18.11.2015

Mulher de 30: Essa é a Vida que Você Quer Ter?

Pra pensar um tiquinho...

E eis que, em plena quarta-feira de uma primavera que mais parece verão, venho aqui meter o dedo na ferida e cutucar a onça com vara curta com uma pergunta cabeluda dessas: “essa é a vida que você quer ter”?

Não que seja da minha conta o que você faz com sua vida, claro, mas resolvi escrever sobre isso depois do choque que tomei quando, conversando com meu grupo mais íntimo de amigas, percebi que quase todas estavam perdidas, insatisfeitas e sem saber como mudar isso. E fiquei triste, muito triste, de perceber que algumas, mesmo estando com buracos enormes dentro do peito, se acomodaram com isso e assumiram o “a vida é assim”.

Não, não é, ou, pra ser mais exata, não precisa (nem deve) ser!

O fato é que desde cedo nós somos “condicionadas” a cumprir papéis, e assim, seguindo um script determinado, vamos em frente, durante toda a vida, pra agradar aos pais, a família, os amigos e todos aqueles que criam expectativa em relação ao nosso futuro, às nossas escolhas e a vida que, acreditam eles, nós deveríamos ter.

E é seguindo esse roteirinho de mentira que, muitas vezes, depois de anos de insatisfação e frustração, nos olhamos no espelho e questionamos, já sabendo a resposta, se era essa a vida que nós queríamos ter. Não, não era, mas a gente mentiu tanto, pra nós e pros outros, que acabou acreditando que era aquilo mesmo que nós queríamos, e, pior, construímos uma vida inteira ao redor daquilo. E agora, depois de tudo pronto, o que podemos fazer?

essa é a vida que você queria ter

Conhece essa historinha? Eu conheço, e conheço bem, porque ela já foi minha, e como disse lá no Face semana passada, é a história da maioria absoluta das minhas amigas, e, pelo que vi, das minhas leitoras também, que mandaram mensagens e e-mails emocionados falando que, em resumo, não faziam ideia do que estavam fazendo com  a própria vida.

Eu não tenho receitas, e o que tem funcionado pra mim pode não funcionar pra você, mas uma coisa é certa: ou você muda, e muda por você, ou vai continuar na zona de conforto, com um sorriso falso no rosto, jogando o resto da sua vida fora.

O que é preciso, e isso deveria ser ensinado desde muito cedo, é fazer o que se gosta, e isso não só em relação a profissão, mas a casamento, filhos e a forma como você quer levar a sua vida, e isso só você sabe, porque já está aí, dentro, mesmo que você não consiga ou não queira ver.

O problema é que, na grande maioria dos casos, o que a gente gosta não é exatamente o que a gente gostaria de gostar, o que garantiria uma vida segura, com status e “reconhecimento”, essas coisas tão essenciais no “mundo dos adultos”.

Pois é, minha gente,  nem todo mundo nasceu pra ser médico, advogado ou engenheiro, e a menos que você entenda e assuma isso pra si mesma,  é alta a probabilidade de passar toda a sua vida procurando coisas para preencher o vazio que tem aí dentro e gastando fortunas em compras e mais compras, entretenimento instantâneo e terapeutas diversos,  na esperança de, quem sabe, “entender” o que te deixa tão deprimido numa vida que tem tudo o que todo mundo poderia querer.

Muitos até conseguem entender qual é o “X” da questão, mas não sabem o que fazer com isso, afinal, como administrar “o X da questão” com  filhos, família,  responsabilidades e contas pra pagar? Ah, minha amiga, aí é uma questão de planejamento: primeiro a gente faz o que precisa fazer, pra só depois fazer o que quer fazer. Não é fácil não, eu bem sei disso, mas é simples, e com muito planejamento e disciplina, o que é mais difícil, a gente chega lá.

Só que,  em muitos casos, a questão é um pouco “mais embaixo”: muitos de nós são viciados em reconhecimento, além de acomodados e vaidosos demais pra meter as caras no desconhecido e encarar uma mudança. E é por isso que a maioria deixa seus sonhos escorrerem pelo ralo e continuam a viver uma vida mais ou menos.

E nem pense que eu estou dizendo que viver os próprios sonhos é fácil. Ao contrário, é muito, muito difícil, e o preço que se paga por isso é bem alto, como falei, aliás, nesse post aqui, e sim, na maioria dos casos as pessoas vão achar que você enlouqueceu e vão tentar te “parar”, mas sabe de uma coisa? O que os outros vão pensar só diz respeito a eles, e a opinião de ninguém vai preencher o buraco que tem aí dentro.

