14.11.2016

Sobre Parar de Tomar Anticoncepcional: 9 Meses Depois

No final de outubro fez 9 meses que resolvi parar de tomar anticoncepcional, e de lá pra cá tantas coisas mudaram que nem sei como começar.

Hormônio, com certeza, é uma coisa que mexe muito com a gente, e a queda deles, por causa do uso prolongado da pílula (no meu caso), afetou absurdamente a minha vida em vários níveis.

Não demonizo a pílula, jamais faria isso, mas se soubesse antes o que sei hoje, se tivesse sentido na própria pele, teria procurado outras opções.

parar de tomar anticoncepcional

Porque sim, a parte boa é maravilhosa, não dá pra negar. Mas quando a conta chega o preço, pra mim, é alto demais pra pagar. Algumas coisas eu nem percebi o quanto estavam erradas, porque foram tantos anos naquele ritmo que a gente  acaba acreditando que “é assim”, sabe?

E não, não é.

O apetite pela vida que tenho hoje, nunca tive antes, em nenhum momento. Nunca me senti tão viva. Nunca senti tanto, aliás.

Sobre Parar de Tomar Anticoncepcional: 9 Meses Depois

Tem a parte ruim? Claro. Tô muito mais sensível que sempre fui, e vejo isso claramente em determinada época do mês. Engraçado isso porque eu, que sempre fui mais “linear”, agora tenho fases, as coisas “ondulam”, por assim dizer. Mas isso, de certa forma, é bom.

Me conheço mais, entendo mais claramente os sinais do meu corpo e me sinto muito melhor, mesmo com a pele mais oleosa, e o cabelo também.

Ainda estranho não querer esganar o mundo na TPM e, ao invés disso, entrar na melancolia, coisa que nunca foi uma característica minha. Ainda tô aprendendo a lidar com isso, a ter mais paciência comigo e a não tentar  passar por cima desse tipo de sensação, de sentimento.

Cada pessoa, com certeza, reage de uma forma a suspensão do anticoncepcional,  e como meus hormônios estavam completamente fora de controle, todos extremamente baixos, senti muito mais a mudança nas atitudes e sensações que na parte física. Porque sim, seus hormônios mandam em você, vai por mim!

Tô repondo os hormônios, fazendo todo o acompanhamento médico e, sinceramente, não cogito, nem por um segundo, a hipótese de voltar a tomar pílula anticoncepcional, como expliquei no vídeo abaixo.

Quero fazer um segundo vídeo sobre isso respondendo as dúvidas de vocês, então deixem aqui nos comentários, tá? E acompanhem tudinho lá no Youtube (se inscreva aqui), porque a grande maioria dos vídeos não aparecem por aqui.

Alguém aqui já suspendeu o anticoncepcional? Como foi? Divide aí com a gente, é sempre bom saber! E já fiz város posts sobre isso aqui, ó:

Beijos, Ju♥

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07.11.2016

Dieta Low Carb: Como Fazer e o Que Comer

Sim, voltei a fazer dieta, e dessa vez a coisa é completamente diferente. Estou fazendo a dieta low carb, com restrição de carboidratos, que é a mais indicada pra mim.

Resolvi esperar um pouco até falar sobre isso por aqui porque essa não é a minha primeira dieta, vocês sabem, mas será a última, juro valendo.

Dieta Low Carb Funciona sim!

Falei um pouco sobre isso no último vídeo, e com certeza farei muitos outros vídeos com cardápios, receitas, relatos e tudo o mais. Mas, o mais importante é que entendi que a mudança principal tinha que ser feita na minha cabeça, era interna.

Sim, eu tenho problemas de saúde que levam ao aumento de peso. Tenho resistência à insulina, deficiência de cortisol (fadiga adrenal crônica) e preciso repor todos os dias um monte de hormônios. Mas a coisa vai além disso…

Eu estava engolindo sentimentos, frustrações e todas as coisas que não sabia como reagir, e falei bastante sobre isso no vídeo abaixo.

