Já colocou os pés na floresta, sentiu a força da terra e lavou a alma em suas águas sagradas? Já sentiu o cheiro de uma ciranda de raízes, frutos, sementes, folhas secas, orvalhadas sendo transformadas? Eu já, e é com a Magia da Floresta, estrela do nosso Perfumando de hoje, que vou te levar pra lá.
Respira fundo e fecha os olhos, o sol vai nascer. Tudo é calmaria, uma calmaria doce e, ao mesmo tempo, profunda, soturna, que desabrocha vagarosamente num caldeirão de terra róscida, madeira úmida, caules verdes, sementes e flores frescas.
Da margem do rio a flor de lótus brota da lama e sinto, na abertura, o frescor doce e a umidade da raiz. A priprioca vem com força, as nuvens pesam, o céu escurece e um damasco amendoado, caudaloso e suculento, com o toque intenso, mas discreto, da pimenta rosa, lança um bálsamo doce e resinado no ar.
Magia da Floresta Natura Ekos
O tempo muda e, numa evolução muito bem construída, um amadeirado esfumaçado, pastoso e denso (ahh, a raiz terrosa do vetiver!) se mistura a uma peônia orvalhada e tenra, temperada com calda de jasmim.
Aqui ele fica atalcado, mas por pouco tempo. Um vento de cedro árido (acho que juniperus virginiana, o atlantida é adocicado e pungente) e nobre faz todas as folhas se mexerem, e é aí que a magia realmente acontece.
As notas balsâmicas, junto com a fava tonka, saltam e parecem acalmar a aridez doce, revelando um amadeirado melífluo, terroso e quente que consegue, ao mesmo tempo, ser denso, animalesco, intimista e misteriosamente aconchegante.
Amadeirado de uma feminilidade muito segura e serena, e, ainda assim, compartilhável, é um gáudio que fica mais rente a pele, projetando de forma extremamente calculada e durando bem.
Vem com 100 ml, custa R$89,90 e, embora não seja o meu tipo de perfume, é uma criação rica e muito bem executada.
Cês gostam dos amadeirados? Já sentiram esse? Contem aí o que acharam! E pra ver os outros perfumando clique aqui.
Em mais de 5 anos de blog essa é uma das primeiras resenhas que faço de um iluminador, e é de um lindo, o Pó Iluminador Glow Aquarela, da Natura.
Nunca fui muito de usar iluminador no rosto, e os motivos são vários, sendo que os mais importantes são: não sei aplicar e não gosto de nada muito brilhoso e chamativo.
Não sentia vontade de comprar e usar, até porque não era algo que fazia parte da minha rotina (sempre mais básica) de maquiagem, sabe?
Já tinha falado do Duo Soleil Bronzeador Iluminador da Vult, que pra mim é blush/pó bronzeador/sombra (pois é hahaha) e de um da Dior, que vem num estojinho e é muito delicado e sutil, mas só.
Acontece que semanas atrás recebi um monte de produtos da linha Aquarela, da Natura, e por ironia do destino, o produto que mais chamou a minha atenção foi o Pó Iluminador Glow!
Pó Iluminador Glow Aquarela: As Promessas
De acordo com a marca, “o Pó Iluminador Glow Aquarela traz mais luminosidade, mais bronzeado e mais verão o ano todo. Se aplicado em várias camadas, ele garante um efeito levemente bronzeado e um brilho lindo.
Seus benefícios são: micropérolas douradas na fórmula, efeito radiante, aspecto saudável, pele iluminada e indicado para todos os tons de pele.”
Pelo que algumas de vocês comentaram nas redes, ele é a “versão repaginada” de um iluminador marmorizado da marca, com embalagem diferente e melhor efeito.
Antes de começar a resenha já aviso logo: não sou maquiadora, não “entendo” de iluminador, e as minhas impressões e opiniões são de uma pessoa normal que gosta de maquiagens mais neutras.
Resenha do Pó Iluminador Glow Aquarela
Começando pela embalagem, achei um pouco frágil, ao menos pra mim, que tenho a mão solta e deixo tudo cair. A tampinha trava direitinho e senti falta de um espelhinho.
A textura do pó é macia, fina e fácil de espalhar. A cor é uma mistura de champanhe, mais clarinho, e um bronze amarronzado suave.
Não tem nada de muito dourado e ele, ainda bem, é muito mais iluminado que brilhoso, sabe como é? Achei a cor bem bonita, e o efeito mais ainda.
