29.06.2015

Tchau, Pai…

Essa é a primeira vez que sento aqui e não sei o que escrever. Aliás, desde ontem eu mal consigo falar. É que tem dores que são tão profundas que parece que todo o resto desaparece…

Mas o que falar quando a gente “perde” um Pai? Não, eu tô falando errado, eu não perdi meu pai, porque ele não deixou de ser meu pai por não estar mais desse lado do caminho…Só estamos em lados diferentes agora, só.

Já tinha algum tempo que a gente não se falava, não por mágoa ou nada do tipo, a gente só não se procurava, não existia uma relação, mas existia, eu sei, amor… Na verdade, a gente nunca se falou muito, mesmo quando ele estava por perto, mas esse era o jeito dele, assim como é o meu.

Mas quando a gente recebe um telefonema, num dia qualquer, avisando que aquela pessoa que a gente chama de Pai está muito doente, qualquer distância passa a ser pequena e tudo muda. Muda porque a gente acha que como a pessoa está distante, como ela sempre foi distante, o desespero não vai bater, mas bate. Muda porque a gente toma consciência de que essa história de tempo não existe, e um segundo depois pode ser tarde demais.

meu pai

Pra mim, ainda bem, não foi, e eu pude falar com ele todos os dias enquanto ele esteve consciente. Não falar de coisas amenas, mas falar tudo o que estava aqui, guardadinho no meu coração: que mesmo distante, eu amava ele, que sabia que ele teria feito tudo diferente se pudesse, que ele era uma pessoa boa, que merecia as melhores coisas e que toda a luz do mundo estava cuidando dele.

Nesse dia a voz dele tava tão forte, forte como ele sempre foi, e estava alegre também, e a última frase que ouvi foi “obrigado pelos presentes”… Mas, um dia depois disso ele simplesmente piorou, teve quadros de confusão mental e quando falava comigo era só balbuciando o “apelido” pelo qual ele me chamava quando eu era criança.

Depois disso,  eu pedi aos céus todos os dias pra que não o deixasse sofrer, porque nada é tão dilacerante como assistir a dor de quem a gente ama e não ter o que fazer, porque sim, chega um momento em que não há o que fazer, e eu já assisti a esse filme de terror antes com minha avó que, veja só, também morreu de câncer.

E ontem, num domingo de chuva, meu Pai passou pro outro lado, e isso dói, dói tanto… Dói de um jeito que nunca imaginei que fosse possível. Dói que chega a faltar ar…É a dor do “nunca mais”, sabe? Nunca mais vou ouvir sua voz, sua risada, suas mãos enormes, seu olho verdinho… Nunca, nunca  mais você estará aqui, é verdade, mas nunca você deixará de existir dentro do meu coração…

Mas eu prefiro essa dor, e preferiria uma imensamente maior, se é que existe, do que a dor de te ver sofrer mais, e por isso sou imensamente grata à Existência por ter te levado antes que o sofrimento se tornasse insuportável.

E sei, com absoluta certeza, que esse mesmo Deus que te levou no colo e evitou mais dor, também está te amparando com toda luz possível, e sei que todos os anjos estão agora ao seu lado enquanto você descansa, e que daqui a pouco você vai acordar pra um mundo de luz e amor, porque a morte não é nada, é só uma parte, ainda desconhecida pra nós, de um caminho que todos estamos trilhando.

E fica tranquilo, Pai, o fio não foi cortado, e jamais será, porque o amor é um fio que nunca se apaga, que nunca se acaba… E eu amo você. ♥

18.06.2015

Não Viva Pela Metade…

Se tem uma coisa que aprendi é que a gente não pode fazer nada pela metade, e isso vale pra tudo na vida, sabe?

Não vale amar pela metade, entrar numa relação com outra pessoa ainda na cabeça ou sem ter certeza de que, naquele momento, é aquilo que você quer. Não se fica com alguém pra “passar o tempo”, porque tem “pena” de terminar, medo de magoar o outro ou algo do tipo. É injusto com você, é desonesto com o outro, e atrasa a vida de ambos.

Não se tem amigos “mais ou menos”, só pra não ficar sozinho. Ou é amigo ou não é, ou tá junto ou não tá, não tem que ter meio termo. Gaste seu tempo construindo relações de verdade, com pessoas que também queiram estar com você, e que estejam na queda ou no auge.

não viva pela metade

Não trabalhe com o que você não gosta, não assuma o que você não quer, não tenha medo de dizer não. O talvez é, sempre, a maior das prisões.

Claro que nem sempre a gente pode fazer o que quer, no momento em que quer, e tá tudo bem, porque primeiro a gente faz o que pode, pra depois fazer o que quer.

O problema é que a grande maioria das pessoas se acomoda com “o que pode” e deixa de lado o que realmente quer, porque tem medo de arriscar, de sair da zona de conforto, de perder o que já conquistou, de desagradar, de mudar.

