Um dia, não se sabe quando, alguém que não tinha muito o que fazer (só pode, né?) definiu que bonito mesmo era ser magra. Magra não, pele e osso, e se o osso se sobressair tratem de mandar pra mesa de cirurgia. As baixinhas não teriam vez, e bonita mesmo era a mulher loira, de olhos azuis ou verdes, lábios carnudos, nariz pequeno e mais uma lista de exigências.
Não se enquadra nisso? Mas que absurdo! Trate de fazer dieta, de passar fome se preciso for, de malhar o dia todo, de fazer todos os tratamentos estéticos possíveis, se jogue nas mãos do cirurgião, do dermatologista, do cabeleireiro e só saia de lá nos padrões aceitáveis, porque aí, quem sabe assim, você consiga deixar de ser invisível.
Parece absurdo né? Mas o bombardeio diário que é feito pela mídia (com raríssimas exceções), de mulheres impossivelmente perfeitas “pede”, direta ou indiretamente, isso. E com isso nós, mulheres reais, perdemos completamente a perspectiva do que “devemos ser”, e a partir daí nada, absolutamente nada, parece bom o bastante, porque, vamos raciocinar, como “competir”com isso, gente?
Como se olhar no espelho e se achar incrível se a moça da revista ao lado nem poros tem? Não tem poros, não tem celulites, estrias, manchas… Na verdade ela não tem nada, porque ela sequer existe, não passa, em último grau, de uma manipulação de um programa de imagem…
A irmã de uma das minhas melhores amigas é modelo, dessas famosas, e um dia ligou pra casa, do alto dos seus 18 anos, aos prantos porque, pasmem, queria ser como ela era no editorial da revista. Ela queria ser ela depois de “editada”. Ela, assim como milhões de meninas e mulheres no mundo, queria o padrão impossível. Vocês têm noção do que é isso?
Pois é isso que essa padronização burra da beleza faz. E faz mais, porque gera uma busca desenfreada por uma beleza irreal e inalcançável que é sim uma das grandes responsáveis por essa epidemia de baixa estima e de insatisfação que atinge mulheres do mundo inteiro.
E já que não dá pra “parar o mundo e pedir pra descer”, o que a gente deve fazer todos os dias é tentar não se contaminar com tudo isso, é valorizar a nossa beleza, o que nós temos de melhor, e o que nós temos de melhor é infinitamente mais bonito do que essa beleza fabricada que a gente, por vias tortas, tanto deseja.
Beleza não é um conjunto de traços perfeitos. Beleza é aquele “quê” de mágica que ninguém consegue explicar, e essa beleza não dá pra comprar e o tempo não consegue apagar, porque ela vem de dentro, e ilumina, e exala, e encanta…
Então, pare de tentar se enquadrar no que quer que seja, esqueça essa baboseira de padrões e olhe, com todo o amor do mundo, pra si mesma. Se olhou? Então trate de redescobrir o tanto de beleza que você tem aí e se apaixone perdidamente por si mesma, pela mulher incrível que existe aí dentro e que você ainda não consegue enxergar!
Beijos e bom final de semana! Ah, pra acompanhar os outros posts dos #100DiasDeBeleza é só clicar aqui!
Meninas, o servidor ficou instável e não consegui colocar o #100DiasDeBeleza no ar, mas relaxem que isso será reposto, tá?
Comecei a semana falando de alimentação, e esse é um dos temas mais difíceis pra mim porque sinto “na pele”, mas é também, por causa disso, o mais fácil, já que sempre me alimentei mal e “quebrei o pau” com a balança.
No post passado falei o que penso sobre isso e o que decidi fazer (post aqui), e vou compartilhar como tenho feito e o que tem funcionado, tá?
Aprenda a se alimentar direito!
1. Se você quer que a coisa funcione para sempre, esqueça a pressa e nem pense em dietas restritivas. Esse, infelizmente, não é o caminho e não existe mágica. Existe reeducação, existe disciplina, existe escolha entre o prazer momentâneo, porque sim, brigadeiro de colher faz milagres pelo meu humor, e o prazer duradouro, que é aquele que a gente sente quando olha no espelho e gosta do que vê, quando a gente compra a roupa que quer porque sempre tem o nosso número, porque tudo cai bem. O que você prefere?
