25.12.2015

Quem Entra, Quem Sai, Quem Fica e Quem Vai

Porque "filtrar" é preciso!

Sempre fui uma pessoa de listas, e quando o ano vai chegando ao fim gosto de colocar no papel tudo o que quero e o que não quero pra/na minha vida, em duas grandes listas, mas esse ano resolvi que precisava de mais.

É que ontem, pensando no tanto que somos influenciados, direta ou indiretamente, pelas pessoas com as quais convivemos, lemos, vemos e ouvimos, em como as suas vozes ecoam no nosso inconsciente, em como elas ajudam a criar ou confirmar crenças que nos fazem muito bem ou muito mal, percebi que filtrar quem entra e quem fica em nossas vidas é fundamental.

Tudo, absolutamente tudo que faz parte da nossa vida vai, de alguma forma, influenciá-la, e ninguém está imune a isso. Cada pessoa, cada comentário, cada experiência, por menor e mais sutil que seja, vai aos poucos moldando o nosso sistema de crenças, a forma como nos sentimos, o que acreditamos e como agimos, o que, invariavelmente,  afeta o nosso presente e o nosso futuro.

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Então, que só fique quem queira ficar, quem queira realmente estar. E que fique por quem eu sou e não pelo que posso proporcionar. Que fique apenas o que for verdadeiro, e, mais que isso, que saiba, gentilmente, ser.

Que fiquem todos aqueles que são por mim, que me defendem inclusive de mim mesma, quando preciso for.  Que fiquem os que são chatos quando precisam ser, os que me falam verdades que não quero ouvir, os que me “sacodem” no momento certo. Os que brigam por mim e até comigo, desde que aquilo seja necessário pro meu crescimento.

Fiquem os que se saibam tão humanos e imperfeitos quanto eu. Não tenho o menor interesse nos quase deuses desse mundo. Fiquem os que não julgam, os que pedem desculpas, os que compreendem com amor. Fiquem os que eu amo de verdade, não gasto mais tempo e energia com menos que isso.

Que fiquem os generosos de alma, que enxergam o melhor que há em mim mesmo quando eu não consigo ver, e, com isso, me fazem acreditar, me fazem ser realmente melhor.

Que fiquem os que sabem amar, os que sabem respeitar, os que sabem compartilhar. Que fiquem todos aqueles que me façam ver sentido no “eu com você sou muito mais”.

Fiquem os que vibrem com as minhas vitórias, os que queiram o meu bem, os que me ajudem a crescer, e os que eu possa ajudar também. Fiquem os que saibam gargalhar, se emocionar, rir e chorar. Os que estendam as mãos, os que me dão braços e abraços, colo e até um beliscão (saudade, Mah!).

Que fiquem somente os que me fazem bem, e aqueles para quem eu faça o bem também. Nada mais justo! E todos os outros podem sair, podem partir. Meus olhos e ouvidos, de hoje em diante, estão fechados para vocês.

Beijos e um Natal mágico pra cada uma de vocês, Ju♥

15.12.2015

Mulher de 30: Dá Pra Ser Feliz Sem Ter Uma Carreira?

Dá pra ser feliz como você quiser!

No dia do post da Glamour, várias meninas levantaram a questão do “ser feliz sem ter uma carreira” e achei que seria legal falar disso por aqui, já que, afinal, o que é felicidade pra um pode não ser para o outro, e não tem nada de errado nisso.

Errado é querer rotular as pessoas, é querer dizer o que elas devem fazer ou sentir, como elas devem viver. Errado, pra mim, é o tal do “você tem que…”. Porque, se as pessoas são diferentes, e todas elas são, como é que se pode tentar fazer com que elas se encaixem no mesmo padrão e queiram as mesmas coisas? Não dá!

O que me parece é que, por termos chegado tão longe em relação às gerações passadas, por termos conquistado tanto, e em tantos aspectos, espera-se que todas nós desejemos uma carreira, que nos dediquemos loucamente a ela e que ela seja prioridade em nossas vidas.

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E espera-se também que sejamos excelentes esposas, mães exemplares, irmãs, filhas e amigas maravilhosas e por aí vai. Esperam mesmo, e esperam muito mais.

Só que nem todo mundo quer uma carreira, assim como nem todo mundo quer casar ou ter filhos, e felicidade, nesses casos, é justamente isso. Se pra você, workaholic assumida, a carreira é prioridade absoluta e felicidade suprema, pra vizinha aí do lado impossível mesmo é ser feliz sem ver os filhos crescerem, acompanhando todas as fases, todos os dias, enquanto pra amiga da porta da frente felicidade é uma profissão estável, um casamento feliz, filhos crescendo e cachorros brincando.

Tudo é questão de ponto de vista, e a coisa é bem simples mesmo, viu? É bem aquilo que já falei por aqui: cada ponto de vista é o ponto de vista de um ponto (Leonardo Boff, a Águia e a Galinha). Ou seja, o que é felicidade pra um não é, necessariamente, pra outro, porque né, o que seria do verde se todo mundo gostasse de azul?rs

Tenho uma amiga, advogada, que jamais exerceu a profissão porque nunca quis, porque o sonho dela era casar e ter filhos, e ela é muito feliz assim. Tenho amigas que amam suas profissões e nem pensam em deixá-las de mão ( e tenho outras que detestam também rs). Tenho amigas, duas, que jogaram tudo pro ar, e enquanto uma foi se dedicar ao projeto mais importante da sua vida, criar sua filha, a outra, a Ma (lembram dela?), foi estudar arte pelo mundo. Tenho amigas que trabalham por dinheiro e só. E tenho um amigo (sim!) que trabalha pelas férias, porque o que ele quer é viajar o mundo, e é isso o que ele faz há alguns anos.