Hoje vamos falar, de forma resumida, como funciona a dieta low carb, tá? Não dá pra entrar em muitos detalhes em um só post, cês sabem. Mas, muitos outros virão! Porque sim, dessa vez eu tô focada como nunca estive. E centrada também.

dieta low carb: como fazer?

Na dieta low carb é bastante simples: a gente come uma menor quantidade de carboidratos e aumenta a ingestão de proteínas e gorduras boas. O importante aqui é reduzir o açúcar, os doces e o amido, e passar a comer “comida de verdade” ao invés de alimentos ricos em calorias vazias e pobres em nutrientes.

Ao contrário da grande maioria das dietas, na low carb ninguém passa fome. Você pode comer até que esteja satisfeito, não existe limite de quantidade e não precisa contar calorias. E isso, sinceramente, é essencial pra mim! Não nasci pra passar fome, muito menos pra viver de folha de alface. Sinto muito, mas não dá! rs

Simplificando, é assim: quando a gente ingere uma quantidade menor de carboidratos, os níveis de açúcar no sangue estabilizam e os níveis de insulina são reduzidos. Isso aumenta a saciedade, aumenta a queima de gordura e facilita a perda de peso. E sim, isso é comprovado por diversos estudos científicos.

Pra quem acha que essa é uma dieta difícil e que não pode comer nada, sinto informar que a coisa é bem diferente! No próximo vídeo faço um apanhado detalhado de tudo o que pode e não pode, mas hoje vou falar resumidamente por aqui, tá?

dieta low carb

Dieta low carb: o que comer?

Pra começar, pode comer carnes de todos os tipos, todos, inclusive a gordura das carnes e o bacon. Crustáceos e frutos do mar também estão liberados. Ah, quando falo em carne, é “carne de verdade”, o que não inclui salsicha, nuggets e a grande maioria das linguiças, que são cheias de amido.

Eu como carne de soja, mas em quantidade bem reduzida. E como ovos, muito, de todas as formas! Ah, e amo ovo de codorna! Como ovos com queijo no café da manhã, e adoro a pizza de ovo que vivo postando lá no Instagram!

Também pode-se comer verduras/ vegetais como tomate, couve, repolho, brócolis, couve-manteiga, escarola, chuchu, palmito, quiabo, vagem,  abobrinha, pimentão, cebola, pepino, espinafre, berinjela, alface, couve-flor, azeitona, aspargos, rúcula e agrião.

E é bom evitar aipim (mandioca), batatinha, cenoura, beterraba e milho, ao menos até chegar no peso que você considere ideal, pois eles são ricos em carboidratos.

E gorduras boas estão liberadas: o organismo precisa delas e o nível de saciedade aumenta. Eu, por exemplo, amo manteiga e não abro mão. Pode-se usar, também, azeite de oliva, óleo de coco, óleo de abacate e banha de porco, dentre outros.

Nozes, amêndoas, macadâmia, castanhas diversas e pistache também são permitidas, e amo torrar a semente do cacau pra beliscar quando tô com vontade de chocolate.

dieta low carb

Muita gente come também amendoim e manteiga de amendoim, que tem mais carbo que as nozes, por exemplo, mas do amendoim não sou fã… Vou procurar a manteiga! Ah, e na dieta paleo não pode amendoim, mas paleo é diferente de low carb em várias coisas, e quem quiser entender direitinho, esse post explica muito bem.

Frutas e laticínios: pode?

Na dieta paleo original, os laticínios não são recomendados, mas a minha dieta é a low carb, e muitos deles são low carb. O ideal é optar sempre pelos integrais, evitar produtos com “sabor” (iogurte de morango, por exemplo), adoçados e sem gorduras.

Como bastante queijo, sobretudo os amarelos, já que os queijos brancos, normalmente indicados em dietas de emagrecimento, contém uma maior quantidade de lactose, que é o açúcar do leite.

