20.05.2015

O Homem Perfeito

Ahhh, os contos de fada, confundindo nossas cabeças e criando ilusões desde mil novecentos e antigamente, e nos fazendo desejar e, o pior, acreditar em príncipe encantado, aquele que chega num cavalo branco e faz o “felizes para sempre” acontecer.

E, acreditando nisso tudo, a gente passa anos procurando pessoas perfeitas e histórias de cinema. Só que elas não existem, porque o mundo não é, ainda bem, um conto de fadas, e porque relacionamentos envolvem duas pessoas imperfeitas que jamais serão para o outro o tal do “felizes para sempre”, porque felicidade é interna, é individual, não depende de ninguém. Pois é, se você está esperando que alguém te traga a tal da felicidade, pode esperar sentada, e pro resto da vida!

Mas, somos insistentes e continuamos procurando o que muitas vezes, na verdade, sequer sabemos exatamente do que se trata. Duvida? Então me responde: o que você você procura em um homem? O que seria um homem perfeito? O que você espera de uma relação?

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Eu já meti o pé pelas mãos muitas vezes, já namorei por “carência”, vivia insatisfeita e não tinha a menor ideia do que estava procurando. Aliás, eu buscava o ideal da Disney, trocando, claro, o cavalo branco por um carro potente e o príncipe loirinho por um moreno, porque, como diz Tati Bernardi, o gênio da raça, “a testosterona é escura”! rs

Até que um dia resolvi fazer a lista do príncipe encantado, listando primeiro tudo o que ele não poderia ser ou ter. Minha lista do “não” foi enorme e incluía coisas como “não pode ser arrogante, ter a mente “fechada”, ser grosso, não gostar de bichos, ser machista, preconceituoso, preguiçoso e por aí vai.

Ficou enorme sim, mas tinha tudo que eu não queria em uma pessoa, e ela serviu como um “farol” pra mim, do que eu não queria na minha vida,  e a lista do que o suposto príncipe tinha que ter/ser ficou bem menor e simples… E libertadora, aliás!

O meu homem perfeito não é o mais bonito, o que tem a barriga de tanquinho (detesto!), o mais rico, o que faz todas as minhas vontades e me enche de presentes. Ele é uma pessoa que, assim como eu, se sabe imperfeito, aceita isso e não cobra perfeição de ninguém. É alguém que erra, e até se acha o dono da razão às vezes, mas pede desculpas depois.

Alguém que goste de trabalhar, que se realize com a profissão escolhida, que sonhe em ir mais longe, acredite nesse sonho e impulsione os meus também. Alguém que dê valor as pessoas e as respeite, sem distinção de nenhum tipo. Que seja sabiamente simples. Que queira viver muitas experiências e esteja aberto para o novo.

Alguém que jogue no mesmo time que eu, que torça por mim, que saiba estar perto e se afastar, sem dramas ou chantagens emocionais, quando eu precisar de espaço, porque todo mundo precisa.

Alguém que respeite o ser humano que eu sou, com todos os defeitos e qualidades, e escolha olhar sempre o lado bom, mas tenha coragem de me dizer que estou errada no momento certo. Alguém que não use minhas fraquezas, erros e defeitos contra mim.

Alguém que seja de verdade, que fale, sem “dedos”, do que não gostou, do que quer e não quer. Eu não quero um personagem pra me agradar, quero uma pessoa de verdade, com vida e gostos próprios. Uma pessoa que, diante de milhões de possibilidades, escolha estar ao meu lado e construir uma história real, com altos e baixos, de coração aberto.

O meu homem perfeito não é um príncipe encantado, e não é só “um cara”, é um homem que aprendeu a ser homem.

Beijos, Ju♥

15.03.2015

Relacionamento à Distância Funciona?

Sempre me questionei se essa história de relacionamento à distância funcionava ou não, e pra mim, juro valendo, foi o que mais funcionou até agora.