Portanto, o meu conselho, se é que posso dar, é um só: olhe pra dentro e responda, do fundo do coração, se essa é a vida que você realmente queria ter, e se não for comece a, de um jeito ou de outro, “recalcular a rota”, que é o mínimo que você pode fazer pela pessoa mais importante da sua vida, que é você mesma!

Beijos, Ju♥

02.11.2015

O preço que se paga para viver os próprios sonhos

É alto sim, mas vale muito!

Eu sou uma sonhadora incurável, do tipo que, mesmo que chova canivete, vai atrás dos próprios sonhos, acredita e luta por eles. Mas, nem sempre foi assim… Já fui insegura e tive medos demais, já me vi contaminada muitas vezes pelo mosquitinho “do que os outros vão pensar” e já fingi pra mim mesma que queria uma coisa quando, na verdade, “não sabia” ou não tinha coragem de assumir que queria outra.

E tudo isso me fez tão infeliz, vazia, perdida e triste que um belo dia eu tive certeza de que o que eu realmente gostava de fazer era escrever (só lembro de Jorge dizendo : “escrever, pra mim, é o mesmo que viver…”), e aí eu “joguei tudo pro ar” e fui, na cega, fazer o que eu gostava. Eu não fazia a menor ideia de como “viveria disso”, mas fiz o que faço quando não sei o que fazer: eu começo a fazer!

o preço que se paga para viver os próprios sonhos

Claro que, no início, precisei conciliar as coisas, porque tinha contas e responsabilidades, mas é aquela velha história de que a gente se programa, fazendo o que precisa fazer, pra depois de um tempo fazer o que quer fazer.

É fácil? Não. Fácil é seguir caminhos já trilhados, conhecidos. Na verdade, a coisa foi (e às vezes ainda é) extremamente difícil de muitas formas, mas pensava muito numa frase do Steve Jobs e continuava seguindo em frente. A frase, aliás, é essa:

“Você tem que encontrar o que você gosta. E isso é verdade tanto para o seu trabalho quanto para seus companheiros. Seu trabalho vai ocupar uma grande parte da sua vida, e a única maneira de estar verdadeiramente satisfeito é fazendo aquilo que você acredita ser um ótimo trabalho. E a única maneira de fazer um ótimo trabalho é fazendo o que você ama fazer. Se você ainda não encontrou, continue procurando. Não se contente. Assim como com as coisas do coração, você saberá quando encontrar. E, como qualquer ótimo relacionamento, fica melhor e melhor com o passar dos anos. Então continue procurando e você vai encontrar. Não se contente.

o preço que se paga para viver os próprios sonhos

Acontece que explicar isso para as pessoas ao nosso redor, pessoas que “esperavam mais” de nós, não é simples não… Na verdade, sempre que os nossos sonhos saem um pouco da estrada conhecida, quase todos ao redor vão tentar nos “deter”, principalmente as pessoas que mais nos amam, porque o “conhecido” é sempre mais seguro, e segurança é tudo que nossos pais querem pra nós.

Mas existem também aqueles que desistiram dos próprios sonhos, que não tiveram coragem de lutar por eles, e tentam te fazer desistir. Assim como aqueles que não suportam ver os outros conquistarem coisas, pra não se sentirem diminuídos, e tentam te fazer parar. Além, é claro, dos que acham que você simplesmente enlouqueceu.

E isso não é tudo: ao começar do zero, você precisa abrir mão de muitas coisas, inclusive, muitas vezes, de status, dinheiro e reconhecimento, assim como vai precisar trabalhar incansavelmente, noite e dia,  e esperar por muito tempo até que a “árvore” comece a frutificar.

E você vai sentir medo de não saber como fazer as coisas acontecerem, e vai sentir medo das coisas não acontecerem. E é fato que tudo pode dar errado, mas a vida é isso aí, é tentativa e erro, e enganos fazem parte. O que importa é que você errou tentando, você não se acomodou no que te faz infeliz.

E se deu errado, bom, agora você já sabe que desse jeito não dá certo, tente outros, porque o que importa, de verdade, é fazer o que te deixa verdadeiramente feliz, o que te inspira, o que te motiva, o que dá sentido a sua vida.

o preço que se paga para viver os próprios sonhos

Pra grande maioria isso pode não significar absolutamente nada, mas a verdade é que quando a gente faz o que gosta, quando faz com paixão, tudo muda! O ânimo ao acordar é outro, e não existe hora a mais de trabalho, perda de feriado, férias ou final de semana que te façam parar, e sabe porquê?