Creme de leite e nata também consumo bastante, e quando for comprar o creme de leite, olhem a quantidade de carboidrato no rótulo. A versão em lata da Nestlé é a que costumo usar, porque a versão em lata costuma ter menos carbo que a versão de caixinha. Ah, e tenho usado cada vez mais nata pra fazer molhos ou gratinar verduras.

No caso do leite, é preciso saber dosar bem, pois ele possui bastante lactose, que é o açúcar do leite. Evito ao máximo.

As frutas, via de regra, devem ser evitadas, já que são ricas em frutose (carboidrato). As que mais consumo são coco e abacate, que têm poucos carboidratos, além de morango. Nunca vi essa recomendação, mas consumo, vez ou outra, maracujá, que tem pouquinho carboidrato (4,21 gramas, sendo que 1,9 é de fibras e 2,02 é de açúcar).

Falei do básico aqui, mas existem outros alimentos permitidos. Alguns são menos conhecidos, menos utilizados, por isso não foquei neles. Mas, no próximo vídeo faço uma lista completa!

dieta low carb

Dieta Low Carb: o que não comer

Açúcar de qualquer tipo, doces, sucos, chocolates, pães, tortas, sorvetes, biscoitos,  achocolatados, bolos, mel, caldo de cana,  massas, cereais matinais, mingau, arroz e batatas não devem ser consumidos na dieta. E não importa se é integral ou não, não pode do mesmo jeito.

Farinha de trigo, de mandioca e de tapioca, bem como qualquer coisa que seja feita com essas farinhas devem ser evitadas. Leguminosas também devem ser evitadas, por serem ricas em carboidratos, inclusive feijão e lentilha. A quinoa deve ser evitada na fase de perda de peso, mas pode ser consumida depois.

Sobre o depois, aliás, eu falo no momento certo, tá? É que algumas coisas podem ser reinseridas aos poucos, após a perda de peso.

Margarina deve ser excluída da sua vida, não só por causa da dieta low carb, mas porque é péssima para a saúde.

Cerveja não pode, e bebidas como o uísque, conhaque, vodka e vinho (seco) podem ser consumidos com (muita) moderação.

No caso do chocolate, o que pode, em pequenas quantidades (30g por dia), é o amargo, com mais de 70% de cacau, mas vou ensinar pra vocês duas receitas que mostrei lá no insta que matam a vontade de doce e levam só óleo de coco, cacau em pó e semente de cacau (pode ser castanha também).

Água, água aromatizada, café e chá, sempre sem açúcar, também estão liberados, claro.

dieta low carb

Como começar, cardápios e outras dúvidas

O básico, pra mim, é começar cortando o açúcar e as massas, que são os mais problemáticos. Depois é ir se adequando aos poucos, sabe? Cada um tem um ritmo, e é preciso respeitar isso.

Dá pra fazer muita receita, muitos pratos deliciosos e ninguém precisa passar fome, o que acho essencial. Não dá pra falar de cardápio, porque apesar de ser considerada uma dieta, a Low Carb é muito mais um estilo de alimentação. Contudo,  já tô me organizando pra montar um post aqui com tudo o que comi em uma semana completinha.

O post ficou imenso e tem muita coisa pra ser falada, então a gente conversa mais nos outros posts e vídeos, tá? Acompanhem lá no canal que vou postar mais por lá sobre isso, e vou mostrar minhas refeições todas no Instagram (@jurovalendo).

Podem deixar as dúvidas nos comentários que faço vídeos respondendo tudo! Ah, aproveita e se inscreve logo lá no canal que tá rolando vídeo todos os dias!

E muito obrigada por cada mensagem de apoio no youtube e nas redes, foi (e é!) muito importante pra mim. Obrigada por estarem sempre comigo. Sempre torcendo, sempre apoiando, sempre junto. Obrigada por serem as melhores leitoras que eu poderia ter… Obrigada!

Beijos, Ju

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24.10.2016

Sobre o Uso da Ritalina no Déficit de Atenção

Li um texto ontem sobre a Ritalina que me deixou tão irritada que, mesmo não usando e não gostando do medicamento, tive que sentar pra escrever esse post.

