Bom diaaaaa meus amores! Como estão? Como passaram a semana?
A minha foi pouco produtiva, o que sempre me deixa retada! O problema, que na verdade acontece uma vez por mês, é a TPM, que eu sempre tive, mas vem piorando e causando sintomas físicos.
Eu sou super partidária de Elsimar Coutinho e suspendi a bendita, aquela que faz a visita uma vez por mês, há mais de dez anos, porque sofria demais com cólicas e TPM. Por muitos anos minha TPM reduziu drasticamente, mas de uns meses pra cá tenho passado uns “apertos”, porque ela anda atacada e meu organismo não está aceitando muita coisa, daí acabo ficando surtada uns cinco dias por mês.
E não é só surtada, daquelas que choram sem motivo e ficam irritada por nada… Eu sinto muita dor de cabeça, enjoo, tontura e a luminosidade (barulho também) piora tudo isso. Ou seja, tenho que ficar no quarto, de janela fechada e quietinha, e aí acabo perdendo vários dias no mês.
Como já vinha, há mais de um mês, fazendo vários exames porque meu organismo anda meio fora de controle e dormir é algo que não se vê por aqui, acabei indo muito em médicos e fazendo essas coisas chatas, mas acho que dia 17 as coisas entram nos eixos, porque vou encontrar meu médico pra definir o tratamento e saber, em resumo, o que é que eu tenho.
Então, desculpem a leseira dos últimos dias, tá?
A única coisa legal que teve na semana foi que acabei indo rever as barraquinhas de Santo Antônio, o padroeiro daqui. Era a festa mais esperada na minha infância, porque tinha parque, aquelas barracas de joguinhos, maça do amor, algodão doce, cachorro quente e todo tipo de comida junina. Adoro! Não é mais como era antigamente, mas foi legal ir.
Recebi algumas coisas pra testar da Kert, para cabelos loiros, e da Elemento Mineral, uma das marcas que mais gosto, que faz o Nude Balm, meu hidratante facial preferido, não testa em animais e não usa nenhuma daquelas substâncias que eu condeno em cosméticos. Essa semana tem resenha, tá?
Além de resenha, essa semana tem sorteio, e dos bons! Aguardem que é surpresa!
Mas, e vocês, o que fizeram? Espero que tenham tido uma semana bem melhor do que a minha!
Eu relutei um tantinho em escrever esse post porque sei que é um tema polêmico, que gera reações “apaixonadas”. Contudo, como ele toca em um ponto que diz respeito a todas nós, e como é um assunto que foi, em parte, tema da minha monografia, que eu conheço o suficiente pra opinar, resolvi fazer o post.
Em resumo, está tramitando um projeto de lei que é uma verdadeira aberração, que viola diretamente, dentre outras coisas, a dignidade da pessoa humana, fundamento do nosso Estado de Direito, valor máxime no sentido de balizar qualquer ingerência a outros direitos fundamentais.
O Estatuto do Nascituro pretende, dentre outras coisas, criminalizar o abortamento inclusive nos casos em que ele é permitido por lei. Sim, caso a sua vida esteja em risco, você será obrigada a manter a gestação. Sim, em casos de anencefalia, onde sequer deveria se falar em aborto, mas sim em antecipação terapêutica do parto, você será obrigada a levar a “gestação” adiante. Sim, caso você seja estuprada (Deus nos livre), será obrigada pelo Estado a ter o filho. Não só isso… O “pai” pagará pensão e, caso a mãe não possua meios de cuidar do filho, o Estado arcará com as despesas, numa espécie de, como bem disse o Casal Sem Vergonha, “bolsa estupro”.
Não, eu não sou a favor do aborto, e nenhuma mulher em sã consciência é, e isso precisa ficar claro. Mas entendo que cabe à mulher – e apenas a ela – decidir, à sociedade respeitar e ao Direito garantir.
Contudo, é fato que o Estatuto do Nascituro trata, de maneira rasa e lamentável, a problemática do aborto sob a ótica do feto, nunca da gestante. Em nenhum momento se cogita os direitos da mesma. Ou seja, a proteção ao nascituro parece ter o condão de excluir por completo a proteção aos direitos da gestante.
Quando veda o abortamento em casos de estupro, o que pretende essa lei é tão somente promover uma agressão bárbara à autonomia, dignidade, integridade física e psíquica, e a saúde da mulher.
A mulher que, porventura, decida prosseguir com a gestação, está agindo de acordo com os seus princípios e deve ser respeitada, entretanto, não se pode impor essa decisão coativamente. A obrigação de carregar no ventre o fruto de um crime é uma violência psíquica do estado contra a mulher, é constrangê-la a um sofrimento que ninguém tem o direito de impor-lhe.
Dizer-se criminosa a conduta da gestante que, na hipótese em tela, põe fim ao seu sofrimento emocional é exigir o inexigível, e um sistema jurídico que exige o inexigível carece de legitimidade.
Quando a discussão gira em torno da delimitação do âmbito de proteção jurídica à vida humana, as diferentes ideologias se digladiam para preconizar suas verdades. Entretanto, para compreender o debate sobre o aborto, é preciso partir de alguns parâmetros (jurídicos, não religiosos) a fim de evitar discussões infrutíferas, afinal, em parte, o dissenso deste caso parte de paradigmas inconciliáveis.
