08.03.2016

Seja a Mulher Que Você Sempre Quis Ser

Porque você pode!

Todos os dias venho aqui e converso sobre um mundo de coisas com vocês. Coisas divertidas, coisas sérias. Coisas alegres, coisas tristes. Coisas, coisas da vida. E o que eu quero com cada uma dessas coisas é que você, que tá aí do outro lado da telinha, seja a mulher que você sempre quis ser, a mulher incrível que tá aí dentro abafada por tantas, tantas coisas.

Falar de beleza é legal, e todo esse universo é incrível sim, mas o mais importante é o que está na entrelinhas: eu não quero falar de beleza pra que você tente se enquadrar em um padrão, pra que você compre 100 milhões de produtos ou coisas do tipo. Não, eu não. Eu quero falar de beleza pra que você coloque pra fora toda a beleza que tem aí dentro, pra que você se aceite, se ame, se respeite. Pra que você consiga ser a mulher que você quer – e pode- ser.  É isso que me interessa.

Me interessa que você entenda que é incrível sim, e que pode tudo, que pode mais, sempre mais. E pode todos os dias, porque a vida não espera, ela vai acontecer quer você participe e faça acontecer ou se acomode e fique sentadinha vendo a banda passar.

Nada contra. Cada um faz o que quer, mas, sabe, eu sei do potencial que você tem, eu sei que você pode construir uma história incrível, eu acredito em você e quero que você acredite também. Eu preciso disso, aliás. Preciso porque quero acreditar que o que eu falo e faço por aqui todos os dias te inspira de alguma forma, e inspira não só a se cuidar por fora, mas por dentro, que é o que realmente faz diferença.

Eu quero que você saiba que sentir medo é normal e que, assim como todo mundo, eu já me apavorei muitas vezes. Que dificuldades existem, e que matar um leão por dia, talvez, faça parte da sua trajetória. Que quase nunca é fácil olhar pra dentro e dar ouvido aos próprios anseios, e que o barulho do burburinho alheio vai tentar o tempo todo abafar os teus sonhos, mas você não pode deixar.

Seja a Mulher Que Você Sempre Quis Ser

Créditos: Shutterstock

Não pode porque no fundo, por trás de todas as máscaras, você, em essência, é forte, é corajosa, é determinada, é livre. Você pode até não saber, mas você é, eu te garanto.Você sonha, você deseja, você quer, e pode sim realizar, e pode sim ser quem você é, e, mais ainda, pode ser quem você sempre quis ser.

Você é mulher, é quem tem o poder de criar, de gestar, de carregar outra vida dentro de si. Você tem o poder, ele é seu e é muito maior do que você imagina, não precisa ter medo não, não precisa, como disse o Zack Magiezi, deixar seus sonhos se prostituindo na zona de conforto.

Vá a luta, hoje e sempre, e faça acontecer. Seja, sempre, a mulher que você quiser ser.

Um beijo enorme e feliz dia pra nós, as donas do mundo! Ju ♥ 

 

09.06.2013

Estatuto do Nascituro: Absurdo dos Absurdos

Eu relutei um tantinho em escrever esse post porque sei que é um tema polêmico, que gera reações “apaixonadas”. Contudo, como ele toca em um ponto que diz respeito a todas nós, e como é um assunto que foi, em parte, tema da minha monografia, que eu conheço o suficiente pra opinar, resolvi fazer o post.

Em resumo, está tramitando um projeto de lei  que é uma verdadeira aberração, que viola diretamente, dentre outras coisas,  a dignidade da pessoa humana, fundamento do nosso Estado de Direito, valor máxime no sentido de balizar qualquer ingerência a outros direitos fundamentais.

estatuto do nascituro

O Estatuto do Nascituro pretende, dentre outras coisas, criminalizar o abortamento inclusive nos casos em que ele é permitido por lei. Sim, caso a sua vida esteja em risco, você será obrigada  a manter a gestação. Sim, em casos de anencefalia, onde sequer deveria se falar em aborto, mas sim em antecipação terapêutica do parto, você será obrigada a levar a “gestação” adiante. Sim, caso você seja estuprada (Deus nos livre), será obrigada pelo Estado a ter o filho. Não só isso… O “pai” pagará pensão e, caso a mãe não possua meios de cuidar do filho, o Estado arcará com as despesas, numa espécie de, como bem disse o Casal Sem Vergonha, “bolsa estupro”.