Ele espalha de forma homogênea sobre a pele, deixando um iluminado bonito e radiante, que pode ficar mais ou menos intenso a depender de como você aplica.
Para quem, como eu, gosta de um efeito mais sutil, basta uma pinceladinha, esfumando bem. Dá, inclusive, pra usar durante o dia sem ficar com “cara de maquiada” (não gosto dessa cara, gente! rs).
A cor fica linda e o efeito fica super bonito, com uma luminosidade mais natural e acabamento delicado.
Mas se você prefere uma coisa mais intensa é só aplicar mais camadas e não esfumar tanto. Continua lindo, só que mais chamativo.
Gosto de aplicar com o dedo (hahaha) e usar o pincel pra esfumar, até porque ele esfarela um pouco quando uso com pincel. Fora que todas as vezes que tentei acabei exagerando na dose, né? Coisa de principiante!rs
A fixação é boa, mas o efeito iluminado não dura tanto por aqui durante o dia (de noite dura mais). Minha cidade é muito quente e seca, então a durabilidade não passa de 3/4 horas na pele, no máximo, ficando mais suave com o passar das horas, o que eu, particularmente, adoro.
Preço e onde comprar
Ainda estou me acostumando com o uso, mas acho que deixa a pele mais radiante, mais bonita, como fica quando tô bronzeada, sabe?
Ele custa R$48,90 na loja virtual (compre aqui) e com as consultoras da marca, e tô gostando do efeito!
Cês gostaram? Já usaram? Indicam algum outro? Contem tudo!
Quem me acompanha no Instagram sabe que no início do mês fui pra Amazônia com Natura Ekos. E foi uma viagem tão incrível, em tantos níveis, que me impactou de tantas formas, que quero muito compartilhar aqui com vocês.
Apesar de já ter estado em lá antes, também com a Natura Ekos, fui totalmente aberta, com olhos curiosos de criança, sem certezas, pra descobrir outras Amazônias, diferentes das que vi antes, e conhecer a vida, a realidade e o trabalho de dezenas de pessoas, desde a coleta das sementes até o produto final, com o compromisso, firmado comigo mesma, de compartilhar com vocês o que vi, vivi e senti por lá.
Além da equipe da Natura, foram 3 criadores de conteúdo (eu, a Gabi e a Maju), 1 jornalista (a Camila, da Glamour), a Vivi, que trabalha no envasamento dos produtos, na fábrica da Natura em Cajamar, e a Paula, consultora da marca há mais de 25 anos.
Achei isso bem incrível, porque é importante que toda a rede veja, com os próprios olhos, como a coisa funciona, sabe?
1º Dia: Oi Macapá!
Chegamos por Macapá e fomos conhecer o Marco Zero do Equador, que eu morria de vontade de conhecer, porque, gente, ele marca a passagem exata da linha do Equador, que divide o planeta em hemisfério norte e hemisfério sul.
É, literalmente, o “meio do mundo”, e ainda volto lá no Equinócio, que é quando o sol alinha-se perfeitamente ao círculo do monimento e projeta sua luz sobre a linha imaginária do Equador.
Macapá, mal te conheço mas já te amo!
De lá fomos de voadeira até o Furo do Periquito, na Ilha das Cinzas, Arquipélago de Marajó, uma “viagem” de quase 3 horas, e vi o pôr-do-sol mais lindo da minha vida. Que lugar!
Mais que recebidos, fomos acolhidos pelo pessoal da Comunidade Ataic, e me emocionei muito ouvindo as história daquelas mulheres, coisa que daqui a pouco converso com vocês.
Dormimos no barco e, mesmo sem mala (ficou em Belém, mas a equipe da Natura conseguiu pegar e levar pra mim na manhã seguinte), foi tudo ótimo.
Ah, falando em equipe, é impressionante como todas as pessoas que estavam lá, que trabalham com a linha Ekos, têm a “cara” da marca… A Malu, a Moira e a Vivi são três lindas, do tipo que dá vontade de colocar na bolsa e trazer pra casa hahaha.
E o Zé Neto, cujo depoimento está na próxima imagem, é uma daquelas pessoas que, além de fazer um trabalho lindo nas comunidades, só de ficar perto a gente se sente em paz.
2ª Dia: Ataic, Biodiversidade e Natura Ekos
Acordamos cedo, tomamos um café caprichado na Ataic e fomos de voadeira até a casa de Dona Meires, que é completamente sustentável.