E aí, bom, gasta-se uma vida inteira vivendo mais ou menos, sentindo pela metade, fragmentado, insatisfeito, sem jamais estar completo. E isso lá é vida, minha gente? Isso é, no máximo”, morrer aos pedaços, se matando um pouco a cada dia.

não-viva-pela-metade

Não, eu já não sou tão ingênua e bem sei que “ser inteira” dá um trabalho danado e exige uma coragem absurda, mas aprendi que preciso, todos os dias, fazer isso por mim, porque se é pra viver, que eu viva de verdade, não pela metade.

Beijos, Ju ♥

12.06.2015

Pra Ser Feliz com o Outro, é Preciso Ser Feliz Sozinho!

Enquanto a grande maioria, inclusive eu, comemora o  dia dos namorados hoje, um grupo de amigas vai comemorar  o “dia das solteiras”, data que, aliás, é comemorada por nós faz é tempo e que costuma ser mais constante do que o tal do dia dos namorados. É, uma ou outra sempre tá namorando, mas a fidelidade ao que chamo de “solteirice terapêutica” sempre fala mais alto.

Tempos atrás esse mesmo grupo, que hoje brinda ao fato de estar “bem consigo mesmo”, seria taxado de o grupo das encalhadas, mas a coisa mudou, o mundo evoluiu e a cada dia que passa noto que a necessidade de ter alguém ao lado diminui. A vontade existe, e vai existir sempre, eu acho, mas a necessidade, ainda bem, vem reduzindo a passos largos. Que bom!

Não posso falar pelo mundo porque ele é vasto demais, mas posso falar pelo meu mundo e pelo que vejo ao redor, e o que vejo é que estamos cada vez mais exigentes, só que no bom sentido, e isso é ótimo porque significa que ao invés de nos contentarmos com qualquer coisa só pra não estarmos sozinhas, queremos o melhor.

ser feliz sozinho

Comecei a namorar tarde, acho que com 19 anos, já estava na faculdade, e apesar de todas as coisas boas achei que aquilo era meio que um cerceamento (voluntário) da minha tão amada liberdade. Depois do primeiro namoro, fiquei mais de um ano solteira e achei aquela fase a oitava maravilha do mundo, mas eu ainda era carente e, depois disso, segui colecionando uma série de histórias que, na grande maioria, não passavam de “tapa buraco”.

Com todo mundo é assim? Não, mas eu caí várias vezes no erro que achar que era “gostar” o que na verdade era carência, e o resultado disso foi que me perdi de mim mesma, de modo que anos depois eu já nem sabia mais quem eu exatamente era. Até que um pouco antes dos 30 (acho que tinha 28…) fiquei solteira de novo e jurei pra mim mesma que antes de tentar entrar em alguma história iria me redescobrir.

Foi uma das melhores coisas que fiz na vida, e disso veio uma espécie de “trato” comigo mesma: eu só abriria mão da minha  liberdade, que, pra mim, é sim extremamente importante, se valesse muito a pena. Jurei que não me envolveria mais por “carência” ou algo do tipo, porque eu, de verdade, gosto de ficar só, tenho essa necessidade, aliás.

E essa fase de solteirice terapêutica foi um divisor de águas em minha vida, porque aproveitei pra dedicar a mim mesma todo o meu amor, a minha atenção, a minha energia… E, meu Deus, como cresci, como amadureci, como eu, finalmente, me conheci! E conhecer a mim mesma, as minhas necessidades, vontades e quereres foi essencial pra que eu pudesse estabelecer qualquer tipo de relação com outras pessoas.

E hoje eu namoro por isso, porque a pessoa e a história valem muito a pena, porque sei o que quero e o que não quero não só em relação ao outro, mas o que quero pra mim e pra minha vida. E também porque não me sinto cerceada de forma alguma, porque tenho a liberdade de ser quem sou, com todos meus defeitos, manias e qualidades, sem precisar camuflar nada, sabe?

O que quero dizer é que relacionamento só compensa só for pra acrescentar, e acrescentar muito, porque não existe razão plausível pra levar uma história adiante, gastando tempo, energia e vida  simplesmente pra “não estar só” (ops, e tem solidão pior que essa?).

Sabe, a gente precisa parar com essa ilusão boba de que “é impossível ser feliz sozinho” (foi mal aí poeta!), de que um príncipe encantado (tem coisa mais chata? Eu morreria de tédio!) vai surgir um dia e transformar nossas vidas num conto de fadas e que seremos felizes para sempre.

Porque? Porque pra ser feliz com quem quer que seja você precisa primeiro ser feliz consigo mesma, não existe outra opção, e quando você é feliz  consigo mesma o que vem é pra somar, pra compartilhar, pra crescer… E se você ainda não aprendeu a ser feliz sozinha, não tem príncipe encantado ou conto de fadas que faça o milagre!

Uma vida de muito amor pra nós, por nós!

Beijos, Ju ♥

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