Não, eu não sou a favor do aborto, e nenhuma mulher em sã consciência é, e isso precisa ficar claro. Mas entendo que cabe à mulher – e apenas a ela –  decidir, à sociedade respeitar e ao Direito garantir.

Contudo, é fato que o  Estatuto do Nascituro trata, de maneira rasa e lamentável,  a problemática do aborto sob a ótica do feto, nunca da gestante. Em nenhum momento se cogita os direitos da mesma. Ou seja, a proteção ao nascituro parece ter o condão de excluir por completo a proteção aos direitos da gestante.

Quando veda o abortamento em casos de estupro, o que pretende essa lei é tão somente promover uma agressão bárbara à autonomia, dignidade, integridade física e psíquica, e a saúde da mulher.

estatuto do nascituro

A mulher que, porventura, decida prosseguir com a gestação, está agindo de acordo com os seus princípios e deve ser respeitada, entretanto, não se pode impor essa decisão coativamente. A obrigação de carregar no ventre o fruto de um crime é uma violência psíquica do estado contra a mulher, é constrangê-la a um sofrimento que ninguém tem o direito de impor-lhe.

Dizer-se criminosa a conduta da gestante que, na hipótese em tela, põe fim ao seu sofrimento emocional é exigir o inexigível, e um sistema jurídico que exige o inexigível carece de legitimidade.

Quando a discussão gira em torno da delimitação do âmbito de proteção jurídica à vida humana, as diferentes ideologias se digladiam para preconizar suas verdades. Entretanto, para compreender o debate sobre o aborto, é preciso partir de alguns parâmetros  (jurídicos, não religiosos) a fim de evitar discussões infrutíferas, afinal, em parte, o dissenso deste caso parte de paradigmas inconciliáveis.

Assim, têm-se que  os direitos reprodutivos integram os direitos humanos, e que o direito ao próprio corpo precisa ser respeitado, e, na medida em que o Estado nega proteção aos direitos reprodutivos, incluindo, em sentido amplo, o direito ao abortamento seguro, contribui para a morte de milhares de mulheres que ele deveria proteger, porque não adianta criminalizar, é preciso educar.

estatuto do nascituro

O grande entrave  ao abortamento seguro é, infelizmente, puramente religioso, contudo, cabe salientar que o Estado brasileiro é laico, e este é um fato de suma importância, pois a partir do momento em que não se reconhecer o caráter de laicidade do Estado, perder-se-á o sentido da democracia.

É preciso ter em mente que o abortamento é questão de saúde pública, de liberdades e responsabilidades individuais, e não de moralismo e fundamentalismo religioso, não podendo o direito se converter na voz exclusiva da moral religiosa.

Os que se autodenominam  defensores morais da vida, por vias tortuosas de raciocínio, partem do pressuposto básico de que a solução para essa realidade atroz encontra-se na proibição absoluta de qualquer procedimento que venha a macular a vida humana, sem atentar para o fato de que a criminalização da conduta pode sim melhorar a proteção à vida do feto no mundo dos conceitos jurídicos, mas não na realidade social. Não sabem eles que, em virtude da sua intolerância, são responsáveis, ainda que indiretamente, pelas mortes – dos fetos e das mulheres- que tanto combatem.

estatuto do nascituro

Não existe consenso sobre o que seja a vida, bem como suas reais dimensões. É certo, porém, que a vida, como bem jurídico máximo do sistema constitucional, há que ser preservada. Entretanto, o direito penal, devido ao seu caráter notadamente fragmentário, não outorga proteção absoluta a nenhum bem jurídico. É dizer, não existem direitos absolutos, e o direito a vida não pode ser interpretado como se absoluto fosse, vez que nenhum direito o é.

Assim, partindo da premissa de que o direito à vida não é ilimitado, deve-se analisá-lo sob uma perspectiva valorativa, dado que é inegável possuir a tutela da vida humana graus variados. É preciso que se atente para a dignidade da gestante e para todos os direitos que ela, como pessoa humana, possui, porque, afinal, qual a finalidade de se conferir a uma pessoa o direito à vida, estando ausente a dignidade,  a liberdade, a autonomia, a integridade física, a integridade psíquica e a saúde? Nenhum!

Concordar com um absurdo desses é concordar com a “coisificação” da mulher, e isso é  terrorismo, é o absurdo dos absurdos

Beijos

Ju

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Fiz a escova da Marie Luise e amei. Só faço ela.
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