Quando eu era criança e alguém me perguntava o que eu queria ser quando crescesse, sempre respondia que “queria ser feliz”, e não passava pela minha cabeça de criança que alguém pudesse querer qualquer outra coisa.
Mas aí a gente vai crescendo e começa a querer coisas, a buscar coisas e, sim, a conquistar coisas achando, logicamente, que isso nos fará feliz, mas feliz de verdade, só que não faz. Aliás, até faz, mas por pouco tempo porque rapidinho a gente descobre outra coisa pra querer e nossa felicidade passa a depender dessa outra coisa.
Assim como todo mundo, eu sempre fui assim… Eu já quis muitas coisas, já conquistei muitas outras e já perdi uma infinidade delas, e depois disso tudo achei que a coisa tava complicada demais e que eu queria mesmo era ser feliz, mas ser feliz todo dia, assim sem motivo nenhum.
Claro que eu ainda quero coisas, e quero muito, a diferença é que não coloco nessas coisas a responsabilidade da minha felicidade, sabe? E a felicidade é coisa simples, e esse é o grande problema, porque descomplicar a vida é trabalho dos grandes, é “osso duro de roer”.
Mas de uma coisa eu sei: não dá pra ser feliz carregando tanto peso nas costas, tantas expectativas, tanta culpa, tanto medo… Não, não dá, é complicado demais!
Pra ser feliz todo dia a gente precisa ter e proporcionar alegria, porque o mundo é um lugar que faz eco, e o que a gente manda volta pra gente. A gente precisa ser mais leve e não levar tudo tão a sério. Nós precisamos aprender a gostar de nós mesmas, a respeitar o que somos, o que queremos e o que sentimos. Pra ser feliz todo dia a gente precisa, sem meias palavras, viver de verdade todos os dias, coisa das mais raras, porque a grande maioria tá no piloto automático.
Não existem receitas prontas, mas é bom começar a viver a partir do coração, a sentir mais, a ser mais sensível, a sorrir mais, a celebrar mais, a deixar de ser tão rabugento e a prestar mais atenção nas coisas pequenas da vida, porque a alegria está nas pequenas coisas.
E falando em sensibilidade, vocês já notaram como as pessoas, inclusive eu e você, estão cada vez mais fechadas, com um medo cada vez maior de se abrir? É que o medo de se ferir é enorme, eu sei, mas se a gente não se abre pra vida, pras pessoas e pros sentimentos não existe a possibilidade de ser feliz. Sim, nós não seremos feridos, mas haverá dor do mesmo jeito, e uma dor muito pior: a dor do nada, do vazio, da solidão.
Ser feliz não é complicado não gente, é simples, muito simples, e talvez por isso seja tão difícil… Mas a gente pode, e deve, tentar trazer todos os dias um pouco de alegria pra rotina, e em pouco tempo, eu garanto, a vida fica mais feliz.
Tô clichê hoje né? É, eu sei, mas é que, sem motivo nenhum, acordei muito feliz!
Um domingo lindo pra vocês, cheio de alegria, de risadas e de amor!
Beijos
Ju