Se será assim sempre eu não sei, se seria assim em outro momento da vida também não tenho como saber, assim como não posso ter certeza de que seria assim se fosse com outra pessoa, mas na fase que eu estou, com a pessoa que eu estou, tem sido muito, muito bom.

Estar em uma relação nunca foi uma necessidade pra mim, algo que eu quisesse, porque  gosto mesmo de ficar sozinha, de ter todo o tempo do mundo só pra mim, e também porque não tenho muita paciência, sabe? Não sei lidar com insegurança, com ciúme e com “aquele” machismo bobo que é tão comum.

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Então, pra estar numa história  tenho que estar muito, mas muito envolvida mesmo. Nem sempre foi sim e, como quase todo mundo, já namorei por pura carência, mas quando aprendi a ser honesta comigo e a “ouvir” as minhas necessidades, a coisa mudou, e pra muito melhor.

Mudou porque entendi que não precisa ser do jeito que esperavam que eu fosse. Não sou “a mocinha romântica”, não gosto de grude, não gosto de rotina, preciso de tempo e de espaço pra mim, e não vou abrir mão disso por ninguém, porque isso faz parte do que eu sou e não posso abrir mão de mim mesma.

E foi justamente nessa fase, 3 anos e meio atrás, que comecei meu último namoro, e com uma pessoa que mora há mais de 300 km daqui, que tem a vida tão corrida quanto a minha, que também tem pouco tempo, mas que mesmo de longe se faz presente o tempo todo, e sem invadir o meu espaço.

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Nunca nenhum namorado me apoiou tanto, foi tão companheiro e tão incrível quanto ele, e isso independe de distância, porque o mais importante é o comprometimento, é querer realmente estar naquele história, e isso a gente tem de sobra.

E não é só isso, porque pra que as coisas não compliquem é preciso existir muita clareza, comunicação das boas e confiança. Como a gente sempre foi amigo, a comunicação não é falha, não existem meias verdades, cobranças bobas e ciúme desmedido. Eu não faço jogo, é tudo “na lata”, e ele é do mesmo jeito.

Quem me conhece pouco questiona se não tenho “receio” de ser traída, mas não gasto um único segundo do meu dia pensando nisso, porque quem quer trair vai trair de qualquer jeito, estando perto ou longe, então pra que perder tempo pensando nisso? Tenho mais o que fazer, sabe?rs

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Mas, claro que tem a parte ruim, como a saudade constante. Só que aí eu pergunto: o que nessa vida não tem dois lados, heim?

Perto ou longe, pra mim, não faz diferença, e a distância física é das mais fáceis de resolver. Difícil mesmo é a distância emocional, é estar junto (fisicamente) todos os dias, mas distante emocionalmente, como vejo acontecer tantas e tantas vezes. Essa sim é a distância que faz mal, a que não deixa que nada dê certo, sabe?

No mais, acho que tudo que faz bem deve continuar, aliás, acho que só o que faz bem deve continuar, e como me faz bem, como a balança “pende” pra esse lado, pra mim funciona sim!

E você, já viveu algo parecido? Como foi?

Beijos

Ju

24.08.2014

Ter (Muitos) Amigos Homens Acabou Com Meu Romantismo!

É bom ter amigos homens, muitos de preferência. A coisa corre de forma mais leve, mais engraçada, mais livre. Ao invés de passar a tarde de sábado no shopping vendo as mesmas lojas,  você passa se divertindo de verdade. Você descobre botecos, vira profunda conhecedora da casa alheia (a.k.a conhecida como “palco de festas”), faz viagens divertidíssimas, frequenta os lugares mais improváveis, aprende que bate-volta pra festas em cidades vizinhas é tudo de bom (ninguém te conhece, dá pra fazer o que quiser…), gargalha mais, se importa menos e, se for uma boa observadora, fica esperta, e é aí que mora o problema.

