Lendo o Juro Valendo sempre vocês já devem saber que a parafina, um petrolato presente na maioria dos cosméticos (nos de cabelo está mais presente em condicionadores e finalizadores), não é realmente boa e eficaz.

Isso porquê, por ser um derivado de petróleo, ela dá a sensação de hidratação, nutrição e emoliência, coisa que todos querem para os cabelos.

No entanto, como escrevi acima, é somente uma “sensação”, um efeito passageiro, pouco duradouro e sem resultado eficaz. O que a parafina faz no cabelo é formar uma película protetora no fio e só.

Quando ouvimos “película protetora” logo pensamos no bem que está fazendo aos cabelos, já que os fios estarão, teoricamente, protegidos das agressões externas.

Mas, na verdade, ao formar essa película protetora nos fios, estamos evitando as agressões externas e também os tratamentos. Claro que isso não acontece após uma única aplicação.

Quando o cabelo está ressecado e quebradiço, ao aplicar um condicionador, máscara ou finalizador que contenha parafina, quase que instantaneamente os fios ficam macios e disciplinados, e aí você pensa que resolveu todos os problemas na sua vida capilar!

Com o passar do tempo e uso destes produtos, o cabelo parece que não reage mais ao “tratamento”, já perceberam isso? Começa a ficar opaco, pesado e você não consegue entender o motivo e muda a marca do produto (por outro que contenha parafina também), achando que o cabelo acostumou com o produto e não responde mais ao tratamento. Ah, e o cabelo também começa a ficar quebradiço e o crescimento estaciona!

O que aconteceu, na verdade, é que seu cabelo está envelopado pela parafina. A película protetora formada não deixa mais nada entrar e por mais que você lave e tente outros produtos, nada parece adiantar. E, realmente, não vai adiantar mesmo!

Água é uma maravilha, mas não retira a parafina dos fios! Os derivados de petróleo não são solúveis em água!

Para retirar a parafina dos fios será necessário usar o bom e velho shampoo anti-resíduos e investir em outros produtos realmente eficazes.

Desta forma os fios poderão novamente respirar e o folículo piloso irá absorver os melhores tratamentos.

Sei que ainda são poucas as empresas que oferecem produtos livres de parafina e, na falta de opções acessíveis, acabamos nos entregando aos que a contém, eu faço isso, tenho uma coleção de “malvados favoritos”, infelizmente.

Para as empresas ainda é mais fácil investir em produtos que dão a sensação imediatista de cuidado porque é relativamente barato trabalhar com derivados de petróleo, mas, precisamos mudar este quadro e buscar alternativas que realmente tratem e não apenas maquiem nossos tão amados cabelos.

Vamos procurar juntas?

Um beijo,

Dani

Tempos atrás uma leitora, a Luana, me perguntou lá no Face se shampoo caro fazia diferença e achei que isso daria um post, até porque essa é uma dúvida que muita gente tem, né?

Pra responder direitinho a essa pergunta, tenho que começar “do começo”, ou seja, da função do shampoo.

Shampoo serve pra quê mesmo?

O que o shampoo vai fazer é, simplificando, limpar os fios, removendo impurezas, oleosidade e resíduos que, via de regra, não são solúveis em água. É essencial que essa limpeza seja feita de maneira eficaz, afinal ela é a base para a saúde do couro cabeludo.

Só que não é só isso, porque se a questão fosse somente “limpar”, até sabonete daria pra usar, né?

Além de limpar, e limpar bem, é essencial que essa limpeza seja feita de forma não (tão) agressiva aos fios, que o pH seja equilibrado e que prepare o cabelo para receber o tratamento, ou seja, o condicionador ou a máscara.

Você precisa de um bom shampoo!

Dito isso, fica claro que a gente precisa de um bom shampoo, que cumpra direitinho todas as suas funções, certo? Só que é aqui que muita gente se perde porque shampoo bom não é, necessariamente, sinônimo de shampoo caro!

