Dia desses postei uma foto desse livro lá no insta (segue lá! @jurovalendo) e no Face e várias pessoas perguntaram do que se tratava e tal. Daí fiquei pensando se faria ou não um post sobre ele, porque ele é um livro mais espiritual, no sentido amplo da palavra, e muita gente não gosta.

Acontece que é um livro tão lindo que vale muito compartilhar, sabe?

O Livro de Mirdad

É lindo porque é profundo, porque é de uma clareza absurda e porque é verdadeiro, no sentido de mostrar que a “verdade” não é única e pode ser encontrada em caminhos bem diferentes, e que não tem nenhum problema nisso, porque o que importa de verdade é o que está no seu coração, nos seus atos, nas suas palavras.

Outra coisa interessante é que  livro quebra o “paradigma da separação”, e eu acredito muito nisso,  porque  o universo inteiro e tudo o que existe nele são a mesma coisa, e nós somos parte de um todo indivisível em essência.

Tenho esse livro na cabeceira da minha cama faz bastante tempo, já li e reli algumas vezes, e todos os dias dou uma “pescadinha” nele, e a razão pra tanta “paixão” por esse livro vocês vão entender nos trechos abaixo:

1. “Para orardes não precisais de língua nem de lábios. Mas antes necessitais  de um coração silencioso e vigilante (…). Não precisais de templos para neles  orardes. Quem não pode encontrar um templo no coração, jamais encontrará seu coração em qualquer templo.”

2. ” Tu também és uma imagem de Deus, e a imagem de Deus não deve curvar-se diante de sombra alguma.”

3. “Toda pedra de tropeço é um aviso. Lede cuidadosamente o aviso e a pedra de tropeço se tornará um farol.”

4. “Vede em primeiro lugar corretamente os vossos próprios olhos, se quiser ver corretamente as outras coisas. Não com o olho, mas através dele deveis dirigir o vosso olhar, de modo que possais ver todas as coisas que estão além dele.”

5.  “Não deixeis enfraquecer vosso coração. Sede como o mar,  vasto e profundo, e abençoai aquele que vos dá nada mais que um insulto. E como a terra, sede generosos e calmos, e transformais as impurezas dos corações dos homens em pura saúde e beleza. Sede como o ar, livre  e dócil. A espada que vos feriria acabará perdendo rodo o brilho e enferrujando. O braço que vos lesaria ficará facilmente exausto e inerte. O mundo, não vos conhecendo, não poderá conter-vos. Por isso, receber-vos-á rosnando;mas vós, conhecendo o mundo, podeis contê-lo. Por isso, deveis acalmar sua ira com benevolência e afogar sua calúnia com amorosa compreensão. A compreensão vencerá.”

6. “O universo é um só corpo. Comungai com a menor partícula dele, e comungareis com tudo.”

7. “Fazei de cada palavra uma oração. “

8. “Na vastidão de vosso coração se encontra a chave de todas as portas.”

9. “ Lembrai-vos de que todas as nossas relações com as coisas e os homens são determinadas pelo que quereis deles e pelo que eles querem de vós. Portanto, já antes vos disse e agora torno a dizer: tomai cuidado de como respirais, de como falais, do que desejais, do que pensais e fazeis. Porque a vossa vontade está escondida em cada respiração, em cada palavra, em cada desejo, em cada pensamento e em cada ação.”

10. “Não determineis limites para vós. Expandi-vos até não haver regiões em que não estejais. Expandi-vos até que o mundo todo esteja onde quer que estejais.  Expandi-vos até encontrardes Deus onde quer que vos encontreis. Expandi-vos! Expandi-vos!”

O livro inteiro parece falar diretamente com a gente, sabe? Sei lá, parece que toca na alma… Mas, enfim, é, com certeza, o livro mais importante da minha vida, um livro que me ensinou e ensina muito,  e tenho certeza que o Mikhail Naimy foi inspirado por “algo” maior pra escrever esse livro.

É um livro antigo e não encontro em livrarias, mas se alguém encontrar avisa aí, tá?

Ele voltou a ser vendido na Amazon, clica aqui pra comprar!

Beijos

Ju

Muita gente torce o nariz, mas adoro biografias, porque quero saber como as pessoas que admiro foram “na vida real”, sabe? Daí acho que a biografia é, via de regra, uma boa oportunidade de ter essa visão, mas isso depende, claro, de quem escreve porque tem escritor que não apura fatos, mas, ao contrário, cria histórias sensacionalistas pra vender mais.