2.Coma o que o seu corpo precisa, não o que os seus olhos desejam. Seria muito legal viver de pizza, sorvete e doces porque é gostoso, porque é fácil, porque é rápido, mas isso aí não alimenta seu organismo adequadamente, isso não fornece as vitaminas e minerais essenciais, isso não mata a fome do seu corpo, ao contrário, todas essas gordices são, na maioria das vezes, calorias vazias.
3.Pare de beliscar! Quando fui parar pra analisar meu histórico alimentar percebi que não fazia apenas 3 refeições principais e 2 lanches. Eu fazia uma refeição só, mas ela durava o dia inteiro, porque passava o dia todo beliscando sem parar. Acabava não “comendo” de verdade, mas me entupindo de besteiras, sempre calóricas, e por isso não entendia como estava engordando. É preciso fazer 3 refeições principais, com os alimentos do bem, ou seja, frutas, cereais integrais, verduras e legumes. E é preciso, nos intervalos, fazer algum lanche, mas que seja algo leve e rico nutricionalmente.
4.Cuidado com o açúcar! Uma das coisas mais importantes que consegui esse ano, e falo sério, foi conseguir reduzir drasticamente o consumo de açúcar. No início do ano passei 30 dias sem comer NADA doce, nada com açúcar e, mesmo sofrendo horrores, foi a melhor coisa que fiz. Meu paladar mudou e hoje tomo tudo sem açúcar, de suco a café, e não sinto mais aquela necessidade absurda de doces, sabe?
5. Faça escolhas inteligentes! Você é uma mulher, é adulta, é inteligente, não tem que se alimentar como criança (esse é meu mantra! huahuahua), então, por favor, vamos parar com essa história de comer salgadinho, biscoito recheado e fast food todo dia. Invista em alimentos “de verdade”, reduza os industrializados, descubra novas possibilidades, novos sabores e crie novos hábitos alimentares. Se você fizer isso, não vai precisar fazer dieta, garanto, porque ninguém tem compulsão, por exemplo, por salada de folhas, né?
6. Faça de suas refeições um ritual, porque isso faz toda a diferença! Quando a gente come vendo TV, na mesa do computador, passando mensagem pelo whatsapp, checando instagram, e-mail ou seja lá o que for, nem presta atenção no que está comendo, nem sente o sabor dos alimentos, e acaba comendo em maior quantidade e mais rápido. Mude isso, sério! Refeições devem ser feitas na mesa, com calma, comendo devagar, sentindo o sabor do alimento. Esse precisa ser um momento de prazer, não pode ser “no automático”.
7. Reduza as porções! Não acho que seja um crime comer um chocolate se é chocolate que seu corpo tá pedindo, mas é 1 e não a caixa toda. O mesmo vale pra todo tipo de comida, inclusive no café da manhã, no almoço e no jantar. Nada de porções enormes, nada de repetir o prato. Coma pra satisfazer o seu organismo, não a sua gula, não a sua vontade. A gente tem que comer pra “matar a fome” do organismo, não a fome emocional, não o vazio, não a ansiedade, não a insatisfação. Entende a diferença?
8. Beba mais água! Às vezes o que a gente pensa que é fome não passa de sede, então antes de “atacar” qualquer coisa tome um copo de água e aguarde 10 minutos, se depois disso a “fome” não passar, coma algo. É preciso hidratar o organismo ao longo do dia, então tome pelo menos os tais dos 8 copos de água diariamente. É legal também apostar em chás (procure orientação de um médico ou nutricionista), e eu adoro o chá de cavalinha e o de alecrim, que tomo todos os dias.
9. Não invente desculpas! Eu fiz isso a vida toda e posso garantir que o “leque de desculpas” não tem fim, mas a grande verdade é que quem quer faz e ponto. Claro que não é fácil, é péssimo ter que resistir às tentações, mas você precisa assumir o controle da sua alimentação, do seu corpo, da sua vida. Só depende de você!