Não é novidade pra ninguém que tenho déficit de atenção, né? Já falei disso por aqui em post e em vídeo, e sempre faço algum comentário sobre o assunto nas redes sociais.

Fui diagnosticada cedo, usei todos os medicamentos disponíveis para o TDAH, experimentei tratamentos diversos, e acho sim que terapia e/ou acompanhamento psicológico, tanto para o paciente como para a família, sobretudo quando se trata de uma criança, é de suma importância, mas o medicamento é, na imensa maioria dos casos, essencial.

ritalina no déficit de atenção TDAH

E se é essencial, porque melhora a vida da pessoa (e isso é o que me interessa), que loucura é essa de demonizar o medicamento? E, pra piorar, fazer isso generalizando e sem oferecer opções?  Porque sim,  existem casos, que não são poucos (e eu sou um exemplo disso), em que tirar o medicamento não é uma opção.

Não é assim que a banda toca não, amiguinha.  O buraco, com certeza, é muito mais embaixo, mas isso só sabe quem já viveu os muitos lados da moeda, quem já sentiu na pele.

Ritalina é boa ou ruim?

O texto, que está em um site de psicologia, diz, basicamente, que a Ritalina transforma a pessoa num zumbi, num robozinho sem emoções que não questiona nada, que não sonha, não “viaja”, não tem fantasias.

É engraçado ler esse tipo de coisa porque, tendo sido diagnosticada na infância e já tendo 34 anos, tomei Ritalina por muitos anos, até porque por aqui só tinha ela mesmo, e só me arrependo de não ter tomado de forma ininterrupta, o que, com certeza, teria tornado a minha vida muito mais fácil.

Nesses anos todos não me recordo, em absoluto, de me comportar como um zumbi, de não questionar, de não imaginar, de não sonhar. Ao contrário. Questiono tudo o tempo inteiro, nunca fui o tipo de pessoa facilmente controlável, mesmo quando criança, e sonho muito, crio muito, faço muito.

E se hoje consigo fazer tudo o que faço, agradeço imensamente a cada um dos medicamentos que tomei, porque eles me deram (e dão) qualidade de vida, que é o mais importante.

É fato que não gosto da Ritalina (a comum, de 10mg), e já falei disso aqui. Mas não gosto porque o efeito dela não dura muito tempo, e isso me desestabiliza. Só que não posso ser rasa e dizer que ele não presta e pronto. Presta sim, é útil e dá qualidade de vida pra muita gente que realmente precisa do medicamento, e isso é de fundamental importância.

Hoje tomo o Venvanse, que é da mesma “família”, e também alguns suplementos e até hormônios que, supostamente, ajudam, como o pregnenolone, e sequer cogito a hipótese de ficar sem ele, porque com ele a minha vida é muito melhor.

nem boa, nem ruim: a Ritalina é necessária pra muita gente

A Ritalina tem efeitos colaterais? Claro, como em qualquer medicamento. Existem riscos? Lógico. Vai funcionar da mesma forma pra todas as pessoas? Evidente que não. Mas, se existe um problema, e existe um medicamento que ajude a conviver com esse problema, a facilitar, a melhorar a qualidade de vida de quem tem esse problema, me parece óbvio que é preciso dar uma chance pra ele.

E é por isso que esse tipo de texto me incomoda tanto. Porque, como ainda existe muito preconceito e muita desinformação, é preciso ser menos superficial e generalista. É preciso informar corretamente, mostrando todas as possibilidades, todos os lados da moeda, sabe?

Porque sim, a Ritalina tem seus defeitos, é mal utilizada (principalmente por quem toma Ritalina para estudar) e pode causar problemas, mas pode, também, ajudar muitas pessoas, como me ajudou no início, e não assumir isso seria uma leviandade.

E não, a Ritalina não é uma ameaça ao futuro, embora eu tenha severas críticas a ela. O que ameaça o futuro e destrói o presente é a desinformação propagada por uns e outros.

Beijos, Ju♥

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