O valor de um produto não é determinado, via de regra, pela sua qualidade. Além de pagarmos por “matérias-primas” melhores, pagamos também pela embalagem mais bonita, pelas pesquisas que foram feitas pra novas tecnologias presentes naquele produto, pelo marketing e muitas outras coisas.

Ou seja, um produto caro não é, necessariamente, um produto melhor, assim como um produto barato não é, via de regra, um produto pior. O que a gente precisa analisar, na verdade, não é o preço do produto, mas a sua composição.

E é aqui que entra a questão dos shampoos sem sulfato, que falarei com mais detalhes em um post específico. Se você puder escolher, opte por shampoos sem sulfatos pra ver como o seu cabelo reage, já que esse tipo de shampoo, dentre muitos outros benefícios, agridem menos os fios.

Eu prefiro os shampoos sem sulfato, mas uso tranquilamente os que contém sulfato desde que goste do efeito deles no meu cabelo, sabe? Não sou radical com isso, porque aqui quem manda é o cabelo, essa criança birrenta que tem gostos esquisitos!

Simplificando: shampoo caro não faz diferença, mas shampoo bom faz TODA diferença, e quem diz se um shampoo é bom ou não é o efeito dele no seu cabelo. Se ele limpa bem, mas sem agredir, se o seu cabelo fica mais bonito e saudável com aquele produto, ele é bom pra você.

A “diferença que faz diferença”

Uma coisa que faz muita diferença: a quantidade de shampoo utilizada e a forma de uso.

Eu já fui do tipo que tacava uma mão cheia de shampoo pra ver o cabelo bemmm limpo, e só parei quando vi que meu cabelo estava ficando completamente ressecado e sem vida.

Conversando com minha dermato sobre isso, ela explicou que a quantidade a ser utilizada deve ser pouca e que seria legal diluir o produto (já na palma da mão) em um pouco de água e aplicar nos fios, já que shampoo em excesso é altamente prejudicial, pois vai remover  a camadinha natural de proteção ao redor fios.

Quando essa capinha é removida o cabelo perde a proteção natural, fica mais ressecado, quebra mais facilmente e fica com a saúde comprometida.

Quanto a forma de usar, a dica é essa: o cabelo precisa estar bem molhado, o shampoo deve ser aplicado na raiz (começando pela “frente” da cabeça) e depois, com uma massagem suave, vá “descendo” o produto até as pontas.

Essa massagem precisa ser muito suave, com movimentos delicados de cima para baixa, já que os shampoos, por possuírem o pH mais alcalino, deixam os fios mais vulneráveis, e se você esfrega com muita força, o cabelo fica “ouriçado”, podendo, inclusive, quebrar mais facilmente.

Ah, se quiser sugestões de shampoos, falei nesse post aqui dos 10 que eu mais gosto! E se tiverem alguma outra dúvida sobre shampoos é só deixar nos comentários, tá?

Beijos

Ju

Eu não se se irão se lembrar de mim…

Sou a Dani e escrevi aqui no Juro Valendo quando ele ainda era um bebê recém-nascido.

Depois engravidei, fiz alguns posts sobre a gravidez (40 semanas) e como num passe de mágica, não escrevi mais! Simplesmente sumi!

Perdoem-me por isso, mas o universo materno tomou conta da minha vida, e, quando meu Daniel nasceu, renasci com ele e vivi a maternagem da forma mais intensa e participativa possível. Foi a melhor e mais feliz decisão da minha vida toda!

Meu pequeno (nem tão pequeno assim, aliás, nada pequeno) já está quase com 11 meses, indo à escola todo feliz e sorridente, e, cá estou eu, voltando à ativa e me comprometendo a agregar ainda mais conteúdo ao Juro Valendo, assim espero.

Vou falar sobre cabelos, como sempre, universo materno, e vários assuntos ligados à beleza, comportamento, alimentação. Enfim, assunto não vai faltar.

Talvez esteja um pouco enferrujada, e, confesso, insegura, mas tenho certeza que com a ajuda e compreensão de vocês logo tudo se ajeita.

Um grande beijo,

Dani