E todos eles estão, dentro de suas realidades, bem felizes com suas escolhas.

Mas, o julgamento alheio não deixa de existir, e cada um deles é julgado de uma forma. Ou porque trabalha demais, ou por só pensa em férias, ou porque deixou de trabalhar para cuidar dos filhos, ou porque não pensa em filhos, ou porque se dedica demais ao relacionamento, ou porque não tem tempo para o relacionamento e por aí vai.

As pessoas julgam mesmo, inclusive eu e você, e vão julgar sempre, mas o que os outros falam é problema deles, porque fruto das experiências deles, não tem nada a ver com você e não deve servir de farol pra pautar a sua vida e as suas escolhas.

Essas, aliás, devem ser feitas de acordo com os anseios do seu coração. E só!

Beijos, Ju♥

11.12.2015

Ei, Revista Glamour: Vem Cá, Vamos Conversar!

Porque tem horas que a gente não aguenta!

Não é de hoje que a revista Glamour vem protagonizando algumas polêmicas na rede, mas acho que isso faz parte, que revistas são feitas por pessoas e que elas erram, então nunca me dei ao trabalho de ficar comentando. Mas, diante da carta editorial da Mônica Salgado na última edição da revista e, sobretudo, das palavras da Kariny Grativol, produtora-executiva da revista, resolvi sentar aqui e escrever um post.

Sabe, eu também acho que o mundo anda chato, que tem conversinha demais e que tudo é motivo pra polêmica. E concordo que essa patrulha chata do politicamente correto tem calado vozes que não deveriam se calar, mas existe uma linha muito tênue que, creio eu, a Kariny, a Mônica e a Glamour não conseguiram entender ainda, mas deveriam.

Tem um livro bonitinho e simples, chamado a Águia e a Galinha, que diz, logo no início, que cada ponto de vista é o ponto de vista de um ponto. Traduzindo: cada cabeça é um mundo, e o que é verdade pra você não é, necessariamente, para o outro. As suas verdades são válidas pra você, porque fruto das suas experiências e, a menos que você se julgue “o rei sol”, é muita arrogância, pra dizer o mínimo, querer impor um tiquinho que seja delas a quem quer que seja, que dirá a um público enorme, de mulheres de todos os tipos.

revista-glamourQuando você, Kariny, diz que não é ok ser gorda, você pode dizer isso em relação a você,  de acordo com as experiências que você viveu, com o que você sentiu, com a sua realidade, mas não pode, jamais, afirmar isso como se verdade absoluta fosse, porque não é, como se isso valesse para todas as pessoas, porque não vale. Você, sinto informar, não é o mundo, e ele não gira ao seu redor.

Ao dizer que “não é ok ser gorda, não é possível se sentir bem…”, o que você faz é simplesmente dizer pra milhares de mulheres, e veja bem o peso disso, que “o seu ponto de vista é o ponto de vista de todo e qualquer ponto”.

Pode parecer complicado, eu sei, mas seria diferente se, por exemplo, você dissesse que você não se sentia bem com a sua obesidade e que, por isso, você gorda não era ok… Aí seria a sua experiência, uma contribuição de como você, ao vivenciar esse problema, se sentia, e não a imposição da sua verdade como absoluta, entende a diferença? Espero que sim, porque você tem todo o direito do mundo de falar o que acha, mas não pode, com base apenas na sua experiência, dizer como outra pessoa que esteja passando pela mesma situação deve ou não se sentir.

É raso, é falacioso, é ditatorial, é manipulador e carece, definitivamente, de glamour.

E agora vamos conversar, dona Glamour? Menina, como uma revista feita para mulheres, você deveria se preocupar em, também, disponibilizar matérias que ajudassem, de alguma forma, a amenizar a epidemia de baixa autoestima, de falta de aceitação e de autoamor do seu público, mulheres reais, com silhuetas reais, salários reais e vidas que, na grande maioria dos casos, não são de capa de revista. Deveria, ao invés de dizer como as pessoas devem ou não se sentir, com jornalistas que mais parecem  sensores das sensações e dos sentimentos alheios, investir no positivo e tentar plantar a sementinha no empoderamento na cabeça das suas leitoras.

Mas, se isso não for possível, pelo menos não atrapalhe, porque não atrapalhar já é de grande ajuda, viu?

E antes que venham com conversa fiada, já digo logo: eu faço tratamento para emagrecer e isso nunca foi segredo para ninguém. Obesidade, no meu caso, é uma doença, e tem consequências sérias, mas eu nunca tratei a minha realidade como se ela fosse a de todo mundo, eu nunca, de forma direta ou indireta, oprimi quem está acima ou abaixo do peso, dando a entender que se você está acima do peso você não é ok, você não pode me sentir bem.

Eu, aliás, tô me sentindo ótima, viu, Kariny? Tô amando muito, tô sendo muito amada, tenho as leitoras mais incríveis da vida, tô construindo um monte de coisas  maravilhosas, vivo rodeada de gente do bem e, como se diz por aqui, “tô feliz, tô legal, tô de bem com a vida, amor”. E, olha só que maravilha: nada disso depende do tamanho do meu manequim!

Falando nisso, e só pra finalizar, eu acredito, e sempre vou acreditar, que aceitação é de dentro pra fora, e que a gente tem que se amar muito e tem que se respeitar muito, porque o que não é ok, mas não é mesmo, é depender do peso pra se amar do último fiozinho de cabelo até a dedinho do pé.

Porque eu, bom, eu me amo pelo que eu sou, não pelo que eu “estou”… E o que eu sou é mais, muito mais do que qualquer um pode ver!

Beijos, Ju♥

 

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