Assim, têm-se que os direitos reprodutivos integram os direitos humanos, e que o direito ao próprio corpo precisa ser respeitado, e, na medida em que o Estado nega proteção aos direitos reprodutivos, incluindo, em sentido amplo, o direito ao abortamento seguro, contribui para a morte de milhares de mulheres que ele deveria proteger, porque não adianta criminalizar, é preciso educar.
O grande entrave ao abortamento seguro é, infelizmente, puramente religioso, contudo, cabe salientar que o Estado brasileiro é laico, e este é um fato de suma importância, pois a partir do momento em que não se reconhecer o caráter de laicidade do Estado, perder-se-á o sentido da democracia.
É preciso ter em mente que o abortamento é questão de saúde pública, de liberdades e responsabilidades individuais, e não de moralismo e fundamentalismo religioso, não podendo o direito se converter na voz exclusiva da moral religiosa.
Os que se autodenominam defensores morais da vida, por vias tortuosas de raciocínio, partem do pressuposto básico de que a solução para essa realidade atroz encontra-se na proibição absoluta de qualquer procedimento que venha a macular a vida humana, sem atentar para o fato de que a criminalização da conduta pode sim melhorar a proteção à vida do feto no mundo dos conceitos jurídicos, mas não na realidade social. Não sabem eles que, em virtude da sua intolerância, são responsáveis, ainda que indiretamente, pelas mortes – dos fetos e das mulheres- que tanto combatem.
Não existe consenso sobre o que seja a vida, bem como suas reais dimensões. É certo, porém, que a vida, como bem jurídico máximo do sistema constitucional, há que ser preservada. Entretanto, o direito penal, devido ao seu caráter notadamente fragmentário, não outorga proteção absoluta a nenhum bem jurídico. É dizer, não existem direitos absolutos, e o direito a vida não pode ser interpretado como se absoluto fosse, vez que nenhum direito o é.
Assim, partindo da premissa de que o direito à vida não é ilimitado, deve-se analisá-lo sob uma perspectiva valorativa, dado que é inegável possuir a tutela da vida humana graus variados. É preciso que se atente para a dignidade da gestante e para todos os direitos que ela, como pessoa humana, possui, porque, afinal, qual a finalidade de se conferir a uma pessoa o direito à vida, estando ausente a dignidade, a liberdade, a autonomia, a integridade física, a integridade psíquica e a saúde? Nenhum!
Concordar com um absurdo desses é concordar com a “coisificação” da mulher, e isso é terrorismo, é o absurdo dos absurdos
Desde quando comecei o blog, dois meses atrás, deixei claro que esse seria um lugar onde todo mundo poderia opinar, porque não vejo justificativa em criar um espaço desses se não admito opiniões contrárias às minhas. Eu acredito muito que críticas, quando feitas de forma educada, sejam oportunidades de crescimento, porque ninguém é dono da verdade e ninguém sabe tudo, então é importante refletir sobre as críticas feitas.
E é justamente por isso que vim hoje pedir a opinião de vocês. Essa semana uma seguidora, de forma educada, me disse que não achava muito legal as “Pérolas da Deide” por considerar uma exposição desnecessária, já que ficava parecendo que ela era um “poço de burrice”.
Refleti sobre o assunto, entendi a preocupação da leitora, achei a justificativa plausível e conversei com Deide, expliquei a ela que um blog é uma coisa que gera muita visualização e perguntei se ela queria que eu parasse de postar as coisas que ela fala. Ela, que pede pra que eu imprima todos os posts sobre ela, disse que não, que ela gosta e que ela sempre tem razão, porque a errada sou eu, e que eu tenho que postar porque sempre tem quem “apoie” ela.
Mesmo assim, em respeito á vocês, queria saber se vocês se sentem incomodadas, se vocês acham que é uma exposição desnecessária ou algo parecido.
Uma coisa que eu quero ressaltar é a origem da Deide… A maior parte da audiência aqui do blog é do sudeste, das capitais, sobretudo de São Paulo, que é um mundo completamente diferente da Bahia, do interior da Bahia e, pior, das fazendas do interior da Bahia.
A Deide nasceu e foi criada em uma fazenda… Só que fazenda aqui é bem diferente de fazenda em São Paulo, por exemplo, e falo isso com conhecimento de causa, porque fui criada indo pra fazenda da minha avó e convivi com centenas de pessoas que tinham uma ingenuidade que não se vê mais. Só pra vocês terem uma noção, até pouco tempo atrás luz elétrica não existia por lá… A luz era de motor, e só se tinha energia das 19 às 22 hs. Ninguém tinha geladeira, televisão, computador e nada disso, simplesmente porque energia elétrica ainda não tinha chegado por lá. O que tinha era candeeiro e fifó, coisas que a grande maioria não deve conhecer.
Lembro quando a energia elétrica chegou na região e as pessoas ficaram hipnotizadas com uma simples televisão, então milhares de coisas que são normais pra nós, não são pra inúmeras pessoas, porque elas não tiveram contato com aquilo. E esse é o caso da Deide.
Só pra ilustrar, esses dias a Deide foi comigo pra Vitória da Conquista e fomos no shopping, coisa que não tem aqui em Jequié. Pois bem, quando viu uma escada rolante ela simplesmente se apavorou, porque a escada estava “andando sozinha”, e isso não é burrice, isso é ingenuidade, isso é o susto de bater de frente com uma coisa que você nunca viu e nem sabia que existia.
Enfim, quero somente a opinião de vocês pra saber se continuo ou não com as Pérolas da Deide!