Já tô com esse livro aqui em casa tem tempo, e ele veio em um “box” (Dois Homens Que Mudaram o Mundo) com a biografia de Chaplin, que é gigante e bem legal.

Eu tinha uma visão meio poética de Einstein, e o enxergava como um gênio meio infantil, mas dono de uma força criativa absurda, um desses monstros sagrados da inteligência humana, sabe como é?

Como temos a tendência de “idolatrar” quem admiramos, fiquei chocada, mas feliz, em ler que ele era uma pessoa normal, paradoxal e cheia de defeitos, como qualquer um de nós. Sim, era um gênio,era brilhante e era incrível,  mas tinha, como todo ser humano, suas sombras e suas fraquezas, o que era facilmente notado na sua forma de lidar com as mulheres, no comportamento nada justo para com os “amigos” e com os filhos.

Isso é muito legal de “descobrir”, porque os paradoxos são sempre mais interessantes do que a aura de perfeição. Eu gosto de saber que aquela pessoa que acho incrível, que tinha uma integridade intelectual absurda, era também um ser humano como eu e você, e é isso que essa biografia mostra, um Einstein humano, não o semideus que nos foi apresentado.

A leitura flui bem, apesar de ser um livro grande ( 500 páginas), até porque tem muito “babado” e a gente fica querendo descobrir logo o que ele fez e não fez, e olha que ele fez muitaaaa coisa, viu? Fiquei muito chocada com a relação dele com as mulheres, com a forma como ele via e tratava as mulheres, mas também os filhos.

O livro é da Novo Século e custa 36 Dilmas. Aqui em Jee vende na Nobel do Hiper, mas pode ser encontrado em livrarias físicas e virtuais.

Vocês gostam de biografias? Indiquem aí!

Beijos

Ju

Comprei esse livro semanas atrás e, claro, fui super influenciada por “Comer, Rezar e Amar”, que adorei. Confesso que o “pavor” da autora pelo casamento também me deixou curiosa em relação ao livro, porque eu compartilho do mesmo sentimento, então foi um livro bem útil pra mim, sabe?

Quem leu Comer, Rezar e Amar sabe que a Elizabeth se apaixonou pelo Felipe, “um brasileiro de passaporte australiano que morava na Indonésia”, e depois disso eles se mudaram, numa espécie de “arranjo”, para os Estados Unidos, onde prometeram, além de amor eterno, nunca se casarem.

Acontece que, um belo dia, após voltarem de uma viagem, um oficial da imigração deu a singela notícia de Felipe nunca mais poderia estrar nos EUA, a menos que se casasse com Liz. Como problema pouco é bobagem, eles foram obrigados a passar mais de 10 meses vagando pelo sudeste asiático enquanto esperavam a autorização do governo para que pudessem se casar e voltar ao país.

Nesse lapso temporal, a autora aproveitou para fazer uma pesquisa das boas sobre o casamento e, por fim, fez as pazes com ele.

A história é essa, mas o livro é muito interessante e gostoso de ler. Aliás, os livros da Elizabeth são sempre fáceis de ler, engraçados e bem honestos, sinceros, e por isso cativam tanto.

Esse é  um livro bom pra que a gente reflita, sabe?  Acho legal ler a história de quem tem receios parecidos com os meus, sobretudo no caso da Elizabeth, que tem o bom senso de mostrar os vários ângulos da mesma história.

Eu sempre fui da opinião de que, no casamento, o homem ganha muito e a mulher perde demais, porque é altamente improvável que uma pessoa consiga cuidar de si, do marido, dos filhos, da casa e ainda consiga trabalhar, ter uma carreira. Já o homem só sai ganhando, porque ganha uma “governanta” pra cuidar da casa e das coisas dele, uma esposa e filhos, tendo que se preocupar somente com a carreira. Ou seja, a balança não favorece a mulher nem um pouco!

E, acreditem, até isso foi abordado no livro, e muitas outras coisas que sempre questionei, o que deixou tudo muito mais interessante, porque parecia que ela estava falando “pra mim”, sabe como é?

O livro é da Editora Objetiva e custou coisa de 30 Dilmas. Gostei demais e indico muito!

Beijos

Ju