06.08.2013

Ácido Glioxílico e Escovas Milagrosas: Porque Não Usar?

A  pergunta que mais recebo aqui é sobre uma progressiva boa e sem formol. Já falei sobre isso diversas vezes e já fiz dois posts aqui no blog sobre o assunto (AQUI e AQUI).  Mas, diante de tantas perguntas resolvi explicar de forma mais clara porque isso é uma furada e porque estar registrado pela ANVISA não quer dizer absolutamente nada. E sim, ácido glioxílico também é furada!

Seja escova progressiva, selagem ou  botox capilar, se promete fios lisos por até três meses e tem compatibilidade com todas as químicas, pode ter certeza que tem alguma coisa errada. Porquê?  Porque isso é impossível, a menos que o ativo “alisante” seja o formol, seus derivados ou substâncias que atuem juntas e funcionem como ele.

Sobre o ácido glioxílico

Ácido Glioxílico

O fato de ser certificado pela ANVISA não garante nada, aprendam isso. Infelizmente todos esses produtos estão registrados na ANVISA como grau 1, ou seja, o mesmo grau do condicionador, do shampoo e das máscaras que você usa. Esse processo de liberação do registro é feito pela internet através de um formulário eletrônico. Ou seja, basta que a marca informe qual é a composição, solicite o registro como tratamento para os cabelos, pague as taxas e assine um termo dizendo que trata-se apenas de um tratamento. Fácil, né?

Traduzindo, é isso: não existe controle e cada um faz o que quer, é só colocar que é um tratamento, e a imensa maioria ( pra não dizer todas) das marcas que comercializam essas escovas e selagens fazem isso. Simples!

Daí, as empresas informam que é tratamento, e colocam algum dos ativos da família do formol, como o ácido glioxílico, que nada mais é do que um ácido formilfórmico, que age alterando a estrutura dos fios, já que abre as cutículas, rompe as pontes de enxofre e “alisa” o cabelo ( o ácido glioxílico é o mais simples dos ácidos-aldeídos, e essas escovas geralmente levam ácido lático, porque a reação de um com o outro gera a liberação de moléculas de formol quando submetidos ao calor térmico).

Ácido Glioxílico

Ácido glioxílico alisa o cabelo?

O problema é que se existe alteração na estrutura dos fios, qualquer que seja, o produto tinha que ser grau II, que é onde estão os alisamentos e relaxamentos.

Tá, mas isso tem algum perigo? CLARO que sim! Primeiro a empresa mentiu pra Anvisa e não passou por nenhum tipo de teste.  A cobaia, amiga, é você. Segundo, ela mentiu pra você.

Você vai mesmo confiar? Quer ser cobaia de marca que não te respeita e que mente pra você? Que mente pra Anvisa? Se está mentindo, aí tem, né? Porque se tivesse tudo certinho, ninguém precisaria mentir.

Nenhuma marca top tem escova progressiva… Já perceberam isso? Vocês acham que se  existisse algo que alisasse o cabelo por até três meses e fosse compatível com todas as químicas, as grandes marcas, como a  L´Oréal, que trabalha com alisamentos, não teria lançado a sua e desbancado todas as outras?

É só raciocinar um pouquinho pra ver que tem coisa errada aí…

Ácido Glioxílico

Ácido glioxílico é seguro?

Eu sei que muita gente usa e diz amar nas primeiras vezes, mas eu quero saber é dos resultados a longo prazo, porque todos os cabelos que eu vi, e eu vi muitos, se acabaram com escova progressiva, selagem e botox, inclusive o meu, que caiu pela metade no fim do ano passado por causa de uma suposta selagem que, pelo rótulo, não tinha nenhuma substância derivada do formol, e prometia tratar o cabelo. Só que até isso era mentira, porque eu tive uma reação alérgica grave, meu couro cabeludo queimou e foi preciso entrar em contato com a marca, que só assim informou que o ativo utilizado era o tal do ácido glioxílico.

Claro que cabe a vocês decidirem o que fazer com seus cabelos, mas a minha função é alertar para a realidade, e a realidade é que todas elas são mentirosas.

