas verduras, frutas e legumes.

Uma coisa que entrou na minha rotina e fez diferença foram as farinhas funcionais (maracujá, maça, banana verde, etc), que, simplificando,  ajudam a reduzir o índice glicêmico e evitam o pico tanto da insulina quanto do cortisol.

pique extra

4. Tome Sol!

Vocês já repararam que quando tomamos sol ficamos mais “vivas”? Não é por acaso, já que a falta de vitamina D  leva a perda da vitalidade, ao cansaço. O problema é que a grande maioria das pessoas têm deficiência de vitamina D, que interfere, direta ou indiretamente, em mais de 200 genes e em cerca de 10% das funções orgânicas.

Pra ter níveis adequados de vitamina D tem que tomar sol, e bastam 15 minutinhos por dia. Eu, por exemplo, não gosto de tomar sol, e mesmo suplementando a vitamina D (tópica) tento fazer esse esforço todos os dias. Faz muita diferença!

5. Reposição de minerais e vitaminas

É interessante medir os níveis de minerais no sangue e, caso seja necessário, repor o zinco, o manganês, o magnésio e o cálcio, além das vitaminas do complexo B e a vitamina D, que falei acima, já que essas substâncias estão relacionadas com a “energia”.

pique extra

6. Invista nos ômegas

É uma “cápsula” que não abro mão por vários motivos, inclusive porque a deficiência dos ômegas  torna as transmissões nervosas mais lentas, o que resulta em falta de concentração, cansaço e “preguiça”. Alguns alimentos são fontes ricas dos Ômegas, como o salmão e o atum,  mas suplemento porque não como peixe.

7. Reduza o café e aposte no gengibre!

Eu sou louca por café, mas precisei reduzir porque sim, ele dá energia, mas também “rouba energia” do organismo, e em pouco tempo você está cansada de novo. Aí aprendi a substituir o café pelo chá de gengibre (e coloco nos sucos também), que é um “tônico geral”, dá ânimo e energia.

pique extra

8. Compostos energéticos

Existem algumas substâncias que aumentam os níveis de energia, mas é preciso muito cuidado com o consumo até por causa do “efeito rebote”, porque você fica com muita energia num primeiro momento e depois fica mais cansada ainda.

Já tomei um de açaí, que vende em cápsulas e em pó, e gostei, e  gosto do ginseng e do ginkgo (dizem que atuam como tônico geral do organismo). O guaraná em pó tem, em mim, um efeito similar ao da cafeína e logo depois fico mais cansada, então não acho interessante.

Tem também a marapuama e a maca peruana (vende em forma de chá também), e até acho interessante em casos pontuais, mas não pra uso constante. Fora que não se deve tomar nada disso sem indicação médica, porque mesmo sendo substâncias naturais existem efeitos colaterais e contra-indicações, né?

9. Faça exercícios

Pois é, tem que fazer! Eu tenho preguiça, não vou negar, mas é fato que quando a gente se exercita fica mais disposto e, aos poucos, a sensação de cansaço vai reduzindo.

pique extra

Pra quem, como eu, não é muito chegado na coisa recomendo escolher uma coisa que você realmente goste de fazer, sabe? Tente dançar, andar de bicicleta ou algo do tipo. E se for ao ar livre melhor ainda, porque já aproveita e toma um solzinho pra ajudar nos níveis de vitamina D!

10. O Essencial

O essencial é tirar, todos os dias, um tempo pra você, só pra você. Se você não fizer isso, se não relaxar um pouco fazendo alguma coisa que gosta, a cabeça não aguenta e, claro, você vai ficar esgotada.

Ah, e faça o favor (pra si mesma) de se afastar de gente que te suga, tá? Isso cansa mais que qualquer coisa na vida e a gente acaba ficando sem força e ânimo pra nada!

Alguém tem mais alguma dica?

Beijos

Ju

O que você acha do JV?
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