Tem placas de energia solar, um sistema de saneamento básico adaptado para áreas de várzea criado pela Embrapa, e água tratada. Ah, e claro que também tem o tesouro da casa: a máquina de fazer açaí! hahaha
E como dona Meires não é fraca, na frente da sua casa tem um dos rios mais lindos desse mundo, e o quintal é nada menos que a floresta Amazônica, com toda a biodiversidade preservada.
São centenas de árvores e frutos diferentes, e é notável o incentivo e o trabalho constante que a Natura Ekos faz na conscientização da importância de preservar a biodiversidade.
Antes da criação da linha de Murumuru, que adoro, essa árvore era considerada uma praga e simplesmente descartada, já que tem muitos espinhos. Com a linha de murumuru ela passou a ter valor perante a comunidade, passou a ser preservada e a gerar renda para inúmeras famílias.
Outro exemplo é a madeira da ucuuba, que há décadas é vendida para ser transformada em cabo de vassoura. Ainda existe muito comércio ilegal, mas depois da criação da linha de Ucuuba ela também passou a ser valorizada e preservada, pois seus frutos garantem renda e, consequentemente, melhoria de vida pra muita gente.
Esse dia me marcou profundamente, porque em um lugar onde, tradicionalmente, a “voz” é masculina, pois deles vem o sustento da família, o protagonismo é totalmente feminino.
Na Amazônia de Josi, da Ataic, a voz é das mulheres. A liderança e a liberdade de escolha também. E tudo isso está relacionado com a coleta das sementes, que é o que garante trabalho e renda para essas mulheres e vem, sem meias palavras, transformando suas vidas.
Foi lindo ver o orgulho de cada uma contando suas histórias. Foi emocionante ouvir, e ver em cada olhar, como esse trabalho tem feito diferença para elas, para seus filhos, suas famílias, suas comunidades…
Mas também pra erradicação da pobreza local, pra redução da desigualdade, para um melhor acesso a saúde e educação e para a formação e fortalecimento de lideranças femininas e um avanço enorme em relação a igualdade de gênero.
3º Dia: Abaetetuba e Cofruta
Em Abaetetuba fomos conhecer alguns sistemas florestais de terra firme. Ou, melhor dizendo, a Amazônia de seu Elias, de seu Raimundo e de se Luís, dono do igarapé mais lindo da região.
Seu Elias, que é do Paraná, contou que quando chegou por aqui, 20 anos atrás, tudo era pasto. Mas ele construiu outra história. Plantou centenas de árvores de todos os tipos em “seu quintal”, que “voltou a ser um pedaço da floresta”.
E no quintal do seu Elias tem mais árvores e frutos que já conheci em toda a minha vida, assim como no de seu Raimundo e seu Luís, que seguem apostando na preservação da biodiversidade.
E sabe o que é interessante? É que a equipe da Natura que estava conosco conhecia cada uma daquelas pessoas. O relacionamento é muito próximo, coisa que vocês podem notar claramente nas palavras do Zé Neto, logo acima.
Depois de conhecer um pouco mais dessa Amazônia, fomos para a Cofruta, a Cooperativa de Fruticultores de Abaetetuba, que compra, por um preço justo, as sementes e frutos dos comunitários e os transforma em óleos e manteigas, o que gera benefícios para toda comunidade.
4º Dia: Ecoparque
No último dia fomos pro Ecoparque, que fica em Benevides, e atua de forma muito firme em relação a sustentabilidade.
Lá tem placas solares, sistema de captação de água da chuva, jardim filtrante (fiquei impressionada!), uso de energia geotérmica, muito verde e um cheiro maravilhoso!
O mais legal é que toda a produção da fábrica, de mais de 200 milhões de barras de sabonete por ano, é feita por mãos paraenses. E isso, claro, garante mais desenvolvimento, emprego e renda para a região.
Terminei a viagem imensamente feliz pela oportunidade de conhecer tantas pessoas, lugares e histórias, de ver de perto toda a cadeia de produção e saber que uma marca que amo e uso há tantos anos realmente se compromete, e de forma humanizada, a construir um mundo melhor.
E a gente também pode fazer isso, melhorando a nossa relação com nós mesmas, com o outro, com o ambiente no qual estamos inseridos e com o todo. Já pensou nisso? Tenho pensado cada vez mais!
Pra quem quiser ver mais da viagem, tem muita coisa salva nos destaques do Instagram, em Amazônia, tá?