Todo dia chega alguém aqui no blog pra falar de uma suposta escova milagrosa, que faz sucesso no país A ou no país B e que é livre de formol e derivados… Daí eu pergunto qual a composição e qual o registro, porque se for registrada como grau I, não pode prometer alisar, porque se promete alisar vai alterar a estrutura, e se altera a estrutura é grau II. Aí a pessoa ou some ou começa a discutir, a dizer que eu deveria ir “pesquisar”.

Ácido Glioxílico

Usar ou não usar escovas com ácido glioxílico?

Várias empresas já entraram em contato comigo pra publis com essas escovas, várias. Mas TODAS desaparecem depois que digo que faço sim, mas que primeiro vou enviar o material pra análise no laboratório da universidade daqui… Interessante, não? Eu acho…

Além de interessante, é revelador. Afinal, quem não deve, não teme, né?

Por fim, a Anvisa já se pronunciou sobre isso, alertando que  os produtos indicados para alisar os cabelos são os que contém as substâncias permitidas para alisamento  (grau 2). Quais substâncias são essas?  O tioglicolato de amônio, hidróxido de sódio, hidróxido de potássio, hidróxido de cálcio, hidróxido de lítio e carbonato de Guanidina/ Hidróxido de Guanidina.

Dessa forma, qualquer produto que prometa alisar e não tenha essas substâncias não é autorizado para tal fim.

E, gente, cada um faz o que quiser, jamais apontaria o dedo pra ninguém por qualquer motivo. Só acho que é nosso direito fazer escolhas tendo as informações corretas.  E é isso que nós não temos. É por isso que brigo, que bato nessa tecla sempre.

E a (ir)responsabilidade disso é das marcas. Simples assim.

Beijos, Ju

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05.08.2013

Saiba Do Que O Seu Cabelo Precisa!

São tantos os tratamentos capilares disponíveis que muitas vezes a gente se atrapalha, até porque fazer o diagnóstico dos fios e saber do que o cabelo precisa não é lá uma coisa muito simples, né?

Pode não ser simples, mas com um tiquinho de paciência e de prática dá pra saber certinho qual o estado real do cabelo e, depois disso, do que ele precisa pra ficar como a gente gosta: saudável, com brilho e maciez.

Existem basicamente cinco graus ou fases do desgaste, e em cada uma dessas fases também existem graus diferenciados. Na fase 1 o cabelo está saudável, na fase 2 ele está ressecado, na fase 3 os fios estão ressecados e com pontas duplas, na fase 4 ele está poroso e na fase 5 o cabelo está sem elasticidade, fragilizado e com um grau alto de danos.

Saiba Do Que O Seu Cabelo Precisa já!

Saiba Do Que O Seu Cabelo Precisa!

Vou explicar certinho como identificar cada uma dessas fases, e adiando que o cabelo precisa de muitas coisas e é preciso espelho, pra ver o estado dos fios, e mãos, pra sentir como eles estão.

O Cabelo Saudável: O Sonho!

Quando o cabelo está saudável, ele não apresenta nenhum tipo de dano. Via de regra, é um cabelo “virgem”, que nunca passou por procedimentos químicos, e bem cuidado. Esse cabelo não sofreu danos (ou, caso tenha sofrido, os danos foram sanados) pelo calor do secador, da chapinha, pela ação dos raios solares, pelo cloro da piscina, pela poluição ou por qualquer outro fator externo.

Visualmente é um cabelo forte, com elasticidade preservada, brilho e maciez. Ou seja, é “o sonho”!

Esse tipo de cabelo precisa de cuidados básicos, como shampoos, condicionadores e leave-ins indicados para o seu tipo de cabelo, além de hidratações mensais para que os fios não apresentem sinais de ressecamento e continuem saudáveis.

Saiba Do Que O Seu Cabelo Precisa!

Cabelos Ressecados: O Início do Problema

É muito difícil que um cabelo seja realmente saudável, que não tenha danos de nenhum tipo, porque se a pessoa faz uso do secador, da chapinha, ou não protege os fios quando frequenta a piscina ou se expõe ao sol, por exemplo, os fios ficam ressecados, que é o segundo grau de desgastes da fibra capilar.