Exercício do Dia:
1. Durante todo o dia anote tudo o que você come, tudo mesmo. No dia seguinte analise cada uma das coisas que você comeu e bebeu. Em uma folha coloque tudo aquilo que é alimento de verdade e no verso da folha coloque tudo que é gordice. A grande maioria vai se assustar com a quantidade que come, e, pior, com as besteiras que come. São essas besteiras que você precisa evitar!
2. Adote por 7 dias essas regras e veja como se sente depois:
Pare de “beliscar”.
Evite alimentos industrializados, evite refrigerantes, evite os molhos gordurosos e evite o fast food.
Coma frutas, legumes e cereais integrais todos os dias.
Como devagar, mastigando bem, sentindo o sabor dos alimentos e, principalmente, faça suas refeições na mesa (e claro que a mesa do computador não conta!).
Tome mais água, chás e sucos.
Reduza suas porções.
Conseguiu fazer isso durante os 7 dias? Se presenteie! E não, não é comida… É uma biju maravilhosa, uma blusa incrível, um livro inspirador ou algo do tipo. A cada conquista se mime um pouco, porque isso tem um efeito psicológico bom, sabe? Deixa de ser uma “restrição” pra ser uma “premiação”.
Pra acompanhar todos os posts do #100DiasDeBeleza é só clicar aqui.
Os primeiros posts do #100DiasDeBeleza foram mais sobre autoestima e coisas relacionadas porque tudo começa internamente e a gente vai voltar várias vezes a esse tema, só que essa semana o foco será a alimentação.
Eu me alimentei errado a vida toda e sempre tive dependência emocional de doce. Fora isso, não sei viver de alface, não gosto de passar vontade, adoro cozinhar e comer bem. Isso, lógico, acaba refletindo na balança.
Fiz dieta a vida toda e nenhuma nunca funcionou de forma definitiva, até que semanas atrás eu entendi que não preciso de dieta, eu preciso mudar de hábitos, o que é bem diferente.
É preciso se alimentar corretamente, nos horários certos e aprender a comer direito, a comer “o que preste”. Não tem que passar fome pra emagrecer, tem que comer, só que comer bem. E isso, aliás, independe de emagrecer ou não, isso tem a ver com a nossa saúde, disposição e bem-estar.
Não vou negar que uma massa entupida de molho pesto consegue me hipnotizar. Não vou negar que queijos me fazem esquecer qualquer propósito com “perder peso” e não vou negar que amo bala, jujuba, sorvete, doce, salgadinho e por aí vai. Amo, amo mesmo, mas tudo na vida é uma questão de escolha, e ou você escolhe tudo isso, que dá prazer imediato, ou escolhe comer direito e ter o prazer de estar bem consigo mesma e com o seu corpo.
Eu gosto de comer, é fato, só que escolhi gostar mais de me sentir bem. Isso significa que nunca mais vou colocar nada disso na boca? De jeito nenhum! Significa que vou priorizar o que é bom pro meu corpo, vou mudar o meu paladar, vou fazer refeições e não lanches, vou comer mais verduras, frutas e legumes, e que as “gordices” serão exceção e não regra.
Eu resolvi fazer as pazes com a comida e a parar de tentar enganar meu organismo, porque se uma vez na semana ele pede por chocolate, eu vou sim comer um chocolate, mas é um só, e é chocolate de verdade, não é chocolate diet e nem a caixa toda.
Eu não quero mais comer comida sem qualidade, caloria vazia. Não quero mais alimentar minha gula, quero alimentar meu organismo pra me sentir bem, pra viver bem!
Isso é fácil? Claro que não, porque são hábitos de uma vida inteira, mas todos os dias quando acordo olho pro espelho e prometo que vou fazer as escolhas certas porque eu preciso, porque eu mereço! E você merece também, então faça isso por você e entenda de uma vez por todas que comida, de nenhum tipo, sacia a fome emocional!
Amanhã a gente conversa mais sobre alimentação, tá? Essa semana toda, aliás, a gente vai conversar sobre isso! Ah, pra acompanhar todos os posts do #100DiasDeBeleza é só clicar aqui.