O problema é que convivendo tanto com tudo isso a gente “pega a manha” da malandragem masculina, e aí ó, adeus romantismo! E adeus acreditar, e nem pensar em confiar, e tome-lhe a analisar cada palavra dita, cada silêncio que grita, cada detalhe, cada gesto, cada olhar.

amigos homens

Já vi, e não foram poucas as vezes, amigo deixar a namorada em casa numa noite qualquer e, sem seguida, partir pra festas intermináveis, pegações absurdas e farras sem fim. Claro que ele ligava quando “chegava em casa” pra avisar que ia dormir. Sei. Dormir, nesses casos, só se for com a outra, ou as outras.

Já vi nêgo criar doença (dele, do pai, da mãe, do irmão, do vizinho…), acidente, problemas urgentes… Já vi congressos em outras cidades (que eles foram, mas não estiveram presentes), reuniões que jamais existiram, propostas irrecusáveis e dezenas de outras desculpas pra ganhar alguns dias e noites “por fora”.

Já vi quem enganava a namorada em casa, com a “enteada da mãe”. Com a amiga da irmã. Com a vizinha. Com a amiga da namorada, a prima da namorada e, certa vez, com a tia da namorada. Não, ninguém está a salvo, acreditem. E nem pense que “alguém vai te contar” porque isso é, na esmagadora maioria das vezes, ilusão. E só pra deixar a coisa ainda mais escancarada, já vi mães que não só acobertavam, mas estimulavam, e dando risada…

amigos homens

Vi as desculpas mais esfarrapadas, as declarações de amor mais lindas (e falsas), as mentiras mais deslavadas pra conseguir o que querem, os maiores absurdos… E não só vi como, de certa forma,  já compactuei com isso inúmeras vezes, porque ninguém entrega amigo (#culpada) e quem cala consente. É, eu já me calei. E sim, podem me julgar.

E quando eu falo que já vi tudo isso, não tô falando dos “cafa” tradicionais, daqueles que são sacanas e ponto final. Não. Tô falando de namorados exemplares, daqueles que toda mãe pediu aos céus, de caras incríveis de verdade, que são atenciosos, que cuidam, que fazem tudo pela outra pessoa,  sabe? Pois é…

Quantas e quantas vezes questionei isso… E o que mais ouvi foi que “homem é assim”, que não é falta de amor por uma, é excesso de “amor” por todas. Eles amam sim, mas não querem (ou conseguem) abrir mão de todo o resto…

amigos homens

Já vi sim muita bagaceira, mas já vi também quem mentia que estava indo dormir porque queria simplesmente  encontrar os amigos pra conversar, dar risada com a turma,  mas a namorada não entendia… Quem queria simplesmente “respirar” e precisava mentir porque a menina achava que tinha que ficar grudada o tempo todo. Já vi quem ia pras festas escondido e não fazia nada demais, mas precisava mentir porque a outra parte jamais aceitaria.

Não só vi como ouvi cada história…Ahhhh se meus ouvidos falassem!

Lógico que não dá pra generalizar (toda unanimidade é burra, né?), porque cada pessoa é um universo e esse universo muda todos os dias, mas conviver com isso tão de perto e por tanto tempo me deixou mais “reticente”,  o que é uma pena, porque a gente acaba perdendo a beleza do acreditar, do mergulhar de cabeça, sem medos de qualquer tipo, e isso é triste.

amigos homens

Mas foi bom também, bom pra não cair em ciladas, em desastres anunciados, pra ver os vários lados de uma mesma situação e entender que não existem príncipes e princesas, pessoas perfeitas, sabe?

É bom ter os “pés no chão”, saber que por mais incrível que seja uma pessoa ela comete erros, às vezes erros enormes, assim, aliás, como eu, como você, né?

É, ter muitos amigos homens acabou com meu romantismo, me deixou desconfiada, às vezes neurótica, mas me deu também um “chá de realidade” que dificilmente eu teria de outra forma… Obrigada meninos!

Beijos e bom domingo!

Ju

O que você acha do JV?
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