Assim, se o seu cabelo é virgem e você não cuida, é quase certeza que ele está ressecado, e um cabelo ressecado a gente reconhece fácil, porque o toque não revela suavidade ou maciez, mas sim aspereza.

Os fios ficam ásperos por causa dos desgastes mecânicos ou ambientais que acabam abrindo as cutículas. Para evitar que isso aconteça, invista em produtos específicos para o seu tipo de cabelo e em hidratações quinzenais. Pode-se, ainda, optar pela hidratação em uma semana e 15 dias depois pela nutrição, que pode ser feita com máscaras nutritivas, manteigas ou óleos vegetais.

Saiba Do Que O Seu Cabelo Precisa!

Em alguns casos, reconstruções esporádicas são indicadas para repor a massa perdida, mesmo que não seja uma perda significativa, pois os desgastes diários também contribuem para que os fios percam massa capilar.

Pontas Duplas: O Sinal do Perigo

O terceiro nível de desgaste revela fios ressecados, mas um ressecamento ainda mais intenso do que o do nível anterior, e com pontas duplas, que derivam de procedimentos químicos ou mecânicos, como  a coloração e o alisamento, por exemplo. Nesses casos, a cutícula está ainda mais aberta e, pior, desalinhada. O resultado disso são fios ainda menos sedosos, com pouco ou nenhum brilho, e pontas duplas.

Aqui, além dos cuidados básicos, com shampoos e condicionadores hidratantes, nutritivos ou para cabelos quimicamente tratados, é preciso uma rotina mais intensa de hidratação, que passa a ser semanal, nutrição quinzenal e reconstrução leve a cada 30 dias até que o cabelo apresente sinais de melhora.

Saiba Do Que O Seu Cabelo Precisa!

Cabelos Porosos: A Perda da Elasticidade

O quarto nível de desgaste se caracteriza pela perda da massa capilar, do chamado cimento intercelular, que é o responsável maior da estrutura dos fios. Os cabelos descoloridos, alisados, relaxados e com escova progressiva tendem a estar nesse estágio ou no estágio seguinte, que é ainda pior.

Aqui, além das cutículas estarem abertas, há exposição do interior da fibra capilar, o que resulta em um cabelo quebradiço, poroso e com a elasticidade comprometida.

O tratamento aqui é ainda mais intenso, porque o cabelo está fraco, perdeu massa capilar e está com o interior da fibra exposto, vulnerável. A máscara de reconstrução que o cabelo precisa aqui é mais “forte” e sua aplicação pode ser, inicialmente, quinzenal ou a cada 20 dias, a depender do estado geral do cabelo. Hidratações semanais são regra, e a nutrição capilar a cada 15 dias também é recomendada.

Cabelos Elásticos

O último nível de danos é, lógico, o mais grave, porque os fios ficam muito fragilizados, finos, perdem a elasticidade e tendem a partir e cair. Aqui os fios não têm mais elasticidade, ficam “emborrachados”, com o córtex absolutamente vulnerável e uma erosão grave na fibra capilar.

Saiba Do Que O Seu Cabelo Precisa!

Recuperar cabelos assim é bem difícil e exige muito cuidado, como já expliquei nesses posts AQUI. A reconstrução capilar tende a ser mais frequente (a frequência vai depender do nível de erosão da fibra, podendo, em alguns casos, ser semanal até que o cabelo se recupere), e os fios requerem muito mais cuidados, inclusive para lavar e pentear, pois eles podem partir até na escovação.

É um quadro típico de cabelos que passaram por vários processos de descoloração, alisamentos, relaxamentos e progressivas.

Nos próximos posts vou explicar mais detalhadamente os tratamentos para cada fase, porque tudo depende do tipo de cabelo e do que causou  o problema.

Beijos

Ju

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04.08.2013

Coisas Que Aprendi Aos 30

Eu detesto tarde de domingo porque a gente nunca tem o que fazer, fica cheia de preguiça e, consequentemente, pensando besteira. E foi isso que fiz hoje, parei um pouquinho pra pensar  que daqui a 10 dias faço 31 anos.

É engraçado isso de idade porque quando, anos atrás, me imaginava com essa idade tinha uma ideia completamente diferente do que realmente está sendo. Tá sendo muito melhor, aliás.