Porque a felicidade de fazer algo que é uma expressão do que a gente é, é absurdamente compensadora. Porque dormir ao final de cada dia sabendo que a gente fez o melhor que podia e que deu o melhor de si por/pra algo que a gente ama faz muita diferença. Porque a emoção que a gente sente com cada pequena vitória é muito mais excitante do que a maioria pode imaginar.

Mas, claro, nem tudo são confetes e é preciso muita  coragem e planejamento, além da consciência de que há um preço, e um preço que nem todos estão dispostos a pagar, porque sim, seguir os próprios sonhos é incrivelmente compensador, mas  o preço que se paga é, não raras vezes,  alto demais.

A escolha, como quase sempre, é toda sua, e eu espero, de todo coração, que você escolha sempre aquilo que faça o seu coração vibrar!

Beijos, Ju♥

29.10.2015

A Infelicidade é contagiosa: cuidado!

Muito cuidado mesmo!

Estados emocionais, pra mim, são tão contagiosos quanto as doenças, só que mais perigosos, porque minam o nosso emocional e esgotam a nossa energia sem que a gente sequer perceba, e a infelicidade é um dos que mais quero longe de mim, porque sim, a infelicidade alheia te contamina, afeta teu bem-estar, tua alegria, teu ânimo e acaba por tomar conta de você.

Essas palavras podem soar egoístas num primeiro momento, mas é só raciocinar direitinho pra  perceber que faz todo sentido, e se ainda achar que é egoísta, quero dizer que o egoísmo altruísta é essencial na vida, para desesperos dos ingênuos, porque sem ele, aliás, é impossível permanecer vivo, que dirá viver.

infelicidade é contagiosa

Quando falo de infelicidade, não estou falando de pessoas que estão passando por problemas reais, que tiveram perdas de diversos tipos, que têm doenças, que têm motivos para estarem momentaneamente infelizes. Eu já tive perdas, e não foram poucas, e sei bem que nesses momentos a gente não é feliz, que a tristeza toma conta e que o luto precisa ser vivido, coisa que já falei, aliás, nesse post aqui.

A diferença é que eu, como a maioria das pessoas, já estive infeliz em alguns momentos, mas não fiz pacto com a infelicidade, nem fiz dela a minha morada. Sim, estar é bem diferente de ser, e é preciso não só entender, mas saber diferenciar isso.

E tem gente, e não é pouca,  que não só é infeliz, mas que cultiva a infelicidade, que se alimenta dela e a espalha pelo mundo, como uma verdadeira praga. E o pior é que, não raras vezes, é difícil distinguir, sobretudo quando a gente não conhece muito, os que estão realmente passando por momentos difíceis, e merecem todo o nosso apoio, com aqueles que são, em si, parceiros da infelicidade, porque o infeliz contumaz veste, o tempo todo, a carapuça da vítima.

E eles não querem ajuda, querem platéia, querem alguém pra confirmar o quanto são injustiçados e sofredores. Claro que seria ótimo se conseguíssemos trazer essas pessoas pro outro lado, pro lado da felicidade, mudar seus padrões, mas o que acontece, e falo isso por experiência própria, é justamente o contrário: nós, sem sequer notarmos, somos arrastados para esse mar de infelicidade, e ai de quem não enxergar isso a tempo!

infelicidade

É preciso entender que os infelizes por vontade própria não passam de vampiros emocionais, coisa que, aliás, já falei por aqui uma vez, e enquanto você estende a mão, com compaixão, para ajudar, eles sugam tudo de bom que há em você e conseguem te deixar a cada dia pior.

Há quem diga que isso é besteira, que as pessoas que convivemos não nos afetam tão diretamente assim, mas concordo plenamente com Clarissa Pinkola Estes quando diz, no livro Mulheres Que Correm Com Os Lobos (falei sobre ele nesse post aqui), que “a escolha criteriosa de amigos e companheiros, para não falar nos mestres, é de importância crítica para continuar consciente, para continuar intuitiva, para manter o controle sobre a luz incandescente que vê e sabe.”

E é por isso que, hoje, acho que a única solução é se afastar, numa espécie de “quarentena”, pra evitar perda de energia, de tempo e de vida, porque as pessoas com as quais convivemos influenciam não só no nosso estado de espírito e no nosso emocional, mas na pessoa que somos a cada dia, e a pessoa que eu quero ser, pra mim e pro mundo, não é alguém que espalha sombras, que é feita delas, mas alguém que espalha luz, que é feita de luz, pra que o máximo de pessoas possa ser “contaminada” com essa luz e a absorva, numa espécie de “osmose emocional”.

E você, o que quer? É bom pensar nisso!

Beijos, Ju♥

O que você acha do JV?
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