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Eu jurava que 30 anos era tipo “a porta do envelhecimento”  e morria de medo de passar por esse marco porque achava que não poderia fazer as coisas que sempre gostei  por não ser  “adequado” pra idade, mas hoje vejo o quanto isso é besteira, porque continuo sendo tão “menina”  como sempre fui e continuo fazendo as coisas que gosto, do jeito que gosto sem sequer lembrar que o tempo passou. Quem lembra disso, sempre,  são os outros.

Sim, a pele muda, o corpo muda, o metabolismo muda, e isso pode não ser lá muito bom, mas tem uma coisa que muda, e muda pra melhor: a cabeça!

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Eu não tenho as inseguranças que tinha aos 20. Eu não tenho as dúvidas que tinha aos 20. Eu não paraliso de medo como já paralisei muitas vezes, e passei a ter a força e a coragem que nunca imaginei que teria. Eu me conheço muito mais e me permito muito mais também. Eu sei exatamente o que quero e, principalmente, o que não quero. Eu aprendi a dizer “não” e aprendi que era muito mais importante ser quem eu realmente era do que ceder aos desejos e vontades alheias pra ser “aprovada ou aceita”, porque isso me isolava de mim mesma, e esse era o maior erro que eu poderia cometer.

Aprendi, finalmente, a “deixar ir”, a “deixar viver o que precisa viver e morrer o que precisa morrer”. Eu não sou mais tão ingênua quanto era antes, mas continuo acreditando no bem.  Parei de me cobrar tanto, de me criticar tanto e de me punir tanto. Parei de olhar para os lados e comecei a olhar pra dentro e a cuidar de dentro, que é onde, afinal, tudo acontece.

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Aos 20 eu me achava a dona da verdade e me ofendia quando alguém me criticava ou pensava diferente de mim. Aos 30 eu aprendi, e cada vez aprendo mais, que eu sei muito pouco e que isso é maravilhoso, porque me permite aprender cada vez mais. Passei a aceitar as críticas e valorizá-las como atos pontuais de cuidado, e valorizo e respeito   quem pensa diferente de mim, porque sem discordâncias não existe crescimento e cada um tem o direito de pensar o que quiser. Aprendi, enfim,  a aceitar as pessoas como elas são e a amá-las sem “se” e independente “de”.

Aprendi que não preciso de muito pra ser feliz e que tudo o que eu acreditava que me traria felicidade era pura ilusão. Aprendi que nada pode me fazer feliz se eu não estiver feliz, e isso só depende de mim.

Aprendi que querer esganar uma pessoa não me impede de amá-la. Ao contrário, porque já quis esganar meus amigos mais queridos pelo menos uma dúzia de vezes (e tenho certeza que eles quiseram me esganar 10 vezes mais!) e continuo dizendo que eles são os melhores do mundo.

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Aprendi que não preciso “ir longe” pra viver bons momentos, porque não foram poucas as vezes em que tomar vinho quente de garrafão  com meus amigos na calçada da rua ou num boteco qualquer me fez infinitamente mais feliz, proporcionou  as melhores risadas e me divertiu  milhões de vezes mais do que o melhor vinho no melhor restaurante de Paris (que eu nem achei tão bom assim…).

Ainda preciso aprender muitas coisas, conhecer muitas coisas e viver muitas outras coisas, mas hoje, muito mais do que 10 anos atrás, eu tenho certeza que estou no caminho certo, fazendo as coisas do jeito certo e, melhor, não tenho a afobação que tinha antes, e isso, sinto muito, não tem preço!

E, falando em preço, se envelhecer é o preço que se paga pra  não morrer de ansiedade todos os dias, tenho que dizer que vale demais e que não troco isso por nada no mundo!

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É… A  verdade é que  não trocaria a Ju de hoje pela Julliana de 10 anos atrás “nem a pau”, porque  quanto mais a gente vive, mais experiências tem, e nada no mundo é mais interessante e mais bonito do que uma pessoa que vive muito, experimenta muito e conhece muito.

E que venham os 31…

Beijos

Ju

O que você acha do JV?
Fiz a escova da Marie Luise e amei